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1 UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA - UNOESC PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO EDSON DOMENECH PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO COM ERP SAP PP JOAÇABA-SC 2016 2 EDSON DOMENECH PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO COM ERP SAP PP Trabalho de conclusão de curso apresentado ao curso de especialização em Engenharia de Produção, área das Ciências Exatas e da Terra da Universidade do Oeste de Santa Catarina Unoesc Campus de Joaçaba, como requisito parcial à obtenção do grau de especialista em Engenharia de Produção. Orientador: MAURO JORDAN JOAÇABA-SC 2016 3 RESUMO Apesar de existir uma grande quantidade de sistemas para gestão de produção no mercado, boa parte das empresas não utilizam ferramentas integradas para controlar seus processos produtivos ou usam ferramentas limitadas que não atendem todos os requisitos necessários para uma boa gestão produtiva. Este trabalho tem como objetivo simular o processo produtivo de uma indústria produtora de bicicletas, demostrando passo a passo o uso da ferramenta SAP PP para a gestão de todas as etapas produtivas, desde o cadastro de dados mestres ao planejamento produtivo e finalizando pela estocagem dos materiais acabados. Usando como guia os documentos fornecidos pela SAP em sua biblioteca virtual e em partícula o documento SAP Best Practices que descreve as melhores práticas executadas pelas maiores empresas do mundo. Para a realização desse trabalho foi simulado uma demanda de produção de uma indústria produto de bicicletas e por essa demanda foi iniciado os cadastramentos das principais informações referentes à estrutura dos produtos, dos centros de trabalho, da lista técnica, do roteiro de produção, da versão de produção e na sequência feito todo o planejamento de produção, execução do MRP, nivelamento de capacidade produtiva, conversão das ordens planejadas em ordens produtoras para finalizar com o apontamento da produção e a entrada dos produtos semiacabado e acabado nos seus devidos estoques para atender a demanda inicial. O mapeamento levantado nos mostrou que o SAP PP é um sistema complexo, completo e amigável, que demostra com exatidão os principais passos executados nos processos produtivos das organizações e podem ser usado nos mais diversos segmentos industriais. Palavras-chave: Produção, Planejamento Produtivo, SAP, SAP PP, SAP Best Practices. 4 LISTA DE ILUSTRAÇÕES Esquema 01 – Principal diferença entre o MRP e MRP II......................................15 Esquema 02 – Evolução do sistema ERP..............................................................15 Esquema 03 – Principais módulos do SAP............................................................16 Esquema 04 – As três camadas do SAP................................................................18 Esquema 05 – SAP Best Practices.........................................................................19 Fotografia 01 – Fonte para o SAP Best Practices..................................................21 Esquema 06 – SAP PP Estrutura organizacional...................................................23 Esquema 07 – Estrutura da Bicicleta Sport............................................................26 Esquema 08 – Fluxo do processo..........................................................................27 Esquema 09 – Roteiro de produção do semiacabado............................................29 Esquema 10 – Roteiro de produção do produto acabado......................................30 Esquema 11 – Cinco dados mestres do SAP PP...................................................31 Fotografia 02 – Acesso à transação de cadastro de materiais MM01....................33 Esquema 12 – Lista técnica single, semiacabado..................................................37 Esquema 13 – Lista técnica multiple, produto acabado.........................................38 Fotografia 03 – Acesso à transação de cadastro da lista técnica CS01.................39 Fotografia 04 – Lista técnica completa (transação CS11)......................................40 Fotografia 05 – Sequência de turnos......................................................................41 Fotografia 06 – Início e fim dos turnos e período de validade................................41 Fotografia 07 – Horários de intervalos....................................................................42 Fotografia 08 – Acesso à transação de cadastro de plano de capacidade CR11..42 Fotografia 09 – Cadastro do plano de capacidade, aplicação de turnos................44 Esquema 14 – Utilização dos dados do centro de trabalho....................................46 Fotografia 10 – Acesso à transação de cadastro de centro de trabalho CR01......47 Fotografia 11 – Detalhes da chave ZPP1...............................................................49 Fotografia 12 – Detalhes da chave ZPP2...............................................................50 Esquema 15 – Capacidade versus planejamento..................................................51 Esquema 16 – Operações paralelas (com linha vermelha)....................................52 Esquema 17 – Operações sequenciais..................................................................52 5 Esquema 18 – Operações alternativas (com linha vermelha)................................52 Esquema 19 – Estrutura de um roteiro de produção..............................................53 Esquema 20 – Material, roteiro, lista técnica e distribuição dos componentes nas operações...............................................................................................................53 Fotografia 13– Acesso à transação de cadastro do roteiro de produção CA01.....54 Esquema 21 – Sequência das operações no produto semiacabado......................58 Esquema 22 – Sequência das operações no produto acabado.............................58 Esquema 23 – Estrutura da versão de produção...................................................61 Fotografia 14 – Acesso à transação de cadastro de versões de produção C223..62 Fotografia 15 – Verificação de consistência de versões de produção....................63 Esquema 24 – Gestão de demanda no SAP..........................................................66 Fotografia 16 – Acesso à transação de cadastro de demanda MD61....................67 Fotografia 17 – Cadastro das necessidades independentes previstas MD61........68 Fotografia 18 – Lista de necessidades e estoque..................................................69 Fotografia 19 – Acesso à transação do MRP MD61...............................................71 Fotografia 20 – Resultado da execução do MRP...................................................73 Fotografia 21 – Acesso à transação de resultado do MRP MD05..........................74 Fotografia 22 – Estrutura gerada pelo MRP...........................................................74 Fotografia 23 – Ordens planejadas para o material acabado.................................75 Fotografia 24 – Ordens planejadas para o material semiacabado.........................75 Fotografia 25 – Requisição de compra de um componente (igual para as demais)...................................................................................................................76 Esquema 25 – Planejamento alinhado a capacidade.............................................77 Fotografia 26 – Exibição das ordens planejadas, transação MD16........................79 Fotografia 27 – Sobrecargas nos centros de trabalho, transação CM05...............80 Fotografia 28 – Acesso à transação de nivelamento de capacidade CM21...........81 Esquema 26 – Aplicando a estratégia regressiva na CM21...................................81Esquema 27 – Executando o nivelamento/planejamento na CM21.......................82 Fotografia 29 – Nivelamento aplicado em todas as ordens....................................82 Fotografia 30 – Exibição das ordens planejadas, transação MD16........................83 6 Fotografia 31 – Cargas nos centros de trabalho do material semiacabado, transação CM01......................................................................................................84 Fotografia 32 – Cargas nos centros de trabalho do material acabado, transação CM01......................................................................................................................85 Fotografia 33 – Exibição das ordens planejadas, transação MD16........................86 Esquema 28 – Ajustes nas datas das requisições de compra, transação MD16...86 Fotografia 34 – Exibição das ordens planejadas, transação MD16........................87 Esquema 29 – Fluxo da execução do MRP............................................................88 Fotografia 35 – Acesso à transação necessidades de estoque MD04...................90 Fotografia 36 – Lista de necessidades, requisição de compra...............................91 Esquema 30 – Passos para converter a requisição de compra em pedido de compra....................................................................................................................91 Fotografia 37 – Pedido de compra ME21N.............................................................92 Fotografia 38 – Estoque dos componentes, transação MB52................................92 Fotografia 39 – Lista de necessidades, ordem planejada......................................94 Esquema 31 – Passos para converter a ordem planejada em ordem de produção.................................................................................................................95 Fotografia 40 – Ordem de produção.......................................................................95 Fotografia 41 – Validação de quantidade e data de início/fim................................96 Fotografia 42 – Validação da atribuição do lote e do depósito de entrada.............96 Fotografia 43 – Validação da versão de produção, roteiro de produção e lista técnica.....................................................................................................................97 Esquema 32 – Síntese de sequências da ordem de produção..............................98 