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Doenças Ocupacionais

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DOENÇAS OCUPACIONAIS 
 
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Doenças Ocupacionais 
Principais Doenças Ocupacionais 
Veja quais são as principais doenças ocupacionais espalhadas pelo Brasil. 
As principais doenças ocupacionais do Brasil estão ligadas às mais variadas profissões. No último 
post, falamos sobre como as doenças evoluíram ao longo dos anos, hoje, veremos os males mais 
frequentes que crescem silenciosamente nos ambientes de trabalho, tanto na fábrica quanto no 
escritório. 
Principais Doenças Ocupacionais por repetição 
Lesão por Esforços Repetitivos (LER) ou Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao 
Trabalho (DORT): 
Como o próprio nome diz, essas lesões são causadas pela repetição excessiva de movimentos ou 
postura inadequada, causando uma dor crônica que tende a piorar ao longo dos anos. O grande 
problema da LER é ser confundida com um mal estar passageiro, uma torção ou mau jeito. A 
diferença básica entre LER e DORT, é que a primeira pode não necessariamente ocorrer em 
ambiente de trabalho e a segunda refere-se unicamente ao dia a dia profissional. 
Principais Doenças Ocupacionais Respiratórias: 
Asma Ocupacional: 
Ocorre por inalação de partículas, comuns em trabalhadores da construção civil ou que lidam 
com couro, algodão, madeira ou sílica. Começa com tosse crônica, falta de ar e chiado no peito e 
pode ter desdobramentos fatais, como paradas respiratórias e câncer de pulmão. 
Silicose: 
Doença ocupacional irreversível causada pelo acúmulo de poeira de sílica nos pulmões, revestindo-
os de uma forma que impede a respiração gradativamente e aumenta progressivamente com o tempo 
– mesmo que o trabalhador seja afastado. Pode levar à morte por insuficiência respiratória. 
Antracose: 
Lesão pulmonar causada pelo acúmulo de partículas de carvão nos pulmões, infelizmente bem 
comum em mineiros, trabalhadores de grandes centros urbanos, trabalhadores que lidam com 
carvão ou que residam/trabalhem em áreas muito poluídas. Pode levar a disfunções pulmonares 
graves, como fibrose pulmonar, por exemplo. 
Bissinose: 
Comum na indústria algodoeira e têxtil, é causada pelo acúmulo de poeira das fibras de algodão, 
linho ou cânhamo nos pulmões. 
Siderose: 
Causada pelo acúmulo de partículas microscópicas de ferro nos bronquíolos, está entre as doenças 
ocupacionais que atacam trabalhadores de minas de ferro. Um dos seus sintomas mais comuns é 
a falta de ar constante . 
Principais Doenças Ocupacionais De Pele 
Dermatose ocupacional: 
Comum entre mecânicos e na indústria como um todo, a dermatose ocupacional é causada pelo 
contato constante com graxa ou óleo mecânico. Causa reações alérgicas crônicas, criando placas na 
pele. 
 DOENÇAS OCUPACIONAIS 
 
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Câncer de pele: 
Embora seja muito comum no País, essa enfermidade só pode estar entre as doenças ocupacionais – 
e obter auxílio do INSS – caso tenha sido originada no ambiente de trabalho. Costuma ocorrer em 
trabalhadores de lavoura ou qualquer outro trabalho que envolva exposição ao sol. 
Principais Doenças Ocupacionais Auditivas 
Surdez: 
Comum em trabalhadores expostos a ruídos constantes, a surdez pode ser temporária ou definitiva. É 
uma doença silenciosa, que caracteriza-se pela perda auditiva progressiva, levando o trabalhador 
lentamente à perda parcial ou total da audição, por desgastar o ouvido de forma irreversível. Comum 
em operadores de telemarketing, metalúrgicos e trabalhadores da Construção Civil, especialmente se 
não há uma fiscalização rígida e um compromisso do trabalhador com a utilização de protetores 
auriculares. 
Principais Doenças Ocupacionais de Visão 
Catarata: 
Responsável por metade dos casos de perda total de visão no mundo, a Catarata é muito comum no 
Brasil. Mas, assim como o câncer de pele, só é considerada ocupacional se decorre da atividade 
profissional do indivíduo. A Catarata é ocasionada pela perda do Cristalino, normalmente em 
decorrência de exposição a altas temperaturas. Afeta muitos trabalhadores da metalurgia e 
da siderurgia. 
Desgaste da Visão: 
Afeta trabalhadores noturnos, como vigias, médicos, enfermeiros ou operadores de serviços 24 
horas. O trabalho noturno desregula a produção de hormônios, que aconteceria durante o sono, 
afetando outras funções corporais, como a visão, por exemplo. Se essa situação ocorre de forma 
prolongada, o desgaste pode levar à perda parcial ou total da visão. 
Principais Doenças Ocupacionais Psicossociais: 
A pressão excessiva do mundo moderno gera uma série de problemas de ordem emocional, 
como depressão, estresse, ataques de ansiedade ou síndrome do pânico. Podem ser causadas 
por isolamento, pressão psicológica, ritmo agressivo de trabalho, dificuldades ou desentendimentos 
no ambiente de trabalho ou carga horária excessiva. 
São doenças perigosas por não serem encaradas com a devida seriedade, podendo ser 
imperceptíveis quando no início ou à primeira vista. Ao contrário do que pensam, podem se 
tornar irreversíveis, afastando definitivamente o trabalhador. Ocorre com frequência 
entre policiais, seguranças, bancários, operadores de telemarketing e profissionais de comunicação. 
Como Evitar Doenças Ocupacionais 
O primeiro passo para evitar doenças ocupacionais é estar atento aos menores sintomas 
de desconforto físico e/ou mental durante o trabalho e procurar auxílio médico mesmo se o 
desconforto for leve. Dependendo do desenrolar da situação, é necessário pensar em uma mudança 
de função e, às vezes, até de profissão. 
A conscientização de empregadores e trabalhadores quanto à importância do uso do EPI, da 
possibilidade de redução da jornada de trabalho e da pressão exercida sobre a equipe também é 
fundamental para evitar doenças ocupacionais. 
Quais As 5 Doenças Ocupacionais Mais Comuns E Como Evitá-Las? 
As doenças ocupacionais causam o afastamento de milhares de trabalhadores de suas funções, 
todos os anos. Somente em 2014, o Ministério do Trabalho e Previdência Social registrou 251,5 mil 
afastamentos, todos por razões médicas. E, grande parte dessa estatística foi motivada pelas 
doenças desencadeadas ou agravadas pelo ambiente de trabalho. 
 DOENÇAS OCUPACIONAIS 
 
