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Trabalho de metrologia

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FACULDADE FLAMINGO
ANTÔNIO DE SOUZA LOPES
A NORMA NBR 17025 COMO REFERÊNCIA NA METROLOGIA
SÃO PAULO
2016
ANTÔNIO DE SOUZA LOPES
A NORMA NBR 17025 COMO REFERÊNCIA NA METROLOGIA
Trabalho realizado em cumprimento às
Exigências da Disciplina "Metrologia e Instrumentação”
para obtenção de créditos parciais
no curso de Gestão da Qualidade da
Faculdade Flamingo.
Orientadora: Walkiria Carvalho
SÃO PAULO
2016
SUMÁRIO
1. Introdução..................................................................................................................3
2. Metodologia...............................................................................................................4
3. Conceito de Metrologia..............................................................................................5
4. Instrumentos de Medição na Metrologia.....................................................................7
5. O que é a norma NBR 17025......................................................................................8
6. Para que é Importante a NBR 17025..........................................................................9
7. Os Principais Objetivo da Norma NBR 17025..........................................................10
8. Conclusão..................................................................................................................11
9. Referências Bibliográficas.........................................................................................12
INTRODUÇÃO
O presente trabalho aborda sobre o princípio da metrologia que é considerada uma ciência multidisciplinar e trata dos aspectos envolvidos com a sua prática. As aplicações e estudos pertinentes à metrologia requerem conhecimentos abrangentes e distintos, sobre princípios dos instrumentos de medição. Equipamentos de medições também é um assunto que ira ser relatado ao decorrer deste trabalho. Mostrará que a metrologia é um conjunto de conhecimentos científico e tecnológico que abrange todos os aspectos teóricos e práticos relativos às medições conforme a norma NBR 17025, que é uma norma para o uso de laboratórios de calibração e ensaio no desenvolvimento de seu sistema de gestão da qualidade. A NBR 17025 é a norma que estabelece os requisitos gerenciais e técnicos para a competência de laboratórios em fornecer resultados de ensaio e calibração tecnicamente válidos.
3
METODOLOGIA
Os métodos de medição estabelecem uma série de requisitos e procedimentos, e estes podem compreender exigências que vão muito além do instrumento de medição escolhido. Os tais requisitos e procedimentos variam em razão da grandeza física que pretendemos medir, do grau precisão e confiabilidade que desejamos e, naturalmente, do ambiente. Embora não pareça, quando medimos qualquer coisa nos valemos, conscientemente ou não, de um método de medição. Medir a altura da parede para pendurar um quadro exige certo planejamento. Será preciso escolher o instrumento adequado, que no caso pode ser uma trena, além de um lápis para fazer as marcas, uma escada para alcançar a altura desejada… Além disso, não adianta subir pela escada de trena em punho se o lápis ficou esquecido ou a luz do ambiente não é suficiente. Isso tudo parece óbvio, e a ninguém ocorrerá escrever essas coisas num manual. Nas medições técnicas, científicas ou legais, entretanto, os métodos de medição são imprescindíveis e determinam a qualidade dos resultados. A metrologia, entre outras coisas, cuida de desenvolver as várias metodologias, de modo que os resultados das medições sejam compatíveis com os níveis de qualidade metrológica esperados.
4
CONCEITO DE METROLOGIA
A metrologia é uma palavra de origem grega: metron = medida; logos = ciência. E é a ciência das medidas e das medições.
“Quando você pode medir aquilo de que fala e expressá-lo em números, você sabe alguma coisa sobre isto”. Mas quando você não pode medi-lo, quando você não pode expressá-lo em números, o seu conhecimento é limitado e insatisfatório. “Se você não pode medir algo, não pode melhorá-lo.” (Lord Kelvin)
Ciência da medição que abrange todos os aspectos teóricos e práticos relativos às medições, qualquer que seja a incerteza, em quaisquer campos da ciência ou tecnologia.
É um conjunto de conhecimentos científico e tecnológico abrangendo todos os aspectos teóricos e práticos relativos às medições.
A Metrologia é a ciência das medições
• Abrangendo todos os aspectos teóricos e práticos que asseguram a exatidão exigida no processo produtivo,
• Procurando garantir a qualidade de produtos e serviços através da calibração de instrumentos e da realização de ensaios,
• Sendo a base fundamental para a competitividade das empresas.
