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Peça do estágio retificada 2

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AO JUÍZO DA ____ª VARA DE FAMÍLIA DO TERMO JUDICIÁRIO DA COMARCA DA ILHA DE SÃO LUÍS – ESTADO DO MARANHÃO
Assistência Judiciaria Gratuita (art. 98 do CPC)
Prazo em dobro (art. 186, §3º do CPC)
Homologação Judicial (art. 731, CPC)
 WILKER DOS SANTOS SOUSA, brasileiro, casado, vendedor, portador da carteira de Identidade nº 021813802002-0, expedida em: 10/12/2019 SSP/MA, inscrito no CPF sob o nº 057.694.223-51 (doc. 01), residente na Rua Estrada Pedro Dedavid, Nº 977, Apartamento 503, bloco 5, Bairro Caxias do Sul, Santa Catarina- Rio Grande do Sul, CEP 95034-560 (doc. 02), endereço eletrônico: wilkernovo163@gmail.com.br e DARLENY DOS SANTOS SOUSA, brasileira, casada, autônoma, portadora da carteira de identidade n.º 034678752008-0, expedida em: 02/09/2014 por SSP/MA, inscrita no CPF sob n.º 053120763-33 (doc. 03), residente e domiciliada na Rua Amizade, nº 07, Vila Cruzado, Tibiri, SÃO LUÍS/MA, CEP nº 65010-000 (doc. 04), endereço eletrônico: ddarleny21@gmail.com, neste ato representados pelo Núcleo de Prática Jurídica do Centro Universitário Estácio – São Luís, consoante mandado procuratório anexo (doc. 05), em especial à Dra. Clara Tereza Barros Léda Carvalho, OAB/MA nº10.364, advogada outorgada, email: clarabarrosnpj@gmail.com, vem à presença desse juízo, com fulcro nos artigos 731, CPC, art. 1571, IV, CC, EC nº 66/2010 que conferiu nova redação ao art. 226, CF, propor 
HOMOLOGAÇÃO DE DIVÓRCIO CONSENSUAL
 pelas razões de fato e de direito a seguir expostas:
I PRELIMINARMENTE 
1.1 DA JUSTIÇA GRATUITA
Os requerentes no momento, não possuem condições financeiras para arca com as custas processuais e honorários advocatícios, sem prejuízo de seu próprio sustento e de sua própria família, conforme declaração (doc.06).
A justiça gratuita, por sua vez, pode ser compreendida como a isenção do recolhimento de custas e despesas (de ordem processual ou não) que se revelam necessário ao exercício de direitos e faculdades processuais inerentes ao exercício do devido processo legal.
Desta feita, requer o consentimento dos benefícios da Justiça Gratuita, nos termos do artigo 98 do Código de Processo Civil, garantindo-lhe, deste modo, o efetivo acesso à justiça.
1.2 DO CÔMPUTO DO PRAZO EM DOBRO
Em se tratando de ação ajuizada pelo NPJ da Estácio, se querer a concessão dos prazos processuais em dobro, com base no dispositivo legal, artigo 186 do Código de Processo Civil, in verbis:
“Art. 186. A Defensoria Pública gozará de prazo em dobro para todas as suas manifestações processuais [...]
§ 3º O disposto no caput aplica-se aos escritórios de prática jurídica das faculdades de Direito reconhecidas na forma da lei e às entidades que prestam assistência jurídica gratuita em razão de convênios firmados com a Defensoria Pública.”
É nítida a finalidade do legislador em conferir o benefício do prazo em dobro aos escritórios de prática jurídica, haja vista que a atividade por estes realizadas não se distância muito daquela desenvolvida pela Defensoria Pública, tampouco são atividades dessemelhantes. É importante frisar que ambos voltam seus esforços para a efetivação da Assistência Judiciária e Gratuita, enquanto garantia constitucional.
Desta forma o Núcleo de Prática Jurídica da referida universidade goza do direito aos prazos processuais em dobro.