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Isso demonstra a necessidade das empresas de adotar um rigoroso Programa de Controle Médico de 
Saúde Ocupacional (PCMSO) que, entre outros objetivos, visa evitar a ocorrência de doenças 
laborais. 
Descubra agora quais são as principais doenças ocupacionais mais comuns e veja o que fazer para 
preveni-las: 
1. Dermatose Ocupacional 
Caracterizadas por alterações na pele e mucosa, as dermatoses ocupacionais (DO) englobam: 
 Dermatites de contato 
 Cânceres 
 Infecções 
 Ulcerações 
Essas e outras disfunções, quando diagnosticadas como doenças ocupacionais, são devidas a 
exposição do trabalhador a determinados agentes, durante o desempenho de suas funções. Esses 
agentes podem ser de natureza química, física ou biológica. 
Prevenção: exames médicos periódicos, orientações aos funcionários, afastamento do fator irritante 
ou que está causando a alergia. 
2. LER/DORT 
A lesão por esforço repetitivo (LER) é um dos principais distúrbios osteomusculares relacionados ao 
trabalho (DORT). Abaixo, outros exemplos desses distúrbios: 
 Mialgias 
 Tendinites 
 Bursites 
 Dedo em gatilho 
Algumas das prováveis causas das doenças ocupacionais ligadas às articulações e ossos dos 
membros superiores são: riscos ambientais, atividades que exijam muito esforço das mãos, adoção 
de posturas erradas, repetição cotidiana de padrões de movimentos, falta de orientação por um 
profissional habilitado a instruir o trabalhador quanto às boas práticas para desempenho de suas 
funções. 
Prevenção: redução dos riscos ambientais e interrupção das atividades que estão provocando dor. Já 
no surgimento dos primeiros sintomas,que podem ser algumas pontadas ou dores suportáveis, é 
necessário que se faça um diagnóstico para possibilitar a rápida reversão do quadro. 
3. Doenças Psicossociais 
As doenças psicossociais ocupam um importante lugar dentre as principais causas de afastamentos 
do trabalho. Entre as principais razões, estão: 
 Intensidade do trabalho; 
 Tempo no desempenho da função; 
 Insegurança decorrente da situação de trabalho; 
 Exigências emocionais da função; 
 Assédio moral ou sexual. 
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Importante ressaltar que os riscos psicossociais referem-se ao que abala a saúde mental, física e 
social do trabalhador. 
Prevenção: avaliação e controle do risco para doenças psicossociais no local de trabalho, gestão do 
estresse laboral, adoção de ações capazes de promover o bem-estar mental dos colaboradores, 
entre outras medidas. 
4. Doenças Da Visão 
Os olhos são vulneráveis a muitos dos riscos presentes em situações de trabalho. Entre eles, a 
exposição a agentes mecânicos, físicos, químicos, biológicos e sobre-esforço. As manifestações das 
doenças que acometem o aparelho visual vão desde leve sensação de desconforto até transtornos 
graves, como no caso da catarata e cegueira. 
Prevenção: implementação de programas que incluam vigilância à saúde no trabalho nos ambientes 
nos quais são executadas as tarefas, melhores condições para o desempenho das funções. 
5. Estresse Ocupacional 
Essa doença ocupacional é ocasionada pelo desequilíbrio entre as exigências inerentes a um 
cargo/trabalho e a capacidade/habilidade do trabalhador para enfrentá-las. Conheça alguns dos 
fatores que podem estar presentes no ambiente de trabalho: 
1. Gerenciamento ineficiente; 
2. Medo de cometer erros; 
3. Chefia despreparada; 
4. Jornada de trabalho exaustiva; 
5. Alta demanda por concentração mental; 
6. Ambiente desfavorável ou muito competitivo; 
7. Trabalho monótono; 
8. Baixas chances de ascensão na carreira; 
9. Desmotivação. 
O estresse do trabalho tem sintomas em diferentes âmbitos, e pode resultar em: 
 Pressão alta; 
 Gastrite; 
 Úlceras; 
 Fuga do trabalho (absenteísmo); 
 Baixo desempenho; 
 Fadiga; 
 Depressão; 
 Acidentes no trabalho. 
Essas e muitas outras condições físicas, comportamentais e psicológicas são derivadas de situações 
desgastantes no ambiente de trabalho, e/ou no desempenho das atribuições do empregado. Uma das 
mais graves manifestações do estresse no trabalho é a Síndrome de Esgotamento Profissional, ou 
Síndrome de Burnout. 
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Prevenção: valorização da dimensão humana do trabalhador, promoção de condições propícias à 
motivação esaúde dos colaboradores, entre outras ações. 
Cada uma das 5 doenças ocupacionais elencadas nesse post podem ser prevenidas, permitindo 
manter a equipe de trabalho saudável e produtiva. Tenha em mente que controlar as doenças 
profissionais é ter maissegurança e saúde para o trabalhador e para o seu negócio. 
O Que São as Doenças Ocupacionais? 
Quem trabalha, certamente já teve alguns colegas ou amigos que se afastaram do trabalho por estar 
sofrendo de Doenças Ocupacionais, mas você sabe quais são essas doenças e como se manifestam 
nos trabalhadores? 
A Doença Ocupacional é toda aquela doença que causa alteração na saúde de qualquer trabalhador, 
em qualquer área de execução do serviço, desde as tarefas mais simples, até as mais complexas. E 
deve estar sempre relacionada ao tipo de ocupação que o trabalhador exerce, como o câncer que se 
desenvolve em trabalhadores de minas de metais ou carvão. 
Qualquer tipo das doenças ocupacionais pode ser adquirido através de exposição do paciente a 
diversos tipos de agentes nocivos como radioativos, físicos, biológicos e químicos. Porém, em 
situações que esses agentes estejam em níveis além dos tolerados pela lei e ainda que a pessoa 
portadora da doença tenha sido exposta a eles sem a proteção adequada. 
Há diversos tipos de doenças ocupacionais. Porém, as mais comuns são aquelas relacionadas ao 
sistema respiratório e as de pele, como: Asbestose, câncer de pele ocupacional, silicose, dermatite 
de contato e muitas outras. 
Diferenças Entre Doença Ocupacional e Acidente de Trabalho 
Em nosso país, as doenças conhecidas como ocupacionais, que são consequências da espécie de 
trabalho executada, têm equiparação ao acidente de trabalho, e geram para fins legais os mesmos 
benefícios e direitos. 
A doença ocupacional é aquela em que o trabalhador ficou exposto a agentes nocivos para sua 
saúde, sem que houvesse a proteção necessária contra eles, ou ainda mesmo com a proteção, o 
grau de exposição foi acima do tolerável por lei, em períodos longos, médios ou curtos. Elas podem 
demorar anos para se manifestarem, mas quando o fazem a situação já está crítica. 
Entretanto, os acidentes de trabalho ocorrem de forma imediata, e são provocados pelos mais 
variados fatores e, entre eles, os mais comuns são: cortes, queimaduras, amputações de membros, 
quebraduras, entre outros. 
Doenças Ocupacionais Frequente 
Asma Ocupacional: É uma forma de asma, portanto, causa o mesmo mal estar, obstruindo as vias 
respiratórias, porém, com caráter reversível. É normalmente causada pela inalação acidental de 
substâncias alérgicas, como: Linho, poeiras diversas, madeira, couro, borracha, entre outros. O 
quadro geral é o de uma asma brônquica, cujos sintomas são os mesmos como chiado no peito, falta 
de ar, tosse, aperto no peito e ainda espirros e olhos lacrimejando. A vantagem é que a maioria deles 
desaparece quando o trabalhador deixa de ter contato com as substâncias nocivas, especialmente 
depois de um período prolongado como férias ou finais de semana prolongados. 
DORT/LER: (Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho / Lesão por Esforço Repetitivo) São 
processos dolorosos decorrentes de relações de trabalho referentes às praticas do mundo moderno, 
ou seja, de atividades que exijam o esforço repetitivo, sejam elas de movimentos, posturas, 
sobrecarga mental e outras. Pode ocorrer tanto em mulheres quanto em homens, e em casos mais 
graves pode evoluir para a incapacidade total ou parcial, gerando a aposentadoria por invalidez. 
PAIR: (Perda Auditiva Induzida por Ruído) É uma doença que acarreta a diminuição na capacidade 
auditiva, decorrente exposição regular a níveis elevados de barulho. Além da perda da audição, o 
trabalhador ainda perde importantes índices de qualidade de vida, causando irritabilidade, ansiedade, 
isolamento e ainda aumento da pressão arterial. 
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Para diminuir os riscos frente a essas doenças, o aconselhável é que todos os trabalhadores façam 
uso de proteção adequada, de acordo com o nível de risco em cada tipo de trabalho. Além disso, é 
necessário o acompanhamento frequente de um responsável para que fiscalize os trabalhadores para 
que todos se cuidem e saibam que acidentes e problemas estão sempre suscetíveis de acontecer. 
Nos casos em que os trabalhadores já sofreram o problema, um acompanhamento psicológico 
também é aconselhável, para minimizar os problemas pelos quais os trabalhadores estão passando. 
Ainda é prudente que haja um Terapeuta Ocupacional nas empresas para auxiliar os trabalhadores 
na maneira mais prudente de se evitar futuros problemas. 
Conheça As Principais Doenças Ocupacionais E Suas Causas 
Doenças ocupacionais são enfermidades relacionadas diretamente ao desempenho da atividade 
profissional do indivíduo que, por conta delas, tem, do ponto de vista legal, os mesmos direitos que 
uma pessoa que passou por um acidente de trabalho. 
Especialistas alertam que a grande maioria delas aparece de forma silenciosa e,muitas vezes, fazem 
que o trabalhador não tenha condições de voltar à ativa. Deve-se ficar atento a possíveis sintomas 
para procurar ajuda médica e garantir um diagnóstico certeiro e o mais precocemente possível. 
Conheça as mais recorrentes doenças ocupacionais e suas causas. 
 