A metrologia é uma ferramenta imprescindível para:
• Avaliar a conformidade de produtos e processos;
• Garantia de justas relações de troca (relações comerciais);
• Promover a cidadania (saúde, segurança e meio ambiente);
• Qualidade, inovação e competividade.
• Assegurar reconhecimento nacional e internacional.
Quais as áreas da Metrologia?
Basicamente, a metrologia está dividida em três grandes áreas:
Metrologia Científica
Metrologia Industrial
Metrologia Legal 
A Metrologia Científica: que se utiliza de instrumentos laboratoriais e das pesquisas e metodologias científicas que têm por base padrões de medição nacionais e internacionais para o alcance de altos níveis de qualidade metrológica.
A Metrologia Industrial: cujos sistemas de medição controlam processos produtivos industriais e são responsáveis pela garantia da qualidade dos produtos acabados.
A Metrologia Legal: que está relacionada a sistemas de medição usados nas áreas de saúde, segurança e meio ambiente.
Quais os objetivos da Metrologia?
• Traduzir a confiabilidade nos sistemas de medição.
• Garantir que especificações técnicas, regulamentos e normas existentes,
• Proporcionem as mesmas condições de perfeita aceitabilidade na montagem e encaixe de partes de produtos finais, independente de onde sejam produzidas.
• Melhoria do nível de vida das populações:
 Consumo de produtos com qualidade;
 Preservação da segurança, saúde e do meio ambiente.
Quais as vantagens da metrologia?
• Garante a qualidade do produto final
 Favorece as negociações pela confiança do cliente
 Diferenciador tecnológico e comercial para as empresas.
• Reduz o consumo e o desperdício de matéria prima
 Devido à calibração de componentes e equipamentos,
 Aumento da produtividade.
• Elimina a possibilidade de rejeição do produto,
Resguarda os princípios éticos e morais da empresa no atendimento das necessidades da sociedade em que está inserida,
 Evita desgastes que podem comprometer sua imagem no mercado.
6
ISTRUMENTOS DE MEDIÇÃO NA METROLOGIA
Quando se usa o termo metrologia você lembra-se de meteorologia e não é o mesmo, até seria, pois são dois setores de controle, porem neste caso vou falar sobre metrologia, ou seja, setor responsável pelos instrumentos de medição e suas calibrações, embora este setor realize o controle dos instrumentos e sua calibração o mesmo tem como função medir, inspecionar e medir produtos e processos, garantindo a confiabilidade dos mesmos. Conheça alguns deles ao qual julguei de forma direta os mais usados em linhas de produção.
 Paquímetro: O paquímetro é um instrumento usado para medir as dimensões lineares internas, externas e de profundidade de uma peça. Consiste em uma régua graduada, com encosto fixo, sobre a qual desliza um cursor.
 Relógio apalpador: Relógios apalpadores são instrumentos de medição utilizados na indústria para diversos fins, como a excentricidade de peças, o alinhamento e centragem de peças nas máquinas, os paralelismos entre faces, medições internas e medições de detalhes de difícil acesso. Seu funcionamento consiste basicamente num mecanismo que transforma o deslocamento radial de uma ponta de contato em movimento axial transmitido a um relógio comparador, no qual se pode obter a leitura dadimensão. 
Relógio comparador: Idem ao item anterior 
Micrometro: O micrômetro funciona por um parafuso micrométrico e é muito mais preciso que a craveira, que funciona por deslizamento de uma haste sobre uma peça dentada e permite a leitura da espessura por meio de um nônio ou de um mecanismo semelhante ao de um relógio analógico. 
Multímetro: Destinado a medir e avaliar grandezas elétricas, um Multímetro ou Multe este (Multímetro ou DMM - digital multi meter em inglês) é um instrumento que pode ter mostrador analógico (de ponteiro) ou digital.
 Réguas: Muito utilizadas na medida de comprimentos, as mesma diferem das réguas comuns, eles tem de estar calibradas. 
Rugosímetro: Utilizado para inspeção de rugosidade de um material, ou seja, verifica-se no caso em uma área plana qual o nível de saliências a mesma tem, o mesmo tem como padrão a medida RZ. 
