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TABOÃO DA SERRA - SP 2020 EMÍLIA SOUZA SILVA PARASITORES INTESTINAIS NA INFÂNCIA EMÍLIA SOUZA SILVA RA 150356113690 PARASITORES INTESTINAIS NA INFÂNCIA Taboão da Serra - SP 2020 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 3 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................... 4 3 CONCLUSÃO .......................................................................................................... 7 REFERÊNCIAS ........................................................................................................... 8 3 1 INTRODUÇÃO As parasitoses intestinais são muito frequentes na infância, principalmente em pré-escolares e escolares. São consideradas problema de saúde pública, principalmente em países chamados periféricos, onde são mais frequentes, com prevalências totais, quando considerado o bloco de países mais pobres do mundo, estimadas de 26%, 17% e 15% para ascaridíase, tricuríase e ancilostomíase, respectivamente. Sua transmissão depende das condições sanitárias e de higiene das comunidades. Além disso, muitas dessas parasitoses relacionam-se a déficit no desenvolvimento físico e cognitivo e desnutrição. As crianças em condições socioeconômicas precárias encontraram-se altas prevalências de desnutrição energético-protéica, anemia e parasitoses. O objetivo dessa pesquisa é descrever o conceito de parasitores, evidenciar quais são esses parasitos que afetam o intestino na infância e discutir quais tratamentos adequados para as crianças e prevenção para esse tipo de doença. A metodologia usada nesse trabalho foi através de uma pesquisa de revisão de literatura bibliográfica, onde foram pesquisadas informações sobre o tema escolhido, assim levantado textos publicados em português e inglês, produzidos no Brasil e no exterior, uma base de dados da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Scientific Electronic Library Online (SCIELO), e Literatura Latino-Americana em Ciências da Saúde (LILACS), onde a seleção dos textos foi feita por meios de levantamento na internet, como livros acadêmicos, artigos e revistas pertinentes ao assunto, com período entre 2001 a 2014. Os descritores inseridos nessa busca formam: Parasitores, Intestino, Infantil, Prevenção. 4 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Os parasitos são vermes intestinais que podem ser helmintos divididos em um formato arredondados /cilíndricos (nematelmintos) ou chatos (platelmintos). Ainda existem vermes microscópicos, chamados de protozoários. Tanto os helmintos como os protozoários podem provocar doenças no intestino delgado ou grosso (ALVES; SANTOS FILHO, 2014). Os nematelmintos mais comuns na infância são o Ascaris (popular “lombriga”), Tricuris, ancilostomídeos (Ancylostoma e Necator) que podem causar o popular “amarelão”, estrongiloides (Strongyloides stercoralis) e oxiurus (Enterobius vermicularis) (ANDRADE et al., 2013). Os platelmintos mais comuns são as Tênias (Taenia solium – do porco; T. saginata – do boi e Diphylobothrium latum – tenia do peixe) e Hyminolepis (H. nana ou H. diminuta – também conhecida como tênia anã) (MELO et al., 2004). Os protozoários mais comuns são a Giardia lamblia e as amebas (Entamoeba histolytica que é causadora de patologia), Entamoeba coli e Endolimax nana (estes dois últimos não provocam doenças, portanto, não exigem tratamento). Os parasitas estão relacionados diretamente às condições de higiene, saneamento básico, educação e espécie de moradia da população (NEVES et al., 2011). Os sinais e sintomas mais comuns que fazem suspeitar de parasitoses são dores abdominais, excesso de produção de gases e diminuição do apetite, diarreia, náuseas e/ou vômitos, perda de peso, às vezes tosse, febre e falta de ar. Além disso, pode causar anemia, coceira no ânus e apetite. Alguns podem resultar no sangramento nas fezes como o Tricuris e a Ameba, que acontecem mais habitualmente em crianças maiores (NEVES et al., 2011). A forma mais comum de diagnosticar-se uma parasitose intestinal é por meio da observação das maneiras que contaminam o ambiente (ovos, cistos ou larvas) e das fezes das crianças. Um exame de fezes positivo para os parasitas pode confirmar o diagnóstico (CHIEFFI; GRYSCHEK; AMATO NETO, 2001). Mas, um exame negativo não retira a hipótese, onde cabe ao pediatra investigar, expondo a parasitose que apresenta maior suspeita do caso e requisitar ao laboratório uma pesquisa dirigida do parasita. Um número grande de parasitos 5 pode ocasionar em complicações nas crianças, principalmente naquelas que são desnutridas ou que apresentam imunidade baixa (ANDRADE et al., 2013). Também, aqueles que ocasionam perda