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do que se fala; da frequência do paciente no consultório; da escuta do analista; Não é comum as pessoas fazerem tratamento todos os dias da semana, minimamente uma vez por semana, teríamos dentro desse esquema proposto pelo Freud, aproximadamente 2 meses e 2 semanas de tratamento prévio, dependendo da frequência do paciente no consultório dependendo: Quando Freud começa a praticar a Psicanálise, essa pratica acontecia diariamente, se formos pensar que uma semana tem 5 dias (segunda a sexta), duas semanas teríamos aproximadamente 10 atendimentos considerando uma semana de segunda a sexta. Em seu texto o inicio do tratamento, Freud diz praticar o que chama de tratamento de ensaio. Se você se reportar a segunda página ao texto do Freud, existem as expressões: ensaio prévio ou provisoriamente. Refere-se ao tratamento psicanalítico de uma ou duas semanas antes do começo da análise própriamente dita. Clínica Psicanalítica @Mentologikas - Resumos de Eliane Cavalcante texto - Antonio Quinet - As funções das entrevistas preliminares. - AULA 18.11.2020 Tratamento de ensaio Uma experiencia de análise é dividida: Tratamento prévio e a Análise, propriamente dita. A tu al m en te Daí verificamos como se dá essa passagem do tratamento de ensaio para análise propriamente dita. O que leva uma pessoa a fazer análise? É a sua divisão, que nem sempre essa divisão é suportável. O sujeito precisa querer saber um pouco mais sobre essa divisão, saber um pouco mais sobre o seu inconsciente. Uma análise não promove uma integração do EU, a gente no final de análise não vai ter uma tradução completa do nosso inconsciente, entramos divididos e saímos divididos. Só que a gente entra querendo não estar dividido e depois saímos divididos e com prazer. O prazer da divisão. Vamos nos acostumando a essa divisão, com nosso inconsciente. Utilidade do Tratamento de ensaio Serviria segundo Freud, para evitar a interrupção da análise após um certo tempo. Freud não especifica porém por que esse tratamento se interromperia. A continuação do tratamento está absolutamente conectada a questão da transferência. estruturas clínicas ou estruturas de sujeito ou estrutura de linguagem. Trabalham com: Por isso que analista trabalha com a fala, pois a fala é a ponta de lança da estrutura da linguagem. Existe uma estrutura de linguagem e a gente fala a partir dessa estrutura de linguagem, só que essa estrutura de linguagem para Psicanálise, ela não é uma só, existem na verdade como Quinet seguindo Freud e seguindo a Psiquiatria clássica, dizem a divisão entre Neurose e Psicose. Mas na verdade são três estruturas clínicas e só existem essas três, não existem outras. Ligar o paciente ao seu tratamento e a pessoa do analista. O paciente precisa se ligar a sua história ou estrutura de linguagem; O paciente possa ligar a sua estrutura ou sua história. Sendo mais específico a pelo menos uma função desse tratamento de ensaio, a do estabelecimento do diagnóstico, em particular, a do diagnóstico diferencial entre Neurose e Psicose. NEUROSE PSICOSE E PERVERSÃO Clínica Psicanalítica @Mentologikas - Resumos de Eliane Cavalcante Primeira meta da análise Função desse tratamento de ensaio texto - Antonio Quinet - As funções das entrevistas preliminares. - AULA 18.11.2020 Os analistas: Estruturas de sujeito Não é a perversão dos três ensaios, é a perversão do texto fetichismo, a clivagem do EU e os mecanismos de defesa, que são esses textos da década de 30 do Freud. Diagnóstico em Psicanálise Está relacionado a estrutura de sujeito, ou estrutura clínica ou estrutura de linguagem, significa que analista nenhum, não trabalhamos com transtornos mentais, Os analistas tem uma rica e profunda Psicopatologia própria e não se servem de psicopatologia psiquiátrica. NEUROSE E PSICOSE são termos da Psiquiatria clássica; Clínica Psicanalítica @Mentologikas - Resumos de Eliane Cavalcante texto - Antonio Quinet - As funções das entrevistas preliminares. - AULA 18.11.2020 Psicopatologia contemporânea e Psicanálise NEUROSE OBSSESSIVA E NEUROSE HISTÉRICA. Psicopatologia contemporânea trabalha com a ideia de transtornos mentais. Exemplo: Transtornos de humor, transtorno de personalidade, etcetera. Os analistas da Psicanálise não trabalham com esse tipo de nosografia, eles trabalham com estruturas clínicas. CID 10 - Aboluiu a diferença entre a Neurose e Psicose, que é considerada uma falta clínica poiis para os analista Neurose, Psicose e Perversão estruturas de linguagem, isso não vai mudar. Um sujeito que é neurótico, ele vai ser neurótico pro resto da vida. Não nasceu Neurótico, Psicótico ou Perverso mas é a entrada do sujeito na linguagem que vai determinar um tipo de estrutura. Os analista podem nas entrevistas preliminares, além de identificar qual é a estrutura clínica (Neurose, Psicose e Perversão). Precisam saber qual o tipo clínico. Na NEUROSE existem dois tipos clínicos: Que também são separadas, então um sujeito que se constitui NEURÓTICO de tipo Clínico obsessivo, para sempre obsessivo nunca será histérico. O sujeito NEURÓTICO HISTÉRICO para sempre histérico nunca será obsessivo, não vai virar psicótico. O mesmo vai se aplicar a PERVERSÃO e a PSICOSE. O Mais comum que a gente ouve no consultório ESTRUTURA NEURÓTICA e os tipos clínicos: NEUROSE OBSESSIVA E HISTERIA. A importância do narcisismo O narcisismo é importante até certa medida, para constituição do EU, pois o narcisismo entra em cena para unificar as pulsões parciais do auto erotismo, quando viemos ao mundo a nossa sexualidade é auto erótico, os nossos objetos sexuais gravitam no nosso próprio corpo. Ex: criança ficar se masturbando, colocar mão na boca, no ânus ou genitália. O prazer estar ali, esses objetos vão ser substituídos pelo EU. O EU é um objeto. Ser EU é um objeto, que foi construído a partir da relação desse vivente com o desejo do grande outro. Em especial li encarnado pela figura dos pais, o nosso EU vai se constituindo a partir do que o Freud chama de SUA MAJESTADE O BEBÊ. Que sao os ideias dos pais, que se encarnam nas filhas e filhos. Um casal (que não são casados e nem um casal). Ambos casados com outras pessoas (ele com uma mulher e ela com um homem). Quando eles se encontram para trepar (traição de ambas as partes), ela se veste de homem e ele veste as dela. Precisamos aprender a tratar a outra, ou o outro ou o outrem, pois vamos nos deparar com isso na clínica. Na PSICOSE que estão fora da partilha do sexo. (não são todos os casos). Não se posiciona como homem e nem como mulher, é delicado. Clínica Psicanalítica @Mentologikas - Resumos de Eliane Cavalcante texto - Antonio Quinet - As funções das entrevistas preliminares. - AULA 18.11.2020 Caso clínico Existem sujeitos que são psicóticos e não binários. Em geral esses sujeitos que circulam entre os gêneros são sujeitos histéricos, porque é uma questão da Histeria. "Sou homem ou sou mulher?" Essa pergunta fica em aberto para esses sujeitos histéricos, que é diferente da NEUROSE OBSESSIVA que faz outra pergunta "Estou vivo ou estou morto para o desejo do outro?" Em Psicanálise, não trabalhamos com nosografia psiquiátrica porque temos a nossa própria. Gozo Angústia No sentido mais radical da palavra. É falta de significante, por isso que o sujeito goza. É a falta na falta. Chamamos de angústia quando o objeto A (que é uma falta) ocupa o ligar de uma outra falta (que é a falta fálica) pois quando entramos na linguagem a gente descobre que a gente não é o falo. Então sofremos um dano imaginário e entra no primeiro movimento da experiência da falta "eu era tudo para minha mãe, agora ela vai fazer outras coisas e me deixa aqui". O falo que era vai sendo pulverizado nesses objetos com os quais ela se relaciona. Essa é a primeira vivência de uma castração (digamos assim). Toda vez que o objeto A ocupa esse lugar de falta promove então essa sensação que as pessoas descrevemcomo angústia. Também se faz presente em todas as estruturas. Está presente a todos os seres falantes. Sintoma É aquilo que pode dar um sentido a angústia. Podemos ver isso melhor no caso do pequeno Hanz - Pois ele tinha uma fobia a cavalos, de que ele vê um dos objetos A (o ver, o ouvir). A fobia que ele tem ao cavalo é o que dá ordem a lei caprichosa da mãe dele. Ali vemos a angústia de castração com o sintoma. FREUD tem um outro texto muito importante sobre isso, que se chama INIBIÇÃO, SINTOMA E ANGÚSTIA. PSICANÁLISE não tem nada a ver com autoconhecimento. A ideia de normalidade não tem relação com as estruturas. Temos a tendência a achar que a psicose é algo ruim, que é da ordem do sofrimento e não necessariamente. Tem pessoas neuróticas que sofrem muito mais que um psicótico. O grande problema na psicose são as alucinações, que são um grande problemas porque como ela é da ordem do real, ou seja, o sujeito não tem dúvida do que está vendo, como por exemplo o sujeito neurótico tem. "Ouvi ou não ouvi?" "Será que foi uma coisa que eu ví mesmo?". "Será que eu t me sentindo perseguido, será que é coisa da minha cabeça?". O Sujeito psicótico na alucinação, ele não tem dúvida, ele tem certeza. Caso do Van Gogh com as orelhas cortadas. Nesse caso conseguimos entender que a dor da alucinação é maior que a dor física. Após a orelha cortada, ele até fez seu autorretrato. O EU dele estava despedaçado - Fenômeno clínico da esquizofrenia. O EU narcísico organiza. A questão da voz: A voz invade. Eles não reconhecem a voz como sendo deles. Não é uma voz da realidade, ela é real. Se escuta que tem que fazer, eles fazem. Clínica Psicanalítica @Mentologikas - Resumos de Eliane Cavalcante texto - Antonio Quinet - As funções das entrevistas preliminares. - AULA 18.11.2020 Normalidade Melancolia - O filme retrata duas irmãs: uma ainda noiva, Justine (Kirsten Dunst) e outra já mãe, Claire (Charlotte Gainsbourg), com o seu marido John (Kiefer Sutherland), nas suas relações familiares e interpessoais e na sua dimensão mental. i know this much is true - Mark Rufalo Uma minissérie da HBO conta a história de Dominic, um pintor divorciado que, após passar por alguns anos difíceis, precisa tomar conta de Thomas, seu irmão gêmeo que, em um surto causado por sua esquizofrenia, corta a própria mão em uma biblioteca. Indicação de Filme e série Psicose MELANCOLIA PARANOIA e a ESQUIZOFRENIA. Também existem os tipos clínicos. O sujeito pode ser um psicótico melancólico. E quem conhecer um pouco sobre melancolia (Justine - do filme Melancolia). Mas existem outros tipos clínicos que são a: Van Gogh Clínica Psicanalítica @Mentologikas - Resumos de Eliane Cavalcante texto - Antonio Quinet - As funções das entrevistas preliminares. - AULA 18.11.2020 Como é feito o diagnóstico em Psicanálise? Através da fala (São estruturas de linguagem!). Qual lugar o sujeito ocupa nessa estrutura de linguagem? E ela Vai vir como? através dos objetos :são as pessoas, as relações. Tudo isso é linguagem; Tendemos a acreditar na realidade e esquecemos que a realidade é vestida de símbolos. Entrevistas preliminares /tratamento de ensaio Entrevistas preliminares (expressão do LACAN) que quer dizer a mesma coisa que o FREUD disse no texto : O início do tratamento. A Expressão entrevistas preliminares corresponde em LACAN ao tratamento de ensaio em FREUD. Quando usamos essa expressão: Em LACAN > vamos encontrar essa expressão num texto sobre PSICOSE intitulado: De uma questão preliminar a todo tratamento possível da PSICOSE. FREUD > Só trabalhava com Neurose, não orientava o tratamento psicanalítico para paciente psicóticos, daí a importância de fazer o tratamento de ensaio. FREUD só atendia pacientes NEURÓTICOS. Não existe caso clínico de pacientes psicóticos, a não ser o