– LER/DORT (Lesão por Esforços Repetitivos/ Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao 
Trabalho): seu diagnóstico demanda atenção e cuidado especiais do trabalhador, já que costuma ser 
confundida com uma simples torção ou mau posicionamento. É causada por movimentos repetitivos 
ou por posturas inadequadas (anti-ergonômicas). 
– Antracose: a lesão pulmonar pode gerar outros problemas mais graves, por isso demanda cuidados 
médicos imediatos e especiais. É comum em trabalhadores que têm contato direto com a fumaça do 
carvão, por inalarem diferentes agentes prejudiciais à saúde. 
– Bissinose: também é uma doença pulmonar, que atinge trabalhadores da indústria algodoeira, por 
ser causada pela poeira das fibras de algodão, do linho ou do cânhamo. 
– Dermatose ocupacional: trata-se de reações alérgicas cutâneas crônicas, recorrentes em 
trabalhadores que manuseiam graxa ou óleo mecânico. 
– Câncer de pele: um dos tipos mais comuns da enfermidade, pode ser considerado uma doença 
ocupacional quando estiver relacionado à exposição excessiva ao sol por conta da atividade 
profissional exercida pelo trabalhador. 
– Surdez temporária ou definitiva: a perda da sensibilidade auditiva por conta de exposição a ruídos 
constantes não só caracteriza uma doença ocupacional como também pode tornar-se irreversível, de 
forma lenta e silenciosa. Pode acontecer com operários do setor de construção, por conta da 
utilização de equipamentos ruidosos, e também com operadores de telemarketing. 
– Siderose: comum em trabalhadores de minas de ferro, que acabam desenvolvendo uma falta de ar 
constante por conta da inalação de partículas microscópicas de ferro, que se alojam nos bronquíolos. 
– Catarata: doença comum no Brasil, pode ser considerada ocupacional se a perda do cristalino 
(lente natural do olho) tiver relação direta com a exposição constante a altas temperaturas por conta 
do ambiente de trabalho. A catarata é responsável por 51% dos casos de cegueira no mundo. 
– Doenças psicossociais: alguns problemas de ordem emocional, como a depressão, por exemplo, 
podem estar relacionados a dificuldades encontradas no ambiente de trabalho, como pressão, carga 
horária excessiva ou até mesmo desentendimento com colegas ou chefes. Neste caso, configuram-se 
doenças ocupacionais. 
Doença Ocupacional: Conceito, Características E Direitos Do Trabalhador 
Atualmente, cresce cada dia mais o número de ações requerendo indenizações decorrentes de 
doença ocupacional. Esse aumento está ligado à facilidade de acesso à informação por parte do 
trabalhador. 
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Mas, Afinal, O Que É A Doença Ocupacional? 
A doença ocupacional ou profissional está definida no artigo 20, I da Lei n. 8.213 de 24 de julho de 
1991 como a enfermidade produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a 
determinada atividade e constante da relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e da Previdência 
Social. 
As doenças profissionais, conhecidas ainda com o nome de ―idiopatias‖, ―ergopatias‖, ―tecnopatias‖ 
ou ―doenças profissionais típicas‖, são produzidas ou desencadeadas pelo exercício profissional 
peculiar de determinada atividade, ou seja, são doenças que decorrem necessariamente do exercício 
de uma profissão. Por isso, prescindem de comprovação de nexo de causalidade com o trabalho, 
porquanto há uma relação de sua tipicidade, presumindo-se, por lei, que decorrem de determinado 
trabalho. Tais doenças são ocasionadas por microtraumas que cotidianamente agridem e vulneram 
as defesas orgânicas e que, por efeito cumulativo, terminam por vencê-las, deflagrando o processo 
mórbido (MONTEIRO; BERGANI, 2000, p. 15). 
A doença ocupacional ou profissional, portanto, é desencadeada pelo exercício do trabalhador em 
uma determinada função que esteja diretamente ligada à profissão. 
Para simplificar, alguns exemplos de doença ocupacional são: o escrevente que adquiriu tendinite, o 
soldador que desenvolveu catarata, o auxiliar de limpeza que sofre com LER, o trabalhador que 
levanta peso e sofre com problemas de coluna, entre outros. 
O Que É A Doença Ocupacional? 
A doença de trabalho tem previsão legal no inciso II do artigo 20 da Lei n. 8.213 de 24 de julho de 
1991, que a define como enfermidade adquirida ou desencadeada em função de condições especiais 
em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente, constante da relação mencionada 
no inciso I. 
Diferentemente da doença profissional, a doença de trabalho não está atrelada à função 
desempenhada pelo trabalhador, mas ao local onde o operário é obrigado a trabalhar. 
Como exemplo de doença de trabalho, podemos citar: o câncer que acomete trabalhadores de minas 
e refinações de níquel, as pessoas que trabalham em contato com amianto ou em proximidade com 
algo radioativo, os trabalhadores que sofrem de doenças pulmonares por estarem em contato 
constante com muita poeira, névoa, vapores ou gases nocivos, a surdez provocada por local 
extremamente ruidoso, entre outros. 
Quais Tipos De Doenças Não São Considerados Doença De Trabalho 
Existem algumas doenças que não são consideradas doença de trabalho em virtude de sua natureza, 
pois se desenvolvem naturalmente. São elas: 
a) doença degenerativa; 
b) doença inerente ao grupo etário; 
c) doença que não produza incapacidade laborativa; 
d) doença endêmica adquirida por segurado habitante de região e que se desenvolva, salvo 
comprovação de que é resultante de exposição ou contato direto determinado pela natureza do 
trabalho. 
As hipóteses acima estão dispostas no artigo 20, parágrafo 1o da Lei n. 8.213/1991, as quais serão 
detalhadas a seguir. 
Doença Degenerativa 
Doenças degenerativas são as que modificam o comportamento da célula, causando uma gradual 
lesão do tecido de caráter irreversível e evolutivo. Essas doenças são cada vez mais comuns e são 
assim conhecidas porque causam a degeneração progressiva do organismo como um todo. 
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Provocam a degeneração da estrutura das células e tecidos afetados e podem envolver todo o 
organismo: vasos sanguíneos, tecidos, ossos, visão, órgãos internos, cérebro, entre outros. 
As doenças degenerativas são crônicas, não transmissíveis e algumas não têm cura conhecida. O 
conhecimento que se tem é de que elas podem se desenvolver devido a diversos fatores, como 
tabagismo, excesso de peso corporal, má alimentação, vida sedentária, predisposição genética e 
alcoolismo. 
Alguns exemplos de doença degenerativa são: câncer, diabetes, esclerose múltipla, osteoartrose, 
osteoporose, degeneração dos discos vertebrais, hipertensão arterial, Mal de Alzheimer, Mal de 
Parkinson, Coreia de Huntington, entre outras. 
Doença Inerente Ao Grupo Etário 
As doenças ligadas ao grupo etário têm necessariamente a idade como fato gerador da enfermidade. 
Sua causa não decorre das atividades exercidas, e sim da própria idade. Como exemplos dessa 
doença, podemos citar a presbiacusia (que é a perda da acuidade auditiva iniciada a partir dos 30 
anos, resultante da degenerescência das células sensoriais), a catarata, doenças reumáticas, 
Alzheimer, entre outras. 
Doença Que Não Produz Incapacidade Laborativa 
Também são consideradas doenças de trabalho as enfermidades que não ensejam a perda da 
capacidade laboral, como simples queda ou até mesmo um pequeno corte. 
Doença Endêmica 
Adquirida por segurado habitante de região e que se desenvolva, salvo comprovação de que é 
resultante de exposição ou contato direto determinadopela natureza do trabalho. 
Concausa 
A concausa é outra espécie de acidente de trabalho, estando sua teoria estabelecida no inciso I do 
artigo 21 da Lei n. 8.213/1991: 
Art. 21 — Equiparam-se também ao acidente de trabalho, para efeitos desta Lei: 
I — o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja contribuído 
diretamente para a morte do segurado, para redução ou perda da sua capacidade para o trabalho, ou 
produzindo lesão que exija atenção médica para a sua recuperação […]. 
Assim, a concausa é definida como outra causa que se junta à principal, concorrendo com o 
resultado, ou seja, ela não dá origem à enfermidade, mas acaba fazendo com que esta se agrave. 
O acidente de trabalho pode ocorrer em virtude de vários motivos diferentes, no entanto, a atividade 
laborativa desenvolvida pelo trabalhador está sempre presente. Os fatores que caracterizam a 
concausa podem ocorrer em virtude de acontecimentos anteriores, simultâneos ou posteriores ao 
evento. Diante disso, podemos classificar as concausas como preexistentes, concomitantes e 
supervenientes. No entanto, essa classificação tem finalidade apenas didática, pois, na prática, é 
desconsiderada. 
Constituem as concausas preexistentes os fatores que preexistem ao acidente, contribuindo, 
juntamente com o fator laboral, decisivamente para a ocorrência do evento que causa incapacidade 
do indivíduo. 
Também conhecidas como anteriores, prévias ou predisponentes, são as causas que não 
apresentam vinculação direta com o trabalho, mas que, quando a ele associadas, determinam a 
ocorrência do acidente, ocasionando a morte ou produzindo lesão corporal ou perturbação funcional 
no trabalhador, que apresenta uma predisposição latente para o acometimento do infortúnio. Assim, a 
atividade laborativa, isoladamente, é incapaz de resultar na lesão, mas, diante das condições 
pessoais do empregado, o acidente torna-se realidade (BRANDÃO, 2006, p. 170–171). 
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Esse tipo de concausa pode ser verificado quando o trabalhador já era portador de alguma moléstia 
quando iniciou suas atividades para o empregador, mas, diante de situações específicas decorrentes 
do ambiente de trabalho, há o aparecimento de sintomas ou o agravamento da doença, que pode 
resultar na redução da capacidade laborativa do trabalhador ou até mesmo em sua morte. 
Assim, se um trabalhador portador de grave hipertensão arterial que atua em fundição, próximo aos 
fornos, em trabalho pesado e sujeito a altas temperaturas, morre em função de sua patologia, ou se 
um empregado hemofílico sofre, em serviço, um ferimento no braço que, para outro trabalhador 
sadio, não teria maiores consequências, e morre em decorrência de séria hemorragia, estamos diante 
de hipóteses de concausas preexistentes (BRANDÃO, 2006, p. 170–171). 
A concausa concomitante ocorre ao mesmo tempo que o acidente de trabalho. Como exemplo dessa 
modalidade, podemos citar o indivíduo que sofre infarto durante um assalto ocorrido nas 
dependências da empresa, vindo a falecer ou a perder o movimento de parte do corpo, de modo a 
incapacitá-lo para o trabalho. 
Já a concausa superveniente acontece em momento posterior ao próprio acidente de trabalho. 
Relaciona-se a fatos posteriores à sequela, acarretando prejuízo ao acidentado no período de 
tratamento ou evolução dos problemas decorrentes do acidente ou da doença. Podemos citar como 
exemplos as intervenções cirúrgicas mal feitas, as altas médicas ocorridas de forma precipitada e 
indevida, as infecções hospitalares, a falta de medicamentos adequados, a deficiência de 
acompanhamento médico em período de recuperação do evento, ou seja, todas as circunstâncias 
que contribuem para o agravamento do dano, para a piora das condições de saúde do trabalhador, 
de forma a complicar o quadro clínico ou representar perigo de vida para o acidentado (COSTA, 
2007, p. 85). 
Medidas A Serem Adotadas Após Sofrer Um Acidente De Trabalho 
Após sofrer um acidente de trabalho, algumas medidas tornam-se necessárias para que o acidentado 
possa garantir seus direitos: a) logo após a ocorrência do acidente e tendo condições físicas, deve-se 
comunicar imediatamente o superior hierárquico ou pedir que alguém o faça em seu nome; b) 
procurar por socorro médico o mais rápido possível, e solicitar um atestado descrevendo quais foram 
os danos sofridos; c) ir até a empresa ou pedir que alguém vá para que seja providenciada a abertura 
do Comunicado de Acidente de Trabalho (CAT). É importante destacar que, independentemente de 
ser o próprio acidentado ou terceiro a comparecer à empresa, é imprescindível a apresentação do 
atestado médico para que o CAT possa ser lavrado adequadamente. 
O CAT é uma peça de suma importância para o trabalhador, pois é capaz de provar que o obreiro 
sofreu um acidente de trabalho, servindo como prova para requerimento de benefícios previdenciários 
e para obrigar que a empresa indenize o empregado pela perda ou redução da capacidade laborativa. 
Existe uma situação peculiar em relação ao acidente de trabalho que diz respeito ao momento em 
que o empregado está indo ou voltando do ambiente laboral. Nesses casos, o empregado 
primeiramente deve buscar atendimento médico e sempre pedir um atestado médico na hipótese de 
ser atendido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Se for atendido por outra 
unidade semelhante, como Bombeiros ou Polícia Militar, deverá pedir uma Cópia do Boletim de 
Atendimento, bem como uma cópia do Boletim de Ocorrência, caso este último tenha sido lavrado. 
Após se recuperar do acidente, o empregado deve providenciar a elaboração do CAT junto à 
empresa, levando os documentos necessários para a comprovação do acidente, quais sejam: 
atestado médico, boletim de atendimento (se houver), boletim de ocorrência (se houver). 
Estabilidade Provisória Do Empregado 
O acidente do trabalho repercute e gera efeitos no contrato de trabalho entre empregado e 
empregador, o que deixa clara a importância de descobrir a origem do acidente ou da doença sofrida 
pelo empregado, bem como a importância que representa para o empregador ver-se eximido dessa 
responsabilidade. 
Os principais efeitos derivados na relação empregatícia decorrentes de um acidente 
laboral correspondem à suspensão do contrato de trabalho e ao reconhecimento da estabilidade 
provisória do empregado. 
 DOENÇAS OCUPACIONAIS 
 