1.3 DA DISPENSABILIDADE DA AUDIÊNCIA DE RATIFICAÇÃO
Trata da desnecessidade da audiência de ratificação nos processos de divórcio consensual após a entrada em vigor do Novo Código de Processo Civil. Confrontou-se a evolução histórica do divórcio com o regramento constitucional e legal vigentes, notadamente a máxima efetividade da Emenda Constitucional nº 66/2010, o princípio da legalidade, a razoável duração do processo, a economia processual, a executividade dos documentos referendados pelos advogados das partes e a possibilidade de supressão por negócio jurídico processual, associados à jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça. Concluiu-se que o ato é dispensável, salvo quando o juiz observar nos autos suspeita de vício da vontade ou outra questão concernente à legalidade do ato. (Rick Leal Frazão). 
O art. 1.122 do Código de Processo Civil de 1973 (BRASIL), que fala sobre a separação judicial, mas era aplicado ao divórcio consensual por força do art. 34, caput, da Lei do Divórcio (BRASIL), estabelecia como parte integrante e obrigatória do procedimento a chamada audiência de ratificação: 
“Art. 1.122. Apresentada a petição ao juiz, este verificará se ela preenche os requisitos exigidos nos dois artigos antecedentes; em seguida, ouvirá os cônjuges sobre os motivos da separação consensual, esclarecendo-lhes as consequências da manifestação de vontade. § 1º Convencendo-se o juiz de que ambos, livremente e sem hesitações, desejam a separação consensual, mandará reduzir a termo as declarações e, depois de ouvir o Ministério Público no prazo de 5 (cinco) dias, o homologará; em caso contrário, marchar-lhes-á dia e hora, com 15 (quinze) a 30 (trinta) dias de intervalo, para que voltem a fim de ratificar o pedido de separação consensual. § 2º Se qualquer dos cônjuges não comparecer à audiência designada ou não ratificar o pedido, o juiz mandará autuar a petição e documentos e arquivar o processo” 
O Novo Código de Processo Civil (BRASIL, 2015), contudo, não trouxe a previsão desta audiência, limitando-se a dizer o seguinte: 
“Art. 731. A homologação do divórcio ou da separação consensuais, observados os requisitos legais, poderá ser requerida em petição assinada por ambos os cônjuges, da qual constarão: I – as disposições relativas à descrição e à partilha dos bens comuns; II – as disposições relativas à pensão alimentícia entre os cônjuges; III – o acordo relativo à guarda dos filhos incapazes e ao regime de visitas; e IV – o valor da contribuição para criar e educar os filhos. Parágrafo único. Se os cônjuges não acordarem sobre a partilha dos bens, far-se-á esta depois de homologado o divórcio, na forma estabelecida nos arts. 647 a 658”.
Ademais a Jurisprudência reconhece, da não realização de audiência de ratificação, vejamos:
RECURSO ESPECIAL - PROCESSUAL CIVIL - DIREITO CIVIL - FAMÍLIA - AÇÃO DE DIVÓRCIO DIRETO CONSENSUAL - INEXISTÊNCIA DE AUDIÊNCIA DE RATIFICAÇÃO - DIVÓRCIO HOMOLOGADO DE PLANO - POSSIBILIDADE - DESPROVIMENTO DO APELO EXTREMO. INSURGÊNCIA RECURSAL DO PARQUET ESTADUAL. Hipótese: Trata-se de ação de divórcio direto consensual, cujo acordo foi homologado de plano pelo juízo sentenciante, que considerou desnecessária a realização de audiência de ratificação. 1. Esta Corte já decidiu inexistir obrigatoriedade de realização de audiência de ratificação, em caso de divórcio direto consensual, quando o juiz sentenciante entender apta a sua concessão de imediato, tendo condições de aferir a firme disposição dos cônjuges em se divorciarem, bem como de atestar que as formalidades foram atendidas. Precedentes. 2. No caso em apreço, não se evidencia hipótese a justificar a anulação do julgado diante da homologação de plano do divórcio direto consensual, sem realização de audiência de ratificação, tendo em vista que o juiz sentenciante teve condições de aferir a efetiva convergência de vontade das partes em dissolverem o vínculo conjugal, atestou, ainda, que as demais formalidades foram atendidas, bem como observado os interesses da menor. 3. Recurso especial desprovido.
