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Apostila+Victor+e+Airton+-+1010+PM

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EDIÇÃO - 2019 
 
1.010 
Questões da LEGISLAÇÃO 
DA PMCE. 
600 Questões Comentadas e 
Separadas por Assunto e com referências. 
410 Questões Gabaritadas e com 
referências. 
+ 
Bizus de transgressões 
Prof. Victor Matheus 
e 
Prof. Airton “O MORAL” 
@victor.matheuus 
@profairtonmoral 
1.010 QUESTÕES DE LEGISLAÇÃO MILITAR 
PROF. AIRTON MORAL E PROF. VICTOR MATHEUS 
PMCE 
 
 
 Querido aluno, nos, professores Airton Moral e Victor Matheus, 
apresentamos nossa apostila de 1.010 questões. Estudar através da resolução 
de questões é uma forma muito eficaz de aprovação. Afinal, o candidato será 
avaliado através delas. 
 Vamos ao funcionamento da apostila. Ela se divide em algumas partes. 
Primeiramente teremos 450 questões da maior parte da matéria cobrada na 
prova, que é o Estatuto dos Militares Estaduais e o Código Disciplinar dos 
Militares Estaduais. Após isso teremos 50 questões de Lei Complementar N° 
98, que é matéria importante para a prova. A ideia é utilizar essas primeiras 
500 questões para fixar o conteúdo. Detalhe, todas essas questões são 
separadas por assunto. Vamos supor que o aluno queira exercitar seus 
conhecimentos relacionados aos direitos dos militares. Basta ir na parte 
direcionada aos diretos, que você encontrará várias questões do assunto. 
 Após isso, teremos mais 100 questões também do Estatuto e do Código. 
Essas questões, teoricamente, serão de um nível um pouco maior, com o 
intuito de testar mais ainda seus conhecimentos. Agora mais um diferencial da 
apostila. Essas 600 questões são todas comentadas, gabaritas e com 
referências. Temos comentários que passam de 8 linhas, pois em muitas 
questões, não basta só mostrar o erro, também é importante explicar o assunto 
da questão. 
 Depois de ter resolvido 600 questões, o aluno ainda terá 410 questões 
para testar seus conhecimentos. A ideia dessas 410 questões é trabalhar como 
vai ser encontrado na prova, inclusive, trazendo questões de provas anteriores. 
Todas essas 410 questões tem o gabarito e as referências. 
 Se não bastasse tudo isso, ainda teremos alguns bizus de 
transgressões, para ajudar ao aluno a lembrar de diversas transgressões que 
podem cair na sua prova. Basta se dirigir ao final da apostila e desfrutar disso. 
 Em suma, você terá 1.010 questões + os Bizus de transgressões 
para trabalhar toda a Legislação Militar, matéria de grande importância para 
sua prova. 
 
Bons Estudos, 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Índice: 
 
QUESTÕES DO CÓDIGO DISCIPLINAR.................................................02 
 
QUESTÕES DO ESTATUTO..........................................................12 
 
QUESTÕES DA LEI DA CONTROLADORIA.................................20 
 
QUESTÕES GABARITADAS.........................................................27 
 
GABARITO DAS QUESTÕES COMENTADAS ............................47 
GABARITO DAS QUESTÕES GABARITADAS COM 
REFERÊNCIAS (01 a 410)..............................................................74 
BIZUS DE TRASNGRESSÕES......................................................78 
 
 
1.010 QUESTÕES DE LEGISLAÇÃO MILITAR 
PROF. AIRTON MORAL E PROF. VICTOR MATHEUS 
PMCE 2
 
QUESTÕES DO CÓDIGO 
DISCIPLINAR 
 
Parte Geral 
 
(1) O Código Disciplinar dispõe sobre o 
comportamento ético dos militares estaduais e 
estabelece os procedimentos para a apuração da 
responsabilidade administrativo-disciplinar, direitos, 
prerrogativas e situações dos militares estaduais. 
 
(2) Estão sujeitos ao Código Disciplinar os militares 
do Estado no serviço ativo e os da reserva 
remunerada. 
 
(3) O Código Disciplinar se aplica aos militares 
reformados do Estado. 
 
(4) Estão sujeitos ao código disciplinar os militares 
do serviço ativo ocupantes de cargos públicos não-
militares e eletivos. 
 
(5) Hierarquia militar estadual é a ordenação 
progressiva da autoridade, em graus diferentes, da 
qual decorre a obediência, dentro da estrutura da 
Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar, 
culminando no Governador do Estado, Chefe 
Supremo das Corporações Militares do Estado 
 
(6) A ordenação da autoridade se faz por postos e 
graduações, de acordo com o escalonamento 
hierárquico, a antiguidade e a precedência funcional. 
 
(7) Posto é o grau hierárquico das praças, conferido 
por ato do Governador do Estado e confirmado em 
Carta Patente ou Folha de Apostila. 
 
(8) Graduação é o grau hierárquico das praças, 
conferido pelo Comandante‐Geral da respectiva 
Corporação Militar. 
 
(9) Posto é o grau hierárquico dos Oficiais, conferido 
por ato do Governador do Estado e confirmado em 
Carta Patente ou Folha de Apostila. 
 
(10) Graduação é o grau hierárquico das praças, 
conferido pelo Comandante‐Geral da respectiva 
Corporação Militar e confirmado em Carta Patente ou 
Folha de Apostila 
 
(11) A data da última promoção não é um critério 
utilizado para definição da antiguidade entre os 
militares dos Estado. 
 
(12) A antiguidade entre os militares do Estado, em 
igualdade de posto ou graduação, será definida, 
sucessivamente, pelas seguintes condições: data da 
última promoção; prevalência sucessiva dos graus 
hierárquicos anteriores; classificação no curso de 
formação ou habilitação; data de nomeação ou 
admissão e maior idade. 
 
(13) Nos casos de promoção a primeiro-tenente, de 
nomeação de oficiais, ou admissão de cadetes ou 
alunos-soldados prevalecerá, para efeito de 
antiguidade, a ordem de classificação obtida nos 
respectivos cursos ou concursos. 
 
(14) A precedência funcional ocorrerá quando, em 
postos ou graduações diferentes, o oficial ou a praça 
ocupar cargo ou função que lhe atribua superioridade 
funcional sobre os integrantes do órgão ou serviço 
que dirige, comanda ou chefia. 
 
(15) A precedência funcional ocorrerá quando, em 
igualdade de posto ou graduação, o oficial ou a praça 
estiver no serviço ativo, em relação aos inativos. 
 
Deontologia Militar 
 
(16) A deontologia militar estadual é constituída pelos 
valores e deveres éticos, traduzidos em normas de 
conduta. 
 
(17) Aplicada aos componentes das Corporações 
Militares, dependendo do posto ou graduação que o 
militar ocupa, a deontologia policial-militar reúne 
princípios e valores úteis e lógicos a valores 
espirituais superiores, destinados a elevar a profissão 
do militar estadual à condição de missão 
 
(18) Patriotismo, Hierarquia e Profissionalismo são 
valores dos militares estaduais 
 
(19) Os valores fundamentais, determinantes da 
moral militar estadual, são os seguintes: o 
patriotismo; o civismo; a hierarquia; a disciplina; o 
profissionalismo; a lealdade; a constância; verdade 
real; a honra; a dignidade humana; a honorabilidade e 
a coragem. 
 
(20) Os deveres éticos emanam dos valores militares 
estaduais. 
 
(21) Atuar com devotamento ao interesse público, 
relativizando a atuação de acordo com seus anseios 
particulares é um dever ético militar. 
 
(22) O militar deve cumprir os deveres de cidadão e 
preservar a natureza e o meio ambiente. 
 
(23) O militar não deve pleitear para si, por meio de 
terceiros, cargo ou função que esteja sendo exercido 
por outro militar do Estado. 
 
(24) Dedicar-se em tempo parcial ao serviço militar 
estadual, buscando, com todas as energias, o êxito e 
o aprimoramento técnico-profissional e moral. 
 
1.010 QUESTÕES DE LEGISLAÇÃO MILITAR 
PROF. AIRTON MORAL E PROF. VICTOR MATHEUS 
PMCE 3
 
(25) É dever ético dos militares estaduais proceder de 
maneira integra na vida pública e particular.(26) O militar deve abster-se do uso do posto, 
graduação ou cargo para obter facilidades pessoais 
de qualquer natureza ou para encaminhar negócios 
particulares ou de terceiros, exercer sempre a função 
pública com honestidade, não aceitando vantagem 
indevida, de qualquer espécie. 
 
(27) Abster-se, somente na ativa, do uso das 
designações hierárquicas em atividade político-
partidária, salvo quando candidato a cargo eletivo é 
um dever ético dos militares estaduais. 
 
(28) Os militares devem abster-se do uso das 
designações hierárquicas em qualquer 
pronunciamento público a respeito de assunto militar. 
 
(29) O militar deve abster-se, ainda que na 
inatividade, do uso das designações hierárquicas em 
exercício de cargo ou função de natureza civil. 
 
(30) O militar que atuar com discriminação de ordem 
racial está ferindo um dever ético. 
 
(31) Atuar com prudência nas ocorrências militares, 
se esforçando para exacerbá-las é um dever ético 
dos militares estaduais. 
 
(32) Os militares devem manter atualizado seu 
endereço residencial, em seus registros funcionais, 
comunicando qualquer mudança. 
 
(33) Ao militar inativo é vedado exercer atividade de 
segurança particular, comércio ou tomar parte da 
administração ou gerência de sociedade empresária 
ou dela ser sócio ou participar, exceto como 
acionista, cotista ou comanditário. 
 
(34) Compete aos Comandantes fiscalizar os 
subordinados que apresentarem sinais exteriores de 
riqueza, incompatíveis com a remuneração do 
respectivo cargo, provocando a instauração de 
procedimento criminal e/ou administrativo necessário 
à comprovação da origem dos seus bens. 
 
(35) Aos militares do Estado da ativa são proibidas 
manifestações coletivas e individuais sobre atos de 
superiores, de caráter reivindicatório e de cunho 
político-partidário. 
 