homem dos lobos que existe uma questão diagnóstica que os analistas até hoje debatem os elementos da história dele. LACAN chega até a falar sobre > acidente tardio da PSICOSE > Como se trata-se de uma Psicose desencadeada durante o tratamento. Existem os sujeitos que são psicóticos que no dia a dia parece NEUROSE mas é uma PSICOSE não desencadeada (não teve surto ainda) em geral esses surtos acontecem na adolescência mas existe PSICOSE INFANTIL também. No texto de: Uma questão preliminar a todo tratamento possível da PSICOSE. Relatório do seminário 3 - que se chama as PSICOSES, nesse texto que ele usa essa expressão ENTREVISTA PRELIMINAR, essa expressão indica que existe um limiar, uma porta de entrada na análise, totalmente distinta da porta de entrada do analista. Não basta ir la no consultório. A entrada na análise não depende dessa abertura e porta e cair lá na sala de espera ou consultório. O que vai acontecer a partir dessa momento é a entrada nas entrevistas preliminares. Trata-se de um tempo de trabalho prévio a análise propriamente dita, cuja a entrada é concebida não como continuidade e sim como próprio nome: TRATAMENTO DE ENSAIO parece sugerir como uma DESCONTINUIDADE, um corte em relação ao que era anterior e preliminar. Clínica Psicanalítica @Mentologikas - Resumos de Eliane Cavalcante texto - Antonio Quinet - As funções das entrevistas preliminares. - AULA 18.11.2020 Como Freud fazia os tratamentos dele? Durante o tratamento de ensaio o paciente ficava na cadeira, no face a face. Um problema hoje dos analistas que mantem supostamente atendimento face a face. Freud atendia na cadeira no face a face, quando o paciente entrava em análise, o paciente deita no divã e FREUD vai para poltrona atrás do paciente, de modo que o paciente não o vê mais então não tendo mas a referência imaginária. Quando que o paciente se deitava para Freud? Quando o paciente era Neurótico. Quando ele era PSICÓTICO o tratamento era feito nas instituições psiquiátricos da época. Psicanálise na atualidade Estendida para qualquer ser falante, seja neurose, seja psicose e seja perversão e seja casos de autismo. Quinet Descontinuidade das entrevistas preliminares em relção ao tratamento própriamente dito, esse corte corresponde a atravessar o umbral dos preliminares para entrar no discurso analítico (página 32) Então nas ENTREVISTAS PRELIMINARES o que opera é o DISCURSO DA HISTÉRICA, produzir a histerização do discurso. Que vai evidenciar a divisão subjetiva e a entrada na análise, o sujeito sai da posição de agente e vai para posição do outro, e o analista sai da posição de mestre e ocupa a função do objeto A. Por isso que análise também angustia. Porque o analista ocupa a função de objeto A e justamente para tratar da angústia, pois o lugar do analista no tratamento é operar como a causa do desejo, o remédio da angústia é o desejo. Discurso analítico Quando falamos de DISCURSO ANALÍTICO estamos falando do modo como opera uma experiência de análise a partir do analista como aquele que dirige o tratamento e ele dirige a partir da posição de objeto A. Que é bastante delicado. LACAN - TEXTO: O pior. >> No qual ele fala sobre isso. Clínica Psicanalítica @Mentologikas - Resumos de Eliane Cavalcante texto - Antonio Quinet - As funções das entrevistas preliminares. - AULA 18.11.2020 Associação livre Nem sempre é possível demarcar nitidamente esse umbral da análise, isso ocorre porque tanto nas entrevistas preliminares quanto na própria análise o que está em jogo é a associação livre. O paciente sabe que ele está ali para falar e associar e o analista está ali para ouvir. E durante o tratamento também, isso não muda, a associação livre vai ser nas entrevistas preliminares e na própria análise (experiência de análise). Este ensaio preliminar, diz Freud é ele próprio início de uma análise que deve conformar-se as suas regras. Pode-se talvez fazer a distinção