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Anti-inflamatórios não esteroides

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Farmacologia - Aula 7 - Resumão - Larissa Primo
Utilizados como : ✓
Antiinflamatórios: Lentificam a progressão da inflamação, não atuam no fator etiológico, inibem a formação de 
prostaglandinas por meio da inibição da COX2 e diminui a migração de polimorfonucleares e monócitos.
-
Antipiréticos - Só ocorre quando a temperatura estiver elevada e essa elevação seja decorrente da elevação de 
substâncias pirogênicas como as prostaglandinas da série E2. Se ele é adm. Pra tratamento de dor crônica sem febre 
ele não vai alterar nossa temperatura corporal, por isso não são considerados hipotérmicos. 
-
Analgésicos -
Utilizados mais na fase aguda da inflamação✓
Não provocam o desenvolvimento de qualquer tipo de resistência ou dependência química ou psicológica✓
Efetivos na categoria de dor leve a moderada como cefaleia, dor odontológica, pós operatória✓
Não são efetivos na categoria de dor classificada como profunda como dor nas vísceras, cardíaca, cálculo biliar 
ou renal. 
✓
Independentemente da classe ou grupo do AINES, TODOS eles são antiinflamatórios, antipiréticos e analgéiscos, 
embora a magnitude desses efeitos varie entre eles. 
✓
Aspirina: Pertencente a classe dos salicilatos, a aspirina foi a primeira droga a ser introduzida no arsenal 
terapêutico com os três propósitos: aintiinflamatorio, antipirético e analgésico. Porém, hoje em dia é mais utilizada 
como antiagregante plaquetário para fins preventivos para indivíduos propensos a AVC, isquemia, tromboses. 
Ela vai agir sobre uma enzima extremamente importante na ativação de fatores de agregação plaquetários, o 
tromboxano A2. 
✓
MECANISMO DE AÇÃO: Os AINES vão agir especificamente numa etapa do metabolismo do ácido 
araquidônico, etapa que envolve as isoformas cicloxigenases, a COX 1 e COX 2 que são chamadas de alvos 
farmacológicos dos AINES. Independente da estrutura química todos os eles são capazes de interagir com o sítio 
catalítico dessa enzima, inibindo-a. Ao inibir essas isoformas, consequentemente, acarreta numa drástica 
redução da produção de mediadores químicos na inflamação produzidos a partir do metabolismo do ácido 
araquidônico, o tromboxano A2, prostaglandinas e prostaciclinas. Então, nós teremos uma drástica redução desses 
compostos e sabemos que a redução de prostaglandina, que são importantes na fase inicial do processo 
inflamatório, vai implicar na redução dos fatores de inflamação como o aumento da vasodilatação, aumento da 
permeabilidade vascular, extravasamento do fluido, saída das células leucocitárias etc. Quando se tem a inibição 
dessas isoformas, reduzindo a biossíntese e tiver ação desses prostanoides, eu tiro a interferência deles e em 
termos de favorecimento do aparecimento da inflamação, de dor, de febre... Esse mecanismo de ação que busca 
inibir as cicloxigenases é o que vai justificar os efeitos antiinflamatórios, analgésicos e antipiréticos. 
✓
Todos os AINES COM EXCEÇÃO DA ASPIRINA, vão inibir reversivelmente as isioformas da cicloxigenase, já a 
aspirina vai inibir de forma irreversível, ou seja, a inibição será mais duradoura. 
✓
Os AINES vão variar em termos de afinidade por um tipo de isoforma, alguns vão inibir as duas isoformas e outros 
vão ter mais afinidade pela COX1 e outros pela COX2. essa variação da afinidade pela COX1 ou COX2, vai nos 
fazer entender o impacto fisiológico dos AINES que são mais seletivos pra um do que pra outro. 
✓
No processo inflamatório, a isoforma que eu pretendo inibir é a COX2.✓
INIBIDORES SELETIVOS DA COX1: Aspirina em baixas doses, ou seja, em doses menores do que aquelas 
que irão promover os efeitos antiinflamatórios, analgésicos e antipiréticos. Em doses menores ela vai ser capaz de 
inibir a COX1 sem inibir a COX2. 
✓
INIBIDOR NÃO SELETIVO: Aspirina em altas doses, em doses superiores para inibir seletivamente a COX1 
ela vai poder inibir indistintamente a a COX1 e também a COX2. Sendo capazes, assim, de desencadear os efeitos 
antiinflamatórios, analgésicos e antipiréticos. Promove muitos efeitos colaterais graves e por isso caiu no desuso. 
Ex:. Ibuprofeno, piroxicam, diclofenaco.
✓
INIBIDORES SELETIVOS DE COX2: Dentre os antiinflamatorios o inibidor mais seletivos da COX2 utilizado 
é a NIMESULIDA. O piroxican também é bastante utilizado. Essa inibição mais seletiva para a COX 2 diminui a 
influencia desses antiinflamatórios sobre a COX1, consequentemente os impactos fisiológicos serão bem menores e 
os efeitos colaterais também. Isso não quer dizer que não inibam a COX1, eles inibem menos de uma forma 
clinicamente insignificante.
✓
ALTAMENTE SELETIVOS DA COX2: Essa denominação foi dada com o objetivo de achar AINES que 
inibissem a COX2 mas que inibissem cada vez menos a COX1 para evitar a quantidade de efeitos colaterais 
gerados por essa inibição, já que ela atua na manutenção de fatores fisiológicos. Temos os coxibes: celocoxibe, 
rofecoxibe, valdecoxibe. Esses coxibes ficaram mais restritos em termos de uso em unidades de emergências. A 
COX2 existe em alguns tecidos independente do processo inflamatório como nas células endoteliais e renais, então 
NÃO É INTERESSANTE A INIBIÇÃO ABSOLUTA DA COX2. 
