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CRIMES EM ESPÉCIE 2

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DA AMAZÔNIA- UNAMA 	CURSO DE GRADUAÇÃO DE DIREITO 	
 
Docente: Rose Kelly da Silva Lobo 
Discentes: Allexsandro Vynícius de Souza Gemaque 04034071
 Herbert Rodrigo da Silva Lobato 04033304
Turma: 5ºDIV 
ATIVIDADE AVALIATIVA 1 DA DISCIPLINA DE CRIMES EM ESPÉCIE 2
PONTUAÇÃO: 5,0
DATA: 14.09.2020
1. Fernando, estudante de enfermagem, com o conhecimento já adquirido no curso, presta, em determinada data, atendimento médico a um casal de moradores da comunidade em que residia, realizando diagnóstico e receitando medicamentos. Para garantir a confiança do casal, Hugo esclareceu que tinha conhecimentos em razão de cursos na área da saúde, mas admitiu que era a primeira vez que praticava conduta típica do exercício da medicina. Ademais, informou que não cobraria qualquer valor do casal, já que seu objetivo era verificar se teria prazer em realizar atendimentos a pessoas com problemas de saúde. Nesse caso, o comportamento praticado por Fernando configura o crime do art. 282 do Código Penal? Justifique (1,0).
R: O comportamento praticado por Fernando não configura o crime do art. 282 CP, porque não fora praticado crime de exercício legal da medicina, que exige a presença de habitualidade para sua tipificação.
2. Maria, mãe de Marcos, e José, tutor de João, receberam convocação da Promotoria de Justiça da Infância e da Juventude da respectiva Comarca para comparecem à audiência pública destinada a tratar específico programa para prevenir a evasão escolar. Na carta, havia advertência, em negrito e sublinhado, que a presença seria obrigatória, sob pena de incorrerem pais e/ou responsáveis legais em apuração de responsabilização criminal por abandono intelectual (CP, artigo 246). Maria não compareceu, pois, no horário da reunião, realizou procedimento cirúrgico de emergência em Tereza, colega de escola de Marcos. Tampouco José se fez presente, porquanto decidiu acompanhar um jogo do time do colégio de João. Ciente das ausências, o Promotor de Justiça requisitou instauração de investigação para apurar a responsabilidade de ambos. Procedeu da maneira correta o promotor? Houve crime nos comportamentos de Maria e de José? Justifique (1,0).
R: O promotor poderia ter remarcado a audiência para que as partes pudessem comparecer, pois a falta das partes na audiência se deu por motivos justificáveis, não houve crime nos comportamentos de Maria e José, portanto não poderão ser indiciados pelo crime de abandono intelectual.
3. PAULO e PEDRO foram despedidos do emprego. Os dois foram para casa revoltados. PAULO mora na zona rural e sua casa fica isolada. Ele pegou 20 litros de gasolina e incendiou a casa, mas naquela semana ninguém tomou conhecimento desse incêndio. Já seu amigo PEDRO, que mora num conjunto habitacional, também incendiou sua casa, mas foi necessário, neste caso, a intervenção dos bombeiros, para que o fogo não se alastrasse para os vizinhos. Durante a operação, TICIO aproveitou e furou duas mangueiras que estavam sendo usadas pelos bombeiros, prejudicando o trabalho. Duas semanas depois, a autoridade policial tomou conhecimento dos fatos. Qual seria o fundamento utilizado pelo Delgado de Polícia para a instauração de inquérito? (1,0)
R: O Delegado de Polícia poderá usar o art. 250, CP, para instaurar o inquérito, pois o incêndio estava expondo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outras pessoas, e Pedro poderá ser responsabilizado pelo crime de incêndio.
4. PORFÍRIO, casado havia quinze anos, disse para a esposa e aos filhos que saía de casa para viver com ALCEU (indivíduo também do sexo masculino), em uma praia deserta do litoral norte do país, onde o VICENTE possuía uma pousada. Afirmou, na ocasião, que descobrira ser ALCEU o amor de sua vida. Dez meses depois do início dessa união homoafetiva estável (sem que PORFÍRIO houvesse regularizado a situação da sua condição familiar anterior), foi expedida a Resolução CNJ n.º 175, de maio de 2013 – vedando às autoridades a recusa da celebração de casamento civil entre pessoas do mesmo sexo –, e PORFÍRIO vem a aceitar o pedido de ALCEU, com ele contraindo casamento no cartório de registros civis local, em 12 de junho de 2013. Incorreram em alguma prática criminosa PORFÍRIO e ALCEU? Se sim, qual (is)?
R: Incorre o crime de Bigamia, art. 235, §1º, CP. Pois os mesmos contraíram casamento no cartório de registro civis, e contraíram casamento mesmo, conhecendo a existência de impedimento que pode lhe causar a nulidade absoluta, art.237, CP.
5. A Polícia Civil do Estado do Ceará instaurou inquérito policial para investigar denúncias sobre supostos crimes praticados por integrantes da direção da Comunidade Afago, em Fortaleza. Diversos relatos foram publicados nas redes sociais, originários de voluntários que faziam parte da comunidade. O perfil @comunidadeafagoaverdade reúne 15 publicações feitas desde o dia 8 de maio. No primeiro relato publicado, há 10 semanas, uma pessoa conta que fez "rituais de 'magia' que envolviam cabelo, unhas e até queimaduras sérias na nuca com pedra quente, aquecida em vela acesa". A pessoa que escreveu o relato diz que ainda tem cicatrizes das queimaduras feitas há dois anos. Uma outra pessoa disse que procurou a Comunidade Afago porque se sentia sozinha. "Entreguei tudo pra eles. Tempo, atenção. Eu me prejudiquei, quase fui demitido porque me mandavam atividades diárias", conta. "Isso acabou com meu psicológico, estou até hoje abalado". Outra pessoa escreveu que a confiança no "mestre" foi aumentando conforme a vivência na comunidade. "Os abusos começaram com o tantra, quando me convidou para fazer essa terapia com ele, argumentando que serviria para curar minha sexualidade e expandir minha percepção", diz o relato. "A massagem tântrica envolve toque nos genitais, o que foi incômodo. Deixei pela confiança que tinha". Em tese, os comportamentos praticados por esse líder espiritual configurariam quais práticas delitivas? Fundamente (1,0).
R: Os comportamentos praticados pelo líder espiritual se configuram nas práticas dos delitos de lesão corporal, art. 129, CP. Estupro, art. 213, CP. Charlatanismo, art. 283, CP. E curandeirismo, art. 284, CP. A responsabilidade criminal não está associada a idade ou aquiescência das vítimas.

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