Máquina de medição tridimensional: O controle de qualidade dimensional é tão antigo quanto à própria indústria, mas somente nas últimas décadas vem ocupando a importante posição que lhe cabe. O aparecimento de sistemas de medição tridimensional significa um grande passo nessa recuperação e traz importantes benefícios, tais como aumento da exatidão, economia de tempo e facilidade de operação, especialmente depois da incorporação de sistemas de processamento de dados. Em alguns casos, constatou-se que o tempo de medição gasto com instrumentos de medição convencionais ficou reduzido a um terço com a utilização de uma máquina de medir coordenada tridimensional MMC manual sem computador, e a um décimo com a incorporação do computador.
 Durômetro: Usado na medir a dureza de um material, a mesma é muito utilizada em fabricas de aços, metais, forjarias e centro de usinagem. 
Projetor de perfil: Quando uma peça é muito pequena, fica difícil visualizar seu perfil e verificar suas medidas com os aparelhos e instrumentos comuns. Esse problema é resolvido com os projetores de perfil. O projetor de perfil destina-se à verificação de peças pequenas, principalmente as de formato complexo. Ele permite projetar em sua tela de vidro a imagem ampliada da peça. Esta tela possui gravadas duas linhas perpendiculares, que podem ser utilizadas como referência nas medições. O projetor possui uma mesa de coordenadas móvel com dois cabeçotes micrométricos, ou duas escalas lineares, posicionados a 90º. Ao colocar a peça que ser· medida sobre a mesa, obtemos na tela uma imagem ampliada, pois a mesa possui uma placa de vidro em sua área central que permite que a peça seja iluminada por baixo e por cima simultaneamente, projetando a imagem na tela do projetor. O tamanho original da peça pode ser ampliado 5, 10, 20, 50 ou 100 vezes por meio de lentes intercambiáveis, o que permite a verificação de detalhes da peça em vários tamanhos. Em seguida, move-se a mesa até que uma das linhas de referência da tela tangencie o detalhe da peça e zera-se o cabeçote micrométrico (ou a escala linear). Move-se novamente a mesa até que a linha de referência da tela tangencie a outra lateral do detalhe verificado. O cabeçote micrométrico (ou a escala linear) indicar é a medida. O projetor de perfil permite também a medição de ângulos, pois sua tela é rotativa e graduada de 1º a 360º em toda a sua volta. 
O que é a norma NBR 17025?
Esta norma é para o uso de laboratórios de calibração e ensaio no desenvolvimento de seu sistema de gestão da qualidade. Os clientes de laboratórios, autoridades regulamentadoras e organismos de acreditação também podem usar a norma para confirmar ou reconhecer a competência de laboratórios, não cobre requisitos de segurança e regulamentos sobre a operação de laboratórios.
A NBR ISO/IEC 17025 estabelece requisitos gerenciais e técnicos para a competência de laboratórios em fornecer resultados de ensaio e calibração tecnicamente válidos:
Laboratórios que realizam ensaios e/ou calibrações considerados como de primeira, segunda ou terceira parte:
• Primeira Parte – o fornecedor realiza ensaio em seu próprio produto;
• Segunda Parte – o cliente realiza ensaio no produto do fornecedor;
• Terceira Parte – o laboratório que realiza o ensaio não possui interesse no produto.
O atendimento a esta norma significa que o laboratório opera um sistema de gestão da qualidade segundo os princípios da ISO 9001.
POR QUE É IMPORTANTE A NBR ISO/IEC 17025?
A norma NBR ISO/IEC 17025 possui como objetivos especificar os requisitos para a realização de ensaio, análises ou calibrações, sendo aplicável a todas as organizações que realizem estes serviços de laboratórios de 1.ª, 2.ª ou 3.ª parte, independente do número de pessoas ou de extensão do escopo das atividades de ensaio ou calibração.
A norma é aplicável à calibração ou ensaios que utilizam métodos normalizados e não normalizados, bem como os desenvolvidos pelo laboratório. Os laboratórios podem utilizar a norma para desenvolver seu Sistema da Qualidade administrativo e técnico, podendo ser usado pelos clientes, autoridades regulamentadoras e organismos de credenciamento no reconhecimento das competências dos laboratórios.
A norma não cobre o atendimento a requisitos de segurança e regulamento sobre a operação dos laboratórios. Assim como nas normas série ISO 9000, o laboratório deve ser legalmente constituído, seja de forma independente ou fazendo parte de uma organização. 
