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Olfação O sistema de olfação possui cerca de mil receptores moleculares diferentes para a percepção de odorantes específicos no ambiente. Antes tinha-se apenas cheiro bom e cheiro ruim, sendo que inúmeros foram adicionados com o passar dos anos. As moléculas odorantes podem regular uma série de respostas como emocionais, medo, prazer e ansiedade. De modo geral, o olfato é um dos sentidos que apresenta funções fisiológicas, comportamentais e reprodutivas (órgão vômer nasal). Um cheiro bom relacionado com comida pode ativar o reflexo de Pavlov, que aumenta a salivação e a secreção gástrica. O nariz é o dispositivo sensorial que protege de eventuais perigos, como a ingestão de um alimento estragado ou um incêndio. Além disso, pode ajudar no diagnóstico de doenças como Alzheimer, que tem como primeiros sintomas a perda olfatória. O epitélio olfativo do homem tem cerca de 10 cm2, enquanto que outros animais como os cães têm epitélio cerca de 10-20 vezes maior. Apesar disso, nossa capacidade odorífera é grande para determinadas moléculas como etanol. Todavia, quando sentimos o álcool na língua tem-se ativado fibras nociceptivas que gera certo ardor, que ocorre pela ‘sensação trigeminal’. As moléculas hidrossolúveis necessitam de mais moléculas para serem sentidas. A capacidade de sentir moléculas 50-75% até 40 anos de idade, de modo que a acuidade olfatória diminui cada vez mais com o passar dos anos. Sabe-se que todos os indivíduos possuem deficiência ou anosmia para detectar algum estímulo odorífero comum, independentemente da idade. A acuidade olfatória pode ser testada com cheiros característicos como café, chocolate, hortelã, entre outros. O epitélio olfativo, localizado na região superior da cavidade nasal, possui células ciliadas que emitem seus cílios para a camada de muco, sendo elas os receptores das moléculas odoríferas. Quando as partículas ativam os cílios a informação segue pelo bulbo olfatório até o córtex entorrinal, que é responsável pela olfação. Nesse epitélio ainda se tem células basais, que são células tronco que se diferenciam em células receptoras, de modo que está sempre em processo de renovação celular. Existem também células de suporte que entremeiam as células receptores com seus cílios. Ainda se tem as glândulas de Bowman, responsáveis pela produção de muco. A célula olfatória é um neurônio bipolar que envia um axônio que se divide até a cavidade nasal, onde ele irá se subdividir em alguns cílios com receptores odoríferos. O outro axônio atravessa a placa petriforme e atinge o glomérulo, próximo ao bulbo olfatório, fazendo sinapse com células mitrais que tem seus dendritos projetados nessa estrutura, essas que formam os axônios para levar a informação para o SNC. É um dos únicos sistemas onde não se tem informações que tomam níveis talâmicos, já que elas seguem diretamente ao córtex, principalmente piriforme e entorrinal (manda diretamente para a formação hipocampal, principalmente relacionadas a memória), além da amígdala e do tubérculo olfatório. Somente a partir da amígdala algumas informações são enviadas ao tálamo, hipotálamo e córtex orbitofrontal (possui uma via de mão dupla com o tálamo, para onde pode mandar e receber informações). As moléculas odoríferas são moléculas orgânicas e voláteis que se ligam aos cílios por um receptor acoplado a proteína G (proteína Golf), aumentando a atividade de adenilato ciclase e AMP cíclico, que culmina na abertura de canais de sódio e cálcio e despolarização da membrana. Tem-se também a abertura de canais e o efluxo de cloreto, promovendo uma despolarização amplificada da membrana por correntes de Cl- que são desencadeadas pela maior quantidade de cloreto no muco. Tem-se 7 receptores transmembrana acoplados a essa proteína, que se modificam para detectar a molécula odorífera específica por ter porções de aminoácidos variáveis, favorecendo a despolarização para determinados agentes odoríferos específicos (mais de mil). Assim como nos outros sistemas tem-se uma segregação em zonas, que são responsáveis por diferentes tipos de informações, tendo essa separação no epitélio olfativo e no bulbo olfatório, levando as informações principalmente para o córtex entorrinal. Faz sinapse com as células mitrais 2º axônio atinge o glomérulo 1º axônio se divide em cílios com receptores odoríferos Neurônio bipolar se divide até a cavidade nasal
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