de que durante esta fase deixa-se o paciente falar quase o tempo todo e não se explica nada mais do que o absolutamente necessário para fazê-lo prosseguir no que está dizendo. A TAREFA DO ANALISTA: é fazercom o que o paciente fale. "Não importa que sua filha seja muda, o que importa é que faça-a falar". Freud O importante é fazer com que o paciente fale, para que o paciente fale a gente precisa ouvir, a oferta da escuta implica o outro no lugar de fala. Para que ele fale e a gente ouça qual o lugar dele na estrutura de linguagem: NEURÓTICO, PSICÓTICO ou PERVERSO. Isso não é dito ao paciente. Nenhum paciente recebe esse diagnóstico do analista pois só serve para que possamos dirigir o tratamento. Diferença essa das Psicoterapias. O paciente vai entrar em análise e sair sem saber seu diagnóstico a não ser que ele vá fazer uma formação analítica, saindo de uma análise de intenção para extensão. Temos portanto a indicação de que nesse momento a tarefa do analista é apenas a de relançar o DISCURSO DO ANALISANTE, FREUD entretanto dirá que "HÁ RAZÕES DIAGNÓSTICAS PARA FAZER ESSE TRATAMENTO DE ENSAIO, ESTE É O MOMENTO EM QUE POR PRINCÍPIO A QUESTÃO DIAGNÓSTICA ESTÁ EM JOGO". O importante é fazer com que o paciente fale, para que o paciente fale a gente precisa ouvir, a oferta da escuta implica o outro no lugar de fala. Para que ele fale e a gente ouça qual o lugar dele na estrutura de linguagem: NEURÓTICO, PSICÓTICO ou PERVERSO. Como que eu sei que um paciente é histérico? Apesar de precisar de muitas coisas mas uma coisa que nunca escapa desse escuta, histórias mil, vários contextos lá no fundo um desejo insatisfeito. Na NEUROSE OBSESSIVA a mesma coisa, muda as coisas que ele fala mas sempre existe um desejo impossível, diferente do SUJEITO HISTÉRICO que tem um desejo insatisfeito. O HISTPERICO é aquele que faz. Clínica Psicanalítica @Mentologikas - Resumos de Eliane Cavalcante texto - Antonio Quinet - As funções das entrevistas preliminares. - AULA 18.11.2020 As entrevistas preliminares Tem a mesma estrutura da análise mas são distintas desta, portanto colocada a nível de um paradoxo. P = A (Entrevistas preliminares são igual a análise, o que implica que a entrevista preliminar é diferente da análise). A lógica nos ajuda na clínica. O QUE AJUDA NO DIANÓSTICO DA NEUROSE OBSESSIVA: Na fala do SUJEITO OBSESSIVO, lá no fundo que toda relação dele com a demanda do outro é sempre colocada nesses termos. Exemplo do caso do homem dos ratos. Se isso então aquilo ( Se eu fizer isso, vai acontecer aquilo) > É essa dúvida obsedante é que pavimenta os pensamentos do OBSESSIVO ( aquele que pensa demais). O HISTÉRICO é aquele que sente. Paradoxo Nossa senhora das flores - Jean Genet O escritor japonês Yukio Mishima também era PERVERSO se a gente lê o livro "Confissões de uma máscara". E quando a gente lê não veremos a perversão no sentido jurídico. Outro Francês André Gide, também era PERVERSO. Maria Helena Martinho - tem uma tese sobre perversão. Catherine Millor - A inteligência da Perversão. James Joyce - psicótico que nunca alucinou. O tratamento dele foi a escrita. A entrevista preliminar é igual a análise por causa da associação livre, mas a entrevista preliminar é diferente da análise por causa da questão do diagnóstico. Por que o Diagnóstico muda o lugar, marca uma descontinuidade, sai do face a face e vai para o divã. Pois agora o analista já sabe que aquele caso é um caso de neurose, ou histérica ou neurose obsessiva. Na Clínica de NEUROSE, o SUJEITO pode ser HISTÉRICO mas com sintomas ou traços obsessivos, e o sujeito obsessivo pode ter traços histéricos, por isso a importância da supervisão. A clínica da perversão, porque os perversos não procuram muito mas encontramos na literatura. A PERVERSÃO não é da ordem da PSICOPATIA, a perversão é outra coisa. INDICAÇÃO DE LITERATURA PSICOSE E PERVERSÃO: O PERVERSO é aquele que desmente a castração, o