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CURSO DE PEDAGOGIA PROJETOS E PRÁTICA DE AÇÃO PEDAGÓGICA- PPAP EDUCAÇÃO INFANTIL FRANCISCA OSMILDE VIEIRA CAMPOS- UP19217590 JANAÍNA BEZERRA DA SILVA- UP19221307 MÁRCIA CRISTINA PEREIRA CORTEZ- UP19219982 MARIA BIZENILDA MENDES DE LIMA- UP19211746 ROSINILDA TEIXEIRA DA ROCHA- UP19201308 ARTES VISUAIS: CRIAR PARA APRENDER FORTALEZA 2020 SUMÁRIO 1. JUSTIFICATIVA 03 2. EMBASAMENTO TEÓRICO 04 3. PÚBLICO-ALVO 11 4. OBJETIVOS 12 5. PERCURSO METODOLÓGICO 13 6. RECURSOS MATERIAIS 16 7. CRONOGRAMA 17 8. AVALIAÇÃO/PRODUTO FINAL 18 9. CONSIDERAÇÕES FINAIS 19 REFERÊNCIAS 21 3 1. JUSTIFICATIVA Podemos afirmar que as Artes visuais é uma das áreas de conhecimento que mais explora a comunicação, os vários tipos de linguagens, habilidades socioemocionais e psicomotoras na Educação Infantil. Ela é um tipo de linguagem e por meio dela os pequenos começam a desenvolver e ampliar suas expressões e comunicação humana. Por meio da Arte a criança se abre para novas experiências sensoriais e também visuais que enriquecem as ideias, também o início de seu fazer criativo e da imaginação (faz de conta) no processo de desenvolvimento cognitivo da criança. Conforme afirmam Ferreira e Caldas (2002), “Na pré-escola é importante não perder de vista a potencialidade criadora dos alunos, despertar a criatividade deve ser a preocupação fundamental”. Neste contexto, levamos em consideração que o estímulo a criatividade e o desenvolvimento de habilidades ligadas ao ensino da Arte, venha ser inserida em diversas atividades e situações do cotidiano de Educação Infantil. Ao longo do tempo a Arte tem sido valorizada e deixado de ser observada apenas como lazer e recreação nos ambientes escolares. O ensino da Arte tem se fortalecido e ganhado destaque em instituições públicas e privadas do território brasileiro. Porém ainda se faz necessário um comprometimento maior em relação ao pleno ensino da Arte como disciplina fundamental para o desenvolvimento intelectual e cultural do indivíduo. Dessa forma, esse projeto é muito importante para o desenvolvimento crítico, cognitivo, emocional da criança. Nós educadores, gestores da área da educação, principalmente da educação infantil, devemos valorizar a Arte e utilizá-la de forma integrada buscando potencializar o desenvolvimento da capacidade criativa dos alunos. 4 2. EMBASAMENTO TEÓRICO A Arte existe desde o início da humanidade. O homem começou a registrar acontecimentos diários no período pré-histórico utilizando símbolos, pinturas no corpo, em paredes e cavernas. À medida que os seres humanos evoluíram, a arte também evoluiu. No período Medieval a arte estava ligada as produções nas pinturas, esculturas e construções arquitetônicas voltadas à Igreja Católica Romana. Em relação ao caráter didático da época, o ensino se dava por meio de imagens, pois pouquíssimas pessoas tinham o conhecimento da leitura. Segundo Silva e Araújo (2007) o início do ensino da arte no Brasil, começou com a chegada dos Jesuítas em 1549, por meio de processos informais, caracterizados pelo ensino a arte em oficinas de artesãos. Depois de um longo processo de mudanças na sociedade brasileira, entre outros eventos culturais e sociais influenciados pela cultura europeia, a arte teve sua institucionalização com a criação da Academia Imperial de Belas Artes, em 1816 no Rio de Janeiro. A Arte na educação surge no Brasil no início da década de 1970, entretanto, desde o século XIX, já se buscava no Brasil tornar a Arte disciplina obrigatória nos currículos e, ainda na década de 1920, houve diversas tentativas de sua implantação na escola (BARBOSA,1986). A inclusão do ensino da arte veio através da LDB 5692/71, que valorizava a Arte de forma profissionalizante e tecnicista. O movimento da Arte-Educação que buscava a introdução do ensino da arte nas escolas de forma mais ativa