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AVALIAÇÃO NUTRICIONAL (AN) PROFESSORA MSC: PATRICIA DE MATOS FERNANDES AGRADECIMENTOS: PROFA, MSC. MÔNICA VIEIRA MANO DE SOUZA 3º PERÍODO: MANHÃ AVALIAÇÃO NUTRICIONAL Classificação dos métodos de AN: 1) Objetivos: Antropometria; Composição corporal; Parâmetros bioquímicos; Consumo alimentar 2) Subjetivos: Exame físico; Avaliação Global Subjetiva (AGS) AVALIAÇÃO NUTRICIONAL TERMINOLOGIAS EM AVALIAÇÃO NUTRICIONAL TERMINOLOGIAS EM AVALIAÇÃO NUTRICIONAL Índices Os índices são construídos a partir de 2 variáveis E/I (A/I); P/I e P/E (P/A) Peso e estatura isoladamente não permitem uma avaliação nutricional precisa, principalmente em crianças Permitem traçar o diagnóstico nutricional pela interpretação do grau de adequação do crescimento e desenvolvimento infantis TERMINOLOGIAS EM AVALIAÇÃO NUTRICIONAL Apresentação e interpretação dos índices antropométricos Atualmente os índices são expressos por 2 sistemas: Escore - Z ou múltiplos do desvio-padrão Percentis NO PASSADO % DE ADEQUAÇÃO MENOS UTILIZADO ATUALMENTE (em crianças) TERMINOLOGIAS EM AVALIAÇÃO NUTRICIONAL Escore – Z ou múltiplos de desvio-padrão (DP) * = Medida de dispersão ou variabilidade de um grupo de dados O DP indica, aproximadamente, quanto, em média, um valor encontra-se distante ou próximo da média ou mediana do grupo de dados a que pertence Escore – Z = valor observado – valor da mediana de referência desvio-padrão da população de referência Em aplicações populacionais, permite o cálculo da média e do desvio-padrão para um grupo específico de valores de escore – z (mais indicado para estudos populacionais) TERMINOLOGIAS EM AVALIAÇÃO NUTRICIONAL Normalidade entre -2DP e +2DP Esse valor se baseou em critérios estatísticos, que mostrava que 95,4% da distribuição encontrava-se no intervalo entre -2DP e +2DP Deficiência < -2DP em todos os índices antropométricos Excesso > +2DP para os índices antropométricos P/E e IMC/I Classificação de risco nutricional para IMC/I ≥ +1 e <+ 2 DP indica sobrepeso Escore z = 0 o valor obtido da criança é igual ao percentil 50 * as curvas da OMS 2006 e 2007 fornecem os valores de escore z, anteriormente só era possível calcular por meio do programa Epi-Info TERMINOLOGIAS EM AVALIAÇÃO NUTRICIONAL Percentil É uma medida de posição, refere-se à posição que o valor da medida (do indivíduo) ocupa em relação aos 100% da distribuição de referência, ranqueados em ordem de magnitude Exemplo: criança no percentil 10 de P/I significa que 10% da população de referência apresentam esse peso na mesma idade Não precisa realizar cálculos Pontos de corte para todos os índices antropométricos (lembrando IMC possui classificação de risco nutricional para excesso de peso – sobrepeso ≥ p85 e <p97): <P3 indicador de déficit ≥ p3 e <10 indicador de risco para déficit p50 ponto equivalente à média e à mediana ≥ 97 indicador de excesso TERMINOLOGIAS EM AVALIAÇÃO NUTRICIONAL Padrão e referências antropométricas de comparação A interpretação dos dados antropométricos exige o uso de padrões de referência e de pontos de corte definidos População de referência – desenvolvimento considerado dentro dos padrões de normalidade, ou seja, com padrões adequados de saúde, saneamento, acesso à emprego, à alimentação saudável e variada Base para comparações entre populações Possibilita estimar a gravidade e magnitude da má-nutrição Pontos de corte – “linha divisória”que distingue os que necessitam dos que não necessitam de intervenção, permitindo descriminar seus níveis de má nutrição Limites inferior e superior que estabelece um intervalo de normalidade entre eles TERMINOLOGIAS EM AVALIAÇÃO NUTRICIONAL Para saber quão preciso é o teste, duas medidas foram criadas: a sensibilidade e a especificidade. A sensibilidade mede a capacidade do teste em identificar corretamente a doença entre aqueles que a possuem, ou seja, o quão sensível é o teste. A especificidade mede a capacidade do teste em excluir corretamente aqueles que não possuem a doença, ou seja, o quão específico o teste é. Um bom teste possui um alto valor para a sensibilidade e para a especificidade, pois ele identificará corretamente aqueles que têm a doença e aqueles que não a têm. TERMINOLOGIAS EM AVALIAÇÃO NUTRICIONAL Quando o resultado for positivo, o indivíduo pode ter a doença (verdadeiro positivo - VP) ou pode não tê-la (falso positivo - FP). Da mesma forma, quando