que faz com que coloque nesse lugar a exuberância. A escrita desse cara é de uma beleza que esconde uma decadência. Mas ele tem vários livros como Pompas fúnebres, Querele, Diário de um ladrão; LACAN usa o James Joyce como modelo de final de análise ou seja conseguiu fazer uma amarração estrutural sem precisar recorrer a metáfora delirantes pois não alucinou e nem delirou e se cuidou escrevendo. Clínica Psicanalítica @Mentologikas - Resumos de Eliane Cavalcante texto - Antonio Quinet - As funções das entrevistas preliminares. - AULA 18.11.2020 Demanda de análise FUNÇÃO SINTOMAL; FUNÇÃO DIAGNÓSTICA; FUNÇÃO TRANSFERENCIAL; Demanda de análise não é o que leva um paciente a nos procurar, aquilo que leva ele a nos procurar é um sintoma. TRÊS FUNÇÕES: Não estão colocadas de maneira cronológica, e sim de maneira lógica. Pois o sintomal é o que leva uma pessoa a chegar a procurar uma analista, por exemplo, mas a medida em que ele vai falando do seu sintomal, ele vai construindo a sua demanda de análise. Demanda de análise não é aquele pedido inicial, é construída a partir da escuta do analista. QUINET citando LACAN - Referência do texto - a direção do tratamento e os princípios do seu poder. "... com a oferta criei a demanda" - No caso a oferta da escuta. O paciente traz o sintoma (função sintomal), e nesse sintoma a gente então escuta a oferta a escuta, ao ofertar a escuta na sua fala o paciente vai construindo uma demanda de análise, a demanda de análise que ele vai construindo transforma o sintomal em sintoma analítico. Porque o sintoma quando ele chega é "botaram esse sintoma em mim" - Foi o chefe, minha mãe etc... Ou seja ele alega que o sintoma colocaram nele. Essa demanda de análise que é construída na fala a partir da escuta do analista, também vai transformando o sintoma no sentido do sintomal no sintoma analítico. "Qual é a parte sua, relacionado a esse sintoma que você está trazendo?" tem algo seu aí! que sabemos que o Freud diz que "o sintoma é uma satisfação pulsional substituta", essa demanda de análise que vai sendo construída, possibilita a transformação desse sintoma num sintoma analítico. Ou seja analisar o sintoma, decompor o sintoma através das associações ("ah lembrei, disso, daquilo, está me vindo isso a mente", vai aliviando o sintoma, a construção da demanda também ajuda a constituir a função transferencial. E é exatamente na função transferencial (com base nela) que nós vamos realizar esse diagnóstico. O Diagnóstico é feito a partir da transferência. Transferência É a atualização da realidade sexual do inconsciente na figura do analista. O que que vem dessa atuaização? O Édipo. E é no édipo que está determinada as estruturas clínicas, se é NEUROSE, PSICOSE ou PERVERSÃO. E isso se decide na infância. Praticamente do nascimento aso 6 anos de vida. E iss vai se atualizando ao longo da vida. RECOMENDAÇÕS AO MÉDICO QUE PRATICA A PSICANÁLISE Clínica Psicanalítica @Mentologikas - Resumos de Eliane Cavalcante SIGMUND FREUD OBRAS COMPLETAS VOLUME 10 - PÁGINA 111 O que que faz um sujeito ser neurótico? Quando ele reconhece a castração e recalca o nome do pai. Recalca a função paterna. Aquela função da lei. É aquela função que vem para separar a criança do grande outro, que no caso encarnado inicialmente pela mãe, que é o grande outro simbólico, que com sua lei caprichosa está ali numa relação incestuosa, de prazer, de grudada. Alguma coisa tem que cortar essa ligação, privar essa ligação, quem faz isso é a função paterna. Função paterna Ou seja tudo aquilo que atrai e orienta o desejo da mãe, para não deixar esse desejo da mãe consumir-se nesse ser que é seu filho. Sujeito Neurótico É aquele que aceita a castração - "Ela não é minha, ela é da vida, ela é da função paterna, e para eu tê-la eu vou me identificar com os traços que me vem da função paterna e vamos recalcando. Exemplo: um menino que não pode ter a mãe, se