nos processos de ensino aprendizagem e suas metodologias. Após muitas mudanças na legislação de regulamentação da Educação, foi promulgada a LDB nº 9.394/96, que torna obrigatório o ensino de artes na Educação Básica. Artigo 26 da Lei de Diretrizes e Bases de Educação Nacional: Art. 26. Os currículos da educação infantil, ensino fundamental e do ensino médio devem ter base nacional comum, a ser complementada, em cada sistema de ensino e em cada estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e dos educandos. [...] § 2o O ensino da arte, especialmente em suas expressões regionais, constituirá componente curricular obrigatório da educação básica. 5 Conforme o RCNEI (1998), os objetivos do ensino da arte na faixa etária de 4 a 6 anos, deverão ser o aprofundamento e ampliação de conhecimentos adquiridos na faixa etária anterior (de 0 a 3 anos) e dessa forma, garantir oportunidades para que as crianças sejam capazes de: Quadro de objetivos do ensino da Arte no RCNEI para crianças de 4 a 6 anos. Fonte: portal do MEC 3.1 Qual o papel da Arte na Educação Infantil? O ensino da arte na Educação Infantil é de fundamental importância na formação da criança, no seu desenvolvimento cognitivo, emocional e intelectual. O professor deve estar sensível a propostas pedagógicas que favoreçam o desenvolvimento integral de seu aluno, por meio de experiências coletivas e individuais, utilizando a arte como propulsora do conhecimento. Na Educação Infantil a Arte é a linguagem, expressão e oportunidade da criança expor seus sentimentos e mostrar seu mundo (ideias), também construindo empatia em relação ao outro, entendendo que cada um tem sua individualidade e uma forma única de se expressar por meio da arte, formando assim, uma educação humanizada. Segundo Vygostski (2003), a imaginação, que é premissa para a criação, está sempre em relação com a realidade, subordinada principalmente a quatro fatores: ● interessar-se pelas próprias produções, pelas de outras crianças e pelas diversas obras artísticas (regionais, nacionais ou internacionais) com as quais entrem em contato, ampliando seu conhecimento do mundo e da cultura; ● produzir trabalhos de arte, utilizando a linguagem do desenho, da pintura, da modelagem, da colagem, da construção, desenvolvendo o gosto, o cuidado e o respeito pelo processo de produção e criação. 6 No primeiro, depende de experiências e vivências pessoais para ter elementos para combinar e fazer emergir a novidade. No segundo, defende as experiências alheias ou sociais, a bem claro o elemento fantasia não como devaneio, mas como capacidade representativa. No terceiro, e de caráter emocional onde sob influência dos sentimentos dão coloração ao objeto, “lei do signo emocional comum”. No quarto, é quando algo torna-se realidade, faz-se objeto no mundo e passa a influir sobre outras coisas (SMOLKA, 2020, p. 26). Para mobilizar os sentidos, é essencial o enriquecimento de experiênciaspromovendo encontros com diferentes linguagens, alimentando a imaginação para que meninos e meninas possam aventurar-se a ir além do habitual à procura da própria voz e da sua poesia (OSTETTO, 2010). Deixar a criança usar toda sua imaginação, não significa que ela realizará determinada atividade ou dinâmica sem um direcionamento ou um ponto de partida. Assim, o professor tem seu papel de orientador e transmissor de técnicas e conhecimentos para que assim possa facilitar o processo de ensino aprendizagem na Arte. 2.2 A Arte e o desenvolvimento Infantil O ensino da Arte no desenvolvimento infantil é muito mais importante do que imaginamos, além disso é a disciplina que contribui para a construção de outros saberes específicos como por exemplo, a linguagem visual, verbal e escrita, como também a interação sensorial da criança por meio da ciência, o estudo da história e da matemática e seus símbolos, cores e formas. O