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TRABALHO 3 Estudo dirigido sobre Histologia Vegetal

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Estudo Dirigido sobre Histologia Vegetal
Nome: Tamires de Barros Silva 
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a)Como podem ser classificados os tecidos vegetais? Encaixe todos os tecidos vegetais nestas classificações. Dê suas funções.
Os tecidos vegetais são grupos de células com diferenças funcionais ou estruturais iniciados durante o desenvolvimento do embrião, sendo os chamados tecidos derivados ou permanentes, que ainda subdividem-se em simples no caso dos compostos por apenas um tipo de células e os tecidos complexos, compostos por dois ou mais tipos de células. 
Os meristemas são células que permanecem indiferenciadas, e por possuírem capacidade de se dividir, originam outros tecidos. Os meristemas apicais ou promeristemas estão diretamente ligados à extensão do corpo da planta e são encontrados das extremidades caulinares e das raízes, e o tecido formado a partir dessas células é chamado corpo primário vegetal. Logo abaixo dessa camada se encontram os tecidos meristemáticos primários que são a protoderme, procâmbio e meristema fundamental, que são tecidos parcialmente diferenciados.. A protoderme é o meristema que dá origem à epiderme, enquanto o meristema fundamental origina parênquima, colênquima e esclerênquima. 
O parênquima, tecido originado pela protoderme, é formado por células vivas, que possuem paredes primárias delgadas ou espessada, e vacúolos bem desenvolvidos. O tecido parenquimático é classificado em parênquima de preenchimento (corticais, medulares e fundamentais), clorofiliano (clorênquima) e de reserva (amilífero), e suas funções incluem fotossíntese, armazenamento, secreção e excreção, cicatrização e regeneração de lesões e ferimentos, formação de meristemas secundários e raízes adventícias. Os meristemas secundários ou laterais promovem o crescimento da planta em espessura. Eles são o felogênio e o câmbio, que produz tecidos vasculares secundários (xilema e floema secundários), enquanto o felogênio que é formado pelo súber e feloderme origina o tecido que substitui a epiderme, a periderme.
A epiderme, como dito anteriormente, se origina da protoderme e é uma camada de células básicas pouco especializadas, cutina, taninos e alguns pigmentos, células-guarda de estômatos e tricomas, sendo os dois últimos os chamados anexos epidérmicos. As suas funções compreendem proteção mecânica, trocas gasosas, restrição à perda de agua, secreção e excreção, e percepção de estímulos. Pode se apresentar como uma camada única de células, na maioria dos casos, porém também se dividir em camadas, como uma epiderme múltipla.
Os anexos epidérmicos são os estômatos e os tricomas. No que se refere aos estômatos, são pequenas aberturas nos órgãos aéreos das plantas e controlam o movimento dos gases, inclusive vapor de agua, para dentro e fora do organismo. São mais abundantes em folhas, estando intimamente ligados à células epidérmicas diferentes das básicas, chamadas de células subsidiarias ou acessórias. Já no que se refere aos tricomas, eles possuem uma variedade de funções, como os pelos radiculares que facilitam a absorção de água e minerais do solo, além de afastarem insetos. 
O colênquima, como o parênquima, é um tecido do sistema fundamental localizado na região subepidérmica ou separado da epiderme por uma pequena camada de células parenquimáticas, que apresenta células vivas e parede espessada por celulose. Ao serem observadas no microscópio, as paredes das células apresentam espessamento irregular, características que podem ser usadas para classificar esse tecido como:
· Angular – espessamento ocorre nos cantos das paredes celulares;
· Lamelar – espessamento ocorre principalmente nas paredes tangenciais internas e externas;
· Lacunar – espessamento ocorre nas paredes que limitam os espaços intercelulares e esses são preservados;
· Anelar – espessamento ocorre ao redor de toda a parede.
 O esclerênquima é um tecido constituído de células mortas, que garante resistência ao corpo do vegetal. As células que o compõem apresentam paredes secundárias espessadas em padrão regular, em alguns casos lignificadas. Destacam-se dois tipos celulares importantes: as fibras (células alongadas, lignificadas ou não, em feixes) e as esclereides (espessadas com lignina, formato variado).