Esquema 33 – Síntese de operações da sequência base da ordem de produção.................................................................................................................98 Esquema 34 – Representação gráfica das operações da ordem de produção......98 Fotografia 44 – Síntese dos componentes.............................................................99 Fotografia 45 – Disponibilidade de capacidade....................................................100 Fotografia 46 – Disponibilidade de componentes.................................................100 Fotografia 47 – Determinação de custos..............................................................100 Fotografia 48 – Programar ordem de produção....................................................101 7 Fotografia 49 – Liberar ordem de produção.........................................................101 Fotografia 50 – Número da ordem de produção atribuída ao salvar....................101 Fotografia 51 – Lista de necessidades, de OrdPla para OrdPro..........................102 Esquema 35 – Operação que deve ter confirmação de produção.......................104 Fotografia 52 – Acesso à transação de confirmação de produção CO15............104 Fotografia 53 – Confirmação de produção CO15.................................................105 Fotografia 54 – Movimento de mercadorias, matéria prima.................................105 Fotografia 55 – Consumo das matérias primas....................................................106 Fotografia 56 – Status da ordem de produção.....................................................107 Fotografia 57 – Dados sobre: Fornecido, Confirmações e Encerramento técnico...................................................................................................................107 Esquema 35 – Movimentação de mercadoria no SAP.........................................109 Fotografia 58 – Saída de mercadoria, tipo de movimento 261, transação MB51.....................................................................................................................110 Fotografia 59 – Relatório de confirmações de produção, transação COOIS........110 Fotografia 60 – Acesso à transação MIGO...........................................................111 Fotografia 61 – Informações de cabeçalho da MIGO...........................................111 Fotografia 62 – Cabeçalho, item, tipo de movimento, ordem de produção, lote..112 Fotografia 63 – Confirmação do movimento de mercadoria de entrada...............112 Fotografia 64 – Entrada de mercadoria, tipo de movimento 101, transação MB51.....................................................................................................................113 Fotografia 65 – Estoque do material 8000370 atribuído ao lote 0000000646......113 8 LISTA DE TABELAS Tabela 01 – Cadastro dos mestres de materiais....................................................34 Tabela 02 – Cadastro das listas técnicas...............................................................40 Tabela 03 – Cadastro do plano de capacidade......................................................43 Tabela 04 – Cadastro dos centros de trabalho.......................................................48 Tabela 05 – Cadastro dos roteiros de produção, material semiacabado...............55 Tabela 06 – Cadastro dos roteiros de produção, material acabado.......................56 Tabela 07 – Detalhamento das operações.............................................................59 Tabela 08 – Versão de produção dos materiais.....................................................62 Tabela 09 – Cadastro das demandas.....................................................................67 Tabela 10 – Informações para executar o MRP.....................................................72 Tabela 11 – Ordens planejadas e Requisições de compras geradas pelo MRP...89 9 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ................................................................................................... 11 1.1 JUSTIFICATIVA .............................................................................................. 12 1.2 OBJETIVOS .................................................................................................... 12 1.2.1 Objetivo Geral .............................................................................................. 12 1.2.2 Objetivos específicos.................................................................................... 12 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ......................................................................... 14 2.1 CONCEITO E EVOLUÇÃO DO ERP................................................................ 14 2.2 O SAP..... ......................................................................................................... 16 2.3 SAP BEST PRACTICES (MELHORES PRÁTICAS) ........................................ 19 2.4 O MÓDULO SAP PP ........................................................................................ 21 2.4.1 Estrutura organizacional do SAP PP ............................................................ 23 3 METODOLOGIA UTILIZADA ............................................................................ 25 3.1 DADOS PARA SIMULAÇÃO ........................................................................... 254 CENÁRIO INDUSTRIAL SIMULADO ................................................................ 28 4.1 SIMULANDO O CENÁRIO DA RUN NO SAP PP ............................................. 31 4.1.1 Dados mestres ............................................................................................. 31 4.1.2 Mestre de material ........................................................................................ 32 4.1.3 Lista técnica ................................................................................................. 36 4.1.4 Definição de turnos e capacidades .............................................................. 41 4.1.5 Centro de trabalho ........................................................................................ 44 4.1.6 Roteiro de produção ..................................................................................... 51 4.1.7 Versão de produção ..................................................................................... 60 4.1.8 Gestão de demanda ..................................................................................... 64 4.1.9 Planejamento de necessidade de materiais – MRP ..................................... 69 4.1.10 Planejamento e nivelamento de produção ................................................. 76 4.1.11 Ordens planejadas ..................................................................................... 87 4.1.11.1 Requisição de compras ........................................................................... 89 4.1.11.2 Ordem de produção ................................................................................. 93 10 4.1.11.3 Confirmação e encerramento da produção ........................................... 102 4.1.12 Movimentação de mercadoria .................................................................. 108 5 ANALISE DE RESULTADOS ALCANÇADOS ................................................ 115 6 CONCLUSÃO .................................................................................................. 118 7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................ 119 11 1 INTRODUÇÃO Com a soma da globalização e o crescimento das tecnologias as indústrias têm passado por grandes mudanças para manterem-se competitivas no mercado. A entrada de produtos internacionais de qualidade e preços mais acessíveis fez com que as indústrias brasileiras passassem por grandes mudanças em seus processos produtivos. Tais mudanças exigiram mais controle em toda cadeia produtiva com a finalidade de mais eficiência e menos custos adicionais no produto acabado e assim manterem-se no mercado. Os consumidores estão mais exigentes, estão buscando mais qualidade e mais diversidade, somando ainda a preços baixos e menor tempo de entrega. Corrêa e Gianesi (1993) afirmam que num ambiente em que a competição é crescente, o cumprimento de prazos ganha importância e, ao mesmo tempo, os altos custos da manutenção de estoques (custos financeiros e outros, como os custos decorrentes da capacidade de os estoques mascararem ineficiências do processo) sugerem uma busca pela redução de seus níveis pelas empresas. Vollmann et al. (2006, 28) dissertam que “para ser uma competidora no mercado atual, as empresas precisam de sistemas de PCP que tenham a habilidade de determinar, transmitir, revisar e coordenar necessidades através de um sistema global da cadeia de suprimentos”. Indo ao encontro a esta realidade, o SAP (Systeme, Anwendungen, Produkte in der Datenverarbeitung) ERP (Enterprise Resource Planning) é um software de gestão empresarial composto por módulos que corresponde aos processos reais das áreas funcionais das empresas. O SAP está agrupado em três grandes áreas principais, financeira, logística e recursos humanos onde trabalham totalmente integradas. Fazendo parte da área de logística o módulo PP (Planejamento da Produção), no qual é o objeto de estudo, engloba diferentes tarefas e metodologias utilizadas nos processos e controles da produção. Auxiliando no planejamento e controle da produção alinhando a capacidade de fabricação com a demanda do mercado por produtos, atuando diretamente nos registros e fluxos do processo da fabricação. 12 1.1 JUSTIFICATIVA SAP emergiu como líder dominante no mundo dos ERPs, sendo uma das ferramentas mais utilizadas para otimizar e redesenhar os processos de negócio das organizações. Um dos motivos no qual a transformou em uma gigante dos ERPs foi a inclusão das melhores metodologias levantada pelos mais renomados nomes da administração do mundo em seu ERP. A SAP com intuito de disseminar esses conhecimentos disponibilizou a biblioteca on-line chamada SAP Best Practices que fornecem uma base sólida para soluções SAP adquirida através de anos de experiência e melhores práticas em mais de 50 países, com mais de 10.000 clientes, o SAP Best Practices abordar as necessidades de negócios em todas as áreas das empresas e não menos para o processo produtivo, demostrando as melhores práticas executadas nas maiores empresas do mundo para planejar e controlar de forma otimizada a produção e assim atender as demandas do mercado com eficiência. 