estímulo da criança ao mundo do faz-de-conta, geralmente é mediado por adultos em seus diversos ambientes sociais, permitindo que a criança desenvolva habilidades necessárias no seu processo de aprendizagem. Nesse sentido, Singer e Singer trazem a seguinte reflexão: “O faz-de-conta emerge naturalmente com parte do desenvolvimento da criança pequena, mas seu florescimento é encorajado quando os pais e outros adultos contam histórias, leem em voz alta ou interagir ludicamente com as crianças”. (SINGER; SINGER, 2007, p.165). De acordo com Lowenfeld e Brittain (1977), o desenvolvimento intelectual da criança é evidenciado quando ela toma consciência de si e do meio em que vive. À medida que a criança cresce, dá início ao processo de desenvolvimento de expressões que antes não 7 apresentava como. A criança começa usar sua criatividade por meio de desenhos, contações de histórias, sejam elas reproduzidas ou inventadas, contribuindo para seu desenvolvimento intelectual. Em relação ao desenvolvimento emocional, Vygotsky (2009) afirma que a Arte libera as emoções da criança, como também evidenciam determinadas condutas sociais e vivências das diferentes culturas em ambientes nos quais a criança convive. O desenvolvimento físico da criança através da arte, se dá por meio das experiências com atividades manuais, como rasgar, cortar, colar, pintar e modelar, fazendo uso do manuseio de materiais como lápis, canetas, tintas, pincel, massa de modelar, argila e etc. Assim, Lowenfeld e Brittain (1977, p. 42) afirmam que o desenvolvimento físico da criança manifesta-se em sua capacidade de coordenação visual e motora, na maneira como controla seu corpo. 2.3 Arte como ferramenta pedagógica na Educação Infantil É notório, que a arte tem ganhado seu espaço em outras áreas, não podendo ser diferente na educação. Uma vez aplicada neste âmbito, torna-se uma ferramenta utilizada para facilitar a aprendizagem, em que sua aplicação passa a ser dependente de quem a aplica, ou seja, como o educador passa uma determinada informação para seus alunos, através de pinturas, esculturas, dança, teatro e desenho, incentivando a expressão das emoções, a criatividade, a escrita, aguçando a percepção dos sentidos , reconhecendo a si e aos outros, ampliando o autoconhecimento e o desenvolvimento do pensamento crítico em relação a realidade. Sendo aplicada em todas etapas educacionais. Essa concepção de criança como ser que observa, questiona, levanta hipóteses, conclui, faz julgamentos e assimila valores e que constrói conhecimentos e se apropria do conhecimento sistematizado por meio da ação e nas interações com o mundo físico e social não deve resultar no confinamento dessas aprendizagens a um processo de desenvolvimento natural ou espontâneo. Ao contrário, impõe a necessidade de imprimir intencionalidade educativa às práticas pedagógicas na Educação Infantil, tanto na creche quanto na pré-escola (BNCC, 2009). O educador, para lecionar deste modo, é necessário que tenha conhecimento e amor por cada área dentro das artes visuais, porque assim poderá repassar seu conhecimento 8 de forma prazerosa e eficaz, sabendo ainda o material necessário para contribuir para a evolução infantil. Além disso, poderá aplicar este meio de ensino dentro de outras áreas do conhecimento, como língua portuguesa, matemática, história, geografia entre outras matérias, de forma interdisciplinar. “Parte do trabalho do educador é refletir, selecionar, organizar, planejar, mediar e monitorar o conjunto das práticas e interações, garantindo a pluralidade de situações que promovam o desenvolvimento pleno das crianças”. (BNCC, 2009). A educação infantil, especificamente, tem grande influência desse meio de ensino, pois através de atividades lúdicas, passa a enxergar um outro universo que permite sua comunicação e interação com o meio em que vive. Machado (2016) citando Aristóteles: " A arte é uma imitação da natureza que aborda o impossível, o irracional e o inverossímil ". Com isso, é de suma importância que no convívio da sala de aula a criança, em algum momento, seja submetida ao contato com as artes visuais. 