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Resenha Crítica - Saúde

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Centro Universitário Estácio de Sá – FIB 
Discente: Raquel Correia Santos 
Matrícula: 201802442103
Matéria: Psicologia em Instituições de Saúde 
Docente: Marta Graça 
Resenha Crítica (Atuação do psicólogo em qualquer instituição de saúde).
Artigo 
Título: Psicólogo Intensivista: Reflexões sobre a Inserção Profissional no Âmbito Hospitalar, Formação e Prática Profissional. 
Autoras: Amanda Mom Berger Schneider e Mariana Calesso Moreira. 
(Schneider, Amanda Mom berger, & Moreira, Mariana Calesso. (2017). Psicólogo Intensivista: Reflexões sobre a Inserção Profissional no Âmbito Hospitalar, Formação e Prática Profissional. Trends in Psychology, 25(3), 1225-1239.)
 
 O conteúdo a ser resenhado trata-se da atuação do psicólogo hospitalar na Unidade de Terapia Intensiva. Bem como, a inserção dos psicólogos nos hospitais e nas equipes multiprofissionais, recursos e práticas do saber psicológico, e os desafios e necessidades na formação e atuação do intensivismo. 
 O artigo estrutura-se de resumo, procedimentos metodológicos, sendo ele, um estudo qualitativo exploratório, que conta com a participação de sete psicólogas sob uma entrevista semidirigida, onde foram contatadas por telefone. Faz-se presente os resultados obtidos, assim como, a discussão e posteriormente, as considerações finais.
 Define-se saúde como situação de perfeito bem-estar físico, social e mental, dentro deste contexto a Psicologia da saúde tem como principal objetivo compreender os fatores biológicos, comportamentais e sociais que influenciam nesse âmbito. A obrigatoriedade da chegada do psicólogo nos hospitais denominou a área no campo como psicologia hospitalar, tratando-se do entendimento e tratamento dos aspectos psicológicos em torno do adoecimento, com a presença da subjetividade, escuta e humanização. 
 O psicólogo hospitalar utiliza de recursos técnicos e metodológicos de várias áreas do saber psicológico na sua prática, fazendo do valor da escuta um espaço de transformação, prezando pela qualidade de vida dos usuários e dos profissionais de saúde. A atuação na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), por ser uma área destinada a internação de pacientes que precisam de uma atenção maior e especializada, há uma intervenção e assistência psicológica que se atenta a fatores que podem induzir na estabilidade emocional e na avaliação da acomodação do paciente a hospitalização, levando em conta o estado psíquico e o entendimento do diagnostico, além de suas reações perante a doença.
 A orientação, apoio e psicoterapia estão presentes o tempo todo na prática do psicólogo intensivista, auxiliando o paciente, a sua família e a equipe multiprofissional envolvida. As intervenções feitas com a família acontecem de forma individual, na busca de um acolhimento pelo familiar internado e em grupo, para trocas e esclarecimentos, a partir da psicoeduçação. Uma das peculiaridades desta atuação está ligada as circunstâncias delicadas, tais como, incertezas, óbitos, diagnósticos, acolhendo as dores e desesperanças dos envolvidos. 
 Para realização de um trabalho que seja construtivo é necessário uma prática coletiva, portanto, o psicólogo que atua nesse campo trabalhará numa equipe multiprofissional, onde terá contato e troca com diversos profissionais de outras formações, como por exemplo, médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, entre outros. O que há relatos de dificuldades, pois, a prática ainda não acontece como deveria, em harmonia, levando em consideração como um dos desafios na atuação.
 Os argumentos e conceitos trazidos no artigo tem bastante contribuição para a área da psicologia, visando à atuação do psicólogo inserido na UTI, assim como, suas necessidades e desafios existentes. Visto que, de fato, ainda existe uma hierarquia de saberes tratando-se das equipes multiprofissionais, é necessário que todos trabalhem em conjunto em prol da melhoria do paciente e bem estar de todos ali presente, precisa-se da equipe para alimentar cada uma das áreas, por exemplo, para o psicólogo saber como está o emocional do internado, assim como contribuir com os médicos sobre fatores psíquicos que possam estar influenciando no adoecimento. 
 Tratando-se do tripé existente na atuação, o texto traz coerência ao visualizar a presença e contribuição do paciente, família e equipe multiprofissional, tratando de uma construção diária, pois, além de assistir e verificar a estabilidade emocional do hospitalizado, há um trabalho de orientação e informação das rotinas na UTI. A família ou os acompanhantes acabam adoecendo juntos, participando de momentos de desesperança, ansiedade, resistência, tristeza e afins, portanto, há uma preocupação com o cuidado do estado psíquico tanto do paciente como de sua família e da equipe envolvida, visando à humanização e bem estar de todos. 
 Com uma linguagem acessível, a publicação é bem construtiva e explicativa, tratando de uma leitura que todos os estudantes/profissionais de psicologia deveriam ler para obter conhecimentos sobre a atuação na área, visto que, tenha pouco estudo publicado sobre o assunto, pois, é um campo recente. Todos os profissionais devem estar buscando por conhecimentos para permanecerem atualizados e capacitados, contudo, quanto mais preparados, serão vistos como importantes na inserção da equipe.

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