(36) É assegurado ao militar do Estado inativo o 
direito de opinar sobre assunto político e externar 
pensamento e conceito ideológico, filosófico ou 
relativo à matéria pertinente ao interesse público, 
devendo observar os preceitos da ética militar e 
preservar os valores militares em suas manifestações 
essenciais. 
 
 
Violação dos Deveres, dos Valores e da 
Disciplina 
 
(37) A disciplina militar é o exato cumprimento dos 
deveres do militar estadual, traduzindo-se na rigorosa 
observância e acatamento integral das leis, 
regulamentos, normas e ordens, por parte de todos e 
de cada integrante da Corporação Militar. 
 
(38) A disciplina e o respeito à hierarquia devem ser 
mantidos, permanentemente, pelos militares do 
Estado do serviço ativo, não se aplicando aos 
militares inativos. 
 
(39) A civilidade é parte integrante da educação 
policial militar, cabendo aos subordinados atitudes de 
respeito e deferência aos seus superiores, não sendo 
exigido o mesmo comportamento dos superiores para 
os seus subordinados. 
 
(40) As ordens legais devem ser prontamente 
acatadas e executadas, cabendo inteira 
responsabilidade à autoridade que as executar. 
 
(41) Quando a ordem parecer obscura, o 
subordinado, ao recebê-la, poderá solicitar que os 
esclarecimentos necessários sejam oferecidos de 
maneira formal. 
 
(42) Se um executante exorbitar no cumprimento da 
ordem recebida por conta de uma coação irresistível 
que esteja sofrendo, não será responsabilizado pelo 
abuso ou excesso que cometer. 
 
(43) Cabe ao executante que exorbitar no 
cumprimento da ordem recebida à responsabilidade 
pelo abuso ou excesso que cometer. 
 
(44) A ofensa aos valores e aos deveres vulnera a 
disciplina militar, constituindo infração administrativa, 
penal ou civil, sempre de maneira cumulativa. 
 
(45) O militar do Estado é responsável pelas decisões 
que tomar ou pelos atos que praticar, inclusive nas 
missões expressamente determinadas, bem como 
pela não-observância ou falta de exação no 
cumprimento de seus deveres. 
 
(46) Se um superior hierárquico presenciar o 
cometimento da transgressão e deixar de atuar para 
fazê-la cessar imediatamente, responderá 
solidariamente, na esfera administrativo-disciplinar, 
1.010 QUESTÕES DE LEGISLAÇÃO MILITAR 
PROF. AIRTON MORAL E PROF. VICTOR MATHEUS 
PMCE 4
 
incorrendo em sanção mais grave da transgressão 
praticada por seu subordinado. 
 
(47) O superior hierárquico responderá 
solidariamente, na esfera administrativo-disciplinar 
quando concorrer diretamente, por ação ou omissão, 
para o cometimento da transgressão, desde que 
esteja presente no local do ato. 
 
(48) A violação da disciplina militar será tão mais 
grave quanto mais elevado for o grau hierárquico de 
quem a cometer. 
 
(49) Transgressão disciplinar é a infração 
administrativa caracterizada pela violação dos 
deveres militares, cominando ao infrator as sanções 
previstas neste Código, sem prejuízo das 
responsabilidades penal e civil. 
 
(50) Os crimes previstos nos Códigos Penal ou Penal 
Militar também constituem transgressão disciplinar. 
Portanto, toda transgressão disciplinar também 
configura crime. 
 
(51) O militar que faltar com a verdade estará 
cometendo transgressão de natureza média. 
 
(52) O militar que dormir em serviço de policiamento, 
vigilância ou segurança de pessoas ou instalações 
sem autorização estará cometendo transgressão de 
natureza GRAVE. 
 
(53) O militar que comparecer, uniformizado, a 
manifestações ou reuniões de caráter político-
partidário, não sendo motivo de serviço estará 
cometendo transgressão de natureza GRAVE. 
 
(54) O militar que apresentar-se, em qualquer 
situação, mal uniformizado, com o uniforme alterado 
ou diferente do previsto, contrariando o Regulamento 
de Uniformes da Corporação Militar ou norma a 
respeito estará cometendo transgressão de natureza 
média. 
 
(55) O militar que tomar parte em jogos proibidos ou 
jogar a dinheiro os permitidos, em local sob 
administração militar, ou em qualquer outro, quando 
uniformizado estará cometendo transgressão de 
natureza média. 
 
(56) O militar que faltar ao expediente ou ao serviço 
para o qual esteja nominalmente escalado estará 
cometendo transgressão de natureza média. 
(57) O militar que chegar atrasado ao expediente, ao 
serviço para o qual esteja nominalmente escalado ou 
a qualquer ato em que deva tomar parte ou assistir 
estará cometendo transgressão de natureza média. 
 
(58) O militar que ingerir bebida alcoólica quando em 
serviço ou apresentar-se alcoolizado para prestá-lo 
estará cometendo transgressão de natureza GRAVE. 
 
(59) O militar que introduzir bebidas alcoólicas em 
local sob administração militar, mesmo que 
devidamente autorizado estará cometendo 
transgressão de natureza GRAVE. 
 
(60) O militar que retardar, sem justo motivo, a 
execução de qualquer ordem legal recebida estará 
cometendo transgressão de natureza Média. 
 
(61) O militar que não cumprir, sem justo motivo, a 
execução de qualquer ordem legal recebida estará 
cometendo transgressão de natureza média. 
 
(62) O militar que retardar, com justo motivo, a 
execução de qualquer ordem legal recebida estará 
cometendo transgressão de natureza média. 
 
(63) O militar que comparecer ou tomar parte de 
movimento reivindicatório, no qual os participantes 
portem qualquer tipo de armamento, ou participar de 
greve estará cometendo transgressão de natureza 
grave. 
 
(64) O militar que portar ou possuir arma em 
desacordo com as normas vigentes estará 
cometendo transgressão de natureza média. 
 
(65) O militar que agredir física, moral ou 
psicologicamente preso sob sua guarda ou permitir 
que outros o façam estará cometendo transgressão 
de natureza média. 
 
(66) O militar que entender-se com o preso, de forma 
velada, ou deixar que alguém o faça, sem autorização 
de autoridade competenteestará cometendo 
transgressão de natureza média. 
 
(67) O militar que disparar arma por imprudência, 
negligência, imperícia ou desnecessariamente estará 
cometendo transgressão de natureza grave. 
 
(68) O militar que comparecer ou tomar parte de 
movimento reivindicatório, no qual os participantes 
não portem qualquer tipo de armamento, que possa 
1.010 QUESTÕES DE LEGISLAÇÃO MILITAR 
PROF. AIRTON MORAL E PROF. VICTOR MATHEUS 
PMCE 5
 
concorrer para o desprestígio da corporação militar 
ou ferir a hierarquia e a disciplina estará cometendo 
transgressão de natureza média. 
 
(69) Toda ação ou omissão que viole os valores ou os 
deveres militares constituem transgressão disciplinar. 
 
(70) Todas as ações ou omissões que também violem 
os valores e deveres militares serão classificadas 
como graves, desde que venham a ser atentatórias 
aos Poderes Constituídos, às instituições ou ao 
Estado ou atentatórias aos direitos humanos 
fundamentais ou de natureza desonrosa. 
 
(71) Ações ou omissões de natureza desonrosa 
contrárias à disciplina militar serão classificadas como 
transgressão disciplinar de natureza GRAVE. 
 
(72) Ao militar do Estado, aluno de curso militar, 
aplica-se, no que concerne à disciplina, somente o 
disposto nos regulamentos próprios dos 
estabelecimentos de ensino onde estiver matriculado. 
 
(73) Aos procedimentos disciplinares serão 
garantidos o direito à ampla defesa e o contraditório, 
exceto nos casos em que não se reste dúvida do 
cometimento da transgressão. 
Sanções Disciplinares 
 
(74) Todo fato que constituir transgressão deverá ser 
levado ao conhecimento da autoridade competente 
para as providências disciplinares. 
 
(75) A advertência, forma mais branda de sanção, é 
aplicada verbalmente ao transgressor. 
 
(76) A advertência deverá ser publicada em boletim. 
 
(77) A advertência, forma mais branda de sanção, 
figurará no registro de informações de punições para 
oficiais, ou na nota de corretivo das praças. 
 
(78) A sanção denominada de advertência aplica-se 
exclusivamente às faltas de natureza leve e média, 
constituindo ato nulo quando aplicada em relação à 
falta grave. 
 
(79) A repreensão é a sanção feita por escrito ou 
verbalmente ao transgressor, publicada em boletim, 
devendo sempre ser averbada nos assentamentos 
individuais. 
 
(80) A repreensão aplica-se às faltas de natureza leve 
e média, constituindo ato nulo quando aplicada em 
relação à falta grave. 
 
(81) A permanência disciplinar é a sanção em que o 
transgressor ficará na OPM ou OBM, sem estar 
circunscrito a determinado compartimento. 
 
(82) O militar do Estado sob permanência disciplinar 
não comparecerá a nenhum ato de instrução e 
serviço, internos e externos. 
 
(83) A pedido do transgressor, o cumprimento da 
sanção de permanência disciplinar poderá, a juízo 
devidamente motivado, da autoridade que aplicou a 
punição, ser convertido em prestação de serviço 
extraordinário, desde que não implique prejuízo para 
a manutenção da hierarquia e da disciplina. 
 
(84) Considerar-se-á 1 (um) dia de prestação de 
serviço extraordinário equivalente ao cumprimento de 
1 (um) dia de permanência, salvo nos casos em que 
o transgressor não possua nenhuma falta grave, 
média ou leve, quando 1 (um) dia de prestação de 
serviço extraordinário equivalerá ao cumprimento de 
2 (dois) dias de permanência. 
 
(85) O pedido de conversão elide o pedido de 
reconsideração de ato, mesmo que o transgressor 
não tenha nenhuma transgressão grave ou média. 
 
(86) A prestação do serviço extraordinário consiste na 
realização de atividades, somente internas, por 
período nunca inferior a 6 (seis) ou superior a 8 (oito) 
horas, nos dias em que o militar do Estado estaria de 
folga. 
 
