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Laura Vieira Gomes de Oliveira – Medicina UNIFG → Alta prevalência – aumentam em decorrência do envelhecimento e, a cada dia, a população mundial envelhece mais → Reconhecimento/diagnóstico precoce – melhora muito o prognostico e diminui a mortalidade; → Grupo de patologias (neurodegenerativas) ▪ A demência se configura com o declínio da função cognitiva somado a alteração de comportamento que, juntos, resultarão no declínio da independência para as atividades básicas de vida diária ▪ Início e progressão dos sintomas; ▪ Problemas de memória – repetição, esquecimento; ▪ Linguagem; ▪ Orientação; ▪ Praxias; ▪ Gnosias (perda da capacidade de identificar objetos e pessoas; ▪ Funções executivas; ▪ Pensamento abstrato Obs. relação médico-paciente-acompanhante – tem que ser boa e objetivar o relato fiel dos fatos e a obtenção de todos eles Laura Vieira Gomes de Oliveira – Medicina UNIFG ▪ MEEM – mini exame do estado mental - Ferramenta de rastreio para avaliar um paciente que possui a queixa de esquecimento ou que o acompanhante queixa esquecimento - Ferramenta para avaliar a cognição Obs. três palavras – carro, vaso e tijolo Obs. a nota de corte depende da escolaridade ▪ Atividade de vida diária e funcionamento social (questionários voltados ao acompanhante) - Questionário de atividades funcionais de Pfeffer (atividades laborativas) – caso a pontuação seja 5/30, o paciente possui uma certa dependência – - Escala de Katz para as atividades básicas de vida diária – 2/6 ele apresente uma dependência importante ▪ Precede ou acompanha o quadro cognitivo; ▪ Degeneração lobar-frontotemporal (DLFT) – se manifesta inicialmente com os sintomas psiquiátricos Laura Vieira Gomes de Oliveira – Medicina UNIFG ▪ Antes/depois dos sintomas cognitivos; ▪ Depressão – preditivo de desenvolvimento de demência (pseudodemência depressiva) ▪ Ferramenta – escala de depressão geriátrica → critérios da DSM-IV (antigo) 1. Um problema de memória, mais comumente episódica (dificuldade de aprender e armazenar novas informações); 2. Pelo menos um problema em outra esfera cognitiva (linguagem, gnosia, dificuldade de abstração, dificuldade de julgamento e controle de impulsos); 3. Problemas que causem prejuízo significativos com a ocupação ou com as atividades sociais e de relacionamentos Obs. muito criticado em detrimento de um dos critérios ser a memória, uma vez que, nem em todos os declínios cognitivos, a memória é comprometida → critérios do DSM-V (novo) 1. A denominação demência foi substituída por TRANSTORNO NEUROCOGNITIVO MAIOR e os casos mais leves de prejuízo cognitivo sem interferência funcional, antes diagnosticados como comprometimento cognitivo leve, receberam a denominação de TRANSTORNOS NEUROCOGNITIVO LEVE 2. A utilização do termo demência ficou restrita aos transtornos neurocognitivos devido ao processo neurodegenerativo (Alzheimer, por exemplo) 3. Os transtornos neurocognitivos são diagnosticados a partir de um declínio cognitivo em relação a um nível de desempenho anterior, reforçado pelo relato do próprio individuo, de um informante (quem convivi diariamente com o paciente) ou pela observação clínica 4. Outra mudança foi que o comprometimento de memória não é mais apreciado como um critério 5. Além disso, houve um rearranjo geral nos domínios cognitivos da DSM-5 com destaque para a atenção que aparece como critério independente Laura Vieira Gomes de Oliveira – Medicina UNIFG 6. Comparativamente com o DSM-IV, mais duas importantes mudanças devem ser notadas: é possível fazer o diagnóstico com o prejuízo de apenas um domínio cognitivo e a inclusão de uma