O xilema e o floema também são originados a partir dos tecidos meristemáticos primários, mais especificamente do procâmbio. No caso do xilema primário é formado a partir do procâmbio e presente em vegetais com crescimento primário, destaca-se sua capacidade de conduzir água e solutos para todas as partes da célula, fornecer sustentação e o armazenar substâncias. Considerado complexo, ele é formado por elementos condutores que são as traqueídes (células que se associam pela extremidade para conduzir agua e sais minerais, presente em gimnospermas e angiospermas mais primitivas) e elementos de vaso (comum em gimnospermas e angiospermas mais evoluídas, possuem perfurações e apresentam parede secundária lignificada), células parenquimáticas e fibras. O xilema secundário é formado a partir do câmbio, em vegetais com crescimento secundário.
O floema, assim como o xilema, classifica-se em primário e secundário, tendo sua estrutura primária (protofloema e metafloema) originada no procâmbio e a secundária (em vegetais com crescimento secundário) a partir do cambio vascular. O floema compõe o sistema vascular no vegetal e sua função é garantir o transporte de materiais orgânicos e inorgânicos em solução. Esse tecido complexo é formado por células de condução, que são as células crivadas (ocorre em gimnospermas menos evoluídas), e elementos do tubo crivado ( ocorre em angiospermas e possui poros que possibilitam comunicação com elementos vizinhos, e seu conjunto é chamado de placa crivada), células parenquimáticas, fibras e esclereides. Entre as células parenquimáticas, destacam-se algumas especializadas, como as companheiras e as albuminosas. 
b)Quais são os meristemas responsáveis pela formação dos seguintes tecidos: epiderme, periderme, xilema e floema (primários e secundários).
O meristema responsável pela formação da epiderme é a protoderme, que também é responsável pela formação da periderme. O xilema e floema primários são originados pelo procâmbio, e os secundários a partir do câmbio vascular. 
c)Qual a origem do tecido meristemático?
São de origem embrionária, fruto de células com capacidade de se grupar e se dividir, criando um tecido de formação. 
d)Conceitue diferenciação e desdiferenciação.
Se no caso da diferenciação as células se diferenciam e se especializam para exercerem diferentes funções, a desdiferenciação celular seria então o oposto onde uma célula já diferenciada retorna para seu estado mais primitivo, não especializado, onde a célula ainda não tem função aparente.
e)Diferencie periderme de epiderme.
A epiderme é uma camada de células pouco especializada cuja função é revestir o vegetal com crescimento primário, e a periderme é um conjunto de tecidos que em vegetais de crescimento secundário substitui a epiderme.
f)Discorra sobre os tecidos que formam a periderme.
Os tecidos que formam a periderme são formada pelo felogênio, pelo súber e pela feloderme.
O felogênio é formado pela desdiferenciação de células do parênquima cortical, e através de divisões periclinais forma o súber para fora e o feloderme para dentro.O súber forma-se externamente ao felogênio, e suas células são mortas na maturidade (suberificadas), e tem a função de isolante térmico e impermeabilização. A feloderme é a camada de células vivas, parenquimáticas, formada pelo felogênio, em direção ao centro do órgão, se posicionam na mesma fileira radial das células do súber e do felogênio e tem a função de suporte, reserva de amido, formação de novas camadas de felogênio, além de proteção.
g) O que são estômatos e lenticelas? Cite as partes constituintes dos estômatos. Dê a classificação dos estômatos e diferencie-os.
Estômatos são pequenas aberturas nos órgãos aéreos das plantas que controlam o movimento dos gasese estão associados à epiderme. São constituídos por células estomáticas, ostíolo, células paraestomatais e câmara subestomática, e pode ser de dois tipos, anomocítico (número indefinido de células anexas) ou anisocítico(3 células anexas, sendo uma menor que as outras). Já as lenticelas são aberturas presentes na periderme com a função de troca gasosa.
h) Fale sobre os tipos de parênquimas que podem ser encontrados nas plantas e dê as funções dos parênquimas.
O parênquima, tecido originado pela protoderme, é formado por células vivas, que possuem paredes primárias delgadas ou espessada, e vacúolos bem desenvolvidos. O tecido parenquimático é classificado em parênquima de preenchimento (corticais, medulares e fundamentais), clorofiliano (clorênquima) e de reserva (amilífero), e suas funções incluem fotossíntese, armazenamento, secreção e excreção, cicatrização e regeneração de lesões e ferimentos, formação de meristemas secundários e raízes adventícias.
i) Diferencie colênquima de esclerênquima.
