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Termorregulação A termorregulação será dependente de regiões hipotalâmicas, em que serão produzidos mecanismos termorreguladores responsáveis pela produção e conservação de calor, como metabolismo basal, tremor da musculatura estriada, vasoconstrição periférica e o metabolismo do tecido adiposo marrom. Além disso, tem-se formas de perda de calor, como vasodilatação periférica, ofegação e sudorese. A regulação da temperatura corporal será importante, já que vários locais do organismo são dependentes de uma temperatura constante para seu funcionamento ótimo, como para manter a atividade enzimática, receptores hormonais dependentes de temperatura, contratilidade das células cardíacas e atividade neural (diminuem com a queda da temperatura), bem como a função imunológica. Utiliza-se um mecanismo de ‘set point’ termorregulatório considerando uma temperatura ótima de 37ºC, em que seu aumento ou redução desencadeia mecanismos de manutenção da homeostase térmica. A febre se caracteriza por deslocamento para temperaturas superiores (hipertermia) ou anapirexia, com deslocamento para temperaturas inferiores (hipotermia). Existem duas vias sensoriais responsáveis pela manutenção da temperatura: Via periférica: utiliza-se de receptores TRP, localizados nas terminações nervosas livres, que servem como receptores de frio e calor. Eles irão enviar suas projeções através do corno posterior da medula espinhal e atingem as regiões talâmicas (tálamo fornece a consciência) e corticais pela via espinotalâmica, para discriminação de temperatura. Via central: é uma via de controle da temperatura corporal, sendo uma via espinohipotalâmica, em que as sensações de temperatura são enviadas via projeções dos receptores medulares e enviadas até a área pré-óptica hipotalâmica (não existe consciência). Ela será responsável por comandar e controlar a temperatura corporal por meio de atividade neural que ativa os mecanismos de perda ou ganho de calor. Em torno de 50-70% dos neurônios da medula espinhal que atuam na detecção da temperatura são sensíveis ao calor e 2% ao frio. O restante são neurônios insensíveis que participam modulando essa informação. Na área pré-óptica tem-se neurônios W (sensíveis ao calor), neurônios C (sensíveis ao frio) e neurônios I (insensíveis). Os sensíveis ao frio são responsáveis pela produção e retenção de calor, tendo a capacidade de se autodespolarizar, enviando potenciais de ação a todo momento. Os neurônios sensíveis ao calor enviam projeções INIBITÓRIAS para os neurônios sensíveis ao frio na área pré-óptica, sendo responsáveis pela perda de calor. Quando os receptores na pele ou na medula responsáveis pela via espinohipotalâmica identificam um aumento de temperatura, os neurônios W irão promover mecanismos de perda de calor e inibição dos neurônios C. Se a temperatura cair, os receptores W não serão ativados, livrando os sensíveis ao frio da inibição, produzindo mecanismos de produção e retenção de calor. Estados térmicos Eutermia: temperatura corporal normal, com pequenas variações se comparada com a basal causadas por alterações que são recuperadas pela ativação dos mecanismos de perda e ganho de calor. Hipertermia: alteração e aumento da temperatura corporal, sem controle, relacionada com uma sobrecarga de calor ambiental ou por uma alteração metabólica. Os mecanismos de perda de calor são extintos, aumentando indiscriminadamente a temperatura, fato que pode culminar em morte. Hipotermia: alteração e diminuição da temperatura corporal, sem controle, que pode ser provocada por ar frio, imersão em água gelada, hipoglicemia, desnutrição, drogas e distúrbios do hipotálamo. Tem perda de calor constante, que pode culminar em morte. Febre: aumento da temperatura corporal controlada pelo deslocamento do ‘set point’ para temperaturas superiores, em que os mecanismos de perda ou ganho de calor devem estar funcionantes. Anapirexia: redução da temperatura corporal controlada pelo deslocamento do ‘set point’ para temperaturas inferiores e mecanismos de perda de calor aumentado. Tem como principal causa a hipóxia, que reduz a temperatura para reduzir o metabolismo basal. Além disso, podem ocorrer em situações de hipercapnia, desidratação e desnutrição. Com a hipóxia, ocorre hiperventilação, para aumentar a captação de oxigênio, além de anapirexia, para reduzir o consumo de O2. A redução do consumo pode provocar uma diminuição da hiperventilação. Também irá deslocar a curva de dissociação para esquerda e aumentar a afinidade do oxigênio pela hemoglobina.
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