(STJ - REsp: 1554316 MG 2012/0116826-6, Relator: Ministro MARCO BUZZI, Data de Julgamento: 15/03/2016, T4 - QUARTA TURMA, Data de Publicação: DJe 21/03/2016).
Destarte, requer-se a homologação do divórcio, uma vez que se trata de interesse conciliatório de ambos os envolvidos, fazendo necessário a dispensa de oitiva dos autores, em respeito ao princípio da eficiência.
II DOS FATOS
Os autores são casados sob o regime de Comunhão Parcial de Bens, desde 07(sete) de julho de 2014, conforme cópia da certidão de casamento em anexo (doc. 07).
Dessa união resultou o nascimento de dois filhos, JOÃO LUCAS DOS SANTOSSOUSA, menor impúbere, absolutamente incapaz, nascido na data de 11(onze) de fevereiro de 2017 (doc. 08) e ELISEU HILBERT DOS SANTOS SOUSA menor impúbere, absolutamente incapaz, nascido na data de 15 de setembro de 2015 (doc. 09).
Durante o casamento, o casal não amealhou bens imóveis, e os bens
móveis e utensílios que guarneciam a residência, já foram amigavelmente partilhados entre os divorciandos.
Os requerentes manifestam pela dissolução do vínculo conjugal, sem possibilidade de reconciliação, o que enseja a presente ação.
III DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS
3.1 DO DIVÓRCIO COMO MECANISMO LEGAL DE DISSOLUÇÃO CONJUGAL
Os cônjuges pretendem, por mútuo consentimento, dissolver a sociedade conjugal, através do DIVÓRCIO DIRETO CONSENSUAL previsto tanto na Lei nº 6.515/77, quanto no art. 226, § 6º, da Carta Magna, este último dispondo sobre a dissolubilidade do casamento civil pelo divórcio, sem a necessidade de comprovação do lapso temporal da separação.
A Emenda Constitucional nº 66, de 13 de julho de 2010, deu nova roupagem ao § 6º do art. 226 da CF/88. O parágrafo possuía a seguinte redação: “O casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio, após prévia separação judicial por mais de um ano nos casos expressos em lei ou comprovada separação de fato por mais de dois anos.” A nova redação ao referido dispositivo é a seguinte: “O casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio.”
Julgados após a EC 66/2010, sobre o divórcio consensual, vejamos:
EMENTA: DIVÓRCIO - EMENDA CONSTITUCIONAL 66/10 - DECRETAÇÃO IMEDIATA, INDEPENDENTEMENTE DE JUSTIFICATIVA OU CUMPRIMENTO DE LAPSO TEMPORAL - DIREITO POTESTATIVO DO CÔNJUGE - DECISÃO PARCIAL DO MÉRITO, PARA RESOLVER O DIVÓRCIO - RETORNO DOS AUTOS À INSTÂNCIA DE ORIGEM, PARA DIRIMIR A QUESTÃO ACESSÓRIA DOS ALIMENTOS, ARGUIDA PELA PARTE RÉ - POSSIBILIDADE - RESPALDO DOUTRINÁRIO E JURISPRUDENCIAL - OBSERVÂNCIA AOS PRINCÍPIOS DA INSTRUMENTALIDADE, CELERIDADE E ECONOMIA PROCESSUAIS E DA EFICIÊNCIA. RECURSO PROVIDO. - COM A ORDEM INAUGURADA PELA EMENDA CONSTITUCIONAL 66/10, SURGE PARA CADA CÔNJUGE UM VERDADEIRO DIREITO POTESTATIVO DE DISSOLVER O VÍNCULO CONJUGAL