1.2 OBJETIVOS 1.2.1 Objetivo Geral O objetivo do presente trabalho é, através de uma simulação produtiva, utilizando o SAP Best Practices, identificar no módulo SAP PP os melhores conceitos e recursos para o planejamento e controle da produção, identificando e mapeando os fluxos dos procedimentos executados na ferramenta durante o ciclo produção de um produto. 1.2.2 Objetivos específicos Com base na estrutura organizacional do SAP PP: 1. Dados mestres; 2. Mestre de materiais; 13 3. Lista técnica; 4. Definição de turnos e capacidades; 5. Centro de trabalho; 6. Roteiro de produção; 7. Versão de produção; 8. Gestão de demanda; 9. Planejamento de necessidade de materiais - MRP 10. Planejamento e nivelamento de produção; 11. Ordens planejadas: 1. Requisição de compras; 2. Ordem de produção; 3. Confirmação e encerramento da produção; 12. Movimentação de mercadoria. Executar e documentar cada etapa, alinhado ao fluxo descrito no SAP Best Practices. 14 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1 CONCEITO E EVOLUÇÃO DO ERP Kumar e Van Hillegersberg (2000) definem ERP como um pacote de sistema de informações configuráveis que integram todos os processos de todas as áreas funcionais de uma organização. Sendo projetado para envolver e criar padronizações de processos de negócios nas diversas áreas da organização que demandam essas padronizações. O processamento de dados de um sistema ERP requer uma base de dados única para toda empresa com padrões de dados e o uso comum de códigos em diferentes partes da organização, integrando todas as operações em conjunto, onde a simples execução de uma transação em um subsistema instantaneamente é atualizada em outros subsistemas permitindo que todos os departamentos tenham as suas informações, relevantes ao processo, em tempo real. O desenvolvimento de sistemas ERP foi resultado da evolução da reengenharia de processos combinados com o advento das tecnologias client/server (cliente/servidor) e entre 1970 a 1980, quando os computadores tornavam-se cada vez mais acessíveis à atenção foi focada no planejamento de necessidades de materiais (MRP) e no plano mestre de produção (MPS). O MRP é uma técnica sequencial no qual foi utilizado para converter o MPS dos produtos em um cronograma de produção e a exposição dos componentes necessários para cobrir um curto período de tempo de produção. O sistema MRP “basicamente traduzia o planejamento de produção de vendas na necessidade de materiais para produzi-los à medida queestes conjuntos, subconjuntos e componentes fossem necessários no chão de fábrica” (Slack et al, 1996, p. 139). Nos anos 80, o conceito de planejamento de materiais foi expandido e integrando a novas funcionalidades das empresas e assim evoluiu para o MRP II. O MRP II manteve sua base original, o MRP, mas novas atribuições foram adicionadas para planejar e monitorar todos os recursos de uma empresa, sendo elas: manufatura, marketing, finanças e engenharia. 15 Esquema 01 – Principal diferença entre o MRP e MRP II. Fonte: Corrêa et al (1999, p. 67). No início dos anos 90 o conceito do MRP foi estendido às demais áreas da empresa chegando a todas as áreas como engenharia, finanças, recursos humanos, gerenciamento de projetos, controladoria, etc, dando origem ao conceito do ERP, um pacote de sistema de informações configurável e extensível que integram todos os processos de todas as áreas funcionais de uma organização gerando a capacidade de modelar todo o panorama de informações que possui e de integrá-las conforme a necessidade da organização. “Eles devem ser capazes de relacionar as informações para a produção de respostas integradas a consultas que digam respeito à gestão de todo negócio”. (JAMIL, 2001). Esquema 02 – Evolução do sistema ERP. Fonte: COLANGELO FILHO, 2001. 16 2.2 O SAP Segundo Davis et al. (1999), SAP é um sistema ERP integrado, de gestão empresarial, fornecido pela SAP AG, empresa alemã do segmento de software corporativo, que atende a diversos clientes em todo o mundo, especialmente empresas com operações e processos complexos. SAP é um sistema de gestão empresarial que cobri todas as necessidades de processamento de dados de uma empresa, corporação, fábrica, podendo ser publica ou privada. Fundada em 1972, a SAP é reconhecida como líder mundial em soluções de negócios colaborativos para todos os setores econômicos. Com mais de 320.000 clientes em 190 países é considerada a maior empresa de software para gestão empresarial do mundo (SAP, 2016). A SAP tem uma história notável de inovações e crescimento, hoje líder de mercado no seguimento de ERP, emprega aproximadamente 75.000 pessoas. Com uma vasta experiência oferece soluções que reforçam e apoiam cada operação das empresas, reduzindo custos, melhorando desempenho e agilizando processos de transformação. O sistema pode atuar sobre toda empresa, sendo dividido em módulos, onde cada módulo representa um processo específico da empresa, um exemplo é o módulo PP que atua no controle e planejamento de produção. Esquema 03 – Principais módulos do SAP. Fonte: SAP. 17 A representação clássica do SAP é a seguinte: Em vermelha, representa aplicações financeiras; Em verde, representa aplicações de logísticas; Em amarelo, representa aplicações de recursos humanos; Em azul, representa a base do sistema e desenvolvimentos. Nomenclatura dos principais módulos SAP: FI (Financial Accounting) - Contabilidade Financeira; CO (Controlling) - Gestão de Custos/Lucros; AM (Asset Management) - Gestão de Ativos Fixos; PS (Project Systems) - Sistema de Projetos; WF (Workflow) - Fluxo de Informações; IS (Industry Solutions) – Soluções setoriais; SD (Sales and Distribution) - Vendas e Distribuição; MM (Materials Management) - Gestão de Materiais; PP (Production Planning) - Planejamento e Controle da Produção; QM (Quality Management) - Gestão da Qualidade; PM (Plant Maintenance) - Gestão de Projetos e Manutenção; HR (Human Resources) Recursos Humanos. A SAP ainda disponibiliza inúmeros sub módulos de apoio, como exemplo podemos citar o módulo de WM (Warehouse Management) ferramenta usada como apoio a gestão de armazéns que integra diretamente aos módulos MM, PP e SD. O funcionamento do sistema SAP é dividido em três camadas, sendo elas: Frontend (Presentation), responsável por exibir as telas aos usuários; Application, onde são processadas as informações e após transferidas para o frontend; Database, responsável por armazenar as informações, banco de dados. 18 Esquema 04 – As três camadas do SAP. Fonte: SAP. Os principais módulos do SAP são desenvolvidos em ABAP (Advanced Business Application Programming), linguagem de programação de direito exclusivo da SAP AG. Cada módulo é responsável por gerenciar um processo específico, desenvolvidos com base nas melhores práticas adquiridas no dia a dia em diversas empresas do mundo todo. O sistema SAP pode ser personalizado para atender as mais diversas necessidades das empresas, permitindo uma gestão eficiente e com resultados mensuráveis. Segundo Corrêa (2001), o sistema SAP proporciona vantagens como: Melhoria na eficiência para obter resultados financeiros mais sólidos, a partir da centralização e integração de toda a empresa – vendas, estoque, compras, operações e finanças – em um único sistema, eliminando a redundância de entrada de dados, erros e custos; Foco no crescimento do negócio, com a simplificação das operações para concentrar-se no resultado financeiro da empresa; 19 Tomada de decisões mais rápidas e acertadas com a disponibilização das informações em uma única fonte de dados, o que permite buscas detalhadas de dados completos e atualizados, além de atendimento às necessidades dos clientes, com mais rapidez e maior capacitação na tomada de decisões; Personalização de Sistemas com ferramentas de customização de soluções add-on fornecidas, que podem ser ajustadas e estendidas para atender às necessidades empresariais. O sistema SAP é uma ferramenta eficaz e de resultados sólidos para gerenciar empresas, através do sistema é possível monitorar e controlar todas as operações, em escala mundial, criando padrões nos processos que proporcionam a redução dos erros e percas em toda cadeia produtiva e administrativa. 2.3 SAP BEST PRACTICES (MELHORES PRÁTICAS) SAP Best Practices são pacotes de cenários empresariais dos mais derivados seguimentos pré-configurados e documentados no sistema SAP que aceleram todo o processo de implantação, estudo e aprendizado. No esquema 05 vemos a diferença entre usar o SAP Best Practices e não usar no processo de implementação do ERP SAP. Esquema 05 – SAP Best Practices. Fonte: SAP. 20 SAP Best Practices foi desenvolvida através das experiências da SAP com seus clientes, levando em conta mais de 40 anos de implementações e feedback dos mais inúmeros seguimentos atendido com seu ERP. No pacote SAP Best Practices existe manuais com os procedimentos de configurações e de uso dos seus principais módulos que atendem em até 80% das necessidades do setor industrial. Como indicação da SAP o SAP Best Practices deve ser usado para: Para reduzir custos. Os clientes que utilizam as SAP Best Practices conseguem reduzir seus recursos de consultoria e projeto de cliente em uma média de 50%; Utilize as SAP Best Practices para poupar tempo. O tempo de projeto diminui, em média, 22%; Utilize as SAP Best Practices para reduzir riscos. As pré- configurações e a documentação por etapas ajudam a evitar erros. SAP Best Practices oferece aos seus usuários: Procedimentos de implementação detalhados, passo-a-passo, incluindo atividades automáticas; Documentação completa que pode ser utilizada para o estudo autodidata ou avaliação, assim como para a equipe de projeto e treinamento do usuário; Definições completas de pré-configuração que permitem que os principais processos integrados sejam executados com um esforço de implementação reduzido. 