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EMBRIOLOGIA – BBPM II Kellyane Zambom – T6 Na maioria das vezes é difícil encontrar uma causa. Mal formação presente no momento nascimento (nasce com) que pode ou não ter relação com as informações genéticas. São distúrbios do desenvolvimento presentes ao nascimento todavia, não necessariamente são diagnosticados ao nascimento. Podem ser de diversos tipos, como, por exemplo: Estruturais, funcionais, metabólicas, hereditárias ou comportamentais. Representa uma das maiores causas de mortalidade infantil(fetal) 8 milhões de crianças no mundo Defeitos congênitos graves – 20 a 25% morte dos lactentes Cronologia da História da teratologia: - Híbridos/presságios - Infanticídio - Influencia demoníaca - Despertar (relações sexuais com animais; 3 pesquisadores.: 1. Acreditava que todo ser humano estava presente em miniatura dentro do ovócito da mulher, que quando entrava em contato com os líquidos seminais crescia e etc; 2. Ser vivo pequeno dentro do sptz e 3. Epigêneses (dizia que não existe miniatura em nenhum dos gametas e sim q eles precisam interagir para formar um novo ser vivo. - Eugênico (controle da reprodução – incentivar a permanência de traços desejados). - Avaliação de risco (aparecimento da rubéola 1941 – acreditava-se que o útero era ‘‘impenetrável’’ a subst. externas. Comprometimento das malformações para a vida do indivíduo: - Simples e leves: Sem restrição à vida normal – facilmente corrigidas - Graves: Sérias limitações À vida normal - Incompatíveis com a vida A gravidade das malformações congênitas e o aparecimento dessas malformações pode estar relacionado com a idade dos pais, local de residência, ancestralidade (?), histórico familiar. O exemplo mais comum relacionado a idade dos pais: Trissomia do 21 de acordo com a idade materna (quanto mais velha a mãe, maior a possibilidade dessa malformação); relacionada a idade paterna tem-se a acondroplasia – tipo de nanismo e a síndrome de apert (mal formação principalmente dos ossos do crânio e da face). Quanto ao ambiente/local de residência / período do ano: Contaminação do local com metais pesados, acidentes radioativos; mal formação do tubo neural – falta de suplementação de ácido fólico na população; o ambiente intrauterino, como a formação das bandas amnióticas, presença de oligodrâmnio (pobreza ou menor volume de amnio). Ancestralidade – asiáticos possuem 2x+ chances de ter fenda palatina que caucasianos, que por sua vez possuem 2x+ chances dessa malformação que a população preta. Defeitos únicos x defeitos múltiplos (defeitos isolados – 14% dos recém-nascidos Importância clínica: 3% dos recém-nascidos Defeitos clinicamente significativos. Defeitos múltiplos de importância clínica (0,7% morte). 90% das crianças com três ou mais defeitos menores apresentam pelo menos um defeito de grande importância clínica associado. Malformações congênitas FATORES AMBIENTAIS – Drogas, vírus, compostos químicos (teratógenos) FATORES GENÉTICOS – Anormalidades cromossômicas ou gênicas EMBRIOLOGIA – BBPM II Kellyane Zambom – T6 Esses fatores (ambientais e genéticos) podem se associa, estar sobrepostos, levando a HERANÇA MULTIFATORIAL. Assim, vai depender da susceptibilidade genética de cada indivíduo frente a exposição ao fator ambiental. FATORES GENÉTICOS: Sabe-Se que 50-60% dos abortos espontâneos que ocorrem em estágios iniciais apresentam aberrações cromossômicas. Noas E.U.A 1:12 0 recém-nascidos apresenta uma anormalidade cromossômica. 1. Alterações cromossômicas (numéricas ou estruturais) Cromossomos sexuais 2. Mutações gênicas Cromossomos autossomos Alterações cromossômicas do tipo numéricas - Síndrome de Turner (45, X): 1:8000 nascidos vivos do sexo feminino; 1% de sobrevivência; 75% não disjunção do gameta paterno. Fenótipo feminino, digesia gonadal, 90% ausência de características sexuais secundárias (reposição hormonal), baixa estatura, pescoço alado, mamilos separados. Trissomia dos cromossomos sexuais: 1:1000 recém-nascidos; detectado na puberdade. - Síndrome de klinefelter (47, XXY): Testículos pequenos (infertilidade e baixos níveis de testosterona); ginecomastia; comprometimento intelectual. Trissomia dos autossomos: anormalidades mais comuns de nº de