(87) O limite máximo de conversão da permanência 
disciplinar em serviço extraordinário são de 10 (dez) 
dias. 
 
(88) A prestação do serviço extraordinário não poderá 
ser executada imediatamente após ou anteriormente 
a este, ao término de um serviço ordinário. 
(89) A custódia disciplinar consiste na retenção do 
militar do Estado no âmbito de sua OPM ou OBM, 
sem participar de qualquer serviço, instrução ou 
atividade. No entanto, ficará circunscrito a 
determinado comportamento. 
 
(90) Nos dias em que o militar do Estado permanecer 
custodiado perderá todas as vantagens e direitos 
decorrentes do exercício do posto ou graduação, 
1.010 QUESTÕES DE LEGISLAÇÃO MILITAR 
PROF. AIRTON MORAL E PROF. VICTOR MATHEUS 
PMCE 6
 
inclusive o direito de computar o tempo da pena para 
qualquer efeito. 
 
(91) A custódia disciplinar somente poderá ser 
aplicada quando da reincidência no cometimento de 
transgressão disciplinar de natureza grave ou média. 
 
(92) Ao Governador do Estado compete conhecer da 
custódia disciplinar em grau de recurso, quando tiver 
sido aplicada pelo Controlador Geral de Disciplina 
dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema 
Penitenciário, cabendo ao Conselho de Disciplina e 
Correição o conhecimento do recurso quando a 
aplicação da sanção decorrer de ato das demais 
autoridades competentes. 
 
(93) O oficial que for julgado incompatível ou indigno 
profissionalmente para com o oficialato, após 
sentença passada em julgado no Tribunal 
competente estará passível de aplicação da sanção 
de reforma administrativa disciplinar. 
 
(94) O militar do Estado que sofrer reforma 
administrativa disciplinar receberá remuneração 
integral. 
 
(95) A demissão será aplicada ao oficial quando 
houver cumprido a pena consequente do crime de 
deserção, após apurada a motivação em 
procedimento regular, onde lhe seja assegurado o 
contraditório e a ampla defesa. 
 
(96) A demissão será aplicada ao militar que for 
condenado a pena de perda da função pública, por 
sentença passada em julgado. 
 
(97) O oficial demitido perderá a graduação, e a 
praça, o posto e a patente. 
 
(98) A demissão será aplicada a praça que cometer 
transgressão disciplinar, estando há mais de 2 (dois) 
anos consecutivos ou 4 (quatro) anos alternados no 
mau comportamento, apurado mediante processo 
regular. 
 
(99) A expulsão será aplicada, mediante processo 
regular, à praça que atentar contra a segurança das 
instituições nacionais. 
 
(100) A expulsão será aplicada, mediante processo 
regular, ao militar que atentar contra a segurança das 
instituições nacionais ou praticar atos desonrosos ou 
ofensivos ao decoro profissional. 
(101) A praça que praticar atos desonrosos ou 
ofensivos ao decoro profissional estará passível de 
ser punida com uma expulsão. 
 
(102) A participação em greve ou em passeatas, com 
uso de arma, ainda que por parte de terceiros, 
configura ato atentatório contra a segurança das 
instituições nacionais. 
 
(103) A proibição do uso de uniformes militares e de 
porte de arma será aplicada, nos termos deste 
Código, temporariamente, ao inativo que atentar 
contra o decoro ou a dignidade militar, até o limite de 
06 (seis) meses. 
Recolhimento Transitório 
 
(104) Ao militar poderá ser aplicado o recolhimento 
transitório quando somente houver fortes indícios de 
cometimento de transgressão disciplinar ou crime 
propriamente militar. 
 
(105) O recolhimento transitório não constitui sanção 
disciplinar. 
 
(106) O recolhimento transitório deverá ter nota de 
punição publicada em boletim. 
 
(107) O recolhimento transitório não constitui sanção 
disciplinar, sendo medida preventiva e acautelatória 
da ordem social e da disciplina militar, consistente no 
desarmamento e recolhimento do militar à prisão.(108) Quando houver fortes indícios de autoria de 
crime propriamente militar e a medida for necessária 
ao bom andamento das investigações para sua 
correta apuração poderá ser aplicado o recolhimento 
transitório. 
 
(109) O militar encontrar-se embriagado e sob ação 
de substância entorpecente, mas sem indícios de 
cometimento de crime ou transgressão disciplinar. 
Portanto, poderá ser aplicado o recolhimento 
transitório. 
 
(110) A condução do militar do Estado à autoridade 
competente para determinar o recolhimento 
transitório somente poderá ser efetuada por superior 
hierárquico ou por oficial com precedência funcional 
ou hierárquica sobre o conduzido. 
 
(111) São autoridades competentes para determinar 
o recolhimento transitório aquelas que podem aplicar 
sanção disciplinar. 
 
(112) As decisões de aplicação do recolhimento 
transitório serão sempre fundamentadas e 
imediatamente comunicadas ao Juiz Auditor, 
Ministério Público e Controlador Geral de Disciplina 
1.010 QUESTÕES DE LEGISLAÇÃO MILITAR 
PROF. AIRTON MORAL E PROF. VICTOR MATHEUS 
PMCE 7
 
dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema 
Penitenciário, no caso de suposto cometimento de 
transgressão militar, ou apenas a este último, no caso 
de suposta prática de crime. 
 
(113) O militar nunca poderá ficar recolhido por tempo 
superior a 5 (cinco) dias. 
 
(114) O militar do Estado não sofrerá prejuízo 
funcional ou remuneratório em razão da aplicação da 
medida preventiva de recolhimento transitório. 
 
(115) Ao militar estadual preso nas circunstâncias 
deste artigo, são garantidos os seguintes direitos: 
justificação, por escrito, do motivo do recolhimento 
transitório, identificação do responsável pela 
aplicação da medida, comunicação imediata do local 
onde se encontra recolhido a pessoa por ele indicada, 
ocupação da prisão conforme o seu círculo 
hierárquico e apresentação de recurso. 
 
(116) É direito do militar recolhido a apresentação de 
recurso. Sendo que a decisão do recurso será 
fundamentada e proferida no prazo de dois dias úteis. 
Expirado esse prazo, sem a decisão do recurso, o 
militar poderá interpor o recurso ao Controlador Geral 
de Disciplina, devendo aguardar a solução preso. 
 
Comunicação Disciplinar e 
Representação 
 
(117) A comunicação disciplinar dirigida à autoridade 
competente destina-se a relatar uma transgressão 
disciplinar cometida por subordinado hierárquico, 
quando houver indícios ou provas de autoria. 
 
(118) O signatário da comunicação disciplinar, poderá 
tecer comentários ou opiniões pessoais, inclusive 
sugerindo a sanção disciplinar a ser aplicada. 
 
(119) A comunicação disciplinar deverá ser 
apresentada no prazo de 5 (cinco) dias, contados da 
constatação ou conhecimento do fato, ressalvadas as 
disposições relativas ao recolhimento transitório, que 
deverá ser feita após o fim do recolhimento. 
 
(120) O indiciado poderá, por escrito, manifeste-se 
preliminarmente sobre os fatos que envolvem o 
possível cometimento de transgressão, no prazo de 3 
(três) dias. 
 
(121) Após a elaboração do termo acusatório, o 
militar terá 5 (cinco) dias para exercitar seu direito à 
ampla defesa e contraditório, por escrito. 
 
(122) A manifestação preliminar nunca poderá ser 
dispensada, mesmo que haja motivos suficientes 
para elaboração do termo acusatório. 
 
(123) A solução do procedimento disciplinar é da 
inteira responsabilidade do signatário da 
comunicação disciplinar, que deverá aplicar sanção 
ou justificar o fato, de acordo com o Código 
Disciplinar. 
 
(124) A solução do procedimento disciplinar será 
dada no prazo de 45 (quarenta e cinco) dias, 
contados a partir do recebimento da defesa do 
acusado, prorrogável, no máximo, por mais 15 
(quinze) dias, mediante declaração de motivos. 
 
(125) Em qualquer circunstância, o signatário da 
comunicação disciplinar deverá ser notificado da 
respectiva solução, no prazo máximo de 60 
(sessenta) dias da data da comunicação. 
 
(126) O signatário da comunicação poderá solicitar, 
obedecida a via hierárquica, providências a respeito 
da solução do procedimento disciplinar caso não seja 
comunicado da solução dentro do prazo. 
 
(127) A comunicação disciplinar será verbal, tanto 
quanto possível, deve ser clara, concisa e precisa. 
 
(128) Representação é toda comunicação que se 
referir a ato praticado ou aprovado por subordinado, 
que se repute irregular, ofensivo, injusto ou ilegal. 
 
(129) A representação será dirigida à autoridade 
funcional imediatamente superior àquela contra a 
qual é atribuída a prática do ato irregular, ofensivo, 
injusto ou ilegal. 
 
(130) O prazo para o encaminhamento de 
representação será de 5 (cinco) dias úteis, contados 
da data do conhecimento do ato ou fato que a 
motivar. 
 
Competência, Do Julgamento, Da 
Aplicação e do Cumprimento Das 
Sanções Disciplinares 
 
(131) O Governador do Estado é a única autoridade 
competente para aplicar sanção aos militares 
reformados. 
 
(132) O Controlador Geral de Disciplina dos Órgãos 
de Segurança Pública e Sistema Penitenciário poderá 
aplicar sanção a todos os militares do Estado sujeitos 
ao Código Disciplinar. 
 
(133) As praças da ativa só podem aplicar sanção 
aos seus subordinados funcionais. 
 
(134) Os Subcomandantes da Polícia Militar e do 
Corpo de Bombeiros Militar poderão aplicar sanção 
às praças inativas da reserva remunerada. 
 
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PMCE 8
 
(135) Ao Controlador Geral de Disciplina e aos 
Comandantes-Gerais da Polícia Militar e do Corpo de 
Bombeiros Militar compete conhecer das sanções 
disciplinares aplicadas aos inativos da reserva 
remunerada, em grau de recurso, respectivamente, 
se oficial ou praça. 
 
(136) O Governador do Estado é competente para 
aplicar todas as sanções disciplinares previstas no 
Código Disciplinar. 
 