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A estabilidade provisória decorrente da doença profissional é uma garantia que assegura a 
manutenção do contrato de trabalho, independentemente da vontade do empregador. Ela pode ser 
aplicada para trabalhadores que se encontram em determinadas situações de caráter especial e em 
decorrência de autorização de lei. Quando o funcionário está abrangido pela proteção ao emprego, o 
empregador fica impedido de dispensá-lo, salvo em caso de justo motivo. 
O artigo 118 da Lei n. 8.213/1991 dispõe que: 
Art. 118. O segurado que sofreu acidente do trabalho tem garantida, pelo prazo mínimo de doze 
meses, a manutenção do seu contrato de trabalho na empresa, após a cessação do auxílio-doença 
acidentário, independentemente de percepção de auxílio-acidente. 
Conforme inteligência do artigo citado, o trabalhador vítima de acidente de trabalho goza de 
estabilidade pelo período de 12 meses após a concessão do auxílio acidentário, independentemente 
da percepção do benefício acidentário concedido pelo INSS.. Dessa maneira, não pode ser 
dispensado de forma arbitrária ou sem justa causa. 
Essa proteção busca possibilitar que o empregado se readapte e se reinsira no mercado de trabalho, 
sendo que sua obtenção ocorre no 16o dia de afastamento, quando o trabalhador passa a receber o 
benefício de auxílio-doença da previdência, tendo seu contrato de trabalho suspenso.Tais medidas têm como objetivo assegurar a proteção ao emprego em razão da doença ou acidente 
de trabalho. 
Nesse sentido já manifestou o Tribunal Superior do Trabalho: 
RECURSO DE REVISTA. ESTABILIDADE PROVISÓRIA. ACIDENTE DE TRABALHO. São 
pressupostos para a concessão da estabilidade o afastamento superior a 15 dias e a consequente 
percepção do auxílio-doença acidentário, salvo se constatada, após a despedida, doença profissional 
que guarde relação de causalidade com a execução do contrato de emprego . Extrai-se do acórdão 
regional ter sido constatada, pelo perito do juízo, doença profissional que guarda relação de 
causalidade com a execução do contrato de emprego. Recurso de revista conhecido e provido. 
(TST — RR: 328007720075020027, Relator: Augusto César Leite de Carvalho, Data de Julgamento: 
27/05/2015, 6ª Turma, Data de Publicação: DEJT 29/05/2015) 
Por fim, é importante destacar que, caso o empregado seja dispensado durante o período de 
estabilidade provisória sem justa causa, terá direito de pedir judicialmente que seja reintegrado ou até 
mesmo receber uma indenização pelo tempo em que estaria resguardado pela estabilidade. 
Do Dano Moral 
O artigo 7o, XXVIII da Constituição Federal garante ao trabalhador a indenização por doença 
ocupacional, uma vez demonstrado o nexo causal entre a atividade profissional desenvolvida pelo 
trabalhador na empresa e a doença adquirida. 
Dessa forma, é indispensável que a moléstia tenha origem exclusiva nas atividades desempenhadas 
na empresa para que se estabeleça uma relação de culpa ou mesmo dolo na conduta ilícita 
comissiva ou omissiva do empregador a justificar o pagamento da indenização por dano moral. 
A indenização moral objetiva minimizar a dor sentida pela vítima, compensando-a pelo sofrimento. 
Quanto ao valor a ser pago a título de indenização por danos morais, este pauta-se nas regras, nas 
peculiaridades de cada caso concreto em relação a cada ofensor e ofendido. 
Os nossos tribunais mantêm o entendimento de que essa indenização possui caráter muito mais 
disciplinar do que reparatório, uma vez que o sofrimento pessoal da vítima não pode ser medido e 
muito menos reparado. 
Assim, seguem algumas jurisprudências exemplificativas sobre o tema: 
AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA. DANO MORAL. DOENÇA 
OCUPACIONAL. DORT/TENOSSINOVITE. INDENIZAÇÃO DEFERIDA EM R$ 87. 805,20. 
 DOENÇAS OCUPACIONAIS 
 
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MAJORAÇÃO DO VALOR DA CONDENAÇÃO. 
 
Recurso de revista que não merece admissibilidade porque não restou configurada, nos termos do 
artigo 896, alíneas a e c, da CLT, a alegada ofensa aos artigos 5º, incisos V e X, 6º, 7º, incisos XXII e 
XXVIII, da Constituição Federal, 72, 225 e 818 da CLT, 145, 333, inciso I, 426, inciso II, 
e 427 do CPC , 159 e 1.539 do Código Civil, 19,20 e 21 da Lei nº 8.213/91, tampouco divergência 
jurisprudencial, pelo que, não infirmados os fundamentos do despacho denegatório do recurso de 
revista, mantém-se a decisão agravada por seus próprios fundamentos. Ressalta-se que, conforme 
entendimento pacificado da Suprema Corte (MS-27. 350/DF, Rel. Min. Celso de Mello, DJ 
04/06/2008), não configura negativa de prestação jurisdicional ou inexistência de motivação a decisão 
do Juízo ad quem pela qual se adotam, como razões de decidir, os próprios fundamentos constantes 
da decisão da instância recorrida (motivação per relationem), uma vez que atendida a exigência 
constitucional e legal da motivação das decisões emanadas do Poder Judiciário. Agravo de 
instrumento desprovido. (TST — AIRR: 351403420045030071 35140–34.2004.5.03.0071, Relator: 
José Roberto Freire Pimenta, Data de Julgamento: 19/09/2012, 2ª Turma) 
Recurso De Revista. Indenização Por Danos Morais. Doença Ocupacional. Hérnia De Disco. 
Aposentadoria Por Invalidez. Majoração Valor Arbitrado. 
 
Deve ser mantida a v. decisão regional que reduziu o valor arbitrado a título de indenização por danos 
morais de R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais) para R$ 37.730,50 (trinta e sete mil e setecentos e 
trinta reais e cinquenta centavos), equivalente a 50 vezes a remuneração para fins rescisórios, pois 
observou os princípios da proporcionalidade e da razoabilidade, tendo levado em conta na fixação do 
valor a finalidade compensatória e pedagógica da indenização por danos morais, e a vedação do 
enriquecimento ilícito da vítima, a idade e a capacidade de recuperação do reclamante. Recurso de 
revista não conhecido. 
 
 Multa Do Art. 475-J Do CPC. 
 
Incompatibilidade Com O Processo Do Trabalho. Regra Própria Com Prazo Reduzido. Medida 
Coercitiva No Processo Trabalho Diferenciada Do Processo Civil. 
 
O art. 475-J do CPC determina que o devedor que, no prazo de quinze dias, não tiver efetuado o 
pagamento da dívida, tenha acrescido multa de 10% sobre o valor da execução e, a requerimento do 
credor, mandado de penhora e avaliação. A aplicação de norma processual extravagante, no 
processo do trabalho, está subordinada à omissão no texto da Consolidação. Nos incidentes da 
execução o art. 889 da CLT remete à Lei dos Executivos Fiscais como fonte subsidiária. Persistindo a 
omissão, tem-se o processo civil como fonte subsidiária por excelência, como preceitua o 
art. 769 da CLT. 
 
Não há omissão no art. 880 da CLT a autorizar a aplicação subsidiária do direito processual comum. 
Nesse sentido firmou-se a jurisprudência da c. SDI no julgamento dos leading cases E-RR — 38300–
47.2005.5.01.0052 (Relator Ministro Brito Pereira) e E-RR — 1568700–64.2006.5.09.0002 (Relator 
Ministro Aloysio Corrêa da Veiga), julgados em 29/06/2010. Recurso de revista não conhecido. 
(TST — RR: 421003820095060009 42100–38.2009.5.06.0009, Relator: Aloysio Corrêa da Veiga, Data 
de Julgamento: 01/06/2011, 6ª Turma, Data de Publicação: DEJT 10/06/2011) 
Indenização Por Danos Morais. Doença Ocupacional. Majoração Do Valor. 
 