cognição social - A cognição social é um domínio complexo, que inclui a capacidade de entender as crenças e intenções de outra pessoa e de compreender normas, procedimentos e regras sociais, as quais permitem as pessoas conviverem em sociedade → demências primarias ou progressivas: ▪ São neurodegenerativas ▪ Doença de Alzheimer ▪ Doença de Lewy ▪ Doença de Parkinson ▪ Frontotemporal → demências secundarias ou potencialmente tratáveis: ▪ Possui uma etiologia que, uma vez tratada, você recupere aquele paciente da demência ▪ Devido a doenças imunológicas, infecciosas ou metabólicas (ex: esclerose múltipla, hipotireoidismo, neuro sífilis) ▪ Demência vascular ▪ Demência por deficiência nutricional ▪ Demência por traumatismo craniano ▪ Demência por hidrocefalia de pressão normal ▪ Demência por hematomas subdurais (trauma de repatição) DOENÇA DE ALZHEIMER (DA) → Neurodegenerativa; → 7ª década de vida (após 60 anos); → clínica: alterações cognitivas como déficit de memória episódica, nomeação e outros problemas de linguagem, habilidades visuespaciais, praxias e atenção/funções executivas, agitação, depressão, alucinação e delírios → 60 a 70% das causas das demências; Laura Vieira Gomes de Oliveira – Medicina UNIFG → prevalência: dobra a cada 5 anos, passando de 1% aos 60 anos para mais de 40% da população com mais de 85 anos de idade; → anatomopatológico: as placas neuríticas (PN) contém o peptídeo Beta-amiloide e os emaranhados neurofibrilares (hiperfosforilação da proteína TAU) → múltiplas causas → início gradual → amnesia (característica fundamental) → piora progressiva da memória; → contradição entre o relato da família e do paciente (a queixa vem do acompanhante) → “sinal de virar a cabeça” → doença heterogênea → dificuldades visuoespaciais (atrofia cortical posterior) → sintomas psiquiátricos Exames complementares Obs. avaliação liquorica para pacientes que apresentam DA cedo demais. Laura Vieira Gomes de Oliveira – Medicina UNIFG Obs. mesmo com a medicação sintomática, a doença apresenta progressão Obs. importância da desprescrição Perspectivas no tratamento (DA) → fisiopatologia – medicações (terapias antibeta-amiloide, terapias que agem na proteína TAU, drogas que agem contra a disfunção mitocondrial, fatores de crescimento neural, entre outras) Laura Vieira Gomes de Oliveira – Medicina UNIFG DEMÊNCIA VASCULAR (DV) → secundária a acidente vascular cerebral (AVC) → 2ª forma mais comum (9%) → forma mista (DA+DV): 20% ▪ Diferenciação: em geral, na DV subcortical o quadro é de início insidioso e evolução lenta, tal qual na DA, porém há predomínio de dinfunção executiva, lentificação de pensamento e mudança relativa da personalidade, com apatia e depressão. A memória episódica costuma estar bem menos afetada nesses pacientes do que na DA. ▪ Escore isquêmico de Hachinski/escala de Fazekas → síndrome neurológica heterogênea; → caracterizada pelo fato de o início da demência coincidir temporalmente com o advento de um ou mais AVcs, com a deterioração cognitiva ocorrendo em degraus (piora e depois melhora um pouco, ai piora de novo), curso flutuante e sinais neurológicos assimétricos → pode acontecer um AVC estratégico, acometendo o tálamo ou o giro angular esquerdo ou o comprometimento pode ser do micro vascularização Obs. Escore isquêmico de Hachinski/escala de Fazekas – paciente já possui demência, mas não se sabe se é DA ou DV Laura Vieira Gomes de Oliveira – Medicina UNIFG Parte branca = lesão Obs. reparar que as lesões estão aglomeradas a nível subcortical, isso explica os sinais clínicos que não demonstram problemas de função cortical
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