POR MEIO DO DIVÓRCIO, ISTO É, INDEPENDENTEMENTE DE QUALQUER JUSTIFICATIVA OU CUMPRIMENTO DE LAPSO TEMPORAL. ASSIM, NÃO MAIS SE ADMITE QUE "CONTROVÉRSIAS OUTRAS SIRVAM DE ÓBICE AO RECONHECIMENTO DA DISSOLUÇÃO DO VÍNCULO MATRIMONIAL, IMPONDO PERDA DE TEMPO E DE OBJETIVIDADE AO JUIZ NO MEIO DE DISCUSSÕES RELACIONADAS, POR EXEMPLO, À FIXAÇÃO DE ALIMENTOS OU À REPARAÇÃO DE DANOS MORAIS." (CRISTIANO CHAVES DE FARIAS) - NO ENTANTO, SE POR UM LADO NÃO SE PODE IMPOR OBSTÁCULOS À IMEDIATA DECRETAÇÃO DO DIVÓRCIO, COMO É DIREITO DO REQUERENTE - O QUE OCORRERIA CASO SE PERMITISSE A PRÉVIA ABERTURA DE COGNIÇÃO AMPLA NO PROCESSO, COM DILAÇÃO PROBATÓRIA VOLTADA À ELUCIDAÇÃO DO 'BINÔMIO NECESSIDADE-POSSIBILIDADE'-, TAMBÉM NÃO SE PODE, POR OUTRO LADO, PERMITIR QUE O RIGOR PROCESSUAL PREJUDIQUE A EFETIVIDADE DA TUTELA JURISDICIONAL PRETENDIDA - COMO OCORRERIA CASO FOSSE IMPOSTA A PROPOSITURA DE NOVA AÇÃO (DE ALIMENTOS) PELA RÉ, DEPOIS DE TANTO TEMPO DISPENSADO NO PRESENTE FEITO. EM VISTA DISSO, ACOLHE-SE A ORIENTAÇÃO APONTADA PELA MELHOR DOUTRINA, E JÁ ADOTADA NESTE E. TJMG, DECRETANDO-SE, DESDE JÁ, O DIVÓRCIO DAS PARTES, POR MEIO DE DECISÃO PARCIAL DE MÉRITO, E DETERMINANDO-SE, ATO CONTÍNUO, O RETORNO DOS AUTOS À INSTÂNCIA DE ORIGEM, PARA CONCLUSÃO DA INSTRUÇÃO E OPORTUNO JULGAMENTO DO CONTROVERTIDO PEDIDO DE ALIMENTOS.
(TJ-MG - AC: 10699090946277001 Ubá, Relator: Eduardo Andrade, Data de Julgamento: 25/09/2012, Câmaras Cíveis Isoladas / 1ª CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação: 04/10/2012)
Para Maria Berenice Dias, a Emenda Constitucional em comento operou significativos avanços no âmbito do direito das famílias, vez que não mais impõe prazo para a concessão do divórcio, acabando, ainda, com a identificação de eventual culpado pelo malogro conjugal, bem como com a indagação acerca das causas que levaram ao término do relacionamento, deixando de haver qualquer empecilho à concessão do divórcio, seja a exigência da prévia separação de fato, seja o implemento de prazos. Para a autora a Emenda fez cessar a interferência indevida do Estado na vida privada, autorizando ao magistrado a transformação das ações de separação em tramitação em ações de divórcio. (DIAS, Maria Berenice. O fim da separação. Multijuris: Primeiro Grau em Ação, Porto Alegre, v.5, n.9, p.26-28, dez. 2010).
O novo texto constitucional, portanto, afasta o sistema dualista de dissolução do casamento, estabelecendo o divórcio como único meio dissolutório, sendo possível casar e dissolver o matrimônio a qualquer tempo, como expressão da liberdade de casar e de não permanecer casado, pois nada justifica impor que as pessoas permaneçam ligadas a uma relação quando já rompido o vínculo afetivo.
Desse modo, os requerentes, requerem a dissolução do casamento, de forma consensual.
