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C U R R Í C U L O U N I D . I : C U R R Í C U L O : A R T E F A T O S O C I A L E C U LT U R A L P A R A A U L A D E H O J E . . . • Objetivo: Identificar as inferências sobre o currículo escolar, artefato social e cultural. • Texto: CURRÍCULO: UM ARTEFATO SÓCIO-HISTÓRICO-CULTURAL de Patricia Teixeira Tavano e Maria Isabel de Almeida http://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php • ATIVIDADE: Answergarden http://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php • O conceito de currículo foi sendo ressignificado ao longo das últimas décadas, de acordo com as concepções sociais e as práticas culturais de cada período histórico. Dessa forma, para definir o currículo na atualidade, é preciso conhecer a sua evolução teórica. e os elementos que elas contemplam O Q U E É U M A R T E F A T O ? • Dicionário – Produto da indústria. (Filos.) complexo de regras e processos para a produção de um efeito determinado. Artefato é um produto ou objeto desenvolvido para uma finalidade específica (MEC - Dicionário Escolar da Língua Portuguesa. 1995, p. 133). O C U R R Í C U L O C O M O A R T E F A T O • De acordo com Moreira (2006)... O currículo pode ser considerado um artefato, pois: • 1) está implicado em relações de poder; • 2) transmite visões sociais particulares e interessadas • 3) tem uma história vinculada a formas específicas e contingentes de organização da sociedade e da educação. O C U R R Í C U L O C O M O A R T E F A T O • Artefato – produto que pode ser considerado final, mas não finalizado, pois mantém os fluxos de mudança nas diversas etapas de sua prática. • Ou seja, este produto final que nos chega “não foi estabelecido, de uma vez por todas, em algum ponto privilegiado do passado. Ele está em constante fluxo e transformação [e não é] resultado de um processo evolutivo” (SILVA, 2011, p. 7), mas resultado de um processo que visa ao constante revisar e aperfeiçoar do produto, sempre levando em consideração a valoração e expectativas de cada grupamento proponente do artefato, que exercem poder pontual sobre o produto final, moldando-o e conformando-o. (TAVANO e ALMEIDA, 2018, p.32) O C U R R Í C U L O C O M O A R T E F A T O • O currículo escolar como um instrumento de confronto do saber sistematizado com o saber empírico é compreendido como um campo de lutas e conflitos em torno de símbolos e significados. Ou seja, como um “artefato cultural”, está em constante processo pelo qual a construção do conhecimento, do sujeito e as mudanças e a transformação ocorrem. a presença de certas culturas em detrimento de outras. P O I S , • O currículo enquanto artefato está submetido à ação humana, “às relações sociais no interior das quais se realizam as práticas de significação” (SILVA, 2006, p. 23), relações estas que não se resumem a simples relações entre indivíduos, mas que se configuram como “relações sociais de poder [que são] ao mesmo tempo, resultado e origem do processo de significação” (IDEM, ibidem). O C U R R Í C U L O C O M O A R T E F A T O C U L T U R A L • A partir da teoria pós-crítica os eixos articuladores do conceito de currículo se ampliam. Como um artefato cultural se produz discursivamente em uma ação contínua, pois, epistemologicamente é um saber progressivo e inacabado. O currículo é um artefato cultural em dois sentidos (Silva, 2004): ➢É uma invenção social como outra qualquer. ➢E não pode ser compreendido sem uma análise das relações de poder que o fazem possível. O C U R R Í C U L O C O M O A R T E FAT O C U LT U R A L • (...) o currículo é um artefato cultural que, ao mesmo tempo em que faz uma transposição cultural — da “cultura social” para a “cultura escolar” —, faz uma “transformação” daquilo que compunha a cultura da qual ele foi “extraído”. O C U R R Í C U L O C O M O A R T E FAT O C U LT U R A L • É o currículo que articula o que (ensinar e aprender) com o como (ensinar e aprender). Esse o que ensinar implica selecionar, a partir de um repertório cultural muito amplo, o que deve ser trazido para a escola, isso é, o que deve ser transposto para fazer parte do repertório da educação escolar. É claro que a transposição — de um âmbito mais amplo (da sociedade) para um âmbito mais restrito (da escola) — não é feita de modo automático, linear e sem modificações. O C U R R Í C U L O C O M O A R T E FAT O S O C I A L • O currículo é um artefato escolar que, além de tratar do que e do como ensinar e aprender —isso é, além de tratar de conteúdos e de modos de ensinar e aprender—, funciona como um dispositivo que nos ensina determinadas maneiras de perceber, significar e usar o espaço. • É no ambiente social da escola, então, que aprendemos e internalizamos boa parte daquilo que pensamos ser o espaço e aquilo que somos capazes de fazer no espaço em que vivemos. O C U R R Í C U L O C O M O A R T E F A T O S O C I A L • As expressões “a escola prepara para a vida” ou “a escola ensina a viver” têm, desse modo, mais do que uma importância retórica: além de ensinar conhecimentos e valores, a escola, com seus variados e numerosos rituais, ensina muitos códigos de convívio social que implicam o uso que cada um pode ou deve fazer do espaço. • O currículo é um artefato social e cultural que tem sua história vinculada a formas contingentes de estruturação e organização da sociedade e da educação. Ele está conectado a relações de poder, transmite visões sociais interessadas e possui vínculos estreitos com o processo de formação de identidades particulares. É também espaço de encontros e de produção das diferenças. Nele algumas questões são definidas como problemas sociais, alguns conhecimentos como necessários, algumas formas como legítimas e algumas culturas como diferentes. Ele não somente divulga significados sobre o mundo e as coisas do mundo; também fabrica esses significados. Trata-se de um artefato que é constituído não por conhecimentos válidos, mas por conhecimentos considerados válidos. A S S I M , O C U R R Í C U L O . . . • É considerado um artefato social e cultural • PORQUE o currículo não é um elemento inocente e neutro de transmissão desinteressada do conhecimento social, pois implica relações de poder, transmite visões sociais particulares e interessadas, não é um elemento transcendente e atemporal (MOREIRA e SILVA, 2006, p. 07). P O R T A N T O , • Currículos não são seleções ingênuas tampouco manifestações despretensiosas. Eles trazem em seu texto, em sua prescrição, as relações de poder e controle sobre a formação que os protagonistas propositores esperam e que permearam o percurso de sua construção como um artefato representativo de um determinado momento/movimento sócio-histórico-cultural (TAVANO e ALMEIDA, 2018, p.41) P A R A A M A N H Ã • Ler ao texto e destacar trechos importantes para colocar num MAPA CONCEITUAL • 1) Bárbara até a Cindia – resumo e Introdução • 2) Cristina até a Isabela Guedes – Construção Histórica de um conceito • 3) Isabela Naigel até a Keren - Construção, Historicidade e Poder do artefato • 4) Kézia até a Lucilene – Espaço, lugar, território e práticas • 5) Maria Eugênia até a Rayani Pereira – Poder e comunidades curriculares • 6) Sara até a Vanessa – Considerações Finais • (...) os professores comprometidos com a educação de seus alunos não podem deixar de se interrogar sobre a importância e relevância daquilo que estão ensinando. Lucíola Santos
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