(137) O Controlador Geral de Disciplina poderá 
aplicar todas as sanções disciplinares, inclusive a 
demissão de oficiais. 
 
(138) Os oficiais do posto de tenente-coronel poderão 
aplicar as sanções disciplinares de advertência, 
repreensão e permanência disciplinar de até 20 
(vinte) dias. 
 
(139) Os oficiais do posto de capitão poderão aplicar 
as sanções disciplinares de advertência, repreensão 
e permanência disciplinar de até 05 (cinco) dias. 
 
(140) Os oficiais do posto de tenente poderão aplicar 
somente as sanções disciplinares de advertência e 
repreensão. 
 
(141) Na aplicação das sanções disciplinares serão 
sempre considerados a natureza, a gravidade e os 
motivos determinantes do fato, os danos causados, a 
personalidade e os antecedentes do agente, a 
intensidade do dolo ou o grau da culpa. 
 
(142) Haverá aplicação de sanção disciplinar quando 
o militar praticar a transgressão por motivo de força 
maior ou caso fortuito, plenamente comprovados. 
 
(143) Não haverá aplicação de sanção disciplinar 
quando for reconhecida legítima defesa própria ou de 
outrem. 
 
(144) Não haverá aplicação de sanção disciplinar 
quando for em obediência a ordem superior, desde 
que a ordem recebida seja manifestamente ilegal. 
 
(145) Estar, no mínimo, no bom comportamento é 
uma circunstância atenuante. 
 
(146) Caso o militar colabore na apuração da 
transgressão disciplinar, isso configurará como 
circunstância atenuante. 
 
(147) Se o militar tiver prestado serviços relevantes, 
não haverá aplicação de sanção disciplinar. 
 
(148) A reincidência é uma circunstância agravante. 
 
(149) Estar em comportamento regular é uma 
circunstância agravante. 
 
(150) Conluio de duas ou mais pessoas na prática da 
transgressão disciplinar configura circunstância 
agravante. 
 
(151) As alegações dedefesa do transgressor devem 
constar no enquadramento disciplinar. 
 
(152) No enquadramento disciplinar não deve constar 
a data de início de cumprimento da sanção 
disciplinar. Devendo a definição da data ser de 
acordo com o desejo do militar transgressor. 
 
(153) A publicação é a divulgação oficial do ato 
administrativo referente à aplicação da sanção 
disciplinar ou à sua justificação, e dá início a seus 
efeitos. 
 
(154) As sanções aplicadas a oficiais, alunos oficiais, 
subtenentes e sargentos serão publicadas somente 
para conhecimento dos integrantes dos seus 
respectivos círculos e superiores hierárquicos, nunca 
podendo ser dadas ao conhecimento geral. 
 
(155) Quando as circunstâncias atenuantes 
preponderarem, a sanção não será aplicada em seu 
limite máximo. 
 
(156) Quando as circunstâncias agravantes 
preponderarem, poderá ser aplicada a sanção até o 
seu limite máximo. 
 
(157) Pela mesma transgressão poderá ser aplicada 
mais de uma sanção disciplinar, desde de que 
devidamente motivado e justificado pela autoridade 
competente. 
 
(158) As faltas leves são puníveis com advertência ou 
repreensão e, na reincidência, com permanência 
disciplinar de até 10 (dez) dias. 
 
(159) As faltas médias são puníveis com 
permanência disciplinar de até 8(oito) dias e, na 
reincidência, com permanência disciplinar de até 
20(vinte) dias. 
 
(160) As faltas graves são puníveis com permanência 
disciplinar de até 10 (dez) dias ou custódia disciplinar 
de até 8 (oito) dias e, na reincidência, com 
permanência de até 20 (vinte) dias ou custódia 
disciplinar de até 15 (quinze) dias, desde que não 
caiba demissão ou expulsão. 
 
(161) O início do cumprimento da sanção disciplinar 
dependerá de aprovação do ato pelo Comandante da 
Unidade ou pela autoridade funcional imediatamente 
superior, quando a sanção for por ele aplicada, e 
prévia publicação em boletim. 
 
(162) A sanção disciplinar exime o militar estadual 
punido da responsabilidade civil e criminal emanadas 
do mesmo fato. 
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(163) Quando transgressões forem praticadas de 
forma conexa, serão impostas sanções 
correspondentes isoladamente. 
 
(164) Na ocorrência de mais de uma transgressão, 
sem conexão entre elas, as de menor gravidade 
serão consideradas como circunstâncias agravantes 
da transgressão principal. 
 
(165) Na ocorrência de transgressão disciplinar 
envolvendo militares do Estado de mais de uma 
Unidade, caberá ao comandante da área territorial 
onde ocorreu o fato apurar ou determinar a apuração 
e, ao final, se necessário, remeter os autos à 
autoridade funcional superior comum aos envolvidos. 
 
(166) Quando duas autoridades de níveis 
hierárquicos diferentes, ambas com ação disciplinar 
sobre o transgressor, conhecerem da transgressão 
disciplinar, competirá à de maior hierarquia apurá-la, 
não podendo determinar que a menos graduada o 
faça. 
 
(167) A autoridade que tiver de aplicar sanção a 
subordinado que esteja a serviço ou à disposição de 
outra autoridade requisitará a apresentação do 
transgressor. 
 
(168) Nenhum militar do Estado será interrogado ou 
ser-lhe-á aplicada sanção se estiver em estado de 
embriaguez, ou sob a ação de substância 
entorpecente ou que determine dependência física ou 
psíquica. 
 
(169) O início do cumprimento da sanção disciplinar 
deverá ocorrer no prazo máximo de 10(dez) dias 
após a ciência, pelo militar punido, da sua publicação. 
 
(170) A contagem do tempo de cumprimento da 
sanção começa no momento em que o militar do 
Estado o iniciar, computando-se cada dia como 
período de 24 (vinte e quatro) horas. 
 
(171) Não será computado, como cumprimento de 
sanção disciplinar, o tempo em que o militar do 
Estado passar em gozo de afastamentos 
regulamentares, interrompendo-se a contagem a 
partir do momento de seu afastamento até o seu 
retorno. 
 
Comportamento 
 
(172) O comportamento dos oficiais segue as 
mesmas regras a serem aplicadas as praças. 
 
(173) A praça estará no comportamento BOM 
quando, no período de 2 (dois) anos, lhe tenham sido 
aplicadas até 2 (duas) permanências disciplinares. 
 
(174) A praça estará no comportamento EXCELENTE 
quando, no período de 10 (dez) anos, lhe tenham 
sido aplicadas até 2 (duas) repreensões. 
 
(175) Para a classificação do comportamento fica 
estabelecido que duas repreensões equivalerão a 
uma custódia disciplinar. 
 
(176) Para efeito de classificação, reclassificação ou 
melhoria do comportamento, ter-se-ão como bases as 
datas em que as sanções foram publicadas. 
 
(177) Ao ser admitida, a praça militar será 
classificada no comportamento ―regular‖. 
 
(178) A praça estará no comportamento MAU 
quando, no período de 1 (um) ano, lhe tenham sido 
aplicadas mais de 2 (duas) permanências 
disciplinares ou mais de 1 (uma) custódia disciplinar. 
 
Recursos Disciplinares 
 
(179) São recursos disciplinares o pedido de 
reconsideração de ato e o recurso hierárquico. 
 
(180) O militar do Estado, que considere a si próprio 
prejudicado, ofendido ou injustiçado por ato de 
superior hierárquico, poderá interpor recursos 
disciplinares. 
 
(181) O pedido de reconsideração de ato é recurso 
interposto, mediante parte ou ofício, à autoridade que 
praticou, ou aprovou, o ato disciplinar que se reputa 
irregular, ofensivo, injusto ou ilegal, para que o 
reexamine. 
 
(182) O pedido de reconsideração de ato deve ser 
encaminhado, diretamente, à autoridade recorrida e 
no máximo duas vezes. 
 
(183) O pedido de reconsideração de ato não tem 
efeito suspensivo 
 
(184) O pedido de reconsideração de ato deve ser 
apresentado no prazo máximo de 5 (cinco) dias, a 
contar da data em que o militar do Estado tomar 
ciência do ato que o motivou. 
 
(185) A autoridade a quem for dirigido o pedido de 
reconsideração de ato deverá, saneando se possível 
o ato praticado, dar solução ao recurso, no prazo 
máximo de 20 (vinte) dias, a contar da data de 
recebimento do documento, dando conhecimento ao 
interessado. 
 
(186) O recurso hierárquico, interposto por uma única 
vez, terá efeito suspensivo e será redigido sob a 
forma de parte ou ofício e endereçado diretamente à 
autoridade imediatamente superior àquela que não 
reconsiderou o ato tido por irregular, ofensivo, injusto 
ou ilegal. 
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(187) Não será conhecido o recurso hierárquico 
intempestivo, procrastinador ou que não apresente 
fatos ou argumentos novos que modifiquem a decisão 
anteriormente tomada. 
 
Da Revisão dos Atos Disciplinares 
 
(188) Todas as autoridades competentes para aplicar 
sanção disciplinar podem praticar a revisão dos atos 
disciplinares. 
 
(189) A retificação consiste na correção de 
irregularidade formal sanável, contida na sanção 
disciplinar aplicada pela própria autoridade ou por 
autoridade superior. 
 
(190) A atenuação é a redução da sanção proposta 
ou aplicada, para outra mais rigorosa ou, ainda, o 
aumento do número de dias da sanção. 
 
(191) A agravação é a ampliação do número dos dias 
propostos para uma sanção disciplinar ou a aplicação 
de sanção mais rigorosa. 
 
(192) Não caberá agravamento da sanção em razão 
da interposição de recurso disciplinar pelo militar 
acusado. 
 
(193) Anulação é a declaração de invalidade da 
sanção disciplinar aplicada pela própria autoridade ou 
por autoridade subordinada, quando, na apreciação 
do recurso, verificar a ocorrência de ilegalidade, não 
retroagindo à data do ato. 
 
(194) A anulação de sanção administrativo-disciplinar 
poderá ser feita no prazo de 5 (cinco) anos, a contar 
da datada publicação do ato que se pretende 
invalidar. 
 