de sangue nas fezes podem causar anemia ferropriva. Importante lembrar que a carência de ferro pode estar ligada com possível alteração na aprendizagem da criança (ALVES; SANTOS FILHO, 2014). Todos os fármacos utilizados para o tratamento das verminoses irão depender da idade da criança (cuidados especiais para os menores de 1 ano), da espécie de parasitose intestinal e do quadro clínico. Em algumas situações, existe a necessidade de que todos os familiares realizem o tratamento pela alta possibilidade de transmissão, como o caso da oxiuríase (FREI; JUNCANSEN; RIBEIRO-PAES, 2008). Não se pode esquecer-se de tratar a anemia pela falta de ferro com o emprego de ferroterapia oral depois do tratamento da parasitose intestinal. A suplementação vitamínica só deve ser realizada conforme o diagnóstico de carência de vitaminas ou outros nutrientes, exceto nas crianças menores de 2 anos, que já fazem a suplementação preventiva de vitamina D e ferro (MELO et al., 2004). É fundamental salientar que o tratamento precisa ser escolhido pelo médico Pediatra, que irá indicar as opções com maior segurança e menor incidência de reações adversas (FREI; JUNCANSEN; RIBEIRO-PAES, 2008). Algumas medidas simples podem ser realizadas para evitar as parasitoses: a) lavar as mãos antes de ingerir alimentos e após o uso depois de ir o banheiro, ensinar a lavar as frutas antes de comê-las, utilizar o banheiro para destino correto das fezes, e andar calçado em áreas arenosas que tenham acesso por animais; b) utilizar água filtrada ou fervida para higienizar os alimentos, lavar bem e utilizar as metodologias adequadas como colocar de molho em água sanitária e bicarbonato, proteger os alimentos contra insetos, não dar às crianças alimentos crus, defumados ou malcozidos; c) manter os animais domésticos vacinados e vermifugados, também recolher as fezes dos animais para ambientes seguros, já que podem ser fontes de contaminação; 6 d) motivar uma boa nutrição é um diferencial para reduzir as mudanças provocadas pelos parasitas, mantendo as unhas curtas e limpas, não compartilhando roupas intimas, evitar varredura na casa, utilizando-se de limpeza com pano úmido, sobretudo quando há oxiurus. As parasitoses intestinais mais comuns em crianças são: ascaridíase, Ancilostomíase, Esquistossomose, Teníase, Estrongiloidíase, Giardíase e Amebíase. A ascaridíase é uma infecção que se não tratada e pode levar a quadros clínicos muito graves e mesmo a morte (NEVES et al., 2011). 7 3 CONCLUSÃO O trabalho realizado pode apresentar quais os fatores pode dar origem à transmissão das parasitoses intestinais na infância, onde evidenciou-se que a falta nas condições sanitárias e de higiene das comunidades podem elevar os riscos da contaminação, principalmente do público infantil. Isso fatalmente afeta a questão nutricional das crianças com adesnutrição e consequentemente problemas no desenvolvimento cognitivo e físico. Ficou claro que os parasitos são vermes que instalam-se no intestino, pelo qual pode ser transmitido por helmintos ou protozoários. Podem causar sinais ou sintomas como dores abdominais, diarreia, náuseas e/ou vômitos, excesso de produção de gases e diminuição do apetite, perda de peso, às vezes tosse, febre e falta de ar. Além de causarem anemia, coceira no ânus apetite. Para diagnosticar esses parasitos normalmente é solicitado pelo médico o exame de fezes, onde são observados os ovos, cistos ou larvas presentes, e assim direcionar o medicamento adequado conforme a espécie de parasitose. O tratamento medicamentoso vai depender da idade da criança, com maior segurança e menor frequência de reações adversas. Para evitar-se a contaminação é importante lavar sempre as mãos, os alimentos antes do seu consumo utilizando água filtrada ou fervida, a vacinação de animais domésticos entre outras medidas de prevenção. 8 REFERÊNCIAS ALVES, J. A. R.; SANTOS FILHO, E. Parasitoses intestinais na infância. Pediatria Moderna, São Paulo, v.49, n. 12, p. 1-14, 2014. ANDRADE, A.S.A.,et al. Cuidado infantil e infecções parasitárias. Ciência, Cuidado e Saúde. Maringá, v. 12, n. 2, p.257-65, 2013. CHIEFFI, P.P.; GRYSCHEK, R.C.B. & AMATO NETO, V. Parasitoses intestinais - diagnóstico e tratamento. São Paulo, Lemos Editorial, p. 11-35. 2001. FREI, F; JUNCANSEN C, RIBEIRO-PAES JT. Levantamento epidemiológico das parasitoses intestinais: viés analítico decorrente do tratamento profilático. Cadernos de Saúde Pública. 2008. MELO, MCB; KLEM, VGQ; MOTA, JAC; PENNA, FJ. Parasitoses intestinais. Revista Brasileira de Medicina de Minas Gerais. 2004. NEVES, D. P. et al. Parasitologia humana. 12. ed. São Paulo, SP: Atheneu, 2011.
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