cromossomos. - Síndrome de Down: Face alargada, ponte nasal achatada, pregas palmares características, déficit intelectual, malformações cardíacas e intestinais. Está ligada diretamente a idade materna, pois a chance de acontecer a disjunção de cromossomos em ovócitos mais velhos é muito maior. - Síndrome de Edwards (trissomia do 18) 1:8000 e Síndrome de Patau (trissomia do 13) 1:12000. Crianças com estas síndromes dificilmente sobrevivem além dos 6 meses de idade. Possuem déficit intelectual, fenda palatina e lábio leporino, alterações de membros. - Triploidia (exemplo de poliploidia): 69 cromossomos (recebe um lote a mais de cromossomos). Defeitos no bloqueio a poliespermia x não separação do corpo polar na meiose. 20% dos abortos espontâneos relacionados com anormalidades cromossômicas. Restrição de crescimento intrauterino. Não sobrevivem muito tempo. Alterações cromossômicas estruturais Induzida por fatores ambientais – radiação ionizante, infecções virais, drogas e composto químicos. -Síndrome do miado do gato (Cri Du Chat): Deleção terminal parcial do braço curto do cromossomo 5. Choro fraco, microcefalia, déficit intelectual, problemas cardíacos. Mutações gênicas -Acondroplasia: Mutação que acontece no braço curto do cromossomo 4. Mutação no gene que codifica o fator fibroblasto de crescimento nº 3 – FGF3R (herança autossômica dominante). - Polidactilia, mãos e pés de garra de lagosta (herança autossômica dominante) - Hiperplasia congênita da adrenal (herança autossômica recessiva) - Síndrome do X frágil: 1:2000 meninos // 1:4000 meninas. Déficit intelectual variável, distúrbios de comportamento. Tratamento do espectro autista. EMBRIOLOGIA – BBPM II Kellyane Zambom – T6 TERATÓGENOS: Qualquer agente que produz um defeito congênito (anomalia congênita) ou aumenta a incidência de um defeito na população. Teratologia Ramo da embriologia e patologia envolvido com a produção, anatomia do desenvolvimento e classificação de embriões e fetos malformados. Ambrose Paré – Séc. XVI: Fatores hereditários e influências mecânicas no aparecimento de defeitos ao nascimento. Acreditava-se até 1940 que os embriões e fetos eram protegidos de qualquer agente ambiental como fármaco, vírus e compostos químicos âmnio e córion (placenta) fetais; paredes uterina e abdominal materna. Entretanto em 1941 primeiros relatos – Vírus da rubéola (defeitos graves no desenvolvimento; catarata, defeitos cardíaco, surdez) 1950-1960 Talidomida – Meromelia (alterações nos membros). Cada órgão possui um índice de incidência diferente Diferentes órgãos possuem diferentes períodos de susceptilidade. Conceito fundamental da teratologia: Alguns estágios do desenvolvimento embrionário são mais vulneráveis a perturbações quando comparados a outros. Dose do medicamento ou composto químico Genótipo do embrião Alguns exemplos de fármacos teratogênicos: Hormônios esteroides sexuais, antibióticos, anticoagulantes, antineoplásicos, inibidores da enzima conversora de angiotensina (ECA), ác. retinóico, tabagismo, álcool, drogas ilícitas (maconha, cocaína/crack, heroína/metadona), cafeína (leva risco de aborto e baixo peso ao nascimento) Os fármacos teratogênicos são estudados de forma categorizada (A, B, C, D e X) A. Estudos controlados não demonstraram risco para o feto B. Estudos em animais não demonstram risco para o feto (ausência de estudo adequado e bem controlado em gestantes) EMBRIOLOGIA – BBPM II Kellyane Zambom – T6 C. Estudos em animais demonstraram efeitoadverso no feto (ausência de estudos adequados e bem controlados nos seres humanos) Os benefícios potenciais podem justificar o uso do fármaco em gestantes, apesar do risco potencial. D. Existem evidências positivas de risco para o feto humano, porém os benefícios potenciais podem justificar o uso do fármaco em gestantes, apesar dos riscos X. Estudos realizados em animais ou em seres humanos demonstram a ocorrência de anormalidades fetais – CONTRAINDICADOS. Contaminantes ambientais Mercúrio orgânico (doença de minamata fetal, atrofia cerebral, convulsões, déficit intelectual, cegueira),praguicidas (restrição de crescimento intrauterino, parto prematuro, malformações cardíacas e neurais), chumbo (restrição de crescimento intrauterino, abortos, distúrbios neurocomportamentais