As responsabilidades do pessoal-chave do laboratório devem ser bem definidas e identificadas para não haver conflito de interesses, isso deve ser realizado por meio de procedimentos, nomeando por meio de hierarquia o pessoal. Esse pessoal técnico deve ser qualificado e possuir recursos necessários para desempenhar suas tarefas e capacidade de identificar ocorrências de desvios do Sistema da Qualidade ou dos procedimentos do laboratório.
Inicialmente, para implementação da norma NBR ISO 17025, deve ser marcada uma reunião com todo pessoal ligado diretamente ou indiretamente com o laboratório, para poder definir e distribuir as responsabilidades de cada um, e esboçar um cronograma de implementação da norma, onde devem constar as datas e os prazos a serem seguidos. Nessa mesma reunião, após a distribuição das responsabilidades e do esboço do cronograma, o responsável pela qualidade pede para cada um dos funcionários rascunharem sua função e o modo como a realiza e trazer em uma próxima reunião a ser marcada individualmente (com prazo definido) com o responsável da qualidade, para poder definir sua instrução de trabalho e os procedimentos cabíveis a cada um.
Após a realização das reuniões individuais, deve ser marcada uma segunda reunião (com o pessoal-chave e a gerência), onde será posto em execução o cronograma estipulado pelo responsável pela qualidade e pela gerência para a implementação da norma. Nesse cronograma, deve constar tudo o que diz respeito à implementação. Nesta segunda reunião já devem estar definidos os procedimentos de cada um e suas respectivas instruções de trabalho, onde passamos aos procedimentos restantes, formulários e questionários, com o pessoal-chave e a gerência.
Nessa reunião deve ser esboçado um questionário de avaliação dos fornecedores, dos laboratórios terceirizados (se houver) e um questionário de satisfação do cliente, e também deve ser marcada uma nova reunião, para definição e esboço de outros procedimentos (de entrega de embalagem, de não conformidades, de controle estatístico das calibrações e de manutenção de equipamentos, das auditorias internas e externas, do certificado de calibração, dos métodos de calibrações e manutenções). Conforme cronograma, partimos para cada procedimento nas reuniões seguintes.
Na reunião do procedimento de embalagem e entrega, devemos indicar as responsabilidades, a necessidade da embalagem bem-feita (a mais adequada), conforme as normas aplicáveis, os cuidados necessários para cada item, prazos de entrega rígidos e cuidados a serem tomados na entrega. Com o procedimento da não conformidade, tem-se a ação corretiva, onde devemos iniciar uma investigação, para determinar as causas da raiz do problema,e em seguida monitorar os resultados para garantir que as alterações sejam eficazes. Tudo isso realizado em uma reunião com o pessoal-chave e a gerência conforme surgem os problemas.
ISO 17025 na Universidade de São Paulo
Credenciamento na ISO 17025:2005
Diretamente relacionada com as operações de laboratório, a obtenção do credenciamento na ISO 17025 mostra o funcionamento de um sistema de qualidade, a competência técnica e a capacidade de gerar resultados tecnicamente válidos.
Credenciamento ISO 17025
A ISO 17025:2005 "Exigências Gerais para a Competência dos Laboratórios de Testes e Calibração" é um padrão internacional que indica que os laboratórios de testes e de calibração operam um sistema de qualidade, são tecnicamente competentes e podem gerar resultados tecnicamente válidos. O padrão abrange cada aspecto do gerenciamento de laboratório, desde a preparação de amostras até a competência do teste analítico, manutenção de registros e relatórios.
Inclui inspeção de controle de documentos, ação corretiva e preventiva, acomodação e condições ambientais, equipamentos, incerteza de medida, evidência de rastreabilidade e amostragem e autoriza que os resultados de testes e calibração da USP são tecnicamente válidos. O credenciamento na ISO 17025 dos laboratórios da USP foi resultado de uma análise abrangente das práticas laboratoriais da USP.
ANVISA e a Norma 17025
ISO/IEC 17025: A Nova Norma para Laboratórios de Ensaio e Calibração
Benjamin Valle e Galdino Guttmann Bicho
Fonte: Revista Metrologia Instrumentação - Laboratórios & Controle de Processos, Ano I, nº 5, abril de 2001 Internacionalmente, o processo de padronização das atividades dos laboratórios de ensaio e calibração teve início com a publicação da ISO/IEC Guia 25 em 1978, revisado posteriormente em 1993. Na Europa, em razão da não aceitação da ISO Guia 25, vigorava a EN 45001 como norma para reconhecer a competência dos ensaios e calibrações realizadas pelos laboratórios.