Das Recompensas Militares 
 
(195) As recompensas militares constituem 
reconhecimento dos bons serviços prestados pelo 
militar do Estado e consubstanciam-se em prêmios 
concedidos por atos meritórios e serviços relevantes. 
 
(196) O elogio individual, ato administrativo que 
coloca em relevo as qualidades morais e profissionais 
do militar, podendo ser concedido a depender da 
classificação de seu comportamento e não 
precisando ser registrado nos assentamentos. 
 
(197) A dispensa do serviço é uma recompensa 
militar e somente poderá ser concedida por oficiais do 
posto de coronel. 
 
(198) A dispensa do serviço é uma recompensa 
militar e somente poderá ser concedida por oficiais 
dos postos de tenente-coronel e coronel a qualquer 
militar. 
 
(199) A Recompensa Militar denominada Dispensa do 
Serviço deverá ser publicada em boletim. 
 
(200) O cancelamento de sanções disciplinares 
consiste na retirada dos registros realizados nos 
assentamentos individuais do militar da ativa e do 
inativo. 
 
(201) A recompensa militar denominada 
cancelamento de sanções disciplinares é inaplicável 
às sanções de reforma administrativa disciplinar, de 
demissão e de expulsão. 
 
(202) O cancelamento de sanções é ato do 
Comandante-geral de ofício comprovados em seus 
assentamentos, depois de decorridos os lapsos 
temporais correspondentes a cada sanção, de efetivo 
serviço sem qualquer outra sanção, a contar da data 
da última pena imposta. 
 
(203) O tempo de efetivo serviço sem qualquer outra 
sanção a contar da data da última pena imposta para 
o cancelamento de uma advertência será de 02 anos. 
 
(204) Os lapsos temporais para o cancelamento das 
sanções de Advertência, Repreensão, Custódia 
Disciplinar e Permanência Disciplinar são de, 
respectivamente, 02 anos, 03 anos, 07 anos e 10 
anos. 
 
(205) Independentemente das condições previstas no 
Código, o Comandante-Geral poderá cancelar uma 
ou mais punições do militar que tenha praticado 
qualquer ação militar considerada especialmente 
meritória, que não chegue a constituir ato de bravura. 
 
(206) Configurando ato de bravura, assim 
reconhecido, o Comandante-Geral poderá cancelar 
todas as punições do militar, independente das 
condições previstas. 
 
(207) O cancelamento de sanções terá efeito 
retroativo. 
 
(208) O cancelamento de sanções não motivará o 
direito de revisão de outros atos administrativos 
decorrentes das sanções canceladas. 
 
Processo Regular 
 
(209) O Conselho de Disciplina é o processo regular 
aplicado aos oficiais. 
 
(210) O Processo Regular que aplica-se às praças 
será o Conselho de Disciplina, independentemente do 
tempo de serviço do militar. 
 
(211) O processo regular poderá ter por base 
investigação preliminar, inquérito policial-militar ou 
sindicância instaurada, realizada ou acompanhada 
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PMCE 11
 
pela Controladoria Geral dos Órgãos de Segurança 
Pública e Sistema Penitenciário. 
 
(212) A inobservância dos prazos previstos para o 
processo regular acarreta na nulidade do processo. 
 
(213) O militar do Estado submetido a processo 
regular poderá ser proibido do uso do uniforme e o 
porte de arma, como medida cautelar. 
 
(214) O militar do Estado submetido a processo 
regular não poderá ser designado para o exercício de 
outras funções, enquanto perdurar o processo. 
 
(215) Aplicam-se a esta Lei, subsidiariamente, pela 
ordem, as normas do Código do Processo Penal 
Militar, do Código de Processo Penal e do Código de 
Processo Civil. 
 
(216) Extingue-se a punibilidade da transgressão 
disciplinar pela passagem do transgressor para a 
reserva remunerada. 
 
(217) Extingue-se a punibilidade da transgressão 
disciplinar pela prescrição. O prazo para prescrição 
da transgressão sujeita à advertência e repreensão 
será de 2 (dois) anos. 
 
(218) Extingue-se a punibilidade da transgressão 
disciplinar pela prescrição que é em 4 (quatro) anos, 
para transgressão sujeita à permanência disciplinar. 
 
(219) Extingue-se a punibilidade da transgressão 
disciplinar pela prescrição, para transgressão sujeita 
a reforma administrativa; disciplinar, demissão, 
expulsão e proibição do uso do uniforme e do porte 
de arma o prazo será de 05 (cinco) anos. 
 
(220) O início da contagem do prazo de prescrição de 
qualquer transgressão disciplinar é da data em que 
foi praticada, interrompendo-se pela instauração de 
sindicância, de conselho de justificação ou disciplina 
ou de processo administrativo-disciplinar ou pelo 
sobrestamento destes. 
 
(221) O Conselho de Justificação destina-se a apurar 
as transgressões disciplinares cometidas por praça e 
a incapacidade deste para permanecer no serviço 
ativo militar. 
 
(222) O Conselho de Justificação aplica-se também 
ao oficial inativo presumivelmente incapaz de 
permanecer na situação de inatividade. 
 
(223) O oficial submetido a Conselho de Justificação 
e considerado culpado, por decisão unânime ficará 
proibido de usar uniforme e de portar arma até 
decisão final do Tribunal competente. 
 
(224) O oficial submetido a Conselho de Justificação 
e considerado culpado, por decisão unânime ficará 
afastado das suas funções. 
 
(225) A constituição do Conselho de Justificação dar-
se-á por ato do Governador do Estado ou do 
Controlador Geral de Disciplina, composto, cada um, 
por 3 (três) Oficiais, sejam Militares ou Bombeiros 
Militares Estaduais, ou das Forças Armadas, dos 
quais, um Oficial Intermediário, recaindo sobre o mais 
antigo a presidência da Comissão, outro atuará como 
interrogante e o último como relator e escrivão. 
 
(226) O Oficial que formulou a acusação poderá fazer 
parte do Conselho de Justificação. 
 
(227) Os Oficiais que tenham particular interesse na 
decisão não podem fazer parte do Conselho de 
Justificação. 
 
(228) Oficiais Subalternos podem fazer parte do 
Conselho de Justificação. 
 
(229) O Conselho de Justificação funciona sempre 
com a totalidade de seus membros, em local que a 
autoridade nomeante, ou seu presidente, julgue 
melhor indicado para a apuração dos fatos. 
 
(230) O Conselho de Justificação dispõe de um prazo 
de 30(trinta) dias, a contar da data de sua nomeação, 
para a conclusão de seus trabalhos relativos ao 
processo, e de mais 15 (quinze) dias para 
deliberação, confecção e remessa do relatório 
conclusivo. 
 
(231) A decisão do Conselho de Justificação será 
tomada por maioria de votos de seus membros, 
facultada a justificação, por escrito, do voto vencido. 
 
(232) O Conselho de Disciplina destina-se a apurar 
as transgressões disciplinares cometidas pela praça 
da ativa ou da reserva remunerada e a incapacidade 
moral desta para permanecer no serviço ativo militar 
ou na situação de inatividade em que se encontra. 
 
(233) A constituição do Conselho de Disciplina dar-
se-á por ato do Secretário de Segurança Pública. 
 
(234) O Conselho de Disciplina será composto por 3 
(três) Oficiais, sejam Militares ou Bombeiros Militares 
Estaduais, ou das Forças Armadas, dos quais, um 
Oficial Intermediário, recaindo sobre o mais antigo a 
presidência da Comissão, outro atuará como 
interrogante e o último como relator e escrivão. 
 
(235) O mais antigo do Conselho, no mínimo um 
Major, será o presidente e o que se lhe seguir em 
antiguidade ou precedência funcional será o 
interrogante, sendo o relator e escrivão o mais 
moderno. 
 
1.010 QUESTÕES DE LEGISLAÇÃO MILITAR 
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PMCE 12
 
(236) Entendendo necessário, o presidente poderá 
nomear um subtenente ou sargento para funcionar 
como escrivão no processo, oqual não integrará o 
Conselho. 
 
(237) O Oficial que formulou a acusação não pode 
fazer parte do Conselho de Disciplina. 
 
(238) Os Oficiais que tenham entre si, com o 
acusador ou com o acusado, parentesco 
consanguíneo ou afim, na linha reta ou até o quarto 
grau de consanguinidade colateral ou de natureza 
civil não podem fazer parte do conselho de disciplina. 
 
(239) Os oficiais subalternos não podem fazer parte 
do conselho de disciplina. 
 
(240) O Conselho de Disciplina só poderá ser 
instaurado se houver inquérito policial comum ou 
militar, ou processo criminal ou de sentença criminal 
transitada em julgado. 
 
(241) Se no curso dos trabalhos do Conselho 
surgirem indícios de crime comum ou militar, o 
presidente deverá extrair cópia dos autos, remetendo-
os, por ofício, à autoridade competente para início do 
respectivo inquérito policial ou da ação penal cabível. 
 
(242) O Conselho de Disciplina dispõe de um prazo 
de 45 (quarenta e cinco) dias, a contar da data de sua 
nomeação, para a conclusão de seus trabalhos 
relativos ao processo, e de mais 15 (quinze) dias para 
deliberação, confecção e remessa do relatório 
conclusivo. 
 
(243) Encerrada a fase de instrução do conselho de 
disciplina, a praça acusada será intimada para 
apresentar, por seu advogado ou defensor público, no 
prazo de 8 (oito) dias, suas razões finais de defesa. 
 
(244) O processo administrativo-disciplinar é o 
processo regular, realizado por comissão processante 
formada por 3 (três) oficiais, designada por portaria 
do Controlador-Geral de Disciplina, destinado a 
apurar as transgressões disciplinares cometidas pela 
praça da ativa, com menos de 10 (dez) anos de 
serviço militar no Estado e a incapacidade moral 
desta para permanecer no serviço ativo. 
 
(245) A comissão do processo administrativo-
disciplinar dispõe de um prazo de 45 (quarenta e 
cinco) dias, a contar da data de sua nomeação, para 
a conclusão de seus trabalhos relativos ao processo, 
e de mais 15 (quinze) dias para confecção e remessa 
do relatório conclusivo. 
 