3.2 DA HOMOLOGAÇÃO DO DIVÓRCIO CONSENSUAL
O artigo 731 do Código de Processo Civil, preconiza que a petição de divórcio consensual deverá ser assinada pelos cônjuges e obrigatoriamente disporá sobre a descrição e partilhados bens, pensão alimentícia, guarda e alimentos, in verbis:
I - as disposições relativas à descrição e à partilha dos bens comuns; 
II - as disposições relativas à pensão alimentícia entre os cônjuges; 
III - o acordo relativo à guarda dos filhos incapazes e ao regime de visitas; e 
IV - o valor da contribuição para criar e educar os filhos. 
Parágrafo único. Se os cônjuges não acordarem sobre a partilha dos bens, far-se-á esta depois de homologado o divórcio, na forma estabelecida nos arts. 647 a 658.
Cumprindo determinação legal, é o que se fará a seguir.
3.3 DA PARTILHA DOS BENS DO CASAL 
O artigo 731 CPC Parágrafo único, discorre sobre a partilha de bens no casamento, no qual diz: Se os cônjuges não acordarem sobre a partilha dos bens, far-se-á esta depois de homologado o divórcio, na forma estabelecida nos artigos. 647 a 658 do CPC.
Os requerentes não possuem bens a serem partilhados, de modo que torna dispensável a discursão sobre meação de bens.
3.4 DA PENSÃO ALIMENTÍCIA RECÍPROCA
Os requerentes deixam de pleitar reciprocamente os alimentos entre si, uma vez que ambos possuem condições de manterem seu próprio sustento.
3.5 DA GUARDA DOS FILHOS E DIREITO AO CONVÍVIO COM OS MENORES
O casal teve dois filhos desse enlace matrimonial e acordaram que os menores, JOÃO LUCAS DOS SANTOS SOUSA e ELISEU HILBERT DOS SANTOS SOUSA, ficarão sob a guarda unilateral da genitora, tendo o genitor o direito à livre visitação. Os genitores anuem em flexibilizar os dias e os horários de visitas, desde que sejam previamente estabelecidos e acordados, e que tal ato não imponha prejuízo ao rendimento escolar dos filhos, considerando que o genitor reside em domicílio diverso, situado em outra cidade, inclusive. 
No que diz respeito às férias escolares, feriados prolongados e às festividades de final de ano, os cônjuges acordarão previamente com quem a criança permanecerá durante os referidos períodos.
O artigo 1583, caput, § 1º do CC, fala sobre a guarda dos filhos, vejamos:
Artigo 1.583. CC - A guarda será unilateral ou compartilhada. 
§ 1º: Compreende-se por guarda unilateral a atribuída a um só dos genitores ou a alguém que o substitua (art. 1.584, § 5o) e, por guarda compartilhada a responsabilização conjunta e o exercício de direitos e deveres do pai e da mãe que não vivam sob o mesmo teto, concernentes ao poder familiar dos filhos comuns.
Deste modo, requer-se a concessão da guarda nos termos do artigo 1583, do Código Civil.
3.6 DO DEVER DE PRESTAR ALIMENTOS
A nossa Constituinte, em seu Art. 227, institui que “É dever da família, sociedade e Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de coloca-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão”.A doutrina é praticamente consolidada ao estabelecer o conceito de alimentos. Carvalho (2009), Rosenvald (2010) e Gonçalves (2014) são categóricos ao citar o conceito de acordo com os dizeres de Orlando Gomes, o qual disserta: “alimentos são prestações para satisfação das necessidades vitais de quem não pode provê-las por si”.
Assim, o Art. 229, da Lei constitucional, dispõe que “Os pais tem o dever de assistir, criar e educar os filhos menores e os filhos maiores tem o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade;”.
Em seus artigos 1694 e 1696 do Código Civil, discorre sobre o direito de prestar alimentos, que decorre do poder familiar e do grau de parentesco, vejamos:
Artigo 1.694. Podem os parentes, os cônjuges ou companheiros, pedir uns aos outros os alimentos de que necessitem para viver de modo compatível com a sua condição social, inclusive para atender às necessidades de sua educação". 