Considerando que a indenização perseguida possui caráter muito mais disciplinar do que reparatório, 
eis que o sofrimento pessoal não pode ser mensurado nem verdadeiramente reparado, o que mais 
importa na fixação do valor da indenização é que este se traduza em uma repreensão que leve a 
demandada a se precaver, a fim de evitar a prática de novos fatos geradores de dano. À vista disso, 
dá-se provimento ao apelo obreiro, para majorar a reparação para R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), 
valor este que se encontra em consonância com a natureza do dano, a capacidade econômica da 
recorrida, o caráter pedagógico da medida e o princípio do não enriquecimento sem causa 
(artigos 186 e 927, caput, do Código Civil, e o artigo 5º, inciso X, da CF/88). (TRT-2 — RO: 
00006793620125020442 SP 00006793620125020442 A28, Relator: SERGIO ROBERTO 
RODRIGUES, Data de Julgamento: 18/11/2014, 11ª TURMA, Data de Publicação: 27/11/2014) 
 DOENÇAS OCUPACIONAIS 
 
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Portanto, fica claro que a indenização por dano moral tem como objetivo coibir que as empresas 
exponham seus funcionários ao risco de sofrerem lesões e acidentes graves no ambiente de trabalho. 
Doenças Ocupacionais 
Algumas profissões podem trazer riscos à saúde seja por exposição a produtos ou materiais tóxicos, 
ruídos ou movimentos repetitivos. Ao longo dos anos, os trabalhadores de algumas áreas começam a 
sofrer os efeitos dos perigos aos quais estão expostos ou podem, ainda, ser vítimas de acidentes 
como infarto, quedas e desmaios. 
Veja, a seguir, algumas das principais doenças ocupacionais e as profissões responsáveis pelo 
aparecimento delas: 
Problemas De Visão 
Mesmo com o auxílio do adicional noturno, destinado a compensar o desgaste físico do indivíduo, 
muitos trabalhadores que passam noites em claro, costumam apresentar, com o decorrer do tempo, 
dificuldades para enxergar e correm o risco de perder parte da visão ou ficar cegos. Isso aconteceporque o trabalho noturno desregula a produção de certos hormônios produzidos durante o sono, o 
que acaba prejudicando algumas funções corporais, como é o caso da visão. Os profissionais de 
estabelecimentos que funcionam 24h, ou aqueles que cumprem plantão durante a noite (médicos e 
enfermeiros), costumam reclamar de visão embaçada e dores de cabeça, consequência das 
complicações oculares. 
Asma Ocupacional 
É adquirida com o tempo, causada pela inalação de partículas que se soltam de materiais como o 
algodão, couro, madeira e sílica. Quem trabalha em fábricas têxteis e na área de materiais de 
construção, tem mais probabilidade de adquirir essa doença de natureza respiratória além de estar 
sujeito a sofrer com paradas respiratórias e até câncer de pulmão. Os sintomas mais comuns, nesse 
tipo de doença, são as tosses constantes, falta de ar e chiado no peito. 
*Silicose: doença que é causada pelo acúmulo de poeira sílica nos pulmões. As partículas desse 
material formam uma espécie de rede fibrosa nas paredes dos pulmões que impedem a respiração. A 
doença é progressiva e irreversível. Mesmo que o trabalhador se afaste de suas atividades, ela 
continua a progredir e pode levar a morte por insuficiência respiratória. 
Perda Auditiva 
Alguns empregos expõem os trabalhadores a longos períodos ouvindo fortes ruídos, o que pode 
causar uma doença conhecida por Perda Auditiva Induzida por Ruído, ou simplesmente PAIR. Os 
que trabalham na construção civil ou em metalúrgicas, ficam horas ouvindo máquinas que funcionam 
fazendo barulhos repetitivos. Esses profissionais começam, então, a perder a audição 
progressivamente. Isso se dá porque há um desgaste na estrutura dos ouvidos e é irreversível. 
Distúrbios Mentais 
O diagnóstico não é muito preciso, quando se trata da ligação de doenças mentais com o trabalho, 
mas sabe-se que algumas profissões que envolvem perigo, isolação e outros tipos de pressão 
psicológica, podem gerar distúrbios como síndrome do pânico, estresse e depressão. As funções de 
policial, segurança, bancários, operador de telemarketing são as que mais acometem os 
trabalhadores desses distúrbios mentais anteriormente citados. 
A medicina do trabalho é uma especialidade que se preocupa com a prevenção das doenças no 
exercício profissional e controles dos riscos ambientais. 
Ela está diretamente ligada a normas governamentais que empresas devem cumprir na promoção de 
saúde do trabalhador. 
As normativas da medicina do trabalho (que se integra a medicina ocupacional) servem para fazer o 
trabalhador exercer sua função sem que sua saúde e qualidade de vida estejam em risco. 
 DOENÇAS OCUPACIONAIS 
 
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Hoje, as empresas estão mais conscientizadas a respeito disso. O próprio empresário já procura o 
atendimento da medicina ocupacional como fator de qualidade para sua produção. 
Isso mostra que houve um amadurecimento nos setores. Antes as empresas cumpriam com suas 
obrigações ligadas à medicina ocupacional para fugir de multas violentas. 
Em razão disso, mais profissionais de medicina veem na área uma excelente oportunidade de 
crescimento profissional. Leia mais sobre o conceito de medicina do trabalho, suas funções e 
importância à sociedade. 
Com ela, o empregado tem um acompanhamento da medicina ocupacional. Isso evitará que exista 
algum agravamento na saúde do colaborador, devido a acidentes ou doenças relacionadas às 
funções que exerce no seu trabalho. 
As Empresas Já Enxergam A Medicina Do Trabalho Como Parceira 
A medicina do trabalho se baseia em normas reguladas pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Isso 
faz delas obrigatórias para as empresas. 
Ao garantir todos os recursos da medicina ocupacional aos empregados, o empresário garante a 
qualidade no trabalho e evita problemas com a lei. 
As complicações jurídicas oriundas da justiça trabalhista podem causar danos às empresas. Há 
penas sérias, e mesmo as mais brandas costumam vir acompanhadas de multas muito altas. 
Alguns empresários pensam que a medicina do trabalho está limitada a exames feitos na admissão e 
na demissão do funcionário. Isso não é verdade, pois há a obrigação da realização de exames 
periódicos. 
Dessa forma, a legislação evita que a atividade exercida pelo trabalhador ponha em risco a sua 
saúde. 
Os trabalhos da área rural, por exemplo, possuem 36 normas, divididas de acordo com as atividades 
dos trabalhadores. 
Além disso, a fiscalização é muito atuante, e está sempre presente nas empresas para avaliar o 
cumprimento das normas. 
E esse é um grande problema para empresários que acreditam que bastam os exames de admissão 
e demissão. 
História Da Medicina Do Trabalho 
No mundo, a preocupação com saúde e segurança do trabalho teve início no século XIX, na 
Inglaterra, durante a Revolução Industrial. Não havia segurança nos ambientes fabris, e as condutas 
dos empresários não ajudava. 
Esses donos de fábricas, que passaram a empregar trabalhadores oriundos do campo, formaram a 
chamada burguesia. 
Além das péssimas condições de trabalho, as jornadas eram muito extenuantes. Em razão disso, 
doenças relacionadas às funções exercidas pelos empregados começaram a surgir. 
Os primeiros registros de doenças foram as pulmonares, que atacavam principalmente os 
trabalhadores das minas. 
Diante dessa preocupação, o governo inglês nomeou o primeiro médico do trabalho em 1834. Ele 
passou a inspecionar as fábricas da Inglaterra, e mais tarde da Escócia. 
Sua função era cuidar dos trabalhadores nesses ambientes e zelar pelas boas práticas preventivas. 
O conceito de medicina e segurança do trabalho, então, já se formou nessa época. Um empregado 
fabril deveria realizar exames periódicos, além dos admissionais e demissionais. 
 DOENÇAS OCUPACIONAIS 
 
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No Brasil, foi em 1944, durante o Estado Novo, que se estabeleceu uma série de prerrogativas para 
garantir esses direitos do trabalhador. Isso veio através da promulgação da CLT. 
Criou-se, por exemplo, comissões internas para prevenção de acidentes e medidas para que exista 
dentro do trabalho os cuidados médicos necessários. 
Mas mesmo assim as medidas não foram cumpridas com rigor, já que as regras não foram 
especificadas na época. 
Só em 1978 surgiu uma legislação mais clara sobre a saúde, com a promulgação das normas 
reguladoras que, ainda que não fossem também claras, colocavam para as empresas algumas 
obrigações. 
Devido à falta de fiscalização e a uma legislação não muito exigente, isso foi esquecido até 1994, 
quando surgiu o modelo de normas que utilizamos hoje. 
Funções Do Médico Do Trabalho 
O médico que deseja atuar na medicina do trabalho deve ter um certificado de residência médica (ou 
denominação equivalente) que demonstre que ele atuou na área, e que seja reconhecido pela 
Comissão Nacional da Residência Médica do Ministério da Educação. 
A função mais básica desse profissional é realizar uma integração entre a exigência das atividades 
profissionais da sociedade e o impacto na saúde dos trabalhadores. 
O seu conhecimento, portanto, abrange a administração das demandas das empresas e os limites 
que os colaboradores delas possuem, tanto físicos quanto mentais. 
É interessante notar que o médico que realiza essa tarefa deve conhecer também, de maneira 
aprofundada, as atividades dos funcionários. 
Dessa forma ele será capaz de criar medidas preventivas e panoramas sobre futuros problemas. 
Afinal, ele tem a responsabilidade de alertar sobre quadros de adoecimento físico ou mental. 
O trabalho também envolve a transmissão de conhecimento ao trabalhador. Ele precisa estar 
conscientizado a respeito das suas atividades profissionais. 
Além disso, deve conhecer suas obrigações a respeito de exames médicos e preventivos. 
A tarefa do profissional é cada vez mais reconhecidacomo importante diante de diversos problemas 
de saúde apresentados por organizações. Na atual divisão de tarefas na indústria e no mercado, é 
constante o número de problemas relacionados à mente. 
Além disso, as doenças que tem abatido os trabalhadores são as Lesões por Esforço Repetitivo e 
Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho. 
Exames Realizados Na Medicina Do Trabalho 
Hoje, é mais fácil realizar os exames. Através da telemedicina, tanto o trabalhador como o médico 
usufruem de agilidade e eficiência. Os laudos são emitidos na hora, e tudo tende a ter um custo-
benefício muito maior. 
Na Telemedicina Morsch, por exemplo, é possível ter laudos médicos à distância, numa plataforma 
chamada central de laudos. 
Essa tecnologia pode ser uma aliada na modernização das clínicas. Para jovens profissionais, a 
especialização em medicina do trabalho se torna uma excelente escolha em razão disso. Veja os 
exames que as empresas precisam fazer: 
 
Exames Admissionais E Demissionais 
 
São os exames feitos na contratação de um empregado e no seu desligamento da empresa. Servem 
 DOENÇAS OCUPACIONAIS 
 
