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Lei de Drogas

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Aspectos da lei de drogas
No art. 33, em regra os crimes são formais e instantâneos.
Crimes instantâneos: importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, vender, adquirir, oferecer, fornecer, prescrever, ministrar, entregar.
Há também os permanentes e de mera conduta, a prolongação do tempo, permite a prisão em flagrante, inclusive a invasão ao domicílio (expor à venda, transportar, trazer consigo, guardar, ter em depósito).
Art.5, XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial;
Sobre a inviolabilidade de domicílio: a entrada forçada em domicílio sem justificativa prévia conforme o direito, é arbitrária. Os agentes tem que demonstrar que havia elementos mínimos a caracterizar justa causa para a medida – controle judicial a posteriori, só será entrada forçada lícita quando justificada a posteriori. Julgado do STF RE603616:
Fixada a interpretação de que a entrada forçada em domicílio sem mandado judicial só é lícita, mesmo em período noturno, quando amparada em fundadas razões, devidamente justificadas a posteriori, que indiquem que dentro da casa ocorre situação de flagrante delito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade dos atos praticados. 7. Caso concreto. Existência de fundadas razões para suspeitar de flagrante de tráfico de drogas. Negativa de provimento ao recurso. (RE 603616, Relator(a): Min. GILMAR MENDES, Tribunal Pleno, julgado em 05/11/2015)
Da Prisão em Flagrante (capítulo II - CPP)
Art.301 qualquer pessoa – poderão- e as autoridades – deverão - prender quem se encontre em flagrante delito.
Art.302, I e II – Flagrante próprio;
III – Flagrante impróprio (pressupõe perseguição imediata – em fundadas razões, enquanto durar a perseguição irá durar a flagrante);
IV – Flagrante presumido (não há perseguição imediata, mas sim, sendo encontrado com objetos que indiquem que ele é o autor do crime, dando convicção de sua autoria).
Ft + antijurídico + culpável = conceito analítico de crime
Fato típico: conduta, resultado, nexo de causalidade e tipicidade
Súmula 145 do STF – não há crime, quando a preparação do flagrante pela polícia torna impossível a sua consumação;
- A conduta deve ser voluntária.
- Flagrante diferido ou postergado.
Flagrante preparado: quando há manipulação, a polícia faz com que o outro trafique, há um fingimento, trata-se de prisão em flagrante ilegal, a CF fala que: LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária.
Em se tratando de tráfico de drogas, como se trata de crime permanente, entende-se que o flagrante preparado é válido, desde que a posse da droga seja anterior a prisão. – Situação pré-existente.
Flagrante forjado: a droga é plantada, é flagrante inválida e ilegal.
Se a posse é anterior a provocação o flagrante é válido, a indução é para a venda, mas antes disso já tinha a droga em sua posse, já tinha o crime consumido, pela guarda da droga, visto que não teve interferência na voluntariedade.
HABEAS CORPUS. TRÁFICO DE DROGAS. CONDENAÇÃO. FLAGRANTE PREPARADO. INOCORRÊNCIA. DELITO JÁ CONSUMADO ANTERIORMENTE. ORDEM DENEGADA. 1. Não há falar em flagrante preparado se o comportamento policial não induziu à prática do delito, já consumado em momento anterior. 2. Hipótese em que o crime de tráfico de drogas estava consumado desde o armazenamento do entorpecente, o qual não foi induzido pelos policiais, perdendo relevância a indução da venda pelos agentes. 3. Writ denegado. (HC 245.515/SC, Rel. Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, SEXTA TURMA, julgado em 16/08/2012, DJe 27/08/2012).
Incorre nas mesmas penas no final do art. 33, § 1º, IV - "...agente policial disfarçado, quando presentes elementos probatórios razoáveis de conduta criminal preexistente. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019).
Art. 33, § 1º, I – fala também quem tenha matéria-prima, insumo ou produto destinado a preparação de drogas.
II – Quem semeia/cultiva/faz colheita, sem autorização ou em desacordo legal, de planta que seja matéria-prima para preparar drogas.
 III – Utilização de local ou qualquer bem (móvel ou imóvel) para o tráfico – Crime próprio (aquelas pessoas que tem propriedade, posse, guarda ou vigilância do bem ou consentiu)
- Crime de drogas gera desapropriação: 
-Não há restituição
Art. 243 CF: As propriedades rurais e urbanas de qualquer região do País onde forem localizadas culturas ilegais de plantas psicotrópicas ou a exploração de trabalho escravo na forma da lei serão expropriadas e destinadas à reforma agrária e a programas de habitação popular, sem qualquer indenização ao proprietário e sem prejuízo de outras sanções previstas em lei, observado, no que couber, o disposto no art. 5º.
IV- enquadrado em tráfico aquele que vende ou entrega produtos destinados à preparação de drogas. - O policial deve demonstrar que o sujeito já estava na posse da droga.
A agente policial disfarçado, quando presentes elementos probatórios razoáveis de conduta criminal preexistente. Afastar a incidência da súmula 145 do STF e a tese do flagrante preparado.
- Ex: marcha da maconha: livre manifestação de pensamento.
Ação direta julgada procedente para dar ao § 2º do art. 33 da Lei 11.343/2006 “interpretação conforme à Constituição” e dele excluir qualquer significado que enseje a proibição de manifestações e debates públicos acerca da descriminalização ou legalização do uso de drogas ou de qualquer substância que leve o ser humano ao entorpecimento episódico, ou então viciado, das suas faculdades psicofísicas. (ADI 4274, Relator(a): Min. AYRES BRITTO, Tribunal Pleno, julgado em 23/11/2011).
§3 – o oferecimento da droga, sem querer lucro, é o uso compartilhado, a pessoa de seu relacionamento que irão consumir juntos. – Oferta (e não venda).
-Exige eventualidade – não pode haver habitualidade;
-Ausência de lucro e consumo conjunto.
§4 – Tráfico privilegiado:
-Penas reduzidas de 1/6 a 2/3
-Vedada a conversão em restritiva de direitos;
-Agente primário, bom antecedente, não participe da atividade criminosa, nem integre organização criminosa (geralmente aqui são os “aviãozinhos”).
Cuidado: art. 33, § 4º não é crime hediondo
Art. 112. da LEP § 5º Não se considera hediondo ou equiparado, para os fins deste artigo (ou seja para ,progressão), o crime de tráfico de drogas previsto no § 4º do art. 33 da Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
Art.36 – Financiamento; 37 – quem colabora; 38 – prescrever ou ministrar (admite culpa); 39 – conduzir transporte com a droga.

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