3.4 A Arte no processo de ensino aprendizagem A arte visual é a parte da arte que representa o real e ou abstrato de forma que sejam percebidos pela visão. É uma área ampla que engloba a liberdade de expressão através: do artesanato, arquitetura, cerâmica, desenho, escultura, gravura, fotografia. A arte visual é fundamental no processo de desenvolvimento da criança nos aspectos cognitivo, emocional e intelectual estimulando a criatividade de quem a pratica. Respeitando a individualidade de cada criança, assim como a faixa etária, para que haja um melhor desenvolvimento. Uma vez que é considerada uma linguagem e se torna indispensável na educação, principalmente na educação infantil onde a criança se utiliza de desenhos para se comunicar antes mesmo de aprender a escrever expressando suas emoções e seus sentimentos. Baseado na afirmação de Ferraz e Fusari (1999, p.15): […] se pretendemos contribuir para a formação de cidadãos conhecedores da arte e para a melhoria da qualidade da educação escolar artística e estética, é preciso que 9 organizemos nossas propostas de tal modo que a arte esteja presente nas aulas de Arte e se mostre significativa na vida das crianças e jovens. Para que o professor dê sentido às aulas de Arte, ele deve buscar o conhecimento e aprofundamento de diversas culturas locais e externas trazendo para sala de aula novos conceitos e suas aplicações. Um bom exemplo de metodologias que contribuem para a prática pedagógica, são o desenvolvimento de projetos durante o ano letivo, contemplando ações que promovam exposições de trabalho e experiências construtivas no cotidiano dos alunos. Levenberg diz que: “Aprender em arte implica desafios, pois a cultura e a subjetividade de cada aprendiz alimentam as produções e a marca individual e aspecto construtivo dos trabalhos. O aluno precisa sentir que as representações dos professoresao seu respeito são positivas, ou seja, se desenvolvimento em arte requer confiança e representações favoráveis sobre o contexto da aprendizagem”. (LEVENBERG, 2003, p. 11) 2.4 A Arte e Sustentabilidade Entre as várias funções da Arte em nosso meio, vale ressaltar a sua importância ao meio ambiente. A Arte ambiental está presente em nosso cotidiano desde a década de 70, inspirando movimentos artísticos a repensar e compreender as questões ambientais da época como forma de criticar o consumismo da época. Ações como a reciclagem de materiais e reutilização dos mesmos contribui para a diminuição de resíduos em rios, matas e no ambiente urbano. Quando Arte ecológica é trabalhada no ambiente educacional ela é usada para promover mudanças de hábitos e reflexões sobre a preservação do meio ambiente e necessidades de consumo. Na Educação Infantil, a Arte na interação com a sustentabilidade, deve criar a oportunidade das crianças desenvolverem sentimentos e pensamentos que relaciona-se de forma mais crítica ao contexto ambiental contemporâneo. Neste sentido Ana Mae Barbosa (2002) relata suas inquietações em relação ao ensino/aprendizagem da Arte, mostra que que com a Arte é possível desenvolver a imaginação, apreender a realidade e transformá-la. Porque é possível desenvolver a percepção e a imaginação, apreender a realidade do meio ambiente, desenvolver a capacidade crítica, permitindo ao indivíduo analisar a criatividade de maneira a mudar a realidade que foi analisada (BARBOSA,2002. p.18). 10 Neste sentido, podemos afirmar que se faz necessária a abordagem de temas que envolvem ecologia e sustentabilidade por meio do ensino da Arte, assim sempre aproximando a criança do pensamento reflexivo sobre as consequências positivas sobre ações sustentáveis e das possibilidades de transformação e criação que o ambiente nos oferece. 