Artigo 1.696. O direito à prestação de alimentos é recíproco entre pais e filhos, e extensivo a todos os ascendentes, recaindo a obrigação nos mais próximos em grau, uns em falta de outros.
Assim nota- se que os alimentos devem ser pactuados na proporção da necessidade do impúbere e dos recursos da pessoa obrigada (artigo 1694, § 1º). Neste diapasão, considerando as condições dos requerentes; considerando as necessidades mínimas dos infantes, fruto do enlace matrimonial; considerando que é obrigação do Sr. WILKER DOS SANTOS SOUSA, como pai, contribuir, para o sustento dos seus filhos, acordam as partes que o genitor pagará, a título de pensão alimentícia, o equivalente a 10% (dez por cento) do salário-mínimo vigente, por se encontrar desempregado ou estiver trabalhando informalmente. Na hipótese, desta circunstância modificar-se-á e deixa-se, também, deliberado a manutenção de tal percentual, contudo, conferido sob os seus vencimentos e vantagens, incluindo férias, 13º salário, abonos e horas extras, que deverão ser descontados diretamente da fonte pagadora, quando estiver emprego com registro em carteira, que deverá ser descontado diretamente do seu contracheque, responsabilizando-se o genitor por comunicar a empresa o teor da decisão homologatória nesse sentido. 
Fica, portanto, o genitor responsável pelo depósito mensal, todo dia 20(vinte) de cada mês no percentual de 10% na conta corrente de titularidade da genitora abaixo descrita: 
BANCO: Banco do Brasil 
AGÊNCIA: 20 - 5 
CONTA CORRENTE: 90950-5 
FAVORECIDO: Darleny dos Santos Souza
CPF: 053.120.763-33
Portanto, pugna-se assim, os requerentes pela homologação do presente acordo no que tange aos alimentos aqui exposto, na forma acima descrita.
3.7 DO DIREITO DE PERSONALIDADE AO NOME DE SOLTEIRA
Por ser o nome um direito de personalidade uníssono e conferido exclusividade ao seu detentor, a sua manutenção ou alterabilidade frente os requisitos legais, cumpre-lhe a faculdade do cônjuge virago a escolha de identificação de seu nome, posterior a supressão pelo enlace matrimonial.
Com base no artigo 17 da Lei 6.515, a Requerente desde já manifesta o desejo de voltar a usar seu nome de solteira. Artigo 17 da Lei 6.515. Vencida na ação de separação judicial (Art. 5º. ”caput”), voltará à mulher a usar o nome de solteira.
Lei nº 6.515 de 26 de Dezembro de 1977 
Art 17 - Vencida na ação de separação judicial (art. 5º "caput"), voltará a mulher a usar o nome de solteira.
Assim, a cônjuge virago opta por voltar a usar o seu nome de solteira, qual seja: DARLENY BARBOSA DOS SANTOS.