(246) Para os efeitos do Código Disciplinar, 
considerasse Comandante de Unidade o oficial que 
estiver exercendo funções privativas dos postos de 
coronel e de tenente-coronel. 
 
(247) As expressões diretor e chefe têm o mesmo 
significado de Comandante de Unidade. 
 
 
QUESTÕES DO ESTATUTO 
 
Generalidades 
 
(248) O Estatuto dos Militares Estaduais do Ceará 
regula a situação, direitos, prerrogativas, deveres e 
obrigações dos militares estaduais. 
 
(249) As Corporações Militares do Estado, 
instituições organizadas com base na hierarquia e 
disciplina são forças auxiliares e reserva do Exército 
e estão subordinadas ao Governador do Estado. 
 
(250) É Missão Fundamental da Polícia Militar 
exercer polícia ostensiva, preservar a ordem pública e 
a execução de atividades de defesa civil. 
 
(251) A vinculação é ato ou efeito de ficarem as 
Corporações Militares do Estado sob a direção 
operacional da Secretaria da Segurança Pública e 
Defesa Social. 
 
(252) Os militares estaduais somente poderão estar 
em umas das seguintes situações: na ativa ou na 
inatividade. 
 
(253) Os Cadetes e Alunos-Soldados de órgãos de 
formação de militares estaduais não são 
considerados militares do serviço ativo, por ainda 
estarem nos respectivos cursos de formação. 
 
(254) Os militares reformados que estão na situação 
de inativos são dispensados, definitivamente, da 
prestação de serviço na ativa. Por tanto, não recebem 
remuneração pela respectiva Corporação. 
 
(255) A carreira militar estadual é privativa do pessoal 
da ativa das Corporações Militares do Estado, 
iniciando-se com o ingresso e obedecendo-se à 
sequência de graus hierárquicos. 
 
(256) Os militares estaduais da reserva remunerada 
poderão ser convocados para o serviço ativo e 
poderão também ser para estes designados, em 
caráter transitório e mediante aceitação voluntária, 
por ato do Governador do Estado. 
 
(257) Caso seja necessário o aproveitamento dos 
conhecimentos técnicos e especializados do militar 
estadual que esteja na reserva remunerada, ele 
poderá ser designado para prestar serviço na ativa de 
forma compulsória, mediante convocação ex officio. 
 
(258) Em caráter transitório e mediante aceitação 
voluntária, o militar estadual da reserva remunerada 
poderá ser convocado para o serviço ativo se não 
1.010 QUESTÕES DE LEGISLAÇÃO MILITAR 
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PMCE 13
 
houver, no momento, na ativa, militar estadual 
habilitado a exercer a função vaga existente na 
Corporação Militar estadual. 
 
(259) A condição jurídica dos militares estaduais é 
definida pelos dispositivos constitucionais que lhes 
forem aplicáveis, por este Estatuto e pela legislação 
estadual que lhes outorguem direitos e prerrogativas 
e lhes imponham deveres e obrigações. 
 
(260) O disposto no Estatuto aplica-se, no que 
couber, aos militares estaduais da reserva 
remunerada, não se aplicando aos militares 
reformados. 
 
Dos Requisitos para Ingresso 
 
(261) O edital não poderá trazer novos requisitos 
além dos previstos no Estatuto. 
 
(262) O ingresso na Polícia Militar e no Corpo de 
Bombeiros Militar do Ceará dar-se-á para o 
preenchimento de cargos vagos, mediante prévia 
aprovação em concurso público de provas ou de 
provas e títulos. 
 
(263) Somente o Brasileiro nato poderá ingressar na 
polícia militar. 
 
(264) Ter, na data da posse, idade igual ou superior a 
18 (dezoito) anos é um requisito para ingresso na 
PMCE. 
 
(265) Para ingressar na PMCE é necessário que se 
tenha, na data de inscrição no concurso, idade 
inferior a 30 (trinta) anos, para as carreiras de praça. 
 
(266) O condenado judicialmente por prática 
criminosa poderá ingressar na PM-CE desde que já 
tenha sido cumprida sua pena. 
 
(267) Para ingressar na PMCE é necessário possuir 
honorabilidade compatível com a situação de futuro 
militar estadual, tendo, para tanto, boa reputação 
social e não estando respondendo a processo 
criminal, nem indiciado em inquérito policial. 
 
(268) Estar em situação regular com as obrigações 
eleitorais e militares são requisitos para ingresso nas 
Corporações Militares do Estado. 
 
(269) Ter concluído, na data de inscrição do curso de 
formação, o ensino médio para ingresso na Carreira 
de Praças é um requisito para ingresso na PMCE. 
 
(270) Não ter sido licenciado de Corporação Militar ou 
das Forças Armadas no comportamento inferior ao 
―regular‖ é um requisito para ingresso na PMCE. 
 
(271) Para ingressar na PMCE é necessário ter, no 
mínimo, 1,62 m de altura, se candidato do sexo 
feminino, e 1,57m, se candidato do sexo masculino. 
 
(272) A primeira etapa do concurso público constará 
dos exames intelectuais (provas), de caráter 
classificatório e eliminatório, e títulos, quando 
estabelecido nesta Lei, esse último de caráter 
classificatório. 
 
(273) A terceira etapa constará do Curso de 
Formação Profissional de caráter classificatório e 
eliminatório, durante o qual serão realizadas a 
avaliação psicológica, de capacidade física e a 
investigação social, todos de caráter classificatório. 
 
(274) Para ingressar na PMCE, o candidato deverá 
ser portador da carteira nacional de habilitação 
classificada, no mínimo, na categoria ―AB‖, na data da 
matrícula no Curso de Formação Profissional. 
 
(275) O ingresso na PMCE, dar-se-á, exclusivamente, 
para a carreira de Praça, como Aluno-Soldado do 
Curso de Formação de Soldados. 
 
(276) É vedada a mudança de quadro, salvo no caso 
de aprovação em novo concurso público. 
 
Quadro de Oficiais de Administração 
 
(277) O Quadro de Oficiais de Administração destina-
se a prestar apoio às atividades da Corporação, 
mediante o desempenho de funções somente 
administrativas. 
 
(278) O Quadro de Oficiais de Administração – QOA, 
da Polícia Militare do Corpo de Bombeiros Militar 
serão constituídos de Segundos-Tenentes, Primeiros 
Tenentes, Capitães e de Majores. 
 
(279) Fica autorizada a designação de Oficial 
integrante do QOA para as funções de Comando e 
Comando Adjunto de Subunidades. 
 
(280) Oficiais do QOA têm os mesmos direitos, 
regalias, prerrogativas, vencimentos e vantagens 
atribuídas aos Oficiais de igual posto dos demais 
Quadros, ressalvado as restrições expressas em Lei. 
 
(281) Além de outros requisitos, para a seleção e 
ingresso no Curso de Habilitação de Oficiais é 
necessário que ser Subtenente ou 1° Sargento do 
serviço ativo. 
 
(282) Para ingresso no Curso de Habilitação de 
Oficiais, o militar deverá estar classificado, no 
mínimo, no ―ótimo‖ comportamento. 
 
(283) Para ingresso no Curso de Habilitação de 
Oficiais é necessário possuir diploma de curso 
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superior de graduação plena, independentemente de 
ser reconhecido pelo Ministério da Educação. 
 
(284) O Subtenente do serviço ativo que estiver 
respondendo a processo-crime, mesmo quando 
decorrente do cumprimento de missão policial militar 
ou bombeiro militar, não poderá ingressar no Curso 
de Habilitação de Oficiais. 
 
Da Hierarquia e da Disciplina 
 
(285) A hierarquia e a disciplina são a base 
institucional das Corporações Militares do Estado, 
nas quais a autoridade e a responsabilidade crescem 
com o grau hierárquico do militar estadual. 
 
(286) A hierarquia militar estadual é a ordenação da 
autoridade em níveis diferentes dentro da estrutura 
da Corporação, obrigando os níveis superiores em 
relação aos inferiores. 
 
(287) O respeito à hierarquia é consubstanciado no 
espírito de acatamento à sequência decrescente de 
autoridade. 
 
(288) A disciplina é a rigorosa observância e o 
acatamento integral às leis, regulamentos, normas e 
disposições que fundamentam a Corporação Militar 
Estadual. 
 
(289) A disciplina e o respeito à hierarquia devem ser 
mantidos em todas as circunstâncias entre os 
militares. 
 
(290) O Círculo de Oficiais Subalternos é composto 
por oficiais dos postos de 1° Tenente, 2° Tenentes e 
pelos Cadetes. 
 
(291) O Círculo dos Oficiais Superiores é composto 
por oficiais dos postos de Coronel Cmt. Geral, 
Coronel, Tenente-Coronel e Major. 
 
(292) Os graus hierárquicos dos diversos Quadros e 
Qualificações são fixados separadamente para cada 
caso, de acordo com a Lei de Fixação de Efetivo da 
respectiva Corporação. 
 
(293) Sempre que o militar estadual da reserva 
remunerada fizer uso do posto ou graduação, deverá 
fazê-lo mencionando essa situação, não se 
estendendo essa obrigação aos militares reformados. 
 
(294) A precedência entre militares estaduais da 
ativa, do mesmo grau hierárquico, é assegurada pela 
antiguidade no posto ou na graduação, salvo nos 
casos de precedência funcional. 
 
(295) A antiguidade entre os militares do Estado, em 
igualdade de posto ou graduação, será definida, 
sucessivamente, pelas seguintes condições: data da 
última promoção; prevalência sucessiva dos graus 
hierárquicos anteriores; classificação no curso de 
formação ou habilitação; maior idade; data de 
nomeação ou admissão. 
 
(296) O 3° SARGENTO A foi promovido pela última 
vez em 2017, já o 3° SARGENTO B foi promovido a 
essa graduação em 2018. Portanto, podemos afirmar 
que o 3° SARGENTO A é mais antigo que o 3° 
SARGENTO B. 
 
(297) Em igualdade de posto ou graduação, os 
militares estaduais inativos têm precedência sobre os 
da ativa. 
 
