Buscar

Resumo_ Gametogênese

Prévia do material em texto

Resumo: Gametogênese 
Gametogênese (formação de gametas para fertilização)
· Em 1667 o holandês Antonie Van Leeuwenhoek descobriu que o sêmen expelido pelos machos contém enorme quantidade de criaturas microscópicas, os espermatozoides.
· Em 1828, o naturalista alemão Karl Ernst Von Baer (1792-1876) descobriu um ovócito no interior de cada folículo ovariano descrito por Graaf.
· Em 1854, o naturalista inglês George Newport (1803-1854) sugeriu que os espermatozoides entram no ovócito II durante a fecundação. 
· Em 1861 que o anatomista alemão Karl Gegenbaur (1826-1903) demonstrou definitivamente que o óvulo dos animais vertebrados é uma única célula.
· Espermatogênese
A espermatogênese tem início na puberdade masculina. Esse mecanismo se processa no interior dos testículos, na parede dos tubos seminíferos. Nos testículos encontra-se células chamadas de Células Sertoli, responsáveis por nutrir os espermatozoides. Também encontra-se as células intersticiais, que secretam testosterona (hormônio sexual masculino). A ação da testosterona possibilita o desenvolvimento dos órgãos sexuais.
· Etapas/Fases 
· Espermatogônia: 
Amadurecimento dos túbulos seminíferos após a puberdade, ocorre por ação da testosterona. A formação de novas espermatogônias caracteriza a primeira etapa, fase denominada multiplicação. Aos poucos as células (espermatogônias) param de realizar mitose, aumentando de tamanho, passando a se chamar espermatócito primário (2n), essa é a fase de crescimento (segunda fase).
Após a segunda fase ocorre a maturação, em que cada espermatócito primário (2n) inicia a primeira divisão da meiose, originando dois espermatócitos secundários (n). Após isso os espermatócitos secundários realizam a segunda divisão e formam quatro espermátides (n). Portanto cada espermatogônia forma 4 espermátides (n). Para finalizar a gametogênese, é necessário que cada espermátide se diferencie em espermatozóide, inicia-se assim a espermiogênese.
· Espermiogênese:
O complexo de golgi origina uma bolsa chamada acrossomo, que contém a enzima fertilizante hialuronidase. O centríolo forma o flagelo do espermatozoide. As mitocôndrias migram para a peça intermediária, fornecendo energia para a movimentação do flagelo. Toda a espermatogênese demora entre 64 e 72 dias.
· Mecanismos da Espermiogênese:
1. Células de Sertoli: são o principal elemento estrutural do epitélio seminífero. Frequentemente chamadas de “células enfermeiras”, são responsáveis pela regulação do fluxo de nutrientes e fatores de crescimento para as células germinativas em desenvolvimento. Elas formam junções apertadas próximo à membrana basal entre as células adjacentes, criando a barreira hemato-testicular, essa barreira atua como barreira física, imunológica e fisiológica, contra o fluxo de moléculas, nutrientes, células do sistema imune e citocinas entre os compartimentos basal e luminal do túbulo seminífero.
2. Vitamina D: promove a liberação de lactato pelas células de sertoli.
3. Glutationa Reduzida (GSH): protege as células germinativas de estresse oxidativo.
· Ovogênese
· Ovocitos 1º iniciam a primeira divisão antes do nascimento Mas a prófase não se completa (até adolescência) mantido por inibidor da maturação do ovócito (OMI).
· O ovócito 1º aumenta de tamanho antes da ovulação e o 1º corpo polar degenera. 
· Ovócito 2º é interrompido na metáfase. Após fecundação o segundo corpo polar é degenerado. Apenas 400 ovócitos 2º são expelidos na ovulação.
· Ovogonias: ovocitos maduros 
Apesar de apresentar as mesmas fases e os mesmos processos de divisão celular, a ovogênese é bem diferente da espermatogênese. Essas diferenças referem-se, basicamente, ao tamanho do gameta feminino, às células que possuem atividades funcionais, à duração e ao local de ocorrência do processo.
· A ovulogênese ocorre no interior dos ovários, em pequenas bolsas denominadas folículos ovarianos. De um modo geral, em cada ciclo ovariano ou menstrual de 28 dias (podendo variar) geralmente apenas um folículo amadurece, liberando a célula reprodutiva que ali se desenvolve. A gametogênese feminina se inicia antes de a menina nascer.
As células germinativas (primordiais) já realizam a atividade mitótica durante o quinto mês de desenvolvimento embrionário. Nessa etapa de vida, ocorre a fase de multiplicação, em que as ovogônias (2n) realizam mitose sucessivas. Ao final desse tempo, as mitoses param, e as ovogônias nunca mais se dividem.
Em seguida, inicia-se a fase de crescimento em que as ovogônias aumentam consideravelmente o volume celular, transformando-se em ovócitos primários (2n). Comparando com a gametogênese masculina, a fase de crescimento da ovulogênese tem duração maior, pelo fato de essas células realizarem intensa síntese proteica. Isso permite o acúmulo de reservas nutritivas necessárias ao processo de fecundação e às fases iniciais do desenvolvimento embrionário. Depois do sétimo mês de vida intrauterina, os ovócitos primários iniciam a fase de maturação, realizando a primeira etapa da meiose. Ao chegar quase no final da prófase I, verifica-se um fenômeno muito curioso: os ovócitos primários interrompem a meiose ao mesmo tempo. Essa interrupção que permanece até a puberdade, denomina-se diplóteno. Nessa etapa de pausa da meiose verifica-se um grande crescimento celular. 
· Na puberdade, quando se iniciam as atividades dos hormônios sexuais femininos, a meiose prossegue, mas apenas um ovócito primário completa o processo em cada ciclo ovariano. Forma-se assim, por meiose, duas células haplóides (n) de tamanhos diferentes. Uma delas é o ovócito secundário; e a outra, uma célula pequena não funcional chamada primeiro corpúsculo ou glóbulo polar.
 O ovócito II é o gameta feminino, ou seja, a célula que o ovário libera na tuba uterina, quando o folículo ovariano está totalmente maduro. Essa eliminação é conhecida como ovulação, e a presença do ovócito II disponível para fertilização caracteriza o período fértil feminino. É importante observar que a meiose II só ocorre se o ovócito II for fecundado. Nesse caso, ele origina duas células desiguais: o óvulo, que já tem o núcleo do espermatozóide no seu interior, e outro corpúsculo polar. O primeiro corpúsculo polar também completa a meiose II, formando dois corpúsculos polares inativos. Portanto, caso ocorra fecundação, ao final do processo, formam-se um óvulo e três corpúsculos polares. No entanto, se não ocorre a fecundação, o processo de ovulogênese é encerrado com a produção do ovócito secundário, que é eliminado antes da menstruação. Assim, as mulheres, quando ovulam, liberam o ovócito II, que, na maioria das vezes, não termina a divisão meiótica.

Outros materiais