identifica com o pai. Se eu for como meu pai, eu vou ter uma mulher como a minha mãe. Em geral é assim que acontece. Ou algo invertido ou distorcido. - Tudo aquilo que meu pai é eu vou ser diferente disso, mas está referenciado. NaPsicose A foraclusão do nome do pai, então o sujeito fica preso a esse grande outro que era inicialmente sua mãe (onipresente, onisciente) daí aparecem muitos delírios megalogâmicos (muito comum, inclusive nas próprias religiões. . Nome do pai É o nome que fica no lugar da ausência da mãe, quando a mãe não está com a criança (ela está no trabalho, no shopping, no cabeleireiro etc, ou seja o nome do pai é o o nome da ausência dela. A criança vai se identificando com isso ou não . Se na NEUROSE há essa separação do grande outro que vai se tornar inclusive inconsciente, na PSICOSE há uma foraclusão do nome do pai. Essa função da lei, no tempo que ela deveria ser vigente, ela não foi então nunca mais será. O nome do pai substitui o desejo da mãe com a foraclusão do nome do pai, então não há essa substituição, então a mãe fica muito forte para esse sujeito que vai se constituir e pode fazer delírio. A questão do desmentido. O sujeito sabe que tem a castração mas ele desmente, os fetiches sexuais que inclusive não são da realidade (os clássicos). Exemplo: Sacher Masoch e Marquês de Ssde. Quando a gente lê essas literaturas que vê esses fetiches clássicas, aquilo ali é curioso. Vamos pensar num menino, ele acha que tem o falo, igual o homem que foi na infância o pequeno Hanz. Todo mundo tem faz pipi. Depois começa a diferenciar quem faz pipi e quem não faz. Pensando nessa maneira de pensar que é muito do nosso período infantil que está vinculado a uma ordem fálica (ordem da sociedade) que valoriza o sexo masculino e não o sexo feminino. A ordem fálica é esse do pênis ereto. O menininho acha que todo mundo tem um pênis e olha pro sapato da mãe e vai subindo para examinar e quando descobre que ela não tem o sexo, ele desmente. Ele volta e se fixa no sapato. Então o objeto fetichezado é o último objeto do examescópico que o sujeito faz antes de se deparar com a experiência de ver a castração. O Neurótico não! Ele aceita e recalca o nome do pai. É uma coisa extremamente positiva, não é a melhor saída, mas é uma coisa muito postiva porque o delírio LACAN chamou de METÁFORA DELIRANTE. Já que faltou a função paterna (o nome do pai), já que faltou a metáfora paterna o próprio sujeito consegue construir uma metáfora delirante. RECOMENDAÇÕS AO MÉDICO QUE PRATICA A PSICANÁLISE Clínica Psicanalítica @Mentologikas - Resumos de Eliane Cavalcante SIGMUND FREUD OBRAS COMPLETAS VOLUME 10 - PÁGINA 111 Delírio Perversão Fetiche RECOMENDAÇÕS AO MÉDICO QUE PRATICA A PSICANÁLISE Clínica Psicanalítica @Mentologikas - Resumos de Eliane Cavalcante SIGMUND FREUD OBRAS COMPLETAS VOLUME 10 - PÁGINA 111 Estruturas clínicas do Quinet Formas de negação da castração NEUROSE PERVERSÃO E PSICOSE NEUROSE: Pela via do recalque PERVERSÃO: pela via do desmentido - Que é esse mecanismo de negação. PSICOSE: foraclusão. Isso que recalca, é desmentido e foracluído onde retorna? vai retornar no simbólico na NEUROSE e na Perversão (na própria fala do paciente) e na PSICOSE vai voltar na real( no sentido que o paciente não sabe falar disso - podemos até perguntar "mas o que a voz diz?" ele não sabe dizer, não consegue dialetizá-la, ele só sabe que a sente. No real da pulsão invocante ou no real da pulsão escópica (seja alucinação auditiva ou visual). Então o lugar de retorno é no simbólico. Qual o tipo de fenômeno que evidencia esse retorno? NEUROSE: sintoma que volta no simbólico. PERVERSÃO: fetiche também retorna no simbólico mas o fenômeno que aparece é o fetiche. PSICOSE: O fenômeno é a alucinação. É o fenômeno que evidencia que o nome do pai foi foracluído. Fonte: página 19 - Tem esse esqueminho
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