Tanto a ISO Guia 25 como a EN 45001 continham aspectos cujos níveis de detalhamento eram insuficientes para permitir uma aplicação/interpretação consistente e sem ambiguidades, como por exemplo, o conteúdo mínimo a ser apresentada na declaração da política da qualidade do laboratório, a rastreabilidade das medições, as operações relacionadas às amostragens e o uso de meios eletrônicos. Para suprir essas lacunas, a ISO iniciou em 1995 os trabalhos de revisão da ISO Guia 25 através do Working Group 10 (WG 10) da ISO/CASCO (Committee on Conformity Assessment). Dessa revisão resultou a norma ISO/IEC 17025 - Requisitos gerais para a competência de laboratórios de ensaio e calibração, oficialmente datada de 15 de dezembro de 1999 e publicada internacionalmente no início do ano 2000. No Brasil, foi publicada pela ABNT a NBR/ISO/IEC 17025 em janeiro de 2001.
A ISO/IEC 17025 foi produzida como resultado de ampla experiência na implementação da ISO Guia 25 e da EN 45001, que são canceladas e substituídas de modo a serem utilizados textos idênticos nos níveis internacional e regionalmente. Ela estabelece os critérios para aqueles laboratórios que desejam demonstrar sua competência técnica, que possuem um sistema da qualidade efetivo e que são capazes de produzir resultados tecnicamente válidos.
 
OS PRINCIPAIS OBJETIVOS DA NORMA 17025
Estabelecer um padrão internacional e único para atestar a competência dos laboratórios para realizarem ensaios e/ou calibrações, incluindo amostragem. Tal padrão facilita o estabelecimento de acordos de reconhecimento mútuo entre os organismos de credenciamento nacionais;
Facilitar a interpretação e a aplicação dos requisitos, evitando às máximas opiniões divergentes e conflitantes. Ao incluir muitas notas que apresentam esclarecimentos sobre o texto, exemplos e orientações, a 17025 reduz a necessidade de documentos explicativos adicionais;
Extensão do escopo em relação à ISO Guia 25, abrangendo também amostragem e desenvolvimento de novos métodos;
Estabelecer uma relação mais estreita, clara e sem ambiguidade com a ISO 9001 e 9002 (a 17025 é de 1999, portanto antes da publicação da 9001:2000).
As principais modificações introduzidas pela 17025 com relação à ISO Guia 25 podem ser divididas em dois grupos: mudanças estruturais e mudanças conjunturais. As estruturais dizem respeito à introdução de novos conceitos e enfoques bem como ao ordenamento e disposição dos requisitos listados na ISO/IEC 17025, cuja apresentação difere completamente da estrutura existente na ISO Guia 25. São diferenças não apenas de forma, mas também de conteúdo, e que demonstram claramente a preocupação da nova norma em estabelecer orientações gerais e modernas para que os laboratórios desenvolvam um sólido gerenciamento das suas atividades segundo padrões de qualidade reconhecidos internacionalmente. Além disso, o aprofundamento de alguns requisitos de caráter técnico, antes superficiais na ISO Guia 25, propiciarão melhores condições para que os laboratórios demonstrem de forma mais consistente sua competência técnica.
Dentre as principais mudanças de caráter estrutural introduzidas pela 17025 destacam-se:
Na ISO/IEC 17025 há uma nítida separação entre os requisitos gerenciais e os requisitos técnicos: a seção 4 contém os requisitos para a administração e a seção 5 especifica os requisitos para a competência técnica dos ensaios e/ou calibrações que o laboratório realiza. Essa separação facilita a condução das avaliações, quer sejam internas ou externas;
Maior atenção deve ser dada aos clientes do laboratório (item 4.7 - Atendimento ao cliente). Deverá ser privilegiada uma cooperação mais estreita com os clientes no que tange aos aspectos contratuais e no acesso do cliente às áreas do laboratório para acompanhamento dos ensaios e/ou calibrações.