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para demonstrar a qualidade de saúde na entrada e saída, de forma que evidencie se o trabalhador 
sofreu algum dano no tempo em que esteve empregado. 
Empresas com apenas um funcionário já devem ficar atentas às normas de segurança e medicina do 
trabalho. Os admissionais e demissionais são obrigatórios para qualquer colaborador que seja 
registrado na carteira de trabalho. 
Esses exames dificilmente são feitos diretamente na empresa. Normalmente ela tem um contrato com 
uma clínica especializada em medicina do trabalho. 
O funcionário é enviado para ela (muitas vezes não é necessário agendamento) com uma guia de 
encaminhamento e é atendido. 
Para cumprir com as normas, o trabalhador deverá ter um Atestado de Saúde Ocupacional (ASO). 
Trata-se de um documento emitido em três vias. 
Uma ficará com a empresa contratante, outra com o colaborador e a terceira com a clínica de 
medicina contratada. 
Para receber o ASO, o trabalhador deverá fazer os exames médicos indicados para a área de 
atuação. Por exemplo, se ele trabalhará numa fábrica onde será exposto a ruídos altos, deverá fazer 
uma audiometria. 
Exames Periódicos Na Medicina Do Trabalho 
Os exames periódicos servem para, além de avaliar o estado de saúde dos colaboradores, indicar as 
precauções que devem ser tomadas. 
Dessa forma, ficará evidenciado se há níveis de fatores químicos, físicos, biológicos e ergonômicos 
aos quais eles estão expostos no trabalho. 
Não são todas as empresas que realizam tais exames, porque acreditam que eles não são 
obrigatórios. 
Dessa forma, além de expor os trabalhadores em risco, acabam estando sujeita a multas. A 
obrigatoriedade da realização dos exames médicos está regulamentada pela Portaria nº 3214, de 8 
de junho de 1978. 
Sempre escolha realizar os exames em sua própria clínica utilizando a Telemedicina como parceira 
para oferecer os aparelhos em comodato e também interpretar os exames e fornecer o laudo a 
distância em minutos. 
Regras A Respeito Da Periodicidade Dos Exames 
As regras podem ser semestrais, anuais ou bienais: 
 Exames Bienais: São feitos por colaboradores com idade entre 18 e 45 anos, e que atuam em uma 
função em que não estão sujeitos a fatores de risco. 
 Exames anuais: São feitos para avaliar a condição de saúde de colaboradores que estão expostos a 
fatores de risco, portadores de doenças crônicas (para avaliar o agravamento ou surgimento de 
doenças ocupacionais) e daqueles que possuem menos de 18 anos ou mais de 45. Nos casos dos 
portadores de doenças é preciso um acompanhamento periódico. 
 Exames Semestrais: Servem para acompanhar o estado da saúde do colaborador, através de 
monitoramentos biológicos. A normatização dessas regras é feita pelo PCMSO. 
Áreas De Atuação Da Medicina Do Trabalho Ou Ocupacional 
A medicina do trabalho normalmente está envolvida com os conceitos e ferramentas utilizados na 
saúde pública. Em razão disso, o profissional que deseja exercê-la deve ter um domínio de tais 
elementos, bem como da prática em Clínica Médica. 
 DOENÇAS OCUPACIONAIS 
 
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A formação também exige que o profissional conheça os aspectos políticos, sociológicos, históricos, 
tecnológicos, demográfico e outros. 
Além disso, deve-se conhecer as atualizações da medicina ocupacional. Todos esses fatores são 
importantes, já que o campo de atuação é bastante amplo, extrapolando o âmbito tradicional. 
O Médico Do Trabalho Pode Atuar Nas Seguintes Áreas: 
 Rede pública, tanto no desenvolvimento de ações para o trabalhador como na prática em serviços 
de saúde. 
 Em pesquisas investigativas no campo, com o objetivo de compreender as atuais relações entre 
saúde e trabalho. 
 Em empresas, como empregado de Serviços Especializados de Engenharia de Segurança e de 
Medicina do Trabalho. 
 Em órgãos de normalização e fiscalização. Normalmente o profissional é ligado ao Ministério do 
Trabalho e Emprego, fazendo uma função de avaliação das condições de Saúde e Segurança no 
Trabalho (SST). 
 Em perícia Médica da Previdência Social, por meio da atividade de seguradora do Acidente do 
Trabalho (SAT). 
 Em assessoria a sindicatos e organizações de trabalhadores e empregadores diversas. 
 Consultoria privada para o campo. 
 Na formação e capacitação de profissionais, dentro de um corpo docente. 
 Como perito judicial em processos trabalhistas, ações cíveis e ações da promotoria pública junto ao 
Sistema Judiciário. 
Competências Do Profissional De Medicina Ocupacional 
Os profissionais que trabalham na elaboração e implementação de medidas para a saúde do 
trabalhador (bem como na realização de exames e no tratamento de doenças), devem ter atenção a 
todos os fatores da área. 
E isso envolve inúmeros serviços de saúde, em diversas áreas e níveis de organização. 
Em 22 de fevereiro de 1998 foi publicada a Resolução 1.488/98, do CFM, que estabelecia as 
diretrizes para os procedimentos profissionais e éticos. 
Todos os médicos que atendem os trabalhadores são obrigados a cumpri-la, não importando a 
especialidade. 
Competências mínimas para compreender a natureza do seu trabalho. Veja quais são: 
 Saber conhecer as ferramentas e métodos para esclarecer o diagnóstico e para criar de condutas 
médicas adequadas. Além disso, deve atuar dentro dos procedimentos legais e previdenciários. 
 Saber reconhecer sintomas e fontes de exposição de diferentes funções exercidas por 
colaboradores. 
 Conseguir um histórico da exposição ambiental/ocupacional do trabalhador. 
 Realizar exames exigidos pela legislação, histórico médico e ocupacional, avaliação clínica e 
laboratorial, cumprimento das demandas profissiográficas e da lei. 
 Saber diagnosticar e tratar as doenças e acidentes do trabalho e promover a reabilitação física e 
mental do trabalhador. 
 DOENÇAS OCUPACIONAIS 
 
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 Realizar atenção médica de emergência, mesmo em casos não relacionados ao trabalho. 
 Criar medidas educativas e de conscientização dos empregadores e empregados. 
 Saber identificar os fatores de risco dentro do ambiente de trabalho. 
 Saber identificar as medidas para a prevenção e controle dos fatores de risco. 
 Identificar e alertar o potencial tóxico de risco para a saúde de produtos químicos usados pelas 
empresas. 
 Saber interpretar normas técnicas e regulamentos legais para entender como cumpri-los 
adequadamente. Deve, ainda, colaborar para a melhoria dessas normas. 
 Ajudar a implementar programas para reabilitação de trabalhadores que são dependentes químicos. 
 Ajudar na inspeção e avaliação dascondições de trabalho, tendo em vista a prevenção de danos à 
saúde. 
 Criar meios para situações de desastres ou acidentes graves. 
 Saber extrair e gerenciar informações estatísticas e epidemiológicas sobre mortalidade, morbidade 
e incapacidade para o trabalho. Isso servirá à vigilância da saúde e ao planejamento de meios para 
programas de saúde. 
 Criar atividades que promovam a saúde e relacionam fatores de risco no trabalho. 
Acidente Do Trabalho E Doenças Ocupacionais 
Conforme dispõe o art. 19 de Lei 8.213/91 acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do 
trabalho a serviço da empresa ou pelo exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do 
art. 11 da referida Lei, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a 
perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho. 
Fazem jus a benefícios por acidente de trabalho: 
 Os empregados (inclusive os temporários); 
 Os trabalhadores avulsos; 
 Os segurados especiais; 
 Os médicos residentes (conforme art. 4, § 5º da Lei 6.932/81); 
 Empregados Domésticos (conforme Emenda Constitucional 72/2013). 
Acidente Do Trabalho - Equiparação 
Equiparam-se também ao acidente do trabalho: 
a. O acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja contribuído 
diretamente para a morte do segurado, para redução ou perda da sua capacidade para o trabalho, ou 
produzido lesão que exija atenção médica para a sua recuperação; 
b. O acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, em consequência de: 
 Ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro de trabalho; 
 Ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada ao trabalho; 
 Ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro ou de companheiro de trabalho; 
 Ato de pessoa privada do uso da razão; 
 DOENÇAS OCUPACIONAIS 
 
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 Desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou decorrentes de força maior; 
c. A doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício de sua atividade; 
d. O acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário de trabalho; 
e. Na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da empresa; 
f. Na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar prejuízo ou proporcionar 
proveito; 
g. Em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo quando financiada por esta dentro de 
seus planos para melhor capacitação da mão de obra, independentemente do meio de locomoção 
utilizado, inclusive veículo de propriedade do segurado; 
h. No percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o meio 
de locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado. 
Nota: Não se caracteriza como acidente de trabalho o acidente de trajeto sofrido pelo segurado que, 
por interesse pessoal, tiver interrompido ou alterado o percurso habitual. 
Nos períodos destinados a refeição ou descanso, ou por ocasião da satisfação de outras 
necessidades fisiológicas, no local do trabalho ou durante este, o empregado é considerado no 
exercício do trabalho. 
Não é considerada agravação ou complicação de acidente do trabalho a lesão que, resultante de 
acidente de outra origem, se associe ou se superponha às consequências do anterior. 
Se o acidente do trabalhador avulso ocorrer no trajeto do órgão gestor de mão de obra ou sindicato 
para a residência, é indispensável para caracterização do acidente o registro de comparecimento ao 
órgão gestor de mão de obra ou ao sindicato. 
Quando houver registro policial da ocorrência do acidente, será exigida a apresentação do respectivo 
boletim. 
Nota: Considera-se como o dia do acidente, no caso de doença profissional ou doença do trabalho, a 
data do início da incapacidade (DII) laborativa para o exercício da atividade habitual ou o dia da 
segregação compulsória ou o dia em que for realizado o diagnóstico, valendo para esse efeito o que 
ocorrer primeiro. 
Doenças Ocupacionais 
As doenças ocupacionais são aquelas deflagradas em virtude da atividade laborativa desempenhada 
pelo Segurado. As doenças ocupacionais são consideradas como acidente de trabalho e se dividem 
em doenças profissionais e do trabalho. 
a) Doenças Profissionais: são aquelas decorrentes de situações comuns aos integrantes de 
determinada categoria profissional de trabalhadores. Estão relacionadas no anexo II do Decreto 
3.048/99 ou reconhecida pela Previdência Social; 
b) Doenças do Trabalho: são aquelas adquiridas ou desencadeadas em função de condições 
especiais em que o trabalho é realizado. Está relacionada diretamente às condições do ambiente, ou 
seja, a atividade profissional desenvolvida não é a causadora de nenhuma doença ou perturbação 
funcional, mas as condições do ambiente que cerca o segurado. 
Naõ são consideradas como doença do trabalho: 
 A doença degenerativa; 
 A inerente a grupo etário; 
 A que não produza incapacidade laborativa; 
 