✓
Todos os AINES vão inibir as duas isoformas em maior ou em menor grau. ✓
Grupos dos AINES:✓
Salicilatos: Grupo da aspirina. Ác. Acetilsalicílico: Aspirina, utilizada como um antiagregante plaquetário que atua 
diminuindo a produção de tromboxano A2. Ác. Salicílico: É um produto vegetal que possui propriedade 
queratolítica, que é a propriedade que esse composto tem de promover a descamação das células epiteliais mortas, 
usado para remover verrugas pequenas e no tratamento de rachaduras nos pés, limpeza de pele e esfoliantes. 
▪
Anti-inflamatórios não esteroides
 Página 1 de Prova 1 
usado para remover verrugas pequenas e no tratamento de rachaduras nos pés, limpeza de pele e esfoliantes. 
Fenamatos: Grupo com acentuada atividade analgésica. Ác. Mefenâmico. Ação analgésica relacionada com a 
capacidade desses compostos de inibirem as isoformas da cicloxigenases, bem como uma forte atividade antagônica 
em nível de receptores de prostaglandinas, esses dois mecanismos justificam o efeito analgésico. As prostaglandinas 
são substâncias algogênicas, contratura a nível de musculatura lisa. Possui fraca atividade antiinflamatória. 
▪
Derivados pirazolônico: Analgésico em dose aguda, não em uso prolongado. Dipirona e Fenilbutazona. 
Efeito colateral: redução da produção de granulócitos (agranulocitose) que servem de extrema importância na 
nossa resposta inflamatória. Ainda é capaz de produzir a anemia aplásica que está relacionada com a formação de 
hemáceas defeituosas. Esses efeitos colaterais são observados a longo prazo. 
▪
Derivados do paraminofenol: Paracetamol. O uso crônico pode produzir um quadro de hepatotoxicidade, 
que vai acontecer nas overdoses e naqueles indivíduos que possuem insuficiência hepática. Utilizados unicamente 
para uso agudo. São os principais analgésicos e antipiréticos utilizados para aliviar a dor e reduzir a temperatura 
corporal nos quadros de dengues não diagnosticadas. Essa preferência por esses dois compostos (dipirona e 
paracetamol) se deve ao fato de ambos possuírem uma forte afinidade pelas isoformas de origem central, a 
nível de SNC. Hepatotoxicidade: O metabolismo do paracetamol está relacionado com as reações metabólicas de 
fase 1 e de fase 2. Na fase 2, o fármaco é metabolizado a conjugados não tóxicos que são eliminados pela urina. Na 
reação de fase 1 chegam os metabólitos reativos e tóxicos que podem reagir com as membranas dos hepatócitos e 
destruir essas células desencadeando uma hepatite medicamentosa. Em overdose, esse metabólito é produzido em 
uma escala muito maior do que a capacidade dos organismos de neutraliza-lo, então ele vai sobrepor essa 
capacidade do organismo, se acumulando e reagindo com os hepatócitos, promovendo a hepatotoxicidade. 
▪
Derivados indólicos e os derivados do ácidopropiônico: Ambos inibem indistintamente a COX 1 e a 
COX2. Possuem tempo de meia vida longo, tem uma eliminação biliar, circulação enterohepática, ou seja, volta 
para o TGI. São mais potentes. Inibem a biossíntese de prostaglandinas e alteram a migração leucocitária no 
sentido de reduzi-la e ao reduzir contribuem para o efeito antiinflamatório. São eliminados pela urina. Ex:. 
Ibuprofeno! 
▪
Efeitos colaterais: Está relacionado com os efeitos terapêuticos, ao bloquear a biossíntese de prostaglandinas vai 
também promover influências nas suas atividades fisiológicas. Quanto menos seletivos para a COX 2 maior é a 
evidência desses efeitos colaterais, e quanto mais seletivos para a COX2 menores são os efeitos colaterais. 
✓
Distúrbios gastrointestinais: Úlcera gástrica pois, tira um fator de proteção da mucosa gástrica, a PGE2 e PGI2.▪
Distúrbios renais: Retira a influência das PGE2 e PGI2que são importantes para a manutenção do fluxo sanguíneo 
renal. 
▪
Inibidores de agregação plaquetária: Diminuição da produção de tromboxano A2, diminuindo a agregação 
plaquetária e favorecendo quadro de hemorragias mais prolongadas que o normal.
▪
Reações anafiláticas: Indivíduos hipersensíveis aos AINES: Edema labial e palpebral, edema de glote e manchas.▪
Inibidores da motilidade uterina: Contraindicado para mulheres que estão no final da gestação pois, as 
prostaglandinas contribuem para a expulsão do feto, porque elas são contratulentes da musculatura uterina.
▪
Farmacocinética: ✓
Ácidos orgânicos fracos▪
Absorção estomacal e intestinal: Muito bem absorvidos quando adm. Por via oral, a biodisponibilidade é ótima, 
passam pelo fígado sem sofrer intenso metabolismo de primeira passagem.
▪
Fixação principalmente pela albumina.▪
Tempo de meia vida variado▪
Metabolizados pelo fígado mas, em dose terapêutica não produzem metabolitos ativos. ▪
Eliminação pela urina e fezes. ▪
 Página 2 de Prova 1

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