Embora não sejam requisitos auditáveis, os laboratórios são encorajados a estabelecer canais de comunicação e obter feedback dos clientes;
Foi incluído o requisito que trata das ações preventivas a serem tomadas pelo laboratório (item 4.11), através do qual deverão ser identificadas oportunidades de melhoria; Como consequência da extensão do escopo com o desenvolvimento de novos métodos pelo laboratório (item 5.4.3), critérios e orientações específicos foi estabelecidos para a validação de métodos (item 5.4.5);
Compatibilidade e convergência com as normas ISO 9001/9002. Foram incorporados na ISO/IEC 17025 todos os requisitos da 9001 e 9002 (ação preventiva, por exemplo) que são pertinentes ao escopo dos serviços de ensaio e calibração cobertos pelo sistema da qualidade do laboratório.
Portanto, se os laboratórios de ensaio e calibração atenderem aos requisitos da 17025 eles operarão um sistema da qualidade que também estará de acordo com os requisitos da 9001 ou 9002. Contudo, para efeitos de credenciamento do laboratório, a existência de um sistema da qualidade é condição necessária, mas não suficiente para o pleno atendimento da 17025, uma vez que os laboratórios terão.
Que demonstrar ainda sua competência técnica para produzir dados e resultados tecnicamente válidos, o que não está presente na 9001 e nem na 9002. Com a nova versão da ISO 9001:2000, é provável que a ISO/CASCO forme um grupo de trabalho para estudar a possibilidade de serem feitos aditamentos técnicos para alinhar a ISO/IEC 17025:1999 com a ISO 9001:2000.
O segundo grupo de mudanças introduzidas pela 17025, em comparação à ISO Guia 25, são as diferenças de natureza conjuntural, ou seja, melhorias e modificações pontuais que se constituem em ponto de partida para a evolução de aspectos gerenciais e de competência técnica abordados anteriormente na ISO Guiam 25, mas que, por estarem redigidos de forma pouco abrangente, davam margem às dúvidas, omissões e conflitos.
Dentre essas mudanças destacam-se:
Definição do conteúdo mínimo a ser contemplado na declaração da política da qualidade do laboratório. Inclusão de um requisito específico (item 4.10) para a implementação de ações corretivas.
Como consequência do alinhamento da ISO/IEC 17025 com as ISO 9001 e 9002, oitem 4.4 detalha em profundidade como deve ser desenvolvida a atividade de análise crítica dos pedidos, propostas e contratos, de modo a prover maior confiança na prestação dos serviços e no relacionamento entre o cliente e o laboratório.
A rastreabilidade das medições é tratada no item 5.6 de modo detalhado e abrangente, contendo inúmeras notas explicativas e de orientação. Há um tratamento diferenciado na ISO/IEC 17025 para a rastreabilidade a ser demonstrada pelos laboratórios de calibração (item 5.6.2.1) e pelos laboratórios de ensaio (item 5.6.2.2).
Destaque maior é dado à apresentação dos resultados dos ensaios e/ou calibrações, sendo este tópico muito mais extenso do que aquele contido na ISO Guia 25. Há uma distinção clara entre a emissão de relatórios de ensaio (item 5.10.3) e a emissão de certificados de calibração (item 5.10.4). No item 5.10.5 são especificados os requisitos a serem cumpridos pelo laboratório quando forem incluídas opiniões e interpretações em um relatório de ensaio, o que antes não era abordado na ISO Guia 25.
À primeira vista, as modificações introduzidas pela ISO/IEC 17025:1999 dão a impressão de tê-la tornado uma norma mais rigorosa e "pesada" que a ISO Guia 25. De fato, aquela é agora mais extensa e descritiva do que esta. Entretanto, uma leitura cuidadosa da 17025 nos permite afirmar que ela, por ser mais detalhada e explicativa, é de aplicação mais pragmática e menos ambígua do que a ISO Guia 25. As regras do jogo foram modernizadas, os requisitos ficaram mais claros, pontos obscuros foram mais bem explicitados e, por demanda dos laboratórios e como consequência da proliferação do uso de sistemas da qualidade, houve uma convergência completa com os requisitos das ISO 9001 e 9002. Como mencionado anteriormente, em um futuro não muito distante será necessário fazer um alinhamento entre a ISO/IEC 17025 e a nova ISO 9001:2000.