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A doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em que ela se desenvolva, salvo 
comprovação de que é resultante de exposição ou contato direto determinado pela natureza do 
trabalho. 
Nota: Em caso excepcional, constatando-se que a doença não incluída na relação prevista anexo II 
do Decreto 3.048/99 resultou das condições especiais em que o trabalho é executado e com ele se 
relaciona diretamente, a Previdência Social deve considerá-la acidente do trabalho. 
Nexo De Causalidade 
O nexo de causalidade é o vínculo fático que liga o efeito à causa, ou seja, é a comprovação de que o 
acidente de trabalho ou doença ocupacional foi a causa da incapacidade para o trabalho o morte. 
De acordo como art. 337 do Decreto 3.048/99, o acidente do trabalho será caracterizado 
tecnicamente pela perícia médica do INSS, mediante a identificação do nexo entre o trabalho e o 
agravo, apontando as seguintes conclusões; 
 O acidente e a lesão; 
 A doença e o trabalho; 
 A causa mortis e o acidente. 
Será considerado agravamento do acidente aquele sofrido pelo acidentado quanto estiver sob a 
responsabilidade da reabilitação profissional. 
Considera-se estabelecido o nexo entre o trabalho e o agravo quando se verificar nexo técnico 
epidemiológico entre a atividade da empresa e a entidade mórbida motivadora da incapacidade, 
elencada na Classificação Internacional de Doenças - CID em conformidade com o disposto na Lista 
C do II do Decreto 3.048/99. 
Considera-se agravo a lesão, doença, transtorno de saúde, distúrbio, disfunção ou síndrome de 
evolução aguda, subaguda ou crônica, de natureza clínica ou subclínica, inclusive morte, 
independentemente do tempo de latência. 
Reconhecidos pela perícia médica do INSS a incapacidade para o trabalho e o nexo entre o trabalho 
e o agravo serão devidas as prestações acidentárias a que o beneficiário tenha direito. 
Contestação Da Empresa - Possibilidades 
A empresa poderá requerer ao INSS a não aplicação do nexo técnico epidemiológico ao caso 
concreto mediante a demonstração de inexistência de correspondente nexo entre o trabalho e o 
agravo. 
O requerimento poderá ser apresentado no prazo de 15 (quinze) dias da data para a entrega da GFIP 
que registre a movimentação do trabalhador, sob pena de não conhecimento da alegação em 
instância administrativa. 
Caracterizada a impossibilidade da apresentação do requerimento, motivada pelo não conhecimento 
tempestivo do diagnóstico do agravo, o o mesmo poderá ser apresentado no prazo de quinze dias da 
data em que a empresa tomar ciência da decisão da perícia médica do INSS. 
Juntamente com o requerimento a empresa formulará as alegações que entender necessárias eapresentará as provas que possuir demonstrando a inexistência de nexo entre o trabalho e o agravo. 
A documentação probatória poderá trazer, entre outros meios de prova, evidências técnicas 
circunstanciadas e tempestivas à exposição do segurado, podendo ser produzidas no âmbito de 
programas de gestão de risco, a cargo da empresa, que possuam responsável técnico legalmente 
habilitado. 
Impugnação Pelo Segurado 
 
O INSS informará ao segurado sobre a contestação da empresa para que este, querendo, possa 
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impugná-la, juntando as alegações que entender necessárias e apresentando as provas que possuir, 
sempre que a instrução do pedido evidenciar a possibilidade de reconhecimento de inexistência do 
nexo entre o trabalho e o agravo. 
Possibilidade De Recurso 
Da decisão do requerimento da contestação ou da impugnação cabe recurso, com efeito suspensivo, 
por parte da empresa ou, conforme o caso, do segurado ao Conselho de Recursos da Previdência 
Social, nos termos dos arts. 305 a 310 do Decreto 3.048/99. 
Bases: Arts. 19 a 23 da Lei 8.213/91, art. 337 do Decreto 3.048/99; 
Perícia Médica 
 A perícia médica é atribuição privativa de médico, podendo ser exercida pelo civil ou militar, desde 
que investido em função que assegure a competência legal e administrativa do ato profissional. 
 
 O exame médico-pericial visa a definir o nexo de causalidade (causa e efeito) entre: 
 
 - doença ou lesão e a morte (definição da causa mortis); 
 
 - doença ou seqüela de acidente e a incapacidade ou invalidez física e/ou mental; 
 
 - o acidente e a lesão; 
 
 - doença ou acidente e o exercício da atividade laboral; 
 
 - doença ou acidente e seqüela temporária ou permanente; 
 
 - desempenho de atividade e riscos para si e para terceiros. 
 
 Por outro lado, o médico perito, através de competente inspeção médica, pode concluir se a pessoa 
portadora ou não de doença ou vítima de seqüela resultante de acidente reúne condições para 
exercer determinada atividade (ocupação); é o denominado exame de aptidão/inaptidão física e/ou 
mental. 
 
 Ainda é considerada tarefa médico-pericial especializada a definição do grau de parentesco entre 
pessoas, diversos exames especiais para identificar indivíduos, dos mais simples aos mais 
complexos, como, por exemplo, a identificação através de polimorfismo genômico, cuja prática é 
esporádica ou excepcional. 
 
 A perícia médica, há muito tempo, vem sendo utilizada para apoiar as investigações a cargo das 
policias técnicas, sempre que do evento investigado resulte dano físico e/ou mental. É a base do 
trabalho exercido pelo médico perito junto às instituições de medicina legal, vinculadas aos setores de 
polícia especializada, destacando-se ai o papel dos IML's. 
 
 O trabalho médico-pericial também tem sido requisitado pelos juízes, objetivando definir a existência, 
grau, natureza e causa de lesões físicas ou mentais sofridas por pessoas que recorrem ao Poder 
Judiciário, na expectativa da reparação de danos sofridos sob a responsabilidade direta ou indireta de 
terceiros. 
 
 Cabe destacar o papel da Previdência Social, que, desde a década de 30, vem condicionando a 
concessão ou manutenção de benefícios à ocorrência de incapacidade ou invalidez, comprovada por 
inspeção médico-pericial. 
 
 O Regime Trabalhista, ao adotar as estratégias de proteção à saúde do trabalhador, institui 
mecanismos de monitoração dos indivíduos, visando a evitar ou identificar precocemente os agravos 
à sua saúde, quando produzidos ou desencadeados pelo exercício do trabalho. Ao estabelecer a 
obrigatoriedade na realização dos exames pré-admissional, periódico e demissional do trabalhador, 
criou recursos médico-periciais voltados a identificar o nexo de causalidade entre os danos sofridos e 
a ocupação que desempenha. 
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 Do mesmo modo, nos serviços prestados ao Estado, os servidores públicos civis e militares estão 
amparados por dispositivos dos Regimes Jurídicos a que estão filiados, sendo-lhes assegurada a 
proteção a saúde. Para tanto, as estratégias utilizadas no acompanhamento do funcionário público 
em nada devem diferir daquelas adotadas no Regime Trabalhista. 
 
 No Regime Trabalhista, como no Regime Jurídico do Servidor Público, a concessão ou manutenção 
de licenças remuneradas, em virtude de doença ou acidente que produz incapacidade ou invalidez, 
está condicionada à realização da inspeção médico-pericial. 
 
 Como se vê, a perícia médica é exercida, praticamente, em todas as áreas de atuação do médico. 
Muitas vezes, nós a praticamos em sua plenitude, sem que estejamos alertados para as graves 
responsabilidades assumidas. Um "simples" atestado de aptidão ou de incapacidade que emitimos 
deve proceder da competente avaliação médico-pericial, não somente para cumprir as exigências 
legais, como também em respeito ao indivíduo que se orientará por nossa recomendação. Por outro 
lado, teríamos cometido um delito ético, se atestássemos um ato que não tivéssemos praticado. 
 
 Aspectos Legais E Administrativos 
 
 A prática médico-pericial obedece a uma extensa e complexa relação de leis, decretos, portarias e 
instruções normativas, que estabelecem os limites de atuação dos setores administrativos e indicam 
quais as competências e atribuições do médico investido em função pericial. 
 
 O presente "capitulo" foi elaborado com o propósito de orientar os médicos que, no dia-a-dia, são 
compelidos a prestar informações sobre o atendimento médico a seus pacientes, como o atestado ou 
relatório, ou designados para realizar perícia médica, ainda que de modo eventual ou esporádico. Os 
que exercem a perícia médica como especialidade, como e o caso dos médicos peritos da 
Previdência Social, dos setores de policias especializadas, dos tribunais de Justiça e dos serviços 
médicos de pessoal dos setores público e privado, devem aprofundar-se no conhecimento da 
legislação especifica e instruções de natureza administrativa, sem, contudo, deixar de privilegiar o 
atendimento médico com o ato científico, técnico e social. 
 