(298) Em igualdade de postos ou graduações, entre 
os integrantes da Polícia Militar do Ceará e do Corpo 
de Bombeiros Militar do Ceará, aqueles militares 
terão precedências hierárquicas sobre estes. 
 
(299) A precedência funcional ocorrerá quando, em 
diferença de posto ou graduação, o oficial ou praça 
ocupar cargo ou função que lhe atribua superioridade 
funcional sobre os integrantes do órgão ou serviço 
que dirige, comanda ou chefia. 
 
(300) Os Cadetes são hierarquicamente superiores 
aos Subtenentes, Primeiros-Sargentos, Cabos, 
Soldados e Alunos-Soldados. 
 
Do Cargo, Da Função e Do Comando 
 
(301) Os cargos de provimento efetivo dos militares 
estaduais são os postos e graduações previstos na 
Lei de Fixação de Efetivo de cada Corporação Militar. 
 
(302) Os cargos de provimento efetivo podem ser 
ocupados por militares inativos. 
 
(303) O provimento do cargo de Oficial é realizado 
por ato governamental e o da Praça, por ato 
administrativo do Comandante-Geral. 
 
(304) Os cargos de provimento em comissão estão 
previstos na Lei de Organização Básica da 
Corporação Militar. 
 
(305) Os cargos de provimento em comissão são de 
livre nomeação e exoneração pelo Chefe do Poder 
Legislativo. 
 
(306) Os cargos de provimento em comissão 
somente podem ser providos por militares do serviço 
ativo da Corporação. 
 
(307) O Comandante-Geral poderá, provisoriamente, 
por necessidade institucional urgente devidamente 
motivada, designar o oficial para o cargo em 
comissão ou dispensá-lo, devendo regularizar a 
situação na conformidade do Estatuto, no prazo de 15 
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(quinze) dias a contar do ato, sob pena de 
restabelecer-se a situação anterior. 
 
(308) A exoneração de cargo de provimento em 
comissão constitui sanção disciplinar. 
 
(309) O cargo militar estadual é considerado vago 
partir de sua criação e até que um militar estadual 
dele tome posse. 
 
(310) A partir do momento que o militar for 
exonerado, o cargo ficará vago. 
 
(311) Consideram-se vagos os cargos militares 
estaduais cujos ocupantes tenham sido considerados 
oficialmente desaparecidos de acordo com as regras 
do Estatuto. 
 
(312) É considerado ocupado para todos os efeitos o 
cargo preenchido cumulativamente, mesmo que de 
forma provisória, por detentor de outro cargo militar. 
 
(313) O Oficial é preparado, ao longo da carreira, 
para o exercício do comando, da chefia e da direção 
das Organizações Militares Estaduais. 
 
(314) Os Subtenentes e Sargentos auxiliam e 
complementam as atividades dos oficiais na 
capacitação de pessoal e no emprego dos meios, na 
instrução, na administração e no comando de tropas 
completas, mesmo agindo isoladamente nas diversas 
atividades inerentes a cada Corporação. 
 
(315) Os Cabos e Soldados são, essencialmente, os 
responsáveis pela execução. 
 
(316) Cabe ao militar estadual a responsabilidade 
integral pelas decisões que tomar, pelas ordens que 
emitir e pelos atos que praticar. 
 
(317) Os militares estaduais, nos crimes militares 
definidos em lei, serão processados e julgados 
perante a Justiça Militar do Estado, em primeira 
instância exercitada pelos juízes de direito e 
Conselhos de Justiça, e em segunda instância pelo 
Tribunal de Justiça do Estado, enquanto não for 
criado o Tribunal de Justiça Militar do Estado. 
 
(318) Compete ao Conselho de Justiça do juízo 
militar processar e julgar, singularmente, os crimes 
militares cometidos contra civis e as ações judiciais 
contra atos disciplinares militares. 
 
Dos Direitos e Das Prerrogativas dos 
Militares Estaduais 
 
(319) A estabilidade é garantida para a praça, desde 
a investidura, e para o oficial, quando completar mais 
de 3 (três) anos de efetivo serviço. 
 
(320) Aos militares do estado é garantido o direito ao 
uso das designações hierárquicas. 
 
(321) O porte de arma só é garantido aos militares no 
serviço ativo. 
 
(322) Ao militar estadual é garantido o direito a 
assistência jurídica gratuita e oficial do Estado, 
independentemente se o ato for praticado no legítimoexercício da missão. 
 
(323) Ao militar estadual é garantido livre acesso, 
quando em serviço ou em razão deste, aos locais 
sujeitos à fiscalização policial militar ou bombeiro 
militar. 
 
(324) É um direito garantido no Estatuto o fardamento 
ou valor correspondente, constituindo-se no conjunto 
de uniformes fornecidos, pelo menos uma vez ao 
ano, ao Cabo e Soldado na ativa, bem como os 
Cadetes e Alunos-Soldados, e, em casos especiais, 
aos demais militares estaduais. 
 
(325) Fica assegurado a qualquer militar estadual, 
quando fardado e mediante a apresentação de sua 
identidade militar, acesso gratuito aos transportes 
rodoviários coletivos intermunicipais, ficando 
estabelecida a cota máxima de 2 (dois) militares por 
veículo. 
 
(326) É garantida ao militar estadual a isenção de 
pagamento da taxa de inscrição em qualquer 
concurso público para ingresso na Administração 
Pública Estadual, Direta, Indireta e Fundacional. 
 
(327) O militar estadual alistável é elegível. 
 
(328) O militar tiver menos de 10 (dez) anos de 
serviço que se candidatar a cargo eletivo, deverá 
afastar-se definitivamente da atividade militar 
estadual a partir do registro de sua candidatura na 
Justiça Eleitora. 
 
(329) O militar que contar com 10 ou mais anos de 
serviço perderá a remuneração caso se candidate a 
cargo eletivo durante o tempo que durar a campanha 
eleitoral. 
 
(330) O militar suplente, ao assumir o cargo eletivo 
será transferido para a reserva remunerada, com 
proventos proporcionais ao tempo de contribuição. 
 
(331) A remuneração dos militares estaduais 
compreende vencimentos ou subsídio fixado em 
parcela única. 
(332) O militar estadual ao ser matriculado nos cursos 
regulares previstos nesta Lei, inclusive os de 
formação, e desde que esteja no exercício de cargo 
ou função gratificada por período superior a 6 (seis) 
meses, não perderá o direito à percepção do 
benefício correspondente. 
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(333) O subsídio ou os vencimentos dos militares 
estaduais são irredutíveis. 
 
(334) O valor do subsídio ou dos vencimentos é igual 
para o militar estadual da ativa, da reserva ou 
reformado, de um mesmo grau hierárquico. 
 
(335) Os proventos da inatividade não poderão ser 
revistos quando se modificar o subsídio ou os 
vencimentos dos militares estaduais em serviço ativo. 
 
(336) Por ocasião de sua passagem para a 
inatividade, o militar estadual terá direito a proventos 
proporcionais aos anos de serviço, computáveis para 
a inatividade, até o máximo de 30 (trinta) anos, 
computando-se, para efeito da contagem naquela 
ocasião, o resíduo do tempo igual ou superior a 240 
(duzentos e quarenta) dias como se fosse mais 1(um) 
ano. 
 
(337) As férias são concedidas semestralmente de 
acordo com portaria do Comandante-Geral. 
 
(338) As férias são remuneradas com um terço a 
mais da remuneração normal e são de gozo 
obrigatório após a concessão. 
 
(339) As férias são atribuídas ao militar estadual para 
descanso, a partir do último mês do ano a que se 
referem ou durante o ano seguinte, devendo o gozo 
ocorrer nesse período. 
 
(340) As férias poderão ser restringidas por 
necessidade do serviço, identificada por ato do 
Comandante-Geral, não sendo mais garantida uma 
nova data de reinicio das férias. 
 
(341) Não fará jus às férias regulamentares o militar 
estadual que esteja aguardando solução de processo 
de inatividade. 
 
(342) As férias não poderão ser dividas, mesmo que 
em dois períodos iguais. 
 
(343) Os militares que estão nos cursos de formação 
para ingresso na Corporação também fazem jus ao 
direito de férias. 
(344) Por motivo de falecimento de pais, irmão, 
cônjuge, companheiro(a), filhos, sogros e avós o 
militar terá direito a se afastar do serviço pelo período 
de até 08 (oito) dias. 
 
(345) O afastamento do serviço por motivo de 
núpcias ou luto será concedido, no primeiro caso, se 
solicitado por antecipação à data do evento, e, no 
segundo caso, tão logo a autoridade a que estiver 
subordinado o militar estadual tome conhecimento, de 
acordo com portaria do Comandante-Geral. 
 
(346) O militar que se afastar do serviço por motivo 
de Núpcias, Luto, instalação ou trânsito perderá o 
direito a percepção de remuneração. 
 
(347) A licença-maternidade será iniciada na data do 
nascimento do filho. 
 
(348) A licença a gestante nunca poderá ser 
concedida antes do 8° mês de gestação. 
 
(349) A licença-maternidade será prorrogada 
mediante requerimento efetivado até o final do 
terceiro mês após o parto e será concedida 
imediatamente após a fruição da licença-
maternidade. 
 
(350) Durante o período de prorrogação da licença-
maternidade, a militar estadual terá direito à sua 
remuneração, vedado o exercício de qualquer 
atividade remunerada pela beneficiária, não podendo 
também a criança ser mantida em creches ou 
organização similar, sob pena da perda do direito do 
benefício, mas sem apuração da responsabilidade 
funcional. 
 
(351) A licença-paternidade será iniciada na data do 
nascimento do filho e terá duração de 10 dias. 
 
(352) O militar poderá pedir a Licença para tratar de 
saúde de dependente por motivo de doença nas 
pessoas dos seguintes dependentes: pais; filhos; 
irmãos: cônjuge do qual não esteja separado; e de 
companheiro (a); em qualquer caso, desde que prove 
ser indispensável a sua assistência pessoal e esta 
não possa ser prestada simultaneamente com o 
exercício funcional. 
 
