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doença de Chagas

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Andressa Marques Cunha Lisboa – UFR 
DOENÇA DE CHAGAS 
→Tripanossomíase americana; 
→Agente etiológico: Trypanossoma cruzi 
→Predominantemente no continente 
Americano – América Latina 
→Disseminada principalmente em populações 
de baixo nível socioeconômico 
→Transmitida: insetos triatomíneos – 
Barbeiro (percevejo) e ele só transmite se 
estiver contaminado. São hematófagos e de 
hábitos noturnos. 
-Na saliva do inseto tem uma substância que 
neutraliza a região da pele e a pessoa não 
percebe que a presença do inseto enquanto ele 
se alimenta do sangue. 
-Triatoma infestans – o mais encontrado 
EPIDEMIOLOGIA 
→Apesar de se ter muitos estudos atualmente 
sobre a doença de chagas, ainda não se vê a 
realização de campanhas ou outras formas de 
divulgação a respeito, sendo muitas vezes 
negligenciada. 
→O Brasil caracteriza-se como uma região 
endêmica. 
→Óbitos por Chagas no Brasil: 102,7 mil 
(1996-2016) 
-Nordeste:19675 
-Centro Oeste: 22613 
-Norte: 1547 
-Sudeste:53079 
-Sul:5796 
→16 – 18 milhões de pessoas cronicamente 
infectadas pelo parasita 
→100 milhões de pessoas residem nas áreas de 
risco (25% da população da América Latina) 
→100 – 200 mil novos casos por ano 
→No Brasil, existem cerca de 5 milhões de 
pessoas infectadas 
→Risco de transmissão em áreas não 
endêmicas 
→Doença ainda negligenciada em alguns 
aspectos 
→T. cruzi é transmitido em ciclos domésticos 
ou paradomésticos 
-Ciclo silvestre 
-Ciclo paradoméstico 
-Ciclo doméstico 
→Espécie de importância médica humana 
-T. brucei gambiense 
-T. cruzi 
-T. brucei rhodensiense 
-T. rangeli 
TRANSMISSÃO 
→Aproximadamente 80% por meio dos 
vetores (tripomastigotas metacíclicas 
presentes nas fezes) 
→Durante a picada, o inseto deposita suas 
fezes infectadas na pele da pessoa, e ao coçar a 
região as fezes entram no orifício que o inseto 
fez para se alimentar e então infecta a pessoa. 
→Transfusão sanguínea 
→Congênita 
→Acidentes de laboratório (Fezes de 
triatomíneos, culturas de T. cruzi, manejo de 
animais em experimentação) 
→Oral (triatomíneos infectados macerados 
juntos com alimentos, como açaí, caldo de 
cana) 
→Transplante de órgãos 
→Período de incubação fase aguda 
-Transmissão vetorial: 4 a 15 dias 
-Transmissão transfusional: 30 a 40 dias ou 
mais 
-Transmissão vertical: pode ser transmitida em 
qualquer período da gestação ou durante parto 
-Transmissão oral: 3 a 22 dias 
-Transmissão acidental: até ~20 dias 
→Mulher em fase aguda não pode amamentar 
➢ Vetor 
→137 especies conhecidas 
→Desses, 48 identificadas no Brasil 
→No Brasil as espécies mais importantes são: 
-Triatoma infestans 
-Triatoma brasiliensis 
-Pantrongilus megistus 
Etc 
→ovo-ninfa1-ninfa2-ninfa3-ninfa4-ninfa5-
adulto-ovo... 
 Andressa Marques Cunha Lisboa – UFR 
→Desde a ninfa1 já se alimenta de sangue para 
conseguir chegar a face adulta 
→Trypanosoma cruzi 
Tripomastigota – forma flagelada; forma 
encontrada no plasma sanguíneo. 
Amastigota – forma sem flagelo; forma 
reprodutiva que fica dentro das células. 
Epimastigota – só está presente no triatomíneo; 
possui um flagelo, mas não é igual ao da forma 
tripomastigota. 
CICLO BIOLÓGICO 
→ 
PATOGENIA 
➢ Fase aguda: 3 a 4 meses 
→Sintomática ou assintomática 
→Manifestações locais: 
-Sinal de Romanã 
-Chagoma de inoculação 
-Manifestações gerais 
-Outros sintomas: febre, mal estar, cefaleia e 
anorexia; linfoadenomegalia e 
hepatoesplenomegalia sutis; miocardite aguda 
com alterações eletrocardiográficas 
(raramente); meningoencefalite (raramente). 
 