21 Fotografia 01 – Fonte para o SAP Best Practices. Fonte: SAP. Como base para à metodologia desse projeto utilizarei a documentação do módulo SAP PP que descreve um processo empresarial típico de empresas com produçãopara estoque. 2.4 O MÓDULO SAP PP O módulo PP da SAP é um dos maiores módulo do seu ERP é essencialmente dividido em planejamento e execução. No âmbito de planejamento atua sobre o planejamento das necessidades, planejamento de capacidade e planejamento de materiais. Na execução atua sobre a programação de produção, sobre as ordens planejadas e ordens de produção, criação de roteiro, administra o fluxo de trabalha 22 (como controle de impressão de documentos), confirmações de produção, os movimentos de mercadorias até o encerramento da ordem. Para ambas as atribuições, planejamento e execução, o SAP PP trabalha com dados mestres para gerar dados transacionais, como ordem de produção ou documentos contábeis. No SAP PP existem cenários ou sub módulos que variam de acordo com o tipo de indústria, podendo ser Produção Discreta, Produção Repetitiva, Indústria de Processo e Kanban. Na Produção Discreta descreve-se um cenário empresarial típico de empresas com produção controladas por lotes e os custos são calculados de acordo com as ordens de produção e lotes fabricados. Na Produção Repetitiva descreve-se um cenário empresarial no qual o produto não é mudado por um longo período de tempo. A produção pode ser feita para estoque ou sob encomenda, por exemplo indústria automotiva. Indústria de Processo é a ferramenta de integração do planejamento para a produção para processos orientada por lotes (SAP, 2016). Esse cenário ou sub módulo foi desenvolvido principalmente para setores químicos, farmacêuticos, alimentícios, de bebidas e eletrônicos que tem sua produção orientada por lotes e precisam de receitas mestres estruturadas e detalhadas com especificações das listas técnicas, dos roteiros de produção e dos recursos necessários. No Kanban o controle da produção e a necessidades de materiais se baseia na quantidade em estoque na produção. Os materiais são fornecidos de forma continua e em pequenas quantidades, são acionados quando o nível de produção superior necessita do material. O reabastecimento ocorre diretamente na linha de produção e os dados mestres são atualizados previamente para manter a homogeneidade do estoque físico com o estoque no sistema. A atualização é efetuada por processos simples, que se resume a leitura de códigos de barras, o processamento pesado é executado pelo SAP em background. “Com o KANBAN, o processo de produção se autocontrola, e o 23 lançamento manual é reduzido ao máximo. O resultado disto é uma redução do tempo do ciclo de produção e do estoque” (SAP, 2016). Para os tipos de indústrias mencionadas acima o planejamento e a execução são comumente usadas e algumas etapas são executadas antes da execução da produção como a montagem da lista técnica, definição do roteiro de produção, gestão da demanda, execução do MRP e geração das ordens planejadas. Já na execução da produção iniciasse pela conversão da ordem planejada em ordem de produção, seguindo pela sua liberação e emissão dos documentos necessários à produção. Após essa etapa é feito a separação das mercadorias necessárias para ordem de produção e ao concluir a produção efetiva é feito a confirmação e a entrada dos materiais produzido no estoque e por fim a ordem é encerrada tecnicamente. 2.4.1 Estrutura organizacional do SAP PP A estrutura organizacional do SAP PP tem no topo o mandante, seguido por empresa, centros e depósitos. Esquema 06 – SAP PP Estrutura organizacional. Fonte: SAP. 24 O mandante é o nível mais alto. É possível atribuir várias empresas ao mandante. Os dados de material aplicáveis a toda a empresa são gravados no nível do mandante (SAP, 2016). A empresa é a menor unidade organizacional para a qual é possível formar um conjunto completo e independente de contas para relatórios externos. Isso compreende o registro de todas as transações relevantes e a geração de todos os documentos de apoio para demonstrações contábeis, como balanços patrimoniais e cálculos de lucros e perdas (SAP, 2016). No centro armazena dados de acordo com os aspectos de produção, aquisição, manutenção e planejamento de materiais da empresa. É um local em que são produzidos materiais ou fornecidos serviços e mercadorias (SAP, 2016). O depósito permite a diferenciação de estoques de material em um centro. É possível atribuir vários depósitos a um centro (SAP, 2016). Todo o planejamento de produção do módulo SAP PP é feito à nível de centro. Existe um sub módulos específico da SAP para planejamento e otimização de produção que atua à nível de empresa, SAP APO (Advanced Planning Optimization) que não irei me aprofundar pois não é objeto de estudo para esse projeto, mas ele faz todo nivelamento de produção, analisando o mercado consumidor (produzir mais perto dos locais que mais consomem), estoque de matérias primas, capacidade, recursos disponíveis e logística de entrega. 25 3 METODOLOGIA UTILIZADA O presente trabalho procura apresentar o uso da tecnologia do sistema integrado SAP como apoio para administração da produção, indo de encontro com a introdução, onde mencionamos que tais recursos trazem vantagens competitivas que garantem a sobrevivência da empresa em longo prazo. Sendo a ferramenta, SAP PP, específica para o controle da produção, é necessário que o pesquisador tenha domínio prévio do assunto, tanto no âmbito dos processos produtivos como na ferramenta em si. A metodologia utilizada para o desenvolvimento da pesquisa do presente trabalho é caracterizada como descritiva qualitativa, conforme Richardson (1999) a pesquisa qualitativa apresenta apenas teorias, mas pode ser classificada como descritiva, pois se descreve as características de determinado fenômeno; explicativa, procura-se identificar determinados fatores; e bibliográfica, utilizam-se textos para pesquisas. Relacionado à técnica da pesquisa, foi utilizada pesquisa bibliográfica, de cunho exploratório, desenvolvida através de consultas à biblioteca SAP Best Practices, livros, trabalhos, artigos, dissertações, monografias e teses publicados que tratam de temas como processos produtivos, gestão empresarial, SAP, ERP, MRP, sistema integrados e mais especificamente, processos produtivos com sistema integrado SAP PP. Para pesquisa bibliográfica e definição das teorias foram utilizados livros como Kumar, SLACK, CORRÊA, COLANGELO FILHO, Björn Weber, destacando- se Kumar “ERP experiences and evolution” e Björn Weber “First Steps in the SAP Production Processes (PP)” por demostrar maior relevância no tema e assim mais adequado para o desenvolvimento do presente trabalho. 3.1 DADOS PARA SIMULAÇÃO Como o objetivo deste trabalho é estudar através de uma simulação produtiva o módulo SAP PP com base no SAP Best Practices para identificar os 26 melhores conceitos e recursos para planejamento e controle da produção, a mesma foi dividido em etapas de estudos e execuções seguindo o mesmo princípio dos objetivos específicos. Para tal objetivo simularemos a existência de uma empresa privada, nomeada como “Run” no qual produz e vende bicicletas. A produção e venda será de um modelo de lançamento “Bicicleta Sport”, com sua estrutura representada no esquema 07. Esquema 07 – Estrutura da Bicicleta Sport. Fonte: O Autor. Essa estrutura será utilizada para determinar quais componentes são necessários para produção e assim podermos alimentar os dados mestres, gerar a demanda, executar o planejamento de necessidades (MRP), fazer o nivelamento de capacidades, executar o planejamento de produção, e por fim o apontamento de produção dos materiais acabados para suprir a demanda de vendas, conforme o fluxo de processo (esquema 08) padrão na maioria das empresas que usa SAP PP como apoio para o planejamento estratégico produtivo. 27 Esquema08 – Fluxo do processo. Fonte: SAP. 28 4 CENÁRIO INDUSTRIAL SIMULADO Para facilitar o entendimento e a replicação desse cenário no SAP PP executaremos todos os procedimentos com configurações standard, produção para estoque, manufatura discreta, seguindo este cenário industrial. A Run juntamente com sua equipe comercial está estimando para o Natal de 2017 uma venda de aproximadamente 10.000 unidades do seu modelo de lançamento Bicicleta Sport e para atingir tal objetivo a Run deve criar um plano de produção que possa prever as necessidades das matérias primas, dos produtos semiacabados e da gestão da sua capacidade produtiva. A Run se preocupa muito com a qualidade das suas bicicletas e em especial para demanda do Natal de 2017 a Run irá produzir lotes de 1.000 unidades no modelo de lançamento Bicicleta Sport e assim ter um controle mais efetivo sobre todas as etapas de produção com lotes menores que a demanda total. O setor de PD (Pesquisa e Desenvolvimento) da Run fez o levantamento técnico para a produção do modelo Bicicleta Sport, onde foram levantados os requisitos para lista técnica, roteiro de produção e a necessidade de capacidade produtiva para os dois produtos que contemplam a estrutura da Bicicleta Sport, produto acabado e semiacabado. A lista técnica da Bicicleta Sport, produto acabado, tem as seguintes necessidades para cada lote de 1.000 unidades produzido: 1.000 unidades de Guidão (matéria prima) 1.000 unidades de Conjunto de pedais/vela (matéria prima) 1.000 unidades de Quadro montado (prod. semiacabado) Já para o produto semiacabado, Quadro Montado, a lista técnica tem as seguintes necessidades para cada lote de 1.000 unidades produzido: 2.000 unidades de Conjunto de rodas/pneu (matéria prima) 1.000 unidades de Quadro (matéria prima) 1.000 litros de Tinta (matéria prima) 29 Sabendo que o modelo é lançamento e estamos com os estoques de matérias primas zerados, nossa necessidade de compra de materiais será à seguinte: Guidão: 10.000 unidades; Conjunto de pedais/vela: 10.000 unidades; Conjunto de rodas/pneu: 20.000 unidades; Quadro: 10.000 unidades; Tinta: 10.000 litros. Para produção da Bicicleta Sport foi necessário criar dois roteiros de produção, um para o produto acabado e outro para o semiacabado. O produto semiacabado segue esse roteiro: 1. Pintura; 2. Montagem de roda/pneu; 3. Montagem de quadro. O trabalho executado na Pintura (1) e na Montagem de roda/pneu (2) trabalha em paralelo e na sequência a Montagem de quadro (3), conforme esquema 09: Esquema 09 – Roteiro de produção do semiacabado. Fonte: O Autor. O produto acabado segue esse roteiro: 1. Montagem final; 2. Embalagens. 