(353) O prazo máximo da licença para tratar de saúde 
de dependente será de 2 (dois) anos, dos quais os 6 
(seis) primeiros meses sem prejuízo de sua 
remuneração. No período que exceder os 6 (seis) 
meses até o limite de 2 (dois) anos, implicará em 
prejuízo da remuneração, da contagem do tempo de 
serviço e/ou contribuição e da antiguidade no posto 
ou na graduação. 
 
(354) A licença para tratar de interesse particular é a 
autorização para afastamento total do serviço por até 
2 (dois) anos, sempre contínuos, concedida ao militar 
estadual com mais de 10 (dez) anos de efetivo 
serviço que a requerer com essa finalidade, sem 
prejuízo da remuneração, da contagem do tempo de 
serviço e/ou contribuição e da antiguidade no posto 
ou na graduação. 
 
(355) Em caso de aborto, ainda que criminoso, 
comprovado mediante atestado médico, a militar terá 
direito à licença remunerada correspondente a 2 
(duas) semanas. 
 
(356) As licenças poderão ser interrompidas a pedido. 
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PMCE 17
 
(357) As licenças poderão ser interrompidas em caso 
de mobilização, estado de guerra, estado de defesa, 
estado de sítio, caso de decretação de estado ou 
situação de emergência ou calamidade pública. 
 
(358) As licenças poderão ser interrompidas para 
cumprimento de punição disciplinar, conforme 
determinado pelo Comandante-Geral. 
 
(359) As dispensas do serviço podem ser concedidas 
aos militares estaduais para desconto em férias não 
publicadas e já gozadas no todo. 
 
(360) Em decorrência de prescrição médica o militar 
poderá ser dispensado do serviço. 
 
(361) As dispensas do serviço serão concedidas com 
a remuneração integral, mas não serão computadas 
como tempo de efetivo serviço e/ou contribuição 
militar. 
 
(362) As prerrogativas dos militares estaduais são 
constituídas pelas honras, dignidades e distinções 
devidas aos graus hierárquicos e cargos que lhes 
estão afetos. 
 
(363) São prerrogativas dos militares estaduais o uso 
de títulos, uniformes, distintivos, insígnias, divisas, 
emblemas, agidas e peças complementares das 
respectivas Corporações, correspondentes aoposto 
ou à graduação. 
 
(364) São prerrogativas dos militares estaduais as 
honras, tratamentos e sinais de respeito que lhes 
sejam assegurados em leis e regulamentos. 
 
(365) O militar só poderá cumprir pena de prisão ou 
detenção, mesmo após o trânsito em julgado da 
sentença, somente em Organização Militar da 
Corporação a que pertence. Não sendo necessário 
que o comandante, chefe ou diretor tenha 
precedência hierárquica sobre o militar. 
 
(366) É uma prerrogativa dos militares estaduais o 
julgamento por crimes militares, em foro especial, na 
conformidade das normas constitucionais e legais 
aplicáveis. 
 
(367) O militar estadual só poderá ser preso em caso 
de flagrante delito. 
 
(368) O militar poderá ser preso por ordem escrita e 
fundamentada da autoridade judiciária competente ou 
de autoridade militar estadual competente, nos casos 
de transgressão disciplinar ou de crime propriamente 
militar, definidos em lei. 
 
(369) Somente em casos de flagrante delito, o militar 
estadual poderá ser preso por autoridade policial civil. 
 
(370) O militar preso em flagrante delito por 
autoridade policial civil ficará retido na Delegacia 
durante o tempo necessário à lavratura do flagrante, 
comunicando-se imediatamente ao juiz competente e 
ao comando da respectiva Corporação Militar, após o 
que deverá ser encaminhado preso à autoridade 
militar de patente superior mais próxima da 
Organização Militar da Corporação a que pertencer. 
 
(371) O militar estadual ativo e da reserva 
remunerada é dispensado do serviço na instituição do 
Júri e do serviço na Justiça Eleitoral. 
 
(372) Os uniformes das Corporações Militares 
Estaduais, com seus distintivos, insígnias, divisas, 
emblemas, agidas e peças complementares são 
privativos dos militares estaduais e representam o 
símbolo da autoridade militar. 
 
(373) É proibida a utilização de uniformes no 
estrangeiro, quando em atividade relacionada com a 
missão policial militar ou bombeiro militar. 
 
(374) É permitida a utilização de uniformes em 
manifestação de caráter político-partidário. 
 
(375) É proibida a utilização de uniformes na 
inatividade. 
 
(376) Para comparecer as solenidades militares 
estaduais, cerimônias cívico comemorativas das 
grandes datas nacionais ou estaduais ou a atos 
sociais solenes, o militar poderá utilizar o uniforme da 
inatividade, quando devidamente autorizado pelo 
Comandante-geral. 
 
(377) É permitido a qualquer civil ou organizações 
civis o uso de uniforme ou a ostentação de distintivos, 
insígnias, agildas ou emblemas, iguais ou 
semelhantes, que possam ser confundidos com os 
adotados para os militares estaduais. 
 
(378) Além dos indivíduos que a tenham cometido a 
infração, os diretores ou chefes de repartições, 
organizações de qualquer natureza, firmas ou 
empregadores, empresas, institutos ou 
departamentos que tenham adotado ou consentido 
sejam usados uniformes ou ostentados distintivos, 
insígnias, agildas ou emblemas, iguais ou que 
possam ser confundidos com os adotados para os 
militares estaduais também serão responsabilizados. 
 
Das Situações Especiais 
(AGREGAÇÃO, REVERSÃO, 
EXECEDENTE, AUSENTE) 
 
(379) A agregação é a situação na qual o militar 
estadual inativo deixa de ocupar vaga na escala 
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hierárquica do seu Quadro, nela permanecendo sem 
número. 
 
(380) O militar que estiver aguardando transferência 
para a inatividade, após transcorridos mais de 90 
(noventa) dias de tramitação administrativa regular do 
processo, ficando afastado de toda e qualquer 
atividade a partir da agregação. 
 
(381) Ter sido julgado incapaz temporariamente, após 
06 meses contínuos de tratamento de saúde é uma 
situação que acarreta na agregação do militar. 
 
(382) O militar ficará agregado quando for julgado, 
por junta médica da Corporação, definitivamente 
incapaz para o serviço ativo militar, enquanto tramita 
o processo de reforma. 
 
(383) O militar será agregado após ter ultrapassado 6 
(seis) meses contínuos de licença para tratar de 
interesse particular ou de saúde de dependente. 
 
(384) O militar que for considerado oficialmente 
desparecido será agregado. 
 
(385) Quando houver transcorrido o prazo de graça e 
caracterizado o crime de deserção, o militar estadual 
será agregado. 
 
(386) Se o militar for condenado à pena de perca do 
exercício do cargo ou função, será agregado. 
 
(387) O militar que for condenado a pena restritiva de 
liberdade, independente da duração, será agregado. 
 
(388) O militar estadual agregado fica dispensado das 
obrigações disciplinares concernentes às suas 
relações com os outros militares e autoridades civis. 
 
(389) A agregação se faz por ato do Comandante-
Geral, devendo ser publicada em Boletim Interno da 
Corporação até 10 (dez) dias, contados do 
conhecimento oficial do fato que a motivou, 
recebendo o agregado a abreviatura ―AG‖. 
 
(390) Se dá através da Reversão o retorno do militar 
agregado para o seu respectivo Quadro. 
 
(391) Reversão é o ato pelo qual o militar estadual 
agregado, ou inativado, retorna ao respectivo Quadro 
ou serviço ativo, quando cessado o motivo que deu 
causa à agregação ou quando reconduzido da 
inatividade para o serviço temporário. 
 
(392) A reversão da inatividade para o serviço ativo 
temporário é ato da competência do Governador do 
Estado, não podendo ele designar outra autoridade 
para praticar esse ato. 
 
(393) Compete ao Comandante–Geral efetivar o ato 
de reversão, devendo ser publicado no Boletim 
Interno da Corporação até 10 (dez) dias, contados do 
conhecimento oficial do fato que a motivou. 
 
(394) Excedente é a situação transitória na qual, 
automaticamente, ingressa o militar estadual que, 
sendo o mais moderno na escala hierárquica do seu 
Quadro ou Qualificação, ultrapasse o efetivo fixado 
em Lei. 
 
(395) O militar estadual, cuja situação é a de 
excedente, é considerado como em efetivo serviço 
para todos os efeitos. 
 
(396) O militar estadual na situação de excedente não 
concorre a promoção. 
 
(397) É considerado ausente o militar estadual que 
por mais de 24 (vinte e quatro) horas consecutivas 
deixar de comparecer a sua Organização Militar 
Estadual, sem comunicar qualquer motivo de 
impedimento. 
 
(398) É considerado ausente o militar estadual que 
por mais de 24 (vinte e quatro) horas consecutivas 
ausentar-se, mesmo que autorizado, da Organização 
Militar Estadual onde serve ou local onde deve 
permanecer. 
 
Do Desligamento do Serviço Ativo 
 
(399) O desligamento do serviço ativo será 
processado após a expedição de ato do respectivo 
Comandante-Geral. 
 
(400) O militar estadual da ativa aguardando 
transferência para a reserva remunerada continuará, 
pelo prazo de 90 (noventa) dias, no exercício de suas 
funções até ser desligado da Corporação Militar 
Estadual em que serve. 
 
(401) O desligamento da Corporação Militar Estadual 
em que serve deverá ser feito quando da publicação 
em Boletim Interno da Corporação do ato 
correspondente. 
 
(402) A passagem do militar estadual à situação da 
inatividade, mediante transferência para a reserva 
remunerada, se efetua a pedido ou ―ex officio‖. 
 
(403) A transferência para a reserva remunerada, a 
pedido, será concedida, mediante requerimento do 
militar estadual que conte com 53 (cinquenta e três) 
anos de idade e 30 (trinta) anos de contribuição, dos 
quais no mínimo 25 (vinte e cinco) anos de 
contribuição militar estadual ao SUSPEC. 
 
(404) Não será concedida transferência para a 
reserva remunerada, a pedido, ao militar estadual que 
estiver respondendo a processo na instância penal ou 
1.010 QUESTÕES DE LEGISLAÇÃO MILITAR 
PROF. AIRTON MORAL E PROF. VICTOR MATHEUS 
PMCE

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