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BLASTOMICOSE Características Gerais Paracoccidioidomicose brasiliensis e Blastomyces dermatitidis: Fungos dimórficos e assexuados; Células esféricas ou hialinas, uni ou multinucleadas, em brotamento ou pequenos segmentos de hifas; Crescem a 37ºC na forma de levedura; Apresentam cor branca a acastanhada a 25ºC; Longos períodos de latência. Características Gerais Patogénicos endémicos; A maioria dos casos de blastomicose ocorre em áreas da América do Norte em que o fungo vive no solo próximo a leitos de rios; Homens com idade de 30 a 60 anos e habitantes ou trabalhadores da zona rural são os mais comumente afetados; Tende a ser mais grave em pessoas com AIDS. Causas Inalação dos esporos dos microrganismos; Os fungos propagam-se pela corrente sanguínea até outras áreas do corpo, mais comumente a pele; A doença não é transmissível diretamente a partir de seres humanos ou de animais infectados; Esses esporos encontram-se, principalmente, nos solos onde há muitas excretas animais e em ambientes úmidos perto de rios. Consequências Duas principais formas clínicas: aguda e crônica; Insônia; Debilidade; Disfagia; Dispneia; Tosse; Febre; Lesões bucais frequentes: estomatite moriforme; Mobilidade Dentária. Tratamento A utilização do fármaco antifúngico anfotericina B (endovenosa), ou com derivados do azol, como itraconazol (oral); O itraconazol, em dosagem de 200 a 400 mg, VO, 1 vez/dia, é usado para tratar doença leve a moderada; Após uma semana de tratamento, aproximadamente, o paciente começa a sentir-se melhor e o fungo desaparece rapidamente; Se não for tratada corretamente, a blastomicose pode conduzir à morte. ARTIGO Lesões de paracoccidioidomicose acometendo tecido cutâneo e mucosa bucal: relato de caso clínico Tácio Vieira, Rafael Martinez, Carla Martins Ferreira, Juliana Andrade Cardoso, Gleicy Gabriela Vitória Spínola Carneiro Falcão, Jener Gonçalves Farias; Revista Bahiana de Odontologia, Salvador; Jan/Jun 2013. Objetivos Gerais Apresentar um caso clínico de paracoccidioidomicose, enfocando a importância do diagnóstico diferencial e da interdisciplinaridade no tratamento da lesão. Metodologia Relato de Caso Clínico: Paciente do sexo masculino, 44 anos; Uso crônico de álcool e fumo; Apresentava perda de peso a 4 meses com tosse e febre constante, lesão descamativa em sobrancelha esquerda e debilidade; Procurou atendimento odontológico por conta de lesão bucal ulcerada assintomática; Realização da biópsia incisional da lesão a nível ambulatorial e tiveram diagnóstico conclusivo para paracoccidioidomicose; Foi encaminhado para tratamento a nível hospitalar no Departamento de Medicina Tropical do Hospital Professor Edgar Santos da Universidade Federal da Bahia; Atualmente encontra-se sem lesões, porém ainda continua em tratamento. Resultados e Discussão Devido ao histórico médico de tosse persistente e febre ao entardecer, a hipótese de tuberculose bucal não foi descartada; A associação entre PCM e tuberculose (TB) é reconhecida pelos clínicos há muito tempo; Dados da literatura afirmam que pacientes com PCM que receberam tratamento empírico para TB não apresentaram melhora; O paciente do presente caso foi tratado com antifúngicos por 12 meses, embora no oitavo mês de tratamento já tenha apresentado regressão total das lesões; A duração do tratamento relaciona-se à gravidade da doença e ao tipo de droga utilizada; Além do tratamento antifúngico específico, o paciente deverá receber assistência para as condições gerais como desnutrição e tratamento odontológico. Conclusão A paracoccidioidomicose é uma micose sistêmica grave; É necessário que os profissionais estejam atentos as características clínicas da doença para um correto diagnóstico e encaminhamento para instituição do tratamento adequado; A participação do Cirurgião-Dentista e do Estomatologista é de suma importância para estabelecimento do diagnóstico diferencial desta lesão e encaminhamento para o centro médico especializado, sempre mantendo contato com os profissionais envolvidos no tratamento. Referências Bibliográficas ABCMED, 2013. O que é blastomicose?. Disponível em: http://www.abc.med.br/p/sinais.-sintomas-e- doenças/357484/o+que+e+blastomicose.htm. Acesso em: 19 mar. 2018. REVANKAR, Sanjay G.; Sobel, Jack D. - Blastomicose (doença de Gilchrist, blastomicose Norte-americana). https://www.msdmanuals.com/pt- br/profissional/doen%C3%A7as-infecciosas/fungos/blastomicose . Acesso em: 19 mar. 2018 SÉRGIO S. MOREIRA; JAQUELINE O. SILVA; MARIA DO CARMO A. M. MEIRA; LEONILDA C. GALLE; ELIZABETE C. A. RODRIGUES; MILENA Z.GARCIA; JANE P. SANTOS; MARIA CECÍLIA B. SOARES; AGUIDA MARIA; ROSANA BELLAN DE OLIVEIRA E SILVA. Exame direto no diagnóstico de Paracoccidioides brasiliensis diagnosis at Instituto Adolfo Lutz (IAL) Regional Laboratories Network, state of São Paulo, Brazil. Ver. Inst. Adolfo Lutz (Impr.), vol. 65 nº 1, São Paulo, 2006. http://www.abc.med.br/p/sinais.-sintomas-e-doenças/357484/o+que+e+blastomicose.htm https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/doen%C3%A7as-infecciosas/fungos/blastomicose
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