11 3. PÚBLICO-ALVO O público-alvo do presente projeto, contempla as crianças da pré-escola que tem a faixa etária entre 4 e 5 anos e 11 meses e será realizado na turma do Infantil 5 do Colégio Mauro Bezerra, na cidade de Fortaleza-Ceará. Para Wallon (1995), a ideia é que o desenvolvimento é dividido em 5 estágios ou etapas, que são eles: 1. Estágio impulsivo- emocional (0 a 1 ano) 2. Estágio sensório-motor (1 a 3 anos) 3. Estágio personalista (3 a 6 anos) 4. Estágio categorial (6 a 11 anos) 5. Estágio da puberdade e adolescência (a partir dos 11 anos) Walon especifica como ocorrem determinadas atividades do desenvolvimento em cada estágio, porém o estágio que se refere a faixa etária de 4 a 5 anos é o estágio personalista. Onde o autor afirma que nesse estágio, a criança desenvolve a construção de si, mediante as interações sociais, reorientando o interesse das crianças pelas pessoas. A BNCC (2020) se estrutura em 5 campos de experiências e objetivos de aprendizagem estabelecendo 3 grupos etários que compõem a Educação Infantil: bebês ( 0 a 1 ano e seis meses ), crianças bem pequenas ( de 1 ano e 7 meses a 3 anos e 11 meses ), crianças pequenas ( de 4 a 5 anos e 11 meses ). Essa última faixa etária é o foco do nosso projeto, tendo em vista o desenvolvimento global dessa idade. Entre 4 e 5 anos as crianças aprofundam suas habilidades motoras, de comunicação, cognição, socialização, autocuidado e etc. A partir do processo de desenvolvimento dessas habilidades, também são evidenciadas suas opiniões, suas preferências e seu envolvimento social. Nessa faixa etária elas começam a demonstrar interesse em conhecer o que está à sua volta fazendo uso da sua imaginação e fantasia por meio do pensamento simbólico. 12 4. OBJETIVOS 4.1 Objetivo Geral: Observar as várias possibilidades de recursos materiais no processo do fazer artístico, estimulando a reutilização de materiais/objetos que seriam descartados, para serem utilizados nas criações das atividades artísticas das crianças. 4.2 Objetivos Específicos: ● Ampliar o conhecimento de mundo das crianças e suas habilidades motoras, cognitivas e sensoriais; ● Explorar e manipular diversos materiais plásticos, papelaria, gráficos, leitura e releitura de obras de artes; ● Explorar as diversas possibilidades de transformações dos materiais e recursos utilizados no fazer artístico. 13 5. PERCURSO METODOLÓGICO O Projeto foi realizado no Colégio Mauro Bezerra, localizado no bairro da Aerolândia, na cidade de Fortaleza-Ceará. Ficou decidido que o Projeto seria desenvolvido em 4 meses, uma vez na semana e dividido em 4 etapas. As aulas aconteceram às sextas-feiras no turno da manhã, na turma do Infantil 5. Na primeira etapa do Projeto separamos uma sala ao lado da cantina para apresentarmos o projeto para as crianças. Ao entrarem na sala a turma do Infantil 5 se depararam com diversos tipos de materiais espalhados pelo chão, no momento ficaram sem entender, pois achavam que estavam indo para uma aula de Artes. Depois pedimos para que as crianças sentassem para começarmos nossa aula. A seguir começamos a fazer alguns questionamentos às crianças. O que eles acharam de diferente na sala e algumas prontamente afirmaram que a sala estava suja e cheia de lixo, então nós falamos que não eram apenas lixo e que tudo o que estava ali poderia ser transformado e reutilizado e que todo aquele material poderia se transformar em Artes. Nesse momento foi apresentado às crianças um vídeo do artista plástico Sandro Rodrigues sobre a utilização de materiais recicláveis em suas obras de Artes. Vídeo da aula disponível em: https://youtu.be/ae1_5cwZqsE. A segunda etapa foi um momento de trabalhar com as crianças a releitura de algumas obras do Sandro Rodrigues, onde as crianças tiveram a oportunidade