e psicomotores). Agentes infecciosos - Síndrome da rubéola congênita: catarata, surdez, defeitos cardíacos, ocasionalmente microftalmia e defeitos dentários, se ocorrer durante o período fetal tardio Déficit mental fetal. - Citomegalovírus (CMV): Infecção viral mais comum no feto humano. Alguns casos podem manifestar as ões audiológicas, neurológicas e neurocomportamentais. – aborto espontâneo microcefalia, calcificação cerebral, déficit mental e psicomotor e surdez - Toxoplasmose: Contato com carne mal cozida (porco, coelho), solo ou animais infectados (cão, gato). Déficit mental, calcificação cerebral, hidrocefalia, microftalmia, alterações oculares. Tratamento antiparasitário ao recém- nascido previne o agravamento das alterações mentais. Podem não apresentar alterações ao nascimento perda auditiva, convulsões e déficit mental tardiamente. - Sífilis: Até a 20º semana presença do citotrofoblasto nas vilosidades coriônicas (Tratamento materno previne comprometimento fetal) Após a 20º semana m.o atinge o feto em desenvolvimento (surdez congênita, hidrocefalia e déficit mental) Se a criança não for tratada: lesões no palato, dentes malformados, faces anormais Mães não tratadas: FATAL - Zika: Capaz de ocasionar malformações congênitas, especialmente no SNC, alterações urinárias. Agentes físicos - Radiações ionizantes: Microcefalia, defeitos no crânio, espinha bífida, cegueira, defeitos na extremidade e fenda palatina, déficit intelectual. - Temperatura: Fator induzido por agentes infecciosos (geralmente) Elevada temperatura corporal – Hipertermia (anencefalia, espinha bífida, déficit intelectual, microftalmia, anormalidades faciais e malformações cardíacas). CONDIÇÕES MATERNAS: Diabetes melito: 4x maior o risco de malformações congênitas – mortes neonatais e recém-nascidos macrossômicos. Defeitos do tudo neural e cardíacos. EMBRIOLOGIA – BBPM II Kellyane Zambom – T6 Deficiências nutricionais: Baixo peso ao nascimento. Maior risco de esquizofrenia em casos de restrição alimentar grave. Obesidade: 13 das mulheres em idade fértil. Defeitos no tubo neural – 2x mais chances. Defeitos cardíacos, onfalocele e anomalias múltiplas. DIAGNÓSTICO PRÉ-NATAL Técnicas que visam a detecção de malformações, anormalidades genéticas, crescimento fetal geral e as complicações da gravidez, como anormalidades placentárias uterinas. Feto = novo paciente. Ultrassonografia: Permite ver o desenvolvimento fetal – Idade e crescimento fetal, presença de anormalidades congênitas, qtd de líquido amniótico, posição da placenta, fluxo sanguíneo, gestação múltipla. É menos invasiva. Testes sorológicos maternos: Visa avaliar a [ ] de algumas ptn’s específicas. Ex.: alfa feto proteína -AFP ( fígado fetal – 14 semanas produz essa ptn e ela pode ser detectada no sangue materno concentrações muito elevadas indicam defeitos no tubo neural, onfalocele, extrofia da bexiga, síndrome da faixa amniótica, teratoma sacrococcígeo, atresia intestinal, tetralogia de Fallot, atresia duodenal morte intrauterina. Entretanto, concentrações baixas podem indicar trissomia do 21, trissomia do 18, anormalidades nos cromossomos sexuais, triploidia. Existem outras medidas que podem ser feitas usando no soro materno, como, por exemplo, o da Gonadotrofina coriônica humana – hCG; baixa do hormônio estriol (morte fetal, anencefalia); aumento de inibina A (síndrome de down). Amniocentese: Realizada após a 14º semana Coleta de 20 a 30 ml de líquido amniótico. É um teste mais invasivo e leva risco de morte de 1:300/1:500; cultura de céls. fetais – alterações cromossômicos, concentrações de AFP. Resultado em 1-2 semanas. Amostragem de vilosidades coriônicas: É o exame mais invasivo do pré-natal. Aspiração de vilosidades coriônicas (uma amostra do tecido viloso), transcervial / transabdominal (5-30mg de tecido viloso). Tempo de análise genética reduzido em comparação a amniocentese (2-3 dias). Risco de perda fetal 2x maior que amniocentese. TERAPIA FETAL: Transfusão fetal: Quadros de anemia fetal – transfusão sanguínea via cordão umbilical. Cirurgia fetal (centros especializados. Reparo de defeitos) Tratamento medicamentoso fetal: Membrana placentária. Injeções via veia umbilical.
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