 A aplicação dos dispositivos contidos nos principais diplomas legais (leis, decretos e portarias), todos 
da área federal, depende da avaliação médico-pericial, e, entre eles, destacamos: 
 
 I- Legislação Previdenciária 
 
 É a mais extensa, já que disciplina a atuação da perícia médica na concessão e manutenção de 
diversos benefícios que integram o Plano de Beneficias da Previdência Social. 
 
 - Lei 8.213/91 e Dec. 611/92 - tratam do Plano de Benefícios do Regime Geral de Previdência Social, 
ai incluídos os Auxílios-doença, Aposentadorias por Invalidez, Auxílios-acidentes, Pecúlios, 
Qualificação e Habilitação do Dependente Maior Inválido, para concessão de benefícios de família, 
entre outros; sua concessão e manutenção dependem de exame médico-pericial; 
 
 - Lei 6.179/74 - trata da renda mensal vitalícia, concebida a maiores de 70 anos ou inválidos, sendo 
indispensável a perícia médica na segunda hipótese; 
 
 - Lei 7.070/82 - trata da concessão de benefícios por invalidez aos portadores 
de seqüelas resultantes do uso da talidomida; 
 
 II- Legislação Trabalhista 
 
 - Lei 6.514/77 - altera o título 11 da CLT e trata da higiene, medicina e segurança do trabalho; entre 
as diversas providências adotadas, institui a obrigatoriedade dos exames pré-admissionais, 
periódicos e demissionais, instrumentos de monitoração do trabalhador. Estas avaliações médicas 
visam, sobretudo, a identificar o nexo de causalidade entre os agravos à saúde e o exercício da 
atividade ou ocupação. 
 
 - Portaria MTb nº 3.214/78 - e as Normas Regulamentadoras (NR). 
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22 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BRIII- Legislação do Regime Jurídico do Servidor Público Federal 
 
 - Lei 8.112/90 - Regime Jurídico Único (artigos transcritos ao tratarmos do atestado médico para 
abono de faltas ao trabalho). 
 
 - Lei 7.923/89 e Lei 8.270/91 - tratam, entre outras questões, da concessão dos adicionais de 
insalubridade e periculosidade, que depende de laudo pericial. 
 IV- Legislação Fiscal 
 
 - Leis 7.713 e 8.541/92 - tratam do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica e Pessoa Física, ai incluído 
o dispositivo (inciso XIV, art. 6.° da Lei 7.713/88 e art. 47 da Lei 8.541/92) que isenta do pagamento 
de Imposto de Renda os proventos de aposentadoria de pessoas portadoras de seqüelas de 
acidentes do trabalho ou de doença constante da relação contida no referido inciso, desde que 
comprovada em exame médico-pericial especializado. 
 
 Existem, ainda, miríades de instrumentos legais, a nível estadual ou municipal, cuja aplicação implica 
em avaliação médico-pericial. 
 
 Ao tratarmos do atestado médico para abono de faltas ao trabalho, transcrevemos os dispositivos de 
leis ora citados, a titulo de esclarecimento sobre as decisões a serem adotadas pelo médico perito. 
 
 Capacidade E Incapacidade Laboral 
 
 O indivíduo é considerado capaz para exercer uma determinada atividade ou ocupação quando 
reúne as condições morfopsicofisiológicas compatíveis com o seu pleno desempenho. Não 
necessariamente implica ausência de doença ou lesão. 
 
 Por outro lado, determinada limitação imposta por doença ou lesão que não o incapacita para uma 
certa função poderá impedi-lo de executar várias outras. As condições morfopsicofisiológicas exigidas 
para o desempenho das tarefas de um comissário de bordo (aeronauta) não são as mesmas se esse 
trabalho estivesse sendo executado no escritório da mesma empresa. Conclui-se, portanto, que o 
exame de aptidão física e/ou mental e a avaliação médico-pericial realizada para a concessão da 
licença médica dependem do conhecimento dos dados profissiográficos da atividade exercida ou a 
exercer. A omissão de tais informações, muitas vezes, explica a ocorrência de problemas que surgem 
entre o examinado e o médico perito, quando a conclusão pericial não corresponde à recomendação 
feita pelo médico assistente. 
 
 Imaginemos a hipótese de três trabalhadores que apresentassem ao exame médico-pericial a 
mesma entidade mórbida - cegueira de um olho: um auxiliar administrativo, um motorista jovem e um 
motorista idoso, sem outras experiências profissionais. Consolidada a lesão, isto e, após realizados 
os tratamentos indicados, o primeiro trabalhador reunia condições para retornar ao trabalho, sem 
restrições; enquanto o motorista jovem seria reabilitado para nova ocupação, e o terceiro, o motorista 
idoso, dificilmente obteria êxito na mudança de atividade e terminaria por ser aposentado por 
invalidez. A mesma entidade (a visão monocular) ensejaria a concessão do benefício extremo 
(aposentadoria por invalidez) ao motorista idoso e nenhum benefício seria concedido ao auxiliar 
administrativo, não pela deficiência objeto da nossa hipótese. 
 
 Embora se trate de conclusões médico-periciais simples e óbvias, dependem, contudo, do 
conhecimento da legislação previdenciária e do acesso às informações sobre a real ocupação 
exercida pelo examinado. 
 
 Uma questão que deve ser considerada, quando da avaliação médico-pericial, é o risco, para si 
próprio e para terceiros, que pode advir do exercício da ocupação. E o que pode ocorrer com o 
motorista epiléptico e a condução de um ônibus. Nessa hipótese, configura-se a existência de 
incapacidade laborativa, embora o exame clínico e eventuais exames subsidiários não a constatem. 
Situação semelhante ocorreria quando o médico perito concluísse que o exercício da atividade 
desencadearia ou agravaria doença ou lesão de que é vitima o trabalhador. Como um exemplo entre 
vários, o pedreiro com lesões cicatrizadas de dermatite de contato pelo cimento: o retorno à 
ocupação com certeza desencadearia nova crise que o incapacitaria. 
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 Outra ocorrência, objeto de avaliação do médico perito, é a incapacidade laboral produzida por 
procedimentos de diagnóstico ou terapia. O trabalhador, embora não esteja impedido de exercer a 
tarefa, considerando-se isoladamente a doença ou lesão, entretanto está internado para exploração 
diagnóstica ou realiza tratamento que o impede de comparecer ao trabalho. 
 
 Por último, devemos estar atentos para a hipótese da segregação compulsória. Nesse caso, a 
decisão da autoridade sanitário dispensa a avaliação médico-pericial para a concessão da licença 
remunerado, devendo ser utilizada para definir o tempo de afastamento e a liberação para retorno ao 
trabalho. 
 
 Médico Perito 
 
 O médico que assume a especialidade de perícia médica deve ter boa formação médica, manter-se 
atualizado com as diversas técnicas utilizadas nas investigações médico-periciais, visando a 
conclusões seguras, e acompanhar a evolução da legislação que define os procedimentos nessa 
área. 
 
 Reiteramos que a aceitação da função pericial deve ser espontânea, sem que isso implique 
renunciar as determinações judiciais, nem fugir do compromisso social assumido. 
 
 Convém, entretanto, julgar-se impedido de realizar perícia medica em seu próprio paciente, seu 
parente, pessoa com que mantenha relação que possa vir a influir no livre julgamento pericial e nos 
casos em que se julgar inseguro para emitir sua conclusão, em face do pouco domínio da 
especialidade médica a que se reportar o caso. Assim é que, por exemplo, um exame de sanidade 
mental deve ser da competência privativa do psiquiatra, salvo se o médico indicado julgar-se 
competente par assumir a avaliação. 
 
 Nesse item, queremos destacar o papel do médico perito junto aos serviços de administração e 
assistência de pessoal das empresas e de órgãos públicos. Nas empresas organizadas, bem 
estruturadas e nas instituições da Administração Pública, de regra, essa tarefa e executada por 
médicos com formação e especialização em medicina do trabalho, apoiados por outros profissionais 
especializados, como o enfermeiro, o assistente social e o psicólogo, que tornam o procedimento 
médico-pericial mais seguro e mais eficiente. 
 
 Como estabelecem a Lei 8.213/91, do Plano de Benefícios do Regime Geral da Previdência Social e 
a Lei 8.112/90, do Regime Jurídico Único, a concessão da licença médica, nos períodos de até 15 
dias, para os trabalhadores filiados ao Regime Trabalhista e, por qualquer período, inclusive na 
ocorrência e invalidez, para os servidores públicos do Regime Estatutário, é de responsabilidade e 
competência dos médicos que atuam junto aos órgãos de pessoal. 
 
 Como afirmamos, a concessão da licença é de sua inteira responsabilidade, porquanto resulta de 
conclusão médico-pericial com base em exame obrigatório. O atestado do médico assistente deve ser 
entendido como uma recomendação; como tal, não tem poder de decisão. Se sua conclusão coincide 
com a recomendação do médico atestante, tanto melhor, porém a responsabilidade da decisão 
continua sendo do médico perito. 
 
 O exame médico-pericial deve ser registrado em formulário próprio, conclusivo, datado e assinado. 
As informações do setor médico-assistencial devem ser juntadas ao prontuário do trabalhadora 
mesmo que a recomendação do médico assistente não tenha sido acatada, no todo ou em parte. 
 
 O médico perito não deve admitir conclusão pericial insegura, para tanto deve recorrer a exames 
subsidiários, pareceres de especialistas, relatórios dos médicos assistentes ou pesquisas realizadas 
no prontuário do setor médico-assistencial. 
 
 Já comentamos que a falta do atestado médico, incorreção ou omissões não justificam o 
indeferimento ou a concessão da licença, sem a competente avaliação médico-pericial. 
 
 Reiteramos que a conclusão médico-pericial tende a ser insegura, imperfeito,

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