de manusear vários tipos de materiais e texturas, de refletirem sobre as diversas possibilidades de criações e como algo que seria descartado pode se transformar em um quadro, painel, escultura, decoração natalina e etc. A seguir imagens das obras que foram utilizadas como inspiração. https://youtu.be/ae1_5cwZqsE 14 Fonte: https://www.vitvalen.com.br/paineisreciclados Fonte: https://www.vitvalen.com.br/paineisreciclados?lightbox=dataItem-iqx69kcf Nesta etapa a turma realizou uma leitura visual das imagens impressas das obras Árvore e Bandeira do Brasil e puderam observar as diversas formas, cores e materiais utilizado em cada painel e depois conversamos sobre outras sugestões de recursos. Assim as crianças foram divididas em 3 grupos e cada grupo escolheu os materiais que iriam utilizar para essa atividade e puderam colocar em prática o que observaram para realizarem suas próprias produções a partir dos trabalhos artísticos do Sandro Rodrigues. Assim como a etapa 2, a terceira etapa também foi uma aula lúdica e com a produção das crianças, nesta construção cada criança levou para a aula objetos, embalagens eoutros materiais que foram reutilizados e transformados em brinquedos de sucata e decoração natalina para sala de aula, que também tiveram como inspiração principal as obras do Sandro Rodrigues. Imagens de brinquedos e decoração natalinas feitos pelo eco artista estudado neste Projeto, abaixo: Fonte: http://sandrorecicla.blogspot.com/2016/06/homem-reciclagem-boneco-brinquedo.html Fonte: http://sandrorecicla.blogspot.com/?view=snapshot https://www.vitvalen.com.br/paineisreciclados https://www.vitvalen.com.br/paineisreciclados?lightbox=dataItem-iqx69kcf http://sandrorecicla.blogspot.com/2016/06/homem-reciclagem-boneco-brinquedo.html http://sandrorecicla.blogspot.com/?view=snapshot 15 Fonte: https://www.vitvalen.com.br/natalreciclado Fonte: https://www.vitvalen.com.br/natalreciclado Fonte: https://www.vitvalen.com.br/natalreciclado A quarta e última etapa foi a exposição dos trabalhos criados pela turma do Infantil 5 e as crianças explicaram para os visitantes ( pais, professores e alunos de outras turmas) quais materiais foram utilizados e como é importante reutilizar em vez de descartar, também falaram das obras de Artes do artista brasileiro Sandro Rodrigues. Elas também puderam aproveitar para ajudar na decoração da sala com decorações feitas de material reciclado e no intervalo brincaram com os brinquedos que elas mesmas confeccionaram. https://www.vitvalen.com.br/natalreciclado https://www.vitvalen.com.br/natalreciclado https://www.vitvalen.com.br/natalreciclado 16 6. RECURSOS MATERIAIS No desenvolvimento do Projeto com as crianças no primeiro dia foram utilizados na sala materiais plásticos como garrafas pet, cds, tampinhas de garrafas, assim também como papelões, caixas de ovos, jornais e etc, para colocarmos espalhados para provocar uma ação de reflexão na turma. Foram utilizados também retroprojetor, notebook e caixa de som para apresentação de um vídeo falando da história de vida do artista Sandro Rodrigues e de suas obras de Arte. Para a confecção da releitura do painel Árvore, as crianças utilizaram corda, tampinhas de garrafa, cartolina, cola isopor e tinta verde. Para construção dos painéis da Bandeira do Brasil foram utilizados caixa de ovos, papelão garrafa pet, rolos de papel higiênico, e.v.a, tesoura, folha A4, pincéis, tintas, cola e duas imagens impressas das obras de arte painel Árvore e Bandeira do Brasil. Foram utilizados na construção dos brinquedos e da decoração natalina, garrafas pet, e.v.a de diversas cores, potes de iogurte, jornal, cds, tnt, tampinhas de garrafa, corda, fita adesiva, papelão, caixa de ovos, tintas coloridas, palitos de churrasco e imagens impressas das obras de Artes do Sandro Rodrigues. No último dia todos os brinquedos de sucata, painéis e decoração natalina, ficaram expostos para outras turmas e os pais prestigiarem e apreciarem os trabalhos dos pequenos e no intervalo eles levaram suas produções para o pátio da escola para brincarem com seus colegas. Os brinquedos confeccionados pelas crianças foram animais e barquinhos de caixa de ovos, bonecos de garrafa pet e potes de iogurte, bonecos de papel higiênicos, bilboquê, vai e vem e cata vento. 