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VENTILAÇÃO MECÂNICA Profa Cristina Padula Coiado • É o emprego de uma máquina que substitui parcial ou totalmente a atividade ventilatória do paciente, com o objetivo de restabelecer o balanço entre a oferta e a demanda de oxigênio, diminuindo a carga do trabalho respiratório. (Zuñiga, 2004) Ventilação Mecânica VENTILADORS MECANICAS OBJETIVOS DA VENTILAÇÃO MECÂNICA manutenção das trocas gasosas, ou seja, correção da hipoxemia e da acidose respiratória associada à hipercapnia (aumento pco2) aliviar o trabalho da musculatura respiratória que, em situações agudas de alta demanda metabólica, está elevado reverter ou evitar a fadiga da musculatura respiratória diminuir o consumo de oxigênio, dessa forma reduzindo o desconforto respiratório. HISTÓRIA Uso clínico: iniciou-se 1931 com aparelhos de pressão negativa (pulmões de aço): aplicavam pressões subatmosféricas ao redor tórax, característica não invasiva - criança paralisia respiratória poliomielite Década 50: técnica de intubação - epidemias de poliomielite Uso de aparelhos pressão positiva 1955 : BIRD Mark- 7 – ventilado somente a pressão Atualmente - aparelhos microprocessados - amplos recursos de monitorização - ventilado a pressão ou volume HISTÓRIA Ventilação mecânica invasiva - utiliza-se uma prótese introduzida na via aérea - tubo orotraqueal ou cânula de traqueostomia Ventilação não invasiva - utiliza-se uma máscara Classificação Nas duas, a ventilação artificial é conseguida com a aplicação de pressão positiva nas vias aéreas. VOLUME – O término do período inspiratório se dá quando atinge o VOLUME de ar pré-determinado PRESSÃO - O término do período inspiratório se dá quando atinge a PRESSÃO de ar pré-determinada VENTILAÇÃO CICLADA À: VOLUME PRESSÃO MODOS DE VENTILAÇÃO VENTILAÇÃO CONTROLADA (CMV) Ventilação totalmente controlada pele aparelho Indicado para pacientes com mínimo ou nenhum esforço respiratório – anestesia geral, problema neuromuscular VC ap = VC pcte FR ap = FR pcte VENTILAÇÃO ASSISTIDA/CONTROLADA (A/C) Ventilador permite mecanismo misto de disparo → o disparo (ciclagem) é acionado pelo esforço inspiratório do paciente (assistido) e tbm ventilador cicla quando o ciclo assistido não ocorre garantindo uma frequência mínima MODOS DE VENTILAÇÃO Indicado quando músculos respiratórios não estão ttal/e aptos - pacientes recuperando-se da anestesia VC ap = VC pcte FR ap ≠ FR pcte VENTILAÇÃO MANDATÓRIA INTERMITENTE E SINCRONIZADA (SIMV) Permite que o paciente desencadeie ciclos ventilatórios espontâneos e ciclos assistido/controlados → sincronizado com o pcte permitindo que realize seu ciclo respiratório MODOS DE VENTILAÇÃO VC ap ≠ VC pcte FR ap ≠ FR pcte CPAP É uma pressão supratmosférica contínua aplicada durante a respiração espontânea •Pode ser administrada através da cânula - ventilação invasiva ou através de máscara facial – não invasiva •Permite recrutamento alveolar – Edema pulmonar - ICC •Diminui trabalho respiratório •Diminui resistência de vias aéreas MODOS DE VENTILAÇÃO A aplicação da pressão aérea positiva por dois níveis (BiPAP®), que associa a pressão de suporte ventilatório com a pressão positiva final, tem como objetivo aumentar o recrutamento alveolar durante a inspiração e prevenir o colapso alveolar durante a expiração Ventilação não invasiva BIPAP MODOS DE VENTILAÇÃO 1. Fração inspiratória de oxigênio (FiO2) Concentração de oxigênio no ar inspirado Manter fio2 suficiente para manter sao2 > 90%, sem expor o paciente ao risco de toxicidade