➢ Fase indeterminada 
→Ausência de manifestações clínicas 
radiográficas e eletrocardiográficas 
→A maioria dos pacientes permanece na 
forma indeterminada, sem apresentar 
sintomatologia, por toda a vida 
→Parasitemia – subpatente: presença quase 
imperceptível do parasita 
 
➢ Fase crônica: duração de 5 a 30 anos 
→Formas indeterminadas 
→Cardiopatia chagásica crônica: 
aparecimento cerca de 15 a 20 anos após a 
infecção inicial. É a mais importante forma de 
limitação ao doente chagásico e principal 
causa de morte. Pode apresentar-se 
sem sintomatologia, mas com 
alterações eletrocardiográficas. 
Caracterizada por miocardite crônica 
progressiva, dilatação de cavidades e 
hipertrofia ventricular, distúrbios de 
condução elétrica, arritmias e 
insuficiência cardíaca. 
→Formas digestivas (megas): 
caracterizam-se por alterações ao 
longo do trato digestivo. Destruição 
de neurônios dos plexos mioentéricos 
(parassimpático). Esfíncteres em 
contração permanente (simpático). 
Dificuldade de trânsito de 
alimentos/fezes: 
-Cárdia: acúmulo de alimentos – megaesôfago 
-Reto-sigmoide: acúmulo de fezes – 
megacólon 
DIAGNÓSTICO PARASITOLÓGICO 
→Diretos – fase aguda 
-Exame a fresco em lâmina (motilidade) 
-Gota espessa ou esfregaço corado com 
Giemsa ou Leishman (morfologia) 
-Centrifugação em tubos capilares (micro-
hematócrito)- baixa parasitemia. 
→Indiretos – fase crônica 
-Xenodiagnóstico (alimentação de ninfas de 
triatomíneos não infectados com o sangue de 
pacientes) 
-Hemocultura (cultura do sangue em meio 
LIT) 
Leitura: 30, 60, 90 e 120 dias 
 Andressa Marques Cunha Lisboa – UFR 
DIAGNÓSTICO SOROLÓGICO 
→Hemaglutinação indireta (HAI) 
→Imunofluorescência indireta (IFI) 
→Ensaio imunoenzimático (ELISA) 
→Antígenos de T. cruzi: Extratos totais 
 Frações semi-
purificadas (Epimastigotas) 
→Fase aguda: detecção de IgM 
→Fase crônica: detecção de IgG 
→Pelo menos dois testes sorológicos devem 
ser realizados para confirmação dos resultados. 
TRATAMENTO 
→Nifurtimox (Lampit) 
-Disponível nos EUA e Canadá 
→Benznidazole (Rochagan): inibe a síntese de 
RNA e proteína; 
Ofertado no SUS 
Parcialmente efetivo na fase aguda 
Inativo na fase crônica 
Tratamento prolongado (60 dias) 
Toxicidade frequente (anorexia, cefalei, 
dermatopatia, insônia, náuseas, perda de peso, 
polineuropatia, vômitos) 
Adultos: 5mg/Kg por dia 
Crianças: 5-10 mg/Kg por dia. 
PROFILAXIA 
→Transmissão vetorial: controle químico de 
vetores com inseticidas quando a investigação 
entomológica indicar a presença de 
triatomíneos domiciliados; melhoria 
habitacional em áreas de alto risco suscetíveis 
a domiciliação. 
→Transmissão transfusional: manutenção do 
controle de qualidade rigoroso de 
hemoderivados. 
→Transmissão oral: cuidados de higiene na 
produção e manipulação artesanal de alimentos 
de origem vegetal. 
→Transmissão acidental: uso de equipamento 
de biossegurança 
→Transmissão vertical: identificação de 
gestantes chagásicas na assistência pré-natal 
ou de recém-nascidos por triagem neonatal 
para tratamento

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