No mundo globalizado a padronização é de fundamental importância para viabilizar e incrementar as trocas comerciais nos âmbitos nacional, regional e internacional. As organizações que desenvolvem suas atividades e operam os seus processos produtivos de acordo com normas e procedimentos harmonizados e aceitos como padrões, estarão em condições mais favoráveis para superar possíveis barreiras não tarifárias e atender a requisitos técnicos especificados. Nesse contexto, a aplicação da ISO/IEC 17025 é de grande relevância econômica, pois confere um valor diferenciado aos certificados de calibração e aos relatórios de ensaio emitidos por laboratórios cuja competência técnica é reconhecida por um organismo de credenciamento. Esse reconhecimento poderá se reverter em vantagens econômicas para os laboratórios, tais como:
Diferencial competitivo, fator de divulgação e marketing, o que poderá resultar em maior participação no mercado e, consequentemente, em maior lucratividade.
Fidelização dos clientes atuais e conquista de novos clientes, uma vez que o credenciamento confirma e reconhece a competência técnica do laboratório para produzir dados e resultados tecnicamente válidos, o que aumenta a sua credibilidade perante o mercado.
Laboratórios que fazem parte de organizações maiores e que operam em conformidade com os requisitos da ISO/IEC 17025, poderão comprovar que os produtos da organização foram ensaiados e são tecnicamente capazes de atenderem às especificações de desempenho, segurança e confiabilidade.
O crescimento das atividades de certificação de produtos representa um novo mercado a ser explorado pelos laboratórios de ensaio e/ou calibração.
Os resultados de ensaio e calibração poderão ser aceitos em outros países, desde que o laboratório utilize os critérios da ISO/IEC 17025 e seja credenciado por um organismo que estabeleça acordos de reconhecimento mútuo com organismos equivalentes de outros países. Este é o caso do INMETRO, que recentemente estabeleceu um acordo de reconhecimento mútuo com a European co-operation for
Acreditation (EA).
Atender a exigências legais de autoridades regulamentadoras, como por exemplo, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
O uso da ISO/IEC 17025 facilitará a cooperação entre laboratórios e outros organismos, auxiliando na troca de informações e experiências, bem como na harmonização de normas e procedimentos, o que poderá significar redução de custos.
Em suma, a adequação das atividades gerenciais e técnicas do laboratório de acordo com os critérios da ISO/IEC 17025 deve ser vista não como um custo, mas como um investimento de médio e longo prazo e cujo retorno comercial e financeiro certamente será garantido pela comprovação da competência técnica do laboratório perante o mercado.
CONCLUSÃO
 Metrologia está em constante aperfeiçoamento das normas e estudos trazendo sempre o melhor aproveitamento para o homem. A metrologia subdivide-se em algumas partes, sendo elas metrologia científica, industrial e legal e o papel que cada uma exerce no dia-a-dia das dos laboratórios, indústrias e também na sociedade. Observa-se que a metrologia é tão presente que nem percebemos que estamos usufruindo de seus benefícios diariamente em nossos dia a dia. Um exemplo disso é quando vamos ao supermercado, compramos um Kg de algo, sempre precisamos da balança para medir o quanto estamos comprando para então sabermos qual o preço a pagar. Portanto metrologia é uma ciência da medição que abrange todos os aspectos teóricos e práticos relativos às medições. Atualmente existe a norma NBR 17025 como referência na metrologia, determinando padrões e normas. A norma NBR 17025 tem o objetivo de estabelecer um padrão internacional e único para atestar a competência de laboratórios para que possam realizar ensaios ou calibrações, incluindo uma amostragem. Considerando que a acreditação de um laboratório segundo a ISO 17025, é garantia de ter um serviço mais eficiente e preciso, possibilitando a prestação de serviços nas empresas. A norma ISO 17025 apresenta forma sistemática muito importante, onde sua aplicação permite um grande reconhecimento de qualidade em laboratórios, garantido a devida qualidade da metrologia em todo mercado nacional e internacional.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
 Disponível em: http://www.inmetro.rs.gov.br/ desenvolvido pelo Cicmac – Inmetro Porto Alegre/RS. Acesso em: 02 novembro 2016.
 NBR ISO/IEC 17025 Disponível em: http://www.professordanielrossi.yolasite.com/resources/Norma%20NBR%2017025 Acesso em: 03 novembro 2016. 
Instrumentos de medição metrologia. Disponível em: https://www.oficinadanet.com.br/artigo/845/instrumentos_de_medicao_-_metrologia. Acesso em: 02 novembro 2016.

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