30 No produto acabado a execução da Montagem final (1) e da Embalagem (2) trabalha em sequência, conforme esquema 10: Esquema 10 – Roteiro de produção do produto acabado. Fonte: O Autor. O calendário de produção da Run é de segunda a sábado, com três turnos de oito horas e uma hora de intervalo cada turno. 1. Turno: Início 07h 00min Intervalo para almoço 12h às 13h Fim 14h 59min 2. Turno: Início 15h 00min Intervalo para o jantar 19h às 20h Fim 22h 59min 3. Turno: Início 23h 00min Intervalo para a ceia 03h às 04h Fim 06h 59min Com base nos dois roteiros de produção (prod. acabado e semiacabado) e no calendário de produção, usando sua capacidade máxima (três turnos), a capacidade diária será a seguinte: Produto semiacabado 300 unidades dia; Produto acabado 300 unidades dia. 31 Com esses dados a Run necessita de apoio nas tomadas de decisões, como, quando devemos iniciar a produção, quando devemos comprar as matérias primas, quanto devemos comprar, temos recursos, capacidade produtiva para atender a demanda, em resumo a Run necessita de apoio para gerenciar e controlar todas as etapas do processo produtivo da sua fábrica e assim poder assumir a demanda gerada pela área comercial de 10.000 unidades da Bicicleta Sport para o Natal de 2017 e esse apoio a Run encontrará no SAP PP. 4.1 SIMULANDO O CENÁRIO DA RUN NO SAP PP 4.1.1 Dados mestres Os dados mestres são considerados os principais objetos do módulo SAP PP, eles contem todos os detalhes e as características que são à base para o funcionamento do controle produtivo na ferramenta. A cinco dados mestres a serem mantido SAP PP. Esquema 11 – Cinco dados mestres do SAP PP. Fonte: SAP. 32 4.1.2 Mestre de material O mestre de material é o elemento chave dos dados mestres no SAP, nele contem todos os dados relevantes a todos módulos do SAP, esses dados definem todo o funcionamento do negócio, sendo o repositório central de informações relevantes a todos os materiais que a empresa adquire, produz, armazena ou vende. Esses materiais podem ser divididos em “tipos de materiais” que podem ser: ROH – Matéria prima; HALB – Semiacabado; FERT – Produto acabado; HAWA – Produto comercializável ou de revenda; VERP – Embalagem; ERSA – Peças de reposição; DIEN – Serviços; HIBE – Material auxiliar de produção ou de consumo; NLAG – Material não estocável. No mestre de materiais são cadastradas informações relevantes a compras, gestão de estoque, vendas e distribuição, finanças, custos, produção, MRP, manutenção e controle de qualidade. Os dados informados no mestre de material podem ser divididos em duas sessões: Dados descritivos, nome, tamanho, dimensão, etc.; Dados utilizados para executar funções de controles, como MRP, tamanho de lotes, grupo de estratégia de planejamento, etc. O cadastro de mestre de material no SAP começa com o fornecimento de três elementos chaves: Número do material; Setor industrial; 33 Tipo de material. Nosso cenário conterá mestres de materiais com numeração atribuída automaticamente pelo SAP, o setor industrial será do tipo “Indústria” e os tipos que iremos cadastrar será ROH para matéria prima, HALB para semiacabado e FERT para o produto acabado. Iniciaremos nossos cadastros de materiais pelo tipo ROH, HALB e finalizando com o FERT mostrando os principais detalhes que serão utilizados no SAP PP. Para iniciar o cadastro devemos entrar na transação MM01 (fotografia 02) do SAP e cadastrar as informações relevantes ao tipo de produto, conforme a tabela 01. Fotografia 02 – Acesso à transação de cadastro de materiais MM01. Fonte: SAP. 34 Tabela 01 – Cadastro dos mestres de materiais. Código Tipo de material Descrição Unidade medida Verificação de disponibilidade Adm. lote Tipo de MRP Chave prazos Tamanho do lote MRP 1000476 ROH Guidão UN 02-Nec. Individual Não PD-Baseado no planejamento 000 EX-Cálculo exato do tamanho de lote 1000478 Conjunto de pedais/vela 1000479 Conjunto de rodas/pneu 1000480 Quadro 1000481 Tinta L 8000370 HALB Quadro montado UN Sim 9007824 FERT Bicicleta Sport Código Tamanho máx. lote Tipo de suprimento Grupo de estratégia de planejamento Seleção alternativa Nec. individual ou coletiva Perfil de produção 1000476 Vazio F-Sup. externo Vazio Vazio Vazio ZOP1 1000478 1000479 1000480 1000481 8000370 1.000 E-Fab. própria 10-Produção anônima para estoque 3-Seleção obrigatória por versão de produção 1-Exclusiv.: necess. individuais 9007824 Fonte: O Autor. 35 Existem alguns itens cadastrados que devemos destacar a sua funcionalidade no SAP, como: Verificação de disponibilidade: Indica como o sistema verifica a disponibilidade e gera necessidades para MRP. Nossos materiais usam a necessidade individual, tanta para gerar requisições de compra como para ordens de produção. Adm. lote: Indicase os materiais são administrado por lotes. Tipo de MRP: Indica o tipo de MRP que será executado no material. No SAP existe inúmeros tipo de MRP, para o nosso cenário usaremos o tipo PD (baseado no planejamento), onde nesta modalidade de processamento o sistema utiliza os dados alimentados no planejamento de necessidades individual que veremos a diante. Chave prazos: Determinar os tempos de folga para a programação de uma ordem, como o horizonte de abertura, a margem de segurança, margem de antecipação do início de produção e horizonte de liberação da ordem. Nosso cenário não usara esse recurso. Tamanho do lote MRP: Regra para cálculo do tamanho dos lotes a produzida no quadro do MRP. Usaremos EX (cálculo exato do tamanho de lote). Tamanho máx. lote: Tamanho máximo do lote para cálculo do MRP para gerar as ordens planejadas e ordens de produção, não pode exceder o valor ali definido. Tipo de suprimento: Determinar como o material é suprido. Estamos utilizando dois tipos, para o ROH usamos o F (suprimento externo), onde gerara requisição de compras. Para o HALB e FERT usamos o E (fabricação própria). Grupo de estratégia de planejamento: A estratégia de planejamento representa o procedimento para o planejamento de um material no MRP. Por exemplo, podemos citar a produção sob 36 encomenda, produção por lotes, produção por ordem de venda, etc. Estamos utilizando a estratégia 10, produção para estoque. Seleção alternativa: Determina a forma da seleção da lista técnica alternativa, caso não exista a principal, na explosão de necessidades do MRP. Estamos utilizando seleção de versão de produção, código 3. Nec. individual ou coletiva: Determina se é permitido cálculo do MRP para necessidades individuais ou coletivas. Para os materiais ROH atribuímos o cálculo individual ou coletivo, mas para o HALB e FERT deve ser individual. Perfil de produção: Perfil de controle da produção que é transferido na abertura da ordem de produção. 4.1.3 Lista técnica A lista técnica representa a estrutura de subconjuntos, montagens, itens e matérias primas que compõem um produto. A lista técnica é composta pela estruturada completa dos componentes que compõem um produto ou montagem. A lista técnica e também um elemento que gera a integração, já que suas informações compartilhadas por quase todos os departamentos da empresa. Logo a forma como é gerenciada, controlada pode influenciar diretamente o sucesso da empresa. (ROSENFELD, 2006, p. 335). Uma lista técnica estruturada contempla o número, a quantidade e a unidade de medida usada em cada componente, trazendo informações básicas e importantes para diversas áreas atuarem em seus planejamentos, por exemplo: MRP; Provisões de material para produção; Cálculo de custos do produto; Manutenção. 37 No SAP é possível ir além do planejamento de produção com as listas técnicas, podem ser criadas listas técnicas para: Listas técnicas de materiais; Listas de peças para equipamento; Listas técnicas para locais de instalação; Listas técnicas com referência a documentos; Lista técnica com referência a ordem do cliente; Lista técnica de projetos. Uma lista técnica pode ser tecnicamente dividida em três modelos, o modelo single (simples) é composto por um único nível de componentes, no nosso cenário teríamos o produto semiacabado (Quadro montado), conforme esquema 12. Esquema 12 – Lista técnica single, semiacabado. Fonte: O Autor. No modelo multiple (multinivel) a sua estrutura contempla mais de um nível de componente, geralmente o primeiro nível tem algumas matérias primas e no segundo nível existe um semiacabado que contem outra lista técnica. No nosso cenário teríamos o produto acabado (Bicicleta Sport) usando multiple, conforme esquema 13. 38 Esquema 13 – Lista técnica multiple, produto acabado. Fonte: O Autor. O último modelo seria lista técnica variant (variante ou super lista técnica) a sua estrutura contempla itens com valores variáveis com determinada semelhança que será associada a uma ordem de venda específica, por exemplo: Nossa Bicicleta Sport tivesse variação de preço conforme a sua cor, nós teríamos uma lista técnica variant, com duas ou mais tabelas de preço associada à cor. A estrutura da lista técnica é dividida em cabeçalho, itens e subitens. No cabeçalho são informados dados relevantes ao objeto do produto, como a quantidade básica que representa a lista técnica. Nos itens são informadas todas as partes especificas do produto de cabeçalho, contendo o número do item, quantidade e unidade de medida. O subitem é atribuído a um item específico descrevendo pontos diferentes a serem instalados parcialmente. Nosso cenário utiliza a lista técnica para o planejamento das necessidades do produto semiacabado e do produto acabado. A primeira lista técnica do nosso cenário será do produto semiacabado, na sequência o produto acabado. 