17 7. CRONOGRAMA O Projeto teve duração de quatro meses e aconteceu uma vez na semana, totalizando 16 encontros durante o período de agosto a novembro. Realizamos as aulas todas as sextas-feiras durante o período da manhã. O tempo que a Instituição disponibilizou para nossa equipe foram 30 minutos. A seguir a tabela de atividades realizadas na turma do Infantil 5. MÊS ATIVIDADE A SER REALIZADA AGOSTO Apresentação do Projeto e a vida e obra do Sandro Rodrigues na sala de vídeo para a turma do Infantil 5. SETEMBRO Atividade de releitura das obras Bandeira do Brasil e Árvore do Artista Sandro Rodrigues. OUTUBRO Confecção de brinquedos e decoração natalina com materiais recicláveis. NOVEMBRO Exposição das produções das crianças e brincadeiras com os brinquedos confeccionados no pátio. 18 8. AVALIAÇÃO/PRODUTO FINAL As atividades e produções relacionados a Arte a partir de materiais recicláveis já faz parte da rotina em sala de aula, porém o contexto sobre sustentabilidade e meio ambiente através do estudo da Arte, foi novidade para as crianças. Conhecer pessoas que utilizam o lixo para criar, transformar e promover ações sustentáveis foi um aprendizado muito importante e prazeroso para as crianças que começaram a observar o tema proposto em uma perspectiva diferente. As crianças também passaram a perceber a importância do processo de reciclagem e como a Arte ambiental pode ajudar a diminuir os impactos causados pelo lixo. Foi observado que os alunos começaram a se preocupar com os materiais que não são reciclados e assim surgiram os questionamentos de onde iria parar todo aquele lixo. Elas também compreenderam o processo de reutilização e transformação tenho como ferramenta principal a Arte. Abaixo imagens das produções que foram criadas para a exposição e encerramento do Projeto Artes Visuais: Criar para Aprender. Assim, a ideia da culminância do projeto foi uma exposição com as produções da turma do Infantil 5. Essa exposição tem a intenção de as crianças observarem e apreciarem suas produções, como também observarem a quantidade de materiais que foram reaproveitados. Dessa forma, eles tiveram um momento de onde descobriram a importância do aproveitar e explorar a Arte a partir da reciclagem. Cata ventos de jornal e garrafa pet. Fonte: Maria Bizenilda Painéis, brinquedos e decoração natalina de material reciclado. Fonte: Márcia Cortez 19 Animais e barquinhos de caixas ovos. Fonte: Francisca Osmilde Painéis e brinquedos de vários materiais. Fonte: Márcia Cortez Árvore de natal de cds. Fonte: Rosinilda Guirlanda de tampas de garrafa. Fonte: Rosinilda 20 9. CONSIDERAÇÕES FINAIS Concluímos este projeto com a certeza de que as Artes visuais contribui de maneira grandiosa no processo de desenvolvimento e conhecimento das crianças através da comunicação artística e de suas habilidades socioemocionais e psicomotoras na Educação Infantil. Esperamos que este trabalho seja fonte de inspiração para pesquisas na Arte e Educação, como também, no estímulo ao processo de aprendizagem significativa das crianças do Brasil. 21 REFERÊNCIAS ANDRADE, Darlene Queiroz dos Santos. ARANTES, Adriana Rocha Vilela. A história do ensino da arte no brasil: tendências e concepções. Disponível em:http://catolicadeanapolis.edu.br/revistamagistro/wpcontent/uploads/2016/09/ahist%c3%b3riadoensinodaartenobrasiltend%c3%aanciaseconcep%c3%a7%c3%b5es.pdf > acesso em 28/09/2020 BRASIL, Jusbrasil. 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