IV DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS
Por todo o exposto, os requerentes requerem de Vossa Excelência que digne- se a:
a) CONCEDER os benefícios da gratuidade judiciária com base no art. 98 do CPC, em razão da hipossuficiência dos requerentes, não tendo meios de custear as despesas processuais sem prejuízo do sustento próprio ou de sua família; 
b) CONFERIR cômputo do prazo em dobro para manifestações processuais, nos termos do artigo 186, §3º, CPC; 
c) DISPENSAR audiência de ratificação, principalmente, considerando a situação de calamidade pública frente a pandemia, bem como, por reflexo a celeridade e economia processual; 
d) JULGAR PROCEDENTE o presente pedido de HOMOLOGAÇÃO DO DIVÓRCIO CONSENSUAL a fim de extinguir definitivamente o vínculo conjugal mediante sentença que decrete divórcio, de logo renunciando ao prazo recursal, em razão do caráter consensual do divórcio, mantendo-se todas as obrigações estabelecidas entre os Requerentes; 
e) DETERMINAR a alteração do nome do cônjuge virago para solteira, substituindo a denominação civil de Darleny Dos Santos Sousa para DARLENY BARBOSA DOS SANTOS; 
f) DETERMINAR a guarda unilateral a genitora;
g) ARBITRAR em favor dos menores do direito a alimentos no percentual de 10% (dez por cento), sob o valor do salário-mínimo em virtude da situação de desemprego que se encontra o cônjuge varão. Na hipótese, desta circunstância modificar-se, deixa-se, também, deliberado a manutenção de tal percentual, contudo, conferido sob os seus vencimentos e vantagens, incluindo férias, 13º salário, abonos e horas extras, que deverão ser descontados diretamente da fonte pagadora, quando estiver emprego com registro em carteira, que deverá ser descontado diretamente do seu contracheque, responsabilizando-se o genitor por comunicar a empresa o teor da decisão homologatória nesse sentido;
h) DECLARAR, o genitor responsável pelo depósito mensal, todo dia 20 do percentual de 10% na conta corrente de titularidade da genitora abaixo descrita: 
BANCO: Banco do Brasil 
AGÊNCIA: 20 - 5 
CONTA CORRENTE: 90950-5 
FAVORECIDO: Darleny dos Santos Sousa
CPF: 053.120.763-33 
i) DETERMINAR à expedição do mandato de averbação, para o Cartório de Registro Civil da 3ª zona – João Paulo- São Luís – MA, competente de São Luís/MA, pare que faça a averbação necessária na certidão de casamento Matrícula nº 03000150155 2014 2 00120 206 0046358 47, a custos legis;
j) DETERMINAR a intimação do douto Representante do Ministério Público, a fim de que acompanhe o referido processo; 
k) DEFERIR o protesto de todo o alegado, por todos os meios de prova admitidos no direito. 
Dá-se a causa o valor de R$ 1.254,00 (um mil, duzentos e cinquenta e quatro reais), art. 292, III, CPC. 
Nestes termos,
Pede e espera deferimento.
São Luís (MA), ___/____/2020
Clara Tereza Barros Léda Carvalho
OAB/MA 10.364
Advogada
Estagiários C30
Alicia Sabrina Mendes Tavares – Matrícula nº 201703249763 
Iara Silva Santos – Matrícula nº 201702049302 
Debora Correa campos – Matrícula nº 201703253647
Raimunda Aloma Sales Pinheiro– Matrícula nº 201602106622 
Talyta Lopes Martins – Matrícula nº 201704030994
ROL DE DOCUMENTOS 
Doc. 01 – RG e CPF do cônjuge varão 
Doc. 02 – Descrição do endereço residencial do cônjuge varão 
Doc. 03 – RG e CPF do cônjuge virago 
Doc. 04 – Comprovante de residência do cônjuge virago 
Doc. 05 - procuração do cônjuge virago
Doc.06 – certidão de casamento dos cônjuges 
Doc.07 - Certidão de nascimento João Lucas dos Santos Sousa 
Doc.08- Certidão de nascimento Eliseu Hilbert dos Santos Sousa 
Doc.09 – Declaração de Hipossuficiência cônjuge virago
Doc .10- Termo de Responsabilidade 
Doc.11-Declaração de Residência do cônjuge virago
Doc.12- Declaração de Hipossuficiência cônjuge varão
Doc.13- Procuração do cônjuge varão
 
DOC. 01
DOC. 02
WILKER DOS SANTOS SOUSA
 DADOS PESSOAIS________________________________________________________
· Endereço: Rua Estrada Pedro Dedavid, Nº 977, Apartamento 503, bloco 5, Bairro Caxias do Sul, Santa Catarina- Rio Grande do Sul, CEP 95034-560
· Telefone: (54) 9202-9843
· Estado Civil: Casado
· Data de Nascimento:22/01/1993
· Naturalidade: Rosário – MA
· Nacionalidade: Brasileiro
DOC. 03
DOC. 04
DOC. 05
DOC. 06
DOC.07
DOC. 08
DOC. 09
DOC. 10
DOC. 11

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