O colênquima, como o parênquima, é um tecido do sistema fundamental localizado na região subepidérmica ou separado da epiderme por uma pequena camada de células parenquimáticas, que apresenta células vivas e parede espessada por celulose. Ao serem observadas no microscópio, as paredes das células apresentam espessamento irregular, características que podem ser usadas para classificar esse tecido como:
· Angular – espessamento ocorre nos cantos das paredes celulares;
· Lamelar – espessamento ocorre principalmente nas paredes tangenciais internas e externas;
· Lacunar – espessamento ocorre nas paredes que limitam os espaços intercelulares e esses são preservados;
· Anelar – espessamento ocorre ao redor de toda a parede.
 O esclerênquima é um tecido constituído de células mortas, que garante resistência ao corpo do vegetal. As células que o compõem apresentam paredes secundárias espessadas em padrão regular, em alguns casos lignificadas. Destacam-se dois tipos celulares importantes: as fibras (células alongadas, lignificadas ou não, em feixes) e as esclereides (espessadas com lignina, formato variado).
j) Diferencie o xilema do floema de plantas mais evoluídas. Dê todos os tecidos e células que os constituem.
O xilema e o floema também são originados a partir dos tecidos meristemáticos primários, mais especificamente do procâmbio. No caso do xilema primário é formado a partir do procâmbio e presente em vegetais com crescimento primário, destaca-se sua capacidade de conduzir água e solutos para todas as partes da célula, fornecer sustentação e o armazenar substâncias Considerado complexo, ele é formado por elementos condutores que são as traqueídes (células que se associam pela extremidade para conduzir agua e sais minerais, presente em gimnospermas e angiospermas mais primitivas) e elementos de vaso (comum em gimnospermas e angiospermas mais evoluídas, possuem perfurações e apresentam parede secundária lignificada), células parenquimáticas e fibras. O xilema secundário é formado a partir do câmbio, em vegetais com crescimento secundário.
O floema, assim como o xilema, classifica-se em primário e secundário, tendo sua estrutura primária (protofloema e metafloema) originada no procâmbio e a secundária (em vegetais com crescimento secundário) a partir do cambio vascular. O floema compõe o sistema vascular no vegetal e sua função é garantir o transporte de materiais orgânicos e inorgânicos em solução. Esse tecido complexo é formado por células de condução, que são as células crivadas (ocorre em gimnospermas menos evoluídas), e elementos do tubo crivado (ocorre em angiospermas e possui poros que possibilitam comunicação com elementos vizinhos, e seu conjunto é chamado de placa crivada), células parenquimáticas, fibras e esclereides. Entre as células parenquimáticas, destacam-se algumas especializadas, como as companheiras e as albuminosas.
k) O que são feixes vasculares? Cite os tipos de feixes vasculares que podem ser encontrados nas plantas e diferencie-os.
Os tecidos vasculares do caule formam feixes vasculares, como um cilindro entre o córtex e a medula, podendo no entanto, assumir padrões mais complexos. A posição ocupada pelo xilema e pelo floema nos feixes vasculares também é bastante variada, mas o tipo mais comum de feixe é o denominado colateral, com floema voltado para a periferia do órgão e o xilema para o centro, comum entre as Lamiaceae. Em muitas famílias de dicotiledôneas, como por exemplo entre as Cucurbitaceae, o floema aparece tanto externamente, como internamente ao xilema, esses feixes contendo floema dos dois lados do xilema são denominados bicolaterais. Os feixes onde um dos tecidos vasculares envolve o outro completamente são denominados concêntricos. Quando o floema envolve o xilema, o feixe é dito anficrival, este tipo é comum entre as pteridófitas; sendo considerado um tipo bastante primitivo. Quando o xilema que aparece envolvendo completamente o floema, o feixe é denominado anfivasal, comuns entre as monocotiledôneas. Este último, é considerado um tipo derivado de feixe vascular. Entre algumas espécies de Eriocaulaceae (monocotiledônea) podemos encontrar ainda, os chamados feixes vasculares biconcêntricos com dois anéis de xilema aparecem separados pelo floema.

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