o resultado for negativo, o indivíduo pode não ter a doença (verdadeiro negativo - VN) como pode tê-la (falso negativo - FN). A sensibilidade é a fração dos que obtiveram resposta positiva no teste entre aqueles que possuem a doença: Sensibilidade = VP VP + FN A especificidade é a fração dos que obtiveram resposta negativa no teste entre aqueles que não possuem a doença: Especificidade = VN VN + FP SENSIBILIDADE X ESPECIFICIDADE Resultado Doença Presente Ausente Positivo (SENSÍVEL) Verdadeiro positivo (ALTA SENSIBILIDADE) Falso positivo (BAIXA SENSIBILIDADE) Negativo (ESPECÍFICO) Falso negativo (BAIXA ESPECIFICIDADE) Verdadeiro negativo (ALTA ESPECIFICIDADE TERMINOLOGIAS EM AVALIAÇÃO NUTRICIONAL Exemplo Índice de Massa Corporal - IMC Sua validade é baseada na sua correlação com o peso e a gordura corporal e baixa correlação com a altura Correlação do IMC alto e adiposidade com DCNT IMC para sobrepeso e obesidade tem alta especificidade (EXCLUI QUEM NÃO É ) e baixa sensibilidade (INCLUI FALSOS POSITIVOS –SOBREPESO E OBESO), o que não invalida seu uso Indicadores mais válidos para se detectar obesidade são a dobra PCT no sexo masculino e IMC no feminino Avaliação Subjetiva Global DO ESTADO NUTRICIONAL Avaliação Subjetiva Global (ASG) ou Avaliação nutricional subjetiva global (ANSG) Método direto e subjetivo de avaliação do estado nutricional Alta especificidade – pouco falsos positivos, ou seja, paciente classificado como desnutrido grave, tem poucas chances de ser nutrido INSTRUMENTO TANTO DE DIAGNÓSTICO QUANTO DE PROGNÓSTICO – pois aponta pacientes com maiores riscos de desenvolver complicações associadas ao estado nutricional durante a internação – AVALIAÇÃO DO RISCO NUTRICIONAL A habilidade desse método depende da idade, tipo, gravidade da doença que podem confundir o diagnóstico de desnutrição “ESTADO NUTRICIONAL” (EN) - É o resultado do equilíbrio entre o consumo de nutrientes e o gasto energético do organismo para suprir as necessidades nutricionais (BRASIL, 2007). ASG O ESTADO NUTRICIONAL pode ter três tipos de manifestação orgânica: Adequação Nutricional (Eutrofia): manifestação produzida pelo equilíbrio entre o consumo e as necessidades nutricionais. Carência Nutricional: situação em que deficiências gerais ou específicas de energia e nutrientes resultam na instalação de processos orgânicos adversos à saúde. Distúrbio Nutricional: problemas relacionados ao consumo inadequado de alimentos, tanto por escassez quanto por excesso, como a desnutrição e a obesidade. ASG Instrumento importante, pois: Desnutrição intrahospitalar - prevalência de 30 a 50% Associação entre desnutrição e complicações/ mortalidade Aumenta o tempo de internação hospitalar, Elevação dos custos com saúde, principalmente com relação a pacientes cirúrgicos. Tal associação levou ao conceito de complicações pertinentes ao estado nutricional Risco nutricional ASG Ferramenta sensível de detecção dos fatores de risco associados à subnutrição, originalmente foi concebida para pacientes cirúrgicos, foi adaptada para clínica Utiliza um questionário simples com questões relevantes sobre a história clínica e exame físico Destacam sinais de alerta do comprometimento do estadonutricional Considera também alterações funcionais Depende da experiência do investigador para melhor precisão das informações Realização da ASG A) 1º questiona-se a história clínica : 1) Alteração de peso - Perda total em Kg; % de peso perdido em relação ao peso habitual e a perda de peso das 2 últimas semanas Valorização da perda de peso 5% perda pequena; 5 a 10% perda significativa; perda acima de 10% definitivamente importante Como ocorreu a perda? De maneira contínua; no período de 6 meses (pior prognóstico nutricional) ou intermitente, com períodos de recuperação Avaliar a impressão subjetiva do paciente ou familiares Alteração na numeração das roupas Realização da ASG A) 2º Alteração da ingestão alimentar relativa ao padrão usual do paciente Essa informação deve estar isenta de qualquer intencionalidade (dietas para emagrecer ou restritivas – DM ou HAS) Avalia A duração da alteração (em semanas) e o tipo de alteração (quantitativa e consistência, número de refeições) Realização da ASG A) 3º Presença de sintomas gastrintestinais significativos Significativos se ocorrerem diariamente por mais de 2 semanas Diarréia só pode ser caracterizada por 3 evacuações líquidas HIPOREXIA OU ANOREXIA – significativas SE implicar em modificação quantitativa ou do tipo de alimentação Realização da ASG A) 4º Avaliação da capacidade funcional A perda de peso sem alteração funcional tem melhor prognóstico Alterações em suas atividades diárias deverão ser avaliadas pelo tempo e grau de diminuição Alteração leve – apenas maior cansaço ou grau de dificuldade para exercer as atividades cotidianas normais Alteração moderada – restrito ao ambiente domiciliar, atividades cotidianas interrompidas e maior permanência sentado Alteração grave – permanecer maior parte do tempo acamado ASG A) 5º Doença (diagnóstico) – gera confusão no momento da categorização, então sua importância nesta avaliação é quase nula Grau de estresse Leve – ex. infecções leves e pequenas cirurgias Moderado Intenso – ex. queimadura, sepse, algumas neoplasias ASG B) procede-se ao exame físico Cada item deve ser graduado entre 0 e +++, conforme a presença ou ausência de alterações: Ausência = 0 Alterações leve = + Alterações moderadas = ++ Alterações graves = +++ ASG B) procede-se ao exame físico Deve ser feito de maneira objetiva, palpando e inspecionando, além dos sinais de deficiência de nutrientes específicos que possam chamar a atenção, deverá ser dirigido para avaliação de: I) Perda de gordura subcutânea Avaliar as regiões do tríceps, linha média axilar ao nível das últimas costelas, áreas interósseas e palmares das mãos (exposição dos tendões = perda significativa de gordura), ombros ( aparência retangular em virtude da visualização das clavículas = perda significativa de gordura e musculatura da região) II)Definhamento muscular Palpação do deltóide e do quadríceps avaliar volume e tônus, excluir atrofia por alteração neurológica III) Presença de líquido no espaço extravascular (edema ou ascite) Edema região do tornozelo e sacral para aqueles acamados, maior cacifo pior edema. ASG ASG ASG Edema em cacifo ASG Último passo (C) De posse das informações, o paciente será classificado como: “A” = bem nutrido “B” = moderadamente desnutrido ou com suspeita de desnutrição “C” = gravemente desnutrido OBSERVAÇÃO Paciente “C” evidência de perda maior que 10% do peso habitual ou perda de tecido subcutâneo ou muscular, senão classificá-lo como “B” Ganho de peso e melhora na ingestão alimentar, sugere recuperação nutricional paciente “A”, mesmo com peso abaixo do ideal ASG Na falta de um padrão ouro de avaliação nutricional, a ASG tem se mostrado uma boa opção, principalmente em pacientes cirúrgicos onde se deseja avaliar o risco nutricional pré-operatório Indicação de terapia nutricional pré-operatória Ficha de avaliação original Detsky - 1987 Ficha de avaliação: selecione a categoria com X e entre com valor numérico onde indicado por # Os itens são pontuados variando de 1(normal) a 5 (muito grave) Pacientes normais pontuação baixa próxima a 7 e os gravemente desnutridos atingem pontuações de 35. Queda no escore = melhora do EN, o inverso se aplica Exercício em aula Proceda a realização da ASG: Pac. Sexo masc; 45 anos, 1,65m, peso habitual 70kg, peso atual 65kg (perda em 3meses), esofagite por cândida; há 15dias ingerindo líquidos frios, dificuldade em permanecer em pé, passa mais tempo sentado e deitado. Admitido com diagnóstico inicial de tuberculose pulmonar Triagem Nutricional Primeiro indicador de risco nutricional Perda de peso em pacientes com úlcera péptica x aumento de complicações pós-operatórias Studley, H.O. Percentage of weight loss: a basic indicador of surgical risk in pacients with chronic peptic disease, 1936. Perda de peso >20% do peso corporal antes da cirurgia resulta em 33,3% de mortalidade no PO. Nutrition in Clinical Practice 19:471-476, October 2004. Triagem Nutricional A detecção do risco nutricional além de mostrar precocemente sinais de desnutrição, pode indiretamente medir o risco aumentado de morbidade e mortalidade. Triagem nutricional O ideal é que todos os pacientes passem pela triagem nutricional ESPEN = European Society of Parenteral and Enteral Tomada de decisões após triagem nutricional (ESPEN) Resultado Decisão Sem risco nutricional Repetir a triagem após algum ΔT de internação (ex.1 semana) Em risco nutricional Estabelecer um plano nutricional e monitorar por meio de avaliação objetiva. Se o paciente apresentar alterações metabólicas ou funcionais, incluí-las nas metas do plano. Se houver dúvida na triagem Avaliação nutricional detalhada