do oxigênio 2. Frequência Respiratória (FR) Recomenda-se 12 -20 mrp - pacientes estáveis 3. Volume corrente (VC) Normal de adulto – 500ml Ajuste de acordo com o peso do paciente 8- 10 ml/Kg E condições patológicas - SARA - 4 a 6 ml/kg Parâmetros reguláveis do ventilador 4. PEEP (Pressão Expiratória Positiva Final) Manutenção da pressão positiva no final da expiração Prevenir o colabamento alveolar Recruta alvéolos colapsados PEEP fisiológico ou PEEP mínimo após intubação é de 5 cmH2O 5. Relação inspiração/expiração (I/E) Inspiração < expiração (1:1,5 ou 1:2) Tempo inspiratório de 0,8 a 1,2 seg. Parâmetros reguláveis do ventilador 6. Sensibilidade do aparelho Compreendido como o esforço dispendido pelo paciente para disparar o ventilador - 0,5 a -2 cmh20 Quanto < o valor , mais sensível está o ventilador e < será o esforço do paciente 7. Alarmes Assinalam situações potencialmente perigosas para o paciente Devem permanecer ligados com os valores limites dos parâmetros determinados Parâmetros reguláveis do ventilador Pneumonia associada ao ventilador – PAV Colonização de VAS e orofaríngea Colonização gástrica – risco dos antiácidos???? Broncoaspiração Complicações da Ventilação Mecânica Traqueomalácia/estenose traqueal Pressão ↑ do cuff da COT - ↑ 20-30 mmHg → isquemia tecidual Broncoaspiração Insuflação inadequada cuff Distensão gástrica Cuidado - elevar cabeceira do leito (30-45°) Complicações da Ventilação Mecânica Assistência ao paciente com Diagnóstico de Enfermagem: Ventilação Espontânea Prejudicada relacionado a Insuficiência Respiratória em uso de VM ?????? Realizar uma vigilância constante → forma global e contínua Promover sedação e analgesia conforme prescrição médica → minimizar a resistência ao ventilador Controlar os sinais vitais e monitorização cardiovascular → anormalidade na VM → bradicardia, hipotensão Assistência de Enfermagem na Ventilação Mecânica Observar padrão respiratório, ausculta pulmonar e RX → Bem ventilado - face tranquila, coloração normal, não utiliza músculos acessórios Se não ventilar bem → checar ventilador, ventilação com AMBU e oxigênio, solicitar ajuda Observar sinais neurológicos → nível de consciência Agitação ou depressão: sinais de hipoventilação por ↑ CO2 Assistência de Enfermagem na Ventilação Mecânica Troca de fixação da cânula → 2 pessoas, fixar no centro da boca Aspiração secreção pulmonar → vias aéreas livres - boa ventilação, observar aspecto e quantidade Higiene oral → previne acúmulo de bactérias na cavidade oral Assistência de Enfermagem na Ventilação Mecânica Nível da água no umidificador Temperatura da água - 32-34° - protetora mucosa Umidificador seco (filtros de barreira) - trocar a cada 24 h Umidificação e aquecimento de ar na ventilação mecânica Observar o circuito do respirador → esvaziar a água acumulada no circuito, fazer trocas conforme rotina da CCIH Manter os alarmes ligados → se apitar, verifique o que ocorre, não desligue-o sem solucionar o problema Assistência de Enfermagem na Ventilação Mecânica Verificar cuffs a cada 12 h → a pressão de 20-25 mmHg → perfusão capilar minimiza o risco de lesão traqueal ou aspiração Assistência de Enfermagem na Ventilação Mecânica Comunicação paciente/enfermeiro → permitir comunicação com gestos e escrita Apoio emocional ao paciente → transmitir segurança e conforto, proporcionar ambiente tranquilo, apoio ao familiar - fisionomia tranquila e atenciosa favorece cuidado humanizado Assistência de Enfermagem na Ventilação Mecânica
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