39 Para iniciar o cadastro devemos entrar na transação CS01 (fotografia 03) do SAP e cadastrar as informações relevantes ao produto semiacabado e acabado, conforme a tabela 02. Fotografia 03 – Acesso à transação de cadastro da lista técnica CS01. Fonte: SAP. 40 Tabela 02 – Cadastro das listas técnicas. Produto semiacabado Cabeçalho da lista técnica Material Utilização Quantidade básica 8000370-Quadro montado 1-Produção 1.000 Itens da lista técnica Itens Quantidade 1000479-Conjunto de rodas/pneu 2.000 1000480-Quadro 1.000 1000481-Tinta 1.000 Produto acabado Cabeçalho da lista técnica Material Utilização Quantidade básica 9007824-Bicicleta Sport 1-Produção 1.000 Itens da lista técnica Itens Quantidade 1000476-Guidão 1.000 1000478-Conjunto de pedais/vela 1.000 8000370-Quadro montado 1.000 Fonte: O Autor. Ambas as fichas técnicas usaram a quantidade básica de 1.000 unidades, para manter a homogeneidade da estrutura do produto acabado. Fotografia 04 – Lista técnica completa (transação CS11). Fonte: SAP. 41 4.1.4 Definição de turnos e capacidades Em decorrência de alguns processos produtivos ou do aumento de algumas linhas de produção por força da demanda, empresas necessitam trabalhar de forma continua e assim implantam os chamados turnos de produção. Segundo Crislaine Vanilza Simões (2009), turno de produção é a operação feita alternativamente para desenvolvimento da soma de bens ou serviços. Sendo assim, trabalhar em turnos significa organizar as atividades, onde as equipes de trabalhadores estão na mesma empresa, no mesmo local de trabalho em horários alternados mantendo o funcionamento ininterrupto das atividades. No SAP (na transação OP4A de customização) é possível criar as sequências de turnos (fotografia 05) por dia da semana, definindo o início e o fim dos turnos (fotografia 06), os horários de intervalos (fotografia 07) e o período de validade (fotografia 06), criados para uma área específica da empresa ou referenciados ao plano de horário do RH (Recursos Humanos) da empresa. Fotografia 05 – Sequência de turnos. Fonte: SAP. Fotografia 06 – Início e fim dos turnos e período de validade. Fonte: SAP. 42 Fotografia 07 – Horários de intervalos. Fonte: SAP. Com as sequências de turno definidas criaremos o plano de capacidade que será associada a cada centro de trabalho que determinará a capacidade útil de produção. Para criarmos o plano de capacidade devemos entrar na transação CR11 (fotografia 08) do SAP e cadastrar as informações relevantes ao plano de capacidade, conforme a tabela 03 e fotografia 09. Fotografia 08 – Acesso à transação de cadastro de plano de capacidade CR11. Fonte: SAP. 43 Tabela 03 – Cadastro do plano de capacidade. Capacidade CAP_RUN-Capacidade de produçãoda Run Tipo de capacidade 001-Máquina Capacidade do pool Sim Agrupamento ZT (turno cadastrado na OP4A da customização) ID calendário fábr. BR-Brasil Versão ativa 1-Capacidade útil Unidade medida base H-Hora Início 00:00:00 Fim 00:00:00 Duração intervalo 00:00:00 Grau de utilização 100 Nº capacids.indiv. 1 Relevante para programação capacid. Sim Sobrecarga Vazio Pode ser ocupado por vár.operações Não Plan. a longo prazo Sim Fonte: O Autor. 44 Fotografia 09 – Cadastro do plano de capacidade, aplicação de turnos. Fonte: SAP. Nosso plano de capacidade foi cadastrado com três turnos, 21 horas diárias de capacidade útil de produção e com três intervalos de 1 hora para almoço, jantar e ceia. 4.1.5 Centro de trabalho Centro de trabalho é a unidade organizacional onde as atividades de fabricação são realizadas. Centro de trabalho no SAP PP são os dados mestres 45 que representam máquinas, linhas de produção, recursos humanos, mão de obra, etc., vinculadas a um centro de custos e a diversos tipos de atividades ou processos empresariais. Desta forma, o centro de trabalho liga as entradas na contabilidade de centro de custo e no custeio baseado em atividades executadas no chão da fábrica. Os centros de trabalho, juntamente com as listas técnicas e os roteiros de produção são considerados os principais dados mestres para o planejamento de produção no SAP PP. Os centros de trabalho são utilizados em operações como lista de tarefas para roteiros de produção, para roteiro de manutenção, etc., também utilizadas em ordens internas, de produção, de manutenção, etc.. Os dados mestres informados nos centros de trabalho são relevantes à capacidade, a programação, ao cálculo de custos e dados propostos. Na aba de capacidade informamos dados relevantes ao emprego do tempo, como turnos, capacidade produtiva, tipo de capacidade (máquina, mão de obra, unidade de processo, etc.), fórmula para cálculo de capacidade, cálculo de tempo de preparação, cálculo de tempo de desmontagem entre outras. Na aba de programação informamos os dados relevantes à programação da utilização dos tempos informados na aba capacidade. Aplicamos fórmulas para calcular o tempo de execução da duração dos processos, da duração dos tempos de desmontagens, da duração dos tempos de preparo entre outras. Na aba de cálculo de custos é informado o centro de custos e as fórmulas relevantes a cálculo de custos das atividades executadas. Os dados propostos são informações padrões cadastradas nos centros de trabalho que simplificam as atividades à frente, como no momento da criação do roteiro de produção, no momento dos apontamentos de produção entre outras atividades. 46 Esquema 14 – Utilização dos dados do centro de trabalho. Fonte: SAP. Os centros de trabalho são utilizados como operações nas ordens de produção. Em nosso cenário a produção do semiacabado contempla três centros de trabalho ou três operações, pintura, montagem de roda/pneu e montagem de quadro, onde pintura e montagem de roda/pneu são executadas paralelamente e na sequência a montagem do quadro (esquema 09). Para o produto acabado é contemplado o centros de trabalho ou as operações montagem final e embalagens (esquema 10) executados em sequência. Para iniciar o cadastro devemos entrar na transação CR01 (fotografia 10) do SAP e cadastrar as informações relevantes aos centros de trabalho, conforme a tabela 04. 47 Fotografia 10 – Acesso à transação de cadastro de centro de trabalho CR01. Fonte: SAP. 48 Tabela 04 – Cadastro dos centros de trabalho. Cabeçalho Dados básicos Vals.propostos Capacidades Programação Nome do centro trab. Tipo de C.T. Chave valor standard Tempo de máquina Chave de controle Tempo de máqui. Tipo Capacidad e do pool Fórm. necs. processam. Tipo Capacidad e Duração procmto. PINTUR- Pintura 0001 SAP1 3 é obrigatóri o indicar ZPP1 H 001 CAP_RUN SAP006 001 CAP_RUN SAP002 MONT_RP- Montagem de roda/pneu MONT_QD- Montagem de quadro ZPP2 MONT_FN- Montagem final ZPP1 EMBALA- Embalar ZPP2 Fonte: O Autor. 49 Existem alguns itens cadastrados que devemos destacar a sua funcionalidade no SAP, como: Tipo de C.T.: Os centros de trabalho são objetos de negócio, de atividades que podem ser representados por tipo, esses tipos podem ser, por exemplo, máquinas (usado no nosso cenário), linhas de produção, centros de trabalho de montagem e funcionários. Chave valor standard: São utilizados como parâmetro de entrada de valores referenciados em uma fórmula. Nosso cenário utiliza os valores nas fórmulas SAP006 (determinar necessidade de capacidade) e SAP002 (determinar duração do processamento). Tempo de máquina: Parâmetro com a entrada de valor a ser utilizada nas fórmulas SAP006 (determinar necessidade de capacidade) e SAP002 (determinar duração do processamento). Chave de controle: Determina como a operação referenciada ao centro de trabalho deve ser executada no roteiro de produção. Nossos centros de trabalho estão prevendo dois tipo de chave de controle ZPP1 (fotografia 11) e ZPP2 (fotografia 12) que devem ser cadastradas na transação OPJ8 da customização. Fotografia 11 – Detalhes da chave ZPP1. Fonte: SAP. 50 Fotografia 12 – Detalhes da chave ZPP2. Fonte: SAP. A diferença entre as chaves é que as operações associadas a chave ZPP1 não precisam gerar confirmação de apontamento de produção, para as associadas à chave ZPP2 deve confirma a produção. Capacidade: Associado o item descrito em “3.2.4 Definição de turnos e capacidades”. Fórm. necs.processam.: Fórmula para a determinação da necessidade de capacidade para o processamento. Nosso cenário utiliza uma fórmula standard SAP006, sua estrutura: “Tempo de máquina * Quantidade operação / Quantidade básica” Tempo de máquina: Vem da chave valor standard que será definida no roteiro de produção. Quantidade operação: Será definida no roteiro de produção. Quantidade básica: Valor cadastrado na lista técnica do produto, no cabeçalho. Duração procmto.: Fórmula para a determinação da duração de processamento de uma operação na programação. Nosso cenário utiliza uma fórmula standard SAP002, sua estrutura: “Tempo de máquina * Quantidade operação / Quantidade básica / Partições de operaç.” 51 Tempo de máquina: Vem da chave valor standard que será definida no roteiro de produção. Quantidade operação: Será definida no roteiro de produção. Quantidade básica: Valor cadastrado na lista técnica do produto, no cabeçalho. Partições de operaç.: Valor que indica o número de capacidade, equipamentos de cada centro de trabalho. No nosso cenário foram cadastrado centros de trabalho como máquinas e o valor indicado para partições é de um, conforme descrito no item “3.2.4 Definição de turnos e capacidades”. Esquema 15 – Capacidade versus planejamento. Fonte: O Autor. 4.1.6 Roteiro de produção Roteiro é a lista de atividades, operações a serem realizadas durante o processo de produção de um determinado produto. Em um roteiro de produção é definido as sequências das atividades, operações podendo ser paralelas (esquema 16), sequenciais (esquema 17) ou ter operações alternativas (esquema 18). Cada atividade, operação é associada a um centro de trabalho gerando cálculos de custos, determinando a necessidade de capacidade e a duração de processamento das operações na programação. 