Buscar

Métodos de localização radiográfico

Prévia do material em texto

Métodos de localização radiográfico 
 4 Métodos mais utilizados 
1º - Método de CLARK (mais utilizado na Odonto) desenvolvido em 1909. 
 Mudar o ângulo de visão do observador 
Necessário tirar 3 radiografias da mesma região: 
 Ortorradial: Frontal ao dente a ser radiografado. 
 Mesiorradial: Cilindro vai em direção da mesial do dente a ser radiografado. 
 Distorradial: O cilindro vai em direção a distal do dente a ser radiografado. 
OBS: O deslocamento é apenas horizontal, pois se movimentar verticalmente pode ocorrer encurtamento ou 
alongamento da radiografia. 
Conclusão dessa técnica: A estrutura que estiver mais longe do observador se movimenta na mesma direção do 
observador. E a que estiver perto em direção oposta. 
 
 Se for forame: Vai se movimentar para região oposta, pois o forame está na vestibular. 
 Se for lesão: Não movimenta, pois está no meio do dente. 
OBS: Tomar cuidado com o forame incisivo, pois ele está por palatino. 
Indicações: 
 Suspeita de fratura radicular 
 Dentes multiradiculares 
 Imagem raudiolúcida sobreposta ao ápice do pré-molar inferior (Pode ser lesão ou o forame mentual) 
 Dentes retidos (intraósseo) 
2º - TÉCNICA DE MILLER-WINTER (1914) – Posterior inferior 
Usada para dentes retidos APENAS na região de molares e pré-molares inferiores. 
Acesso ao dente por alguma das 3 posições: 
 Vestibular 
 Lingual 
 No centro do rebordo 
Consiste em realizar 2 radiografias: 
 1ª Convencional: Periapical convencional (identificar o dente retido e sua altura no sentido corono-
radicular). 
 2ªOclusal direta: Elevar o mento do paciente, posicionar o filme periapical convencional na superfície oclusal 
dos dentes, paciente morde para posicionar o filme entre os dentes, o feixe de raio-x vai ser dirigido na 
direção caudo-cranial / ou ápico-coronal 
OBS: O filme tem que ser colocado o mais posterior possível, de tal forma que inclua a região do dente. 
OBS: Dente equidistante: Significa que ele tem a mesma distância entre vestibular e lingual. 
 
3º ADAPTAÇÃO/MODIFICAÇÃO DE DONOVAN 
Quando o dente está muito posterior, colocar o filme um pouco mais posterior também. Com uma parte do filme na 
oclusal, e a outra ponta no ramo da mandíbula. 
 O feixe de Raio-X vai na direção do ângulo da mandíbula. 
 
4º - MÉTODO DE PARMA – Indicado apenas para facilitar a visualização da raiz do 3º 
Molar inferior 
Esta técnica é indicada para mandíbula quando a radiografia periapical convencional não registra inteiramente 
o terceiro molar inferior incluso. 
 O filme é posicionado numa posição oblíqua (girado, em vez de estar na horizontal) em relação aos dentes. 
 
5º - MÉTODO DE LE MASTER – Exclusivo para região de molares superiores 
Técnica indicada para maxila quando ocorrer sobreposição das imagens do processo zigomático da maxila e das 
raízes dos molares superiores É feito sem posicionador radiográfico. 
 Utiliza-se um rolo de algodão em contato com a coroa do dente e o filme. 
 O Filme fica mais na vertical, aumentando o paralelismo, vamos aplicar a técnica da bissetriz. 
 Com a angulação vertical menor, não sobrepõe o processo zigomático na maxila. 
OBS: Paciente com palato muito raso: Técnica de Le Master + Técnica de Clark 
 Le Master + Clark: Muda a angulação horizontal, como o processo zigomático da Maxila está por vestibular, 
mudando a angulação ele vai pra direção oposta (cilindro pra mesial, o processo vai para distal e não há mais 
sobreposição), com isso você visualiza a raiz do dente. 
OBS: Estrutura que parece um U ou V radiopaca que atrapalha a visualização do molar: PROCESSO ZIGOMÁTICO 
DA MAXILA. 
Radiobiologia 
EFEITO BIOLÓGICO: 
 Etapa física 
 Etapa físico-química 
 Efeito bioquímico 
Etapa física: 
 Quando a radiação é absorvida. Ionização 
Etapa físico-química: 
 Primeira forma/efeito direto: Os raios-x atingirão diretamente o DNA removendo elétrons do seu átomo, 
desequilibrando e desestruturando a molécula de DNA. 
 Segunda forma/efeito indireto: Os Raios-x atingem primeiro as moléculas de água que sofrem ionização 
gerando radicais livres (Radiólise) que posteriormente irão reagir com o DNA. 
OBS: Não ocorre primeiramente no DNA. 
OBS: Essas reações aumentam na presença de O2. 
Efeito bioquímico: 
Resultado da ação do DNA alterado, e vai acontecer na célula. 
 Efeito bioquímico somático: Acontece nas células somáticas. (Células constitutivas que formam a 
composição do organismo). 
 Ex: Célula do musculo, cartilaginosa, óssea. 
 Efeito bioquímico genético: Acontece em células do embrião, os gametas (espermatozoide e óvulo). É o 
mais perigoso, pois essas células estão em formação, complicando gerações futuras. 
OBS: Por isso temos que ter cuidado em proteger as gônadas, onde se localizam os órgãos reprodutores. 
UNIDADES DE MEDIDA DOS RAIOS-X 
Dois tipos: 
 Unidades de exposição 
 Unidades de absorção 
Unidades de exposição 
Quantidade de Raios-X que estão saindo do aparelho. 
 Unidade de Roentgen (R): É a quantidade que os Raios-x ionizam. (1 R transporta um 1 unidade de elétron). 
Ex: 100 R = 100 unidades de elétron 
Unidades de absorção: 
Quantidade de Raios-x que estão sendo absorvidos pelo paciente. 
 Unidade de (rad): 1 rad significa que cada grama de tecido da face do paciente absorveu 100 unidades de 
energia dos raios-x. 
Ex: Um paciente absorveu 200 unidades de energia são quantos rad? Dois rad. 
 Unidade (Rem): (1 Rem = 1 rad x O fator). Esse fator chama-se RBE. 
RBE dos raios-x: Vale 1. 
RBE dos raios-alfa: Vale 2. 
Ex: Um paciente recebeu 1000 rad de raios-x, outro paciente recebeu 1000 rad de raios-alfa, Quantos Rem cada um 
recebeu ? 
1000x1 = 1000 Rem 
1000x2 = 2000 Rem 
 Unidade gray(Gy): 1 Gy é igual a 100 rad. então é unidade de absorção. 
 Unidade de Sievert (sv): 1 sv é igual a 100 rem. Unidade de absorção. 
RADIOSENSIBILIDADE 
A sensibilidade das células aos raios-x é diretamente proporcional à atividade mitódica, ou seja, quanto mais mitose 
a célula realiza mais sensível elas são aos raios-x. Ao contrario dos neurônios que tem baixa taxa de mitose então 
não são sensíveis. Outra característica que observaram, foi o grau de diferenciação da célula. Quanto menos 
especializada a célula mais sensível. 
CLASSIFICAÇÃO DE ELLINGER 
Classificou as células das mais sensíveis para as menos sensíveis: 
 Linfócitos: É uma exceção, pois são muitos especializados e são mais sensíveis. 
 Eritroblastos 
 Granulócitos 
 Células epiteliais 
 Células endoteliais 
 Células do tecido conjuntivo 
 Células do tecido ósseo 
 Células do tecido nervoso E Células do tecido muscular 
O efeito na célula varia em 6 fatores: 
1- DOSE: Quanto maior a dose maior o dano. 
2- TIPO DE RADIAÇÃO: A alfa é mais penetrante, porém o dano é maior. 
3- RITMO DE APLICAÇÃO: Vai depender do ritmo de aplicação. 
4- TAMANHO DA AREA IRRADIADA: Fator vai depender do tamanho da área irradiada. 
5- IDADE DO PACIENTE: As células dos jovens fazem mais trabalho tendo mais disponibilidade de o2 sendo 
mais susceptível ao efeito biológico do que o idoso.s 
6- TIPO CELULAR: De acordo com a classificação de Ellinger. 
Alara: Termo universal chama atenção da dose que vamos utilizar no paciente. Menor dose possível no paciente. 
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA 
 
Plano azul 
 Representa o eixo transversal, que corta o paciente transversalmente, látero-lateral. Dimensões no sentido 
ântero posterior e no sentido látero-lateral, e no sentido supero inferior ou crânio caudal. Chamamos 
também esse plano de axial, pois é paralela a vértebra áxis, segunda vértebra. 
Plano em vermelho 
 Vai mostrar as dimensões de direito pra esquerdo, ou seja, látero-lateral. E a outra dimensão é a crânio 
caudal ou supero inferior. Esse plano se chama plano coronal, pois é paralela aquela sutura que une os ossos 
frontais ao parietal. 
Plano em verde 
 Secciona o paciente ao meio, em duas metades,chamado de plano sagital, pois é paralela ao plano sagital 
mediano. 
 A tomografia computadorizada, ela é espiral, pois tem a cama que vai se movimentar e passar o paciente 
dentro de um dispositivo e ao redor dele existe um tubo de raios-x que vai girar ao redor do paciente e os detectores 
de radiação, o que vai acontecer aqui, as estruturas vão ser irradiadas inúmeras vezes, esses detectores vão 
encaminhar o sinal elétrico para o computador, que vai interpretar e gerar a imagem. 
Na odontologia, surgiu a tomografia computadorizada de feixe cônico ou cone beam, que irradia menos raios-x. 
TECNICAS EXTRABUCAIS 
Classificação: 
 Laterais: O feixe de raios vem pela lateral. 
 Póstero-anterior: (mais usada): Feixe sentido posterior pra anterior. 
 Axial: Feixe no sentido crânio caudal. 
Laterais: 
 LATERAL DA MANDIBULA: Área de incidência: Ângulo da mandíbula do lado oposto (chassi= 60º). 
 LATERAL DA CABEÇA: Área de incidência: Tragus do lado oposto 
 CEFALOMETRIA / TELERRADIOGRAFIA 
Póstero-anteriores: 
 PA da mandíbula (fronto nasal): Paciente inclinado tocando o osso frontal e ápice do nariz no filme. 
Área de incidência: 2 cm abaixo da protuberância occipital externa. 
 
 PA do seio maxilar ( watersou occiptonasal): Paciente virado para o filme com o mento tocado 
no chassi porta filme e a distância do ápice do nariz ate o filme deve ser de 1,5 cm á 3 cm 
Área de incidência: Linha imaginária tangente a orbita. 
Axial: 
 Projeção axial de HIRTZ vértice submento: 
Área de incidência: Vértice do crânio (65º com o chassi). 
Arco Zigomático é bem observado nesse tipo de técnica.

Outros materiais