Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Testes de força e indicadores lesão em corredores Discussão de artigo Força do abdutor do quadril e lesão relacionada à corrida de membros inferiores em corredores de longa distância: uma revisão sistemática. Qual é o papel da fraqueza de abdução do quadril nas lesões por corrida ? Analise dos Abdutores de quadril nas patologias: 1. Síndrome da banda IT, 2. Síndrome de estresse tibial medial, 3. Síndrome da dor patelo-femural, 4. Fratura por estresse tibial 5. Tendinopatia de Aquiles Determine a associação entre a força de abdução do quadril e lesão relacionada à corrida de membros inferiores em corredores de longa distância. Objetivo Mas porque a Abdução do quadril ? Até 2016 poucos estudos examinaram a associação entre a força de adutores de quadril e lesões de MMII Relacionadas a corrida Segundo pesquisas a adução de quadril é frequentemente realizada durante a fase de apoio unipodal para estabilização do movimento Observou-se que o fortalecimento da abdução do quadril melhora a cinemática da articulação do joelho, reduzindo o valgo do joelho e melhorando o rastreamento patelar, enquanto a fraqueza da abdução do quadril corresponde à alteração do plano transversal e frontal No entanto, não se sabe se a força do abdutor do quadril é um fator predisponente ou associativo para lesões nas extremidades inferiores em corredores de Metodologia do estudo Tipo do estudo: Revisão Sistemática Critérios de exclusão: Foram excluídos artigos que incluíssem participantes de outros esportes ou militares e estudos que não utilizaram avalição com técnicas isométricas, concêntricas ou excêntricas com dinamômetro Bases de dados: PubMed, SportsDiscus, CINAHL, SCOPUS e Web of Science Critérios de inclusão: Artigos que estabelecessem relação entre a força de abdução de quadril e lesões em corredores Estudos de qualquer idade, sexo, nível de experiência ou país de origem, e que relatassem os critérios de lesão, o status da lesão e dados do dinamômetro. Metodologia do estudo Extremidade inferior foi definida como qualquer estrutura anatômica incluindo à pelve e distal a ela. O status da lesão incluiu qualquer lesão da extremidade inferior diagnosticada por profissionais médicos ou relatada pelo corredor como aumento do nível de dor limitando o treinamento ou competição. Corredores foram definidos como indivíduos em qualquer nível competitivo ou recreativo de corrida de resistência aeróbia superior a 800m A abdução do quadril é definida como o movimento do plano frontal na articulação fêmoro-acetabular que move a extremidade inferior para longe da linha média. DEFINIÇÕES Metodologia do estudo Estratégias de busca Keywords: “Runners OR running”; “Injury” e “Strength” Pesquisa e avalição dos artigos: A Filtragem e seleção de artigos foi realizada por 2 pesquisadores e um 3° para desempate. Os artigos foram qualificados usando o Thomas Quality Assessment Tool (TQAT) 11 estudos corresponderam a todos os critérios Foram identificados 1841 artigos RESULTADOS 5 artigos - Síndrome da banda IT (SBIT), 3 artigos associaram a fraqueza muscular com a SBIT Destes 2 foram classificados com forte rigor metodológico e 1 com médio rigor metodológico 2 artigos não encontraram correlação entre SBIT e fraqueza Destes 1 foi classificado como médio rigor metodológico e 1 como baixo rigor metodológico Usou hand-held dynamometers (HHD) Ambos usaram dinamômetro estacionário RESULTADOS 3 artigos - Síndrome da dor patelo-femural (SDPF), 2 Estudo não encontraram associação a fraqueza muscular SDPF - Ambos os estudos foram classificados com forte rigor metodológico 1 Estudo associou a fraqueza muscular com a SDPF - Possuía baixo Rigor metodológico RESULTADOS 1 Estudo relatou pequena relação entre a força dos lesionados e não lesionados - Este estudo foi classificados com forte rigor metodológico 1 Estudo relatou maior força nos corredores com TA - Possuía baixo Rigor metodológico e alto risco de viés 2 artigos - Tendinopatia de Aquiles (TA), RESULTADOS 1 - Síndrome de estresse tibial medial (SETM) & 1 - Fratura por estresse tibial (FET) Apenas 1 estudo se enquadrou nos critérios de inclusão para SETM e FET (alto rigor metodológico) • O autor estudado relatou maior força de abdução do quadril em corredoras que haviam sofrido fratura por estresse tibial em comparação com as que não fizeram. Essa relação estava ausente nos corredores masculinos. • Corredores diagnosticados com SETM produziram força levemente maior do que os não diagnosticados . Discussão • Os estudo que correlacionaram a SBIT com a diminuição da força possuíam qualidade alta, no entando todos usaram dinamometria manual (HHD), Os estudos que avaliaram com o dinamômetro estático não encontraram esses resultados. • Os estudos que correlacionaram a SBIT com a diminuição da força possuíam seus participantes mais jovens. • O estudo que encontrou associação com a SDPF indicou que corredores com abdutores de quadril mais fraco são mais propensos a desenvolver a síndrome da dor patelo-femural. Contudo o autor considera difícil a associação da fraqueza muscular com a SDPF, já que existe bastante variáveis. • HDD e Dinamômetros estacionários (Isocinético) são validados, mas os valores diferenciam sendo o HDD mais impreciso quando comparado o outro dinamomentro. Conclusão • A fraqueza da abdução do quadril avaliada pelo dinamômetro portátil pode estar associada à síndrome da banda iliotibial em corredores de longa distância, como sugerido por vários estudos transversais, mas não está claro como um fator significativo para o desenvolvimento da síndrome da dor patelofemoral, síndrome do estresse tibial medial, fratura por estresse da tíbia ou Aquiles tendinopatia de acordo com a literatura atual. • Estudos futuros são necessários com metodologia consistente e inclusão de maiores as populações de corredores para determinar a importância da força de abdução do quadril em relação à lesão da extremidade inferior. De forma geral O estudo nos mostra que é importante desenvolver a força de abdução do quadril para ajudar a evitar a síndrome da banda IT
Compartilhar