52 Esquema 16 – Operações paralelas (com linha vermelha). Fonte: SAP. Esquema 17 – Operações sequenciais. Fonte: SAP. Esquema 18 – Operações alternativas (com linha vermelha). Fonte: SAP. Um roteiro de produção (esquema 19) é divididoem cabeçalho e itens. No cabeçalho são informados dados relevantes a todo o roteiro, nos itens temos dados relevantes às operações, descrevendo as etapas individuais dos processos que serão executadas durante a produção. Também encontramos os meios auxiliares de produção, como gabaritos, acessórios, etc.. 53 Esquema 19 – Estrutura de um roteiro de produção. Fonte: SAP. Para criar um roteiro de produção de um material, primeiramente o material deve ter uma lista técnica e devemos ter cadastrados todos os centros de trabalho que serão associados às operações do roteiro. Após essa etapa o roteiro recebera todos os componentes necessários para a produção do material e assim poderemos distribui-los as operações, conforme sua demanda. Esquema 20 – Material, roteiro, lista técnica e distribuição dos componentes nas operações. Fonte: SAP. 54 O roteiro de produção é um dos principais dados mestre de produção no SAP PP, todos os dados planejados, como, operações, necessidades de capacidade, materiais utilizado, meios auxiliares de produção, centros de trabalhos, as atuações do controle de qualidade serão utilizadas como modelos para a criação das ordens de produção. Em nosso cenário já temos os dados mestres referente à lista técnica e os centros de trabalhos, assim poderemos iniciar os cadastros dos roteiros de produção para o material semiacabado e acabado, entrando na transação CA01 (fotografia 13) do SAP usando os dados conforme a tabela 05 e 06. Fotografia 13– Acesso à transação de cadastro do roteiro de produção CA01. Fonte: SAP. 55 Tabela 05 – Cadastro dos roteiros de produção, material semiacabado. Cabeçalho Material Utilização Status do plano Tam.lote desde Tam.lote até 8000370-Quadro montado 1-Produção 4-Liberado (geral) 1 99.999.999 Roteiro Sequência base Operação Centro de trabalho Chave de controle Descrição Qtd.básica Tempo de máquina Unidade 0010 PINTUR ZPP1 Pintura 100 3 H-Horas 0020 MONT_QD ZPP2 Montagem de quadro 100 3,5 H-Horas Sequência paralela Operação de retorno Operação de retorno 0010 0010 Operação Centro de trabalho Chave de controle Descrição Qtd.básica Tempo de máquina Unidade 0010 MONT_RP ZPP1 Montagem de quadro 100 3,5 H-Horas Atribuição de componentes Componente 1000481 a operação 0010 da sequência base Componente 1000480 a operação 0020 da sequência base Componente 1000479 a operação 0010 da sequência paralela Fonte: O Autor. 56 Tabela 06 – Cadastro dos roteiros de produção, material acabado. Cabeçalho Material Utilização Status do plano Tam.lote desde Tam.lote até 9007824- Bicicleta Sport 1-Produção 4-Liberado (geral) 1 99.999.999 Roteiro Sequência base Operação Centro de trabalho Chave de controle Descrição Qtd.básica Tempo de máquina Unidade 0010 MONT_FN ZPP1 Montagem final 100 3,5 H-Horas 0020 EMBALA ZPP2 Embalar 100 3,5 H-Horas Atribuição de componentes Componente 1000476 a operação 0010 da sequência base Componente 1000478 a operação 0010 da sequência base Componente 8000370 a operação 0010 da sequência base Fonte: O Autor. 57 Existem alguns itens cadastrados que devemos destacar a sua funcionalidade no SAP, como a existência de dois roteiros, um para o material semiacabado e outro para o acabado. Utilização: Indica em que área pode ser utilizado o roteiro. No SAP um roteiro pode ser usado em produção, engenharia, manutenção, etc.. Status do plano: Com o status, o usuário identifica o estado de processamento de um roteiro, por exemplo, se o roteiro ainda se encontra na fase de criação ou se o usuário já o liberou. Tam.lote desde e Tam.lote até: Tamanho inicial e final do lote para o roteiro. Operação: Determina em que sequência as operações devem ser executadas. Centro de trabalho: Indica o centro de trabalha que executara a operação. Chave de controle: Ações executadas na operação. A chave ZPP1 executa programação, determina a necessidade de capacidade e calcula os custos, mas não precisa de confirmação de produção. A chave ZPP2 faz as mesmas ações que a chave ZPP1, mas necessita a confirmação de produção. Qtd.básica: Quantidade standard a ser produzido do material na operação que o roteiro referência. Tempo de máquina: Tempo standard para produzir a Qtd.básica do material na operação que o roteiro referência. Simulando uma ordem de produção com quantidade igual à quantidade básicas aplicada no roteiro de produção, chegaremos a essas datas para cada operação. Sendo que o esquema 21 demostra o roteiro para o produto semiacabado e no esquema 22 o roteiro do produto acabado. 58 Esquema 21 – Sequência das operações no produto semiacabado. Fonte: SAP. Esquema 22 – Sequência das operações no produto acabado. Fonte: SAP. Analisando as figuras 34 e 35 vemos que cada operação é representada por um centro de trabalho, data de início e data fim, onde são calculadas com base nas informações standard do roteiro de produção (quantidade básica e tempo de máquina). Na tabela 07 estamos detalhando as operações representadas nas figuras 34 e 35. 59 Tabela 07 – Detalhamento das operações. Produto Sequência Operação Início Intervalo Fim Total Semiacabado Base 0010 16/11/2017 23:29 00:00 17/11/2017 02:29 03:00:00 Paralela 0010 16/11/2017 22:59 00:00 17/11/2017 02:29 03:30:00 Base 0020 17/11/2017 02:29 01:00 (Ceia) 17/11/2017 06:59 04:30:00 Produto Sequência Operação Início Intervalo Fim Total Acabado Base 0010 17/11/2017 07:00 00:00 17/11/2017 10:30 03:30:00 Base 0020 17/11/2017 10:30 01:00 (Almoço) 17/11/2017 15:00 04:30:00 Fonte: O Autor. 60 4.1.7 Versão de produção A versão de produção é usada para estruturar diferentes formas de produzir um determinado material. Um material pode ter várias listas técnicas, contendo diferentes componentes para sua produção. Em seu processo produtivo também pode existir diferentes métodos, técnicas, roteiros e em ambos os casos são registrados e controlados com versões diferentes atribuídas ao material. No SAP PP um material pode possuir uma ou mais versões de produção, a sua codificação é livre, desde que seja exclusiva para facilitar sua identificação. Toda versão de produção é ligada a uma lista técnica e a um roteiro de produção, podendo haver diferentes tamanhos de lotes, diferentes datas de vencimento e locais de armazenamentos. A versão de produção proporciona trabalhar com situações diferentes, que muitas vezes são vantajosas para empresa, podemos considerar versões diferentes para roteiros de produção e listas técnicas que podem ser usadas como contra tipos no caso de faltas, tanto da capacidade produtiva como das matérias primas. A utilização da versão de produção também proporciona facilidades nos controles dos processos produtivos, em vez de termos que escolher listas técnicas e roteiros de produção alternativos, podemos apenas selecionar a versão correta para o momento. 61 Esquema 23 – Estrutura da versão de produção. Fonte: SAP. A versão de produção é utilizada no SAP PP no processo de planejamento da produção, ela controla qual lista técnica e roteiro de produção usar, podendo ser alterada com facilidade em cenários reais de produção ou em simulações (usados para adequar a melhor forma de produzir um determinado material). Qualquer tipo de material pode conter diferentes versões, desde que permita a produção interna e assim criam relações com o MRP e com os dados de programação da produção. Em nosso cenário já temos os dados mestres referente à lista técnica e o roteiro de produção, assim poderemos criar as versões de produção relacionadas aos materiais semiacabado e acabado. Para isso devemos entrar na transação C223 (fotografia 14) do SAP e cadastrar os dados conformetabela 08. 62 Fotografia 14 – Acesso à transação de cadastro de versões de produção C223. Fonte: SAP. Tabela 08 – Versão de produção dos materiais. Semiacabado Acabado Material 8000370 9007824 Versão de produção 0001 0001 Texto da versão Versão 1 Versão 1 Bloqueio Não bloqueadas Não bloqueadas Tam.lote desde 1,000 1,000 Tam.lote até 99.999.999,000 99.999.999,000 Válido desde 28.09.2016 28.09.2016 Válido até 31.12.9999 31.12.9999 Planejam.detalhado - Tipo de roteir Roteiro Roteiro Planejam.detalhado - GrpLisTar. 50000058 50000059 Planejam.detalhado - Numdr.grp.rot. 1 1 LT alternativa 1 1 Util.LisTéc. 1 1 Fonte: O Autor. 63 Após cadastrar as versões de produção na transação C223, elas devem ser validadas clicando no botão verificar para receber a verificação de consistência da versão de produção, na fotografia 15 demostramos a verificação de consistência do produto acabado. Fotografia 15 – Verificação de consistência de versões de produção. Fonte: SAP. Existem alguns itens cadastrados que devemos destacar a sua funcionalidade no SAP. Versão de produção: Indica as diversas técnicas de produção que o material pode ser produzido. Bloqueio: Indica se a versão está bloqueada ou não bloqueada para utilização. 64 Tam.lote desde e Tam.lote até: Nesses campos são definidos os tamanhos iniciais e finais do lote de produção para a versão em si. Válido desde e Válido até: É atribuído datas de validade para a versão. GrpLisTar.: Quando é cadastrado um roteiro de produção o SAP PP atribui um número de grupo de roteiro que deve ser indicado no cadastro de versão para criar o vinculo entre a versão e o roteiro de produção. Numdr.grp.rot.: Identifica um roteiro univocamente, juntamente com o grupo de roteiros. Nesse campo podem ser informados roteiros alternativos, por exemplo, o roteiro principal é do grupo 1(um), os subsequentes são roteiros alternativos de produção no caso de falta de capacidade. LT alternativa: Identificação de uma lista técnica dentro de um grupo de listas técnicas do material. Igualmente ao grupo de roteiro (Numdr.grp.rot.), podemos exemplificar que a lista técnica 1(um) é a principal e os subsequentes são listas técnicas alternativas com componentes usados como contra tipo no caso de faltas de matéria prima. 4.1.8 Gestão de demanda A gestão de demanda está diretamente ligada com os requisitos do mercado que por seu lado é influenciado pelas situações políticas e sociais do país. Como qualquer área da organização deve ser gerenciada de forma eficiente e eficaz, a gestão de demandas deve ter os mesmo tratamentos, pois dela que nasce às necessidades de produção indicadas pela área de previsão de demanda, que tem por responsabilidade principal o estudo de mercado, a influência do segmento, as necessidades, estudo de prazos, priorização e a alocação de matérias em mercados influentes. Corrêa e Gianesi (2001) definem que gestão de demanda é antecipar a demanda futura, identificando todas as suas fontes e utilizando todas as informações disponíveis, como ações sobre o mercado, canal de comunicação, promessas de prazos e priorização e alocação. 