para melhor definir o diagnóstico nutricional Métodos de Triagem Métodos Características NUTRITIONAL RISK SCREENING (NRS) Utiliza IMC, um dos mais utilizados Avaliação Nutricional ou Global Subjetiva (ANS ou ASG) Mais detalhado, demanda tempo, utiliza exame físico requer experiência do observador Mini Nutritional Assessment (MNA) Para idosos Malnutrition Universal Screening Tool (MUST) Primariamente desenvolvido para uso em comunidades Malnutrition Screening Tool (MST) Australiano – utiliza IMC Short Nutritional Assessment Questionnaire (SNAQ) Holandês Triagem Nutricional Triagem ou rastreamento nutricional Objetiva estabelecer um plano de TN para otimizar a qualidade no atendimento. Consequentemente permite melhorar a perspectiva de alta hospitalar, em virtude de ações que procuram prevenir complicações decorrentes de fatores nutricionais Deve ser realizado até 72 horas após a internação Há controvérsias, alguns falam em até 48h Não há concordância sobre qual é o melhor método de rastreamento para refletir o risco nutricional em pacientes hospitalizados. Nutritional Risk Screening – NRS - 2002 Questionário NRS Parte 1. Triagem inicial Pergunta RESPOSTA SIM RESPOSTA NÃO IMC < 20,5 kg/m2 Perdeu peso nos últimos 3 meses Na última semana, reduziu a ingestão alimentar O paciente portador de doença grave, mau estado geral ou em UTI? Se a resposta for “sim” para qualquer questão, continue e preencha parte 2. Se a resposta for “não” a todas as questões, reavalie o paciente semanalmente. Se for indicada uma cirurgia de grande porte, continue e preencha a parte 2. Questionário NRS Parte 2. Triagem final Estado nutricional prejudicado Gravidade da doença (aumento nas necessidades nutricionais) Ausente Pontuação 0 Estado nutricional normal Ausente Pontuação 0 Necessidades nutricionais normais Leve Pontuação 1 Perda de peso> 5% em 3 meses ou ingestão alimentar menor que 50-75% da necessidade normal na última semana. Leve Pontuação 1 Fratura de quadril, Pacientes crônicos com complicações agudas: cirrose, DPOC,hemodiálise crônica, diabetes, câncer. Moderado Pontuação 2 Perda de peso> 5% em 2 meses ou IMC 18,5-20,5 + condição geral comprometida ou ingestão alimentar 25 - 60% da necessidade normal na última semana. Moderado Pontuação 2 Cirurgia abdominal de grande porte, fraturas, pneumonia grave, leucemias e linfomas. Questionário NRS Grave Pontuação 3 Perda de peso > 5% em 1 mês (>15% em 3 meses) ou < IMC 18,5 + condição geral comprometida ou ingestão Alimentar 0 -25% da necessidade normal na última semana. Grave Pontuação 3 Trauma craniano, Transplante de medula óssea, pacientes em cuidados intensivos (APACHE > 10)*. Pontuação ≥ 3: o paciente está em risco nutricional e o cuidado nutricional é iniciado. Pontuação < 3: reavaliar paciente semanalmente. Se o paciente tem indicação para cirurgia de grande porte, considerar plano de cuidado nutricional para evitar riscos associados. Se ≥ 70anos: adicionar 1 ponto no total acima = pontuação total ajustado a idade Pontuação: + : = Pontuação total * APACHE Sistema de pontuação de mortalidade estimada (Acute Physiology and Chronic Health) Questionário NRS O que esperar com as pontuações? Pontuação = 1 – necessidade protéica ↑, mas déficit protéico pode ser recuperado pela alimentação oral ou pelo uso de suplementos, na maior parte dos casos = 2 - necessidade protéica ↑↑↑, mas déficit protéico pode ser recuperado na maior parte dos casos com uso de suplementos orais/dieta enteral. ≥ 3 - necessidade protéica ↑↑↑, e não pode ser recuperada somente pelo uso de suplementos orais/dieta enteral. Exercício em aula Paciente V.A.M, sexo masculino, 66 anos, foi admitido numa GE, por disfagia para alimentos sólidos, sendo diagnosticado portador de câncer esofágico. Antes de ser submetido a intervenção cirúrgica, o paciente passou pela triagem nutricional. Paciente relata perda ponderal de 16 kg em três meses. Tabagista (1/2 maço / dia por 30 anos) e alcoolista (4 doses / dia de cachaça por 25 anos). Nega HAS e DM, dislipidemia e doenças infecto-contagiosas. Histórico familiar de óbito por câncer de orofaringe aos 70 anos (mãe). Paciente encontra-se emagrecido, com perda de massa muscular e subcutânea, cabelos ralos e quebradiços, pele descamada, astênico, hipocorado +++/4+, sem edemas. Exame físico: Estatura: 170cm; Peso atual: 50 kg; Peso habitual: 66kg
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