65 Indo de encontro com as definições de Corrêa e Gianesi (2001) a organização que tem facilidade em prever a demanda do seu mercado e conseguir antecipar as necessidades dos seus mercados, estará sempre a frente de seus concorrentes. Para tal as organizações devem trabalhar com dados históricos, utilizar modelos matemáticos que auxiliem no entendimento do comportamento das demandas do mercado. Por outro lado as organizações pode tentar influenciar o comportamento dessa demanda, através de grandes promoções, com preços reduzidos e prazos esticados. Em ambos os casos, na antecipação ou na influência, a gestão dessa área tem a responsabilidade com as promessas de prazos e com as prioridades de atendimento, totais ou parciais, para não acarretarem em prejuízos para organização, no não comprimento desses fatores. Podemos falar que a gestão de demanda é estruturada pelo engajamento de vários departamentos da organização, como o comercial, planejamento de produção, marketing, etc. São várias áreas da organização que estão comprometidas em gerar a antecipação ou gerar influência no mercado de forma mais eficiente, pois dela nasce os planejamentos estratégicos de produção, como planejamento de capacidade e de compras das matérias primas. A gestão de demanda é essencial para as organizações, indiferentes da sua estratégia de produção, produção para estoque ou produção sob encomenda, ambas precisam de preparação e de ferramentas que apõem nas tomadas de decisão. O SAP é capaz de auxiliar na mineração dos dados históricos com modelos matemáticos que criam estimativas de demanda baseados em consumos, estoques de segurança, sazonalidades do mercado, grau de atendimento entre outros modelos. Para o nosso cenário iremos atribuir uma demanda manualmente, sem executar procedimentos automáticos no SAP, pois não é objeto de estudo desse trabalho. No SAP PP, para o nosso cenário, a gestão de demanda é executada pelas necessidades independentes previstas, estratégia indicada pela SAP para produção MTS (make to stock / produção para estoque) ou MTO (make to order / 66 produção sob encomenda). No cenário MTS são produzidos materiais baseados na previsão de demanda. Uma das vantagens desse cenário é a rapidez na entrega do produto, mas por outro lado gera altos níveis de estoques. Para o cenário MTO o produto acabado é produzido a partir de uma ordem de venda, onde prazos de entrega tende a ser mais longos e os níveis de estoque são sempre baixos ou nem existem. Esquema 24 – Gestão de demanda no SAP. Fonte: SAP. Uma necessidade independente prevista contém uma quantidade planejada para uma data específica ou um número de divisões da remessa de necessidades independentes previstas, ou seja, uma quantidade planejada dividida de acordo com datas. As necessidades independentes previstas servem como planejamento preliminar de todos os níveis da lista técnica (SAP, 2016). Em nosso cenário a demanda prevista é de 10.000 unidades de Bicicleta Sport (material acabado) para o Natal de 2017. Para cadastrarmos essa demanda no SAP devemos entrar na transação MD61 (fotografia 16) do SAP e cadastrar os dados conforme tabela 09 ou fotografia 17. 67 Fotografia 16 – Acesso à transação de cadastro de demanda MD61. Fonte: SAP. Tabela 09 – Cadastro das demandas. Material Versão Per. inicial Per. final Período plan. M 12.2017 9007824 00 01/11/2017 01/01/2018 Mês 10.000 Fonte: O Autor. 68 Fotografia 17 – Cadastro das necessidades independentes previstas MD61. Fonte: SAP. Existem alguns itens cadastrados que devemos destacar a sua funcionalidade no SAP. Material: Indicado o material acabado que esta gerando a demanda de 10.000 para dezembro de 2017. Versão: O número da versão define como o MRP deve ser executado, existe versão para planejamento de necessidades, simulações, plano de vendas, plano global de vendas entre outros. Período plan.: Define como os períodos do calendário deve ser mostrado para lançar as necessidades. M 12.2017: Informado a quantidade planejada que determina a quantidade das necessidades independentes previstas para o período de dezembro de 2017. 69 Para o campo M 11.2017 e M 01.2018 não informaremos nada, não existe demanda para essas datas. Após finalizarmos o cadastro das necessidades independentes previstas do nosso material acabado para dezembro de 2017, podemos consultar a lista de necessidades e estoques para o material acessando a transação MD04, conforme fotografia 18. Fotografia 18 – Lista de necessidades e estoque. Fonte: SAP.No elemento MRP Estoq. é informado a quantidade de estoque disponível, e no elemento MRP NecIPr é informado a data e a quantidade da necessidade. 4.1.9 Planejamento de necessidade de materiais – MRP A principal função do MRP é garantir a disponibilidade de materiais controlando os estoques e criando automaticamente propostas de requisições de compras e ordens de produção planejadas. O MRP busca a partir do conhecimento de toda à estrutura do material, lista técnica, roteiro de produção e capacidade de produção dos centros de trabalho, calcular o quanto e quando deve obter de cada item de forma que não existam faltas, nem sobras, tanto para os componentes como para a capacidade produtiva. Sendo assim o MRP exige muito da estrutura dos mestres de dados, devem conter todos os detalhes e características possíveis no mestre de material, nos 70 centros de trabalho, nas listas técnicas, nos roteiros de produção e nas versões de produção e com a junção dessas informações o MRP poderá com segurança definir quantidades e momentos em que cada item deve ser produzido ou comprado. Existem inúmeros modelos de MRP, entre os principais que se encontram no SAP estão o MRP baseado no consumo, que está subdivido em MRP ponto de reabastecimento, Planejamento baseado em previsão e MRP cíclico, no SAP também entramos o MRP baseado no planejamento usado em nosso cenário. Os procedimentos do MRP baseado no consumo usam dados anteriores de consumo (dados históricos) para calcular necessidades futuras, com o auxílio da previsão de material ou de procedimentos de planejamento estático. Os procedimentos do MRP baseado no consumo não têm qualquer referência com o plano de produção. Isso significa que o cálculo das necessidades líquidas não é acionado por uma necessidade dependente ou independente. Em vez disso, o cálculo das necessidades líquidas é acionado quando os níveis de estoque ficam abaixo de um ponto de reabastecimento ou por necessidades previstas calculadas a partir de dados anteriores de consumo. Igualmente no planejamento baseado em previsão que opera com valores históricos e de previsão, e as necessidades futuras são calculadas pelo programa de previsão integrado. No MRP cíclico são planejadas as necessidades dos materiais com ciclo de entrega fixas, por exemplo, em um determinado dia da semana, do mês (SAP, 2016). O modelo MRP baseado no planejamento, usado em nosso cenário, é executado com números de vendas atuais e futuras. As quantidades necessárias planejadas e exatas acionam o cálculo das necessidades líquidas. Os elementos necessários desse cálculo incluem ordens do cliente, necessidades independentes previstas, reservas de materiais e necessidades dependentes recebidas da explosão da lista técnica (SAP, 2016). Nossos materiais, acabado e semiacabado, usam o MRP baseado no planejamento, nessa modalidade o SAP compara as quantidades disponíveis em estoque (todos os componentes existente nas listas técnicas), levando em consideração ordens de produção e pedidos de compras em aberto, com a 71 necessidade independente prevista, a diferença encontrada nesse processamento ira gerar requisições de compra e ou ordens planejadas de produção. Ao mesmo tempo o SAP aloca as ordens planejadas aos centros de trabalho (centros de trabalhos existentes no roteiro de produção), levando em consideração a capacidade produtiva do centro de trabalho e a necessidade gerada pela ordem planejada. Para executarmos o MRP devemos entrar na transação MD02 (fotografia 19) do SAP e informar os dados conforme tabela 10. Fotografia 19 – Acesso à transação do MRP MD61. Fonte: SAP. 72 Tabela 10 – Informações para executar o MRP. Material 9007824 Chave de processamento NETCH Criar requis.compra 1 Divisões prog.remessas 3 Criar lista MRP 1 Modo planejamento 3 Programação 2 Planejar tb.todos componentes não modif. Sim Exibir resultados antes de gravar Sim Exibir lista materiais Sim Modo de simulação Não Fonte: O Autor. Existem alguns itens informados que devemos destacar a sua funcionalidade no SAP. Material: Material que será executado o MRP. Chave de processamento: Específica o tipo de execução do MRP, planejamento sobre as modificações, planejamento sobre as modificações no horizonte de planejamento ou novo planejamento. Criar requis.compra: Controla as ações sobre os materiais supridos externamente, deve cria requisições de compra, deve cria ordens planejadas, deve ser convertidas manualmente em requisições de compra ou deve cria requisições de compra dentro do horizonte de abertura e ordens planejadas fora dele. Divisões prog.remessas: Controla a existência, ou não, de divisões de remessas. Modo planejamento: Determina as ações do MRP sobre a execução do planejamento, eliminar planejamentos antigos e recriá-los, adaptar os novos dados ao planejamento atual ou expandir novamente a lista técnica e roteiro de produção. 73 Programação: Determina como deve ser as datas das ordens planejadas, com base nos dados mestre dos materiais, componentes ou com base na capacidade de produção de cada centro de trabalho. Modo de simulação: Essa opção possibilita a execução do MRP com dados reais em modo simulado. Essa opção possibilita o usuário validar as informações antes de gerar um planejamento real. Ao executar o MRP no material acabado teremos o resultado da fotografia 20, onde podemos visualizar o estoque atual e a existência de dez ordens planejadas de produção de 1.000 unidades, conforme especificado no mestre de materiais para o tamanho máximo do lote. Outra informação de destaque é a data da necessidade, primeiro de dezembro, conforme o planejamento da gestão de demanda. Devemos salvar esse planejamento para que a execução ocorra em todos os níveis da estrutura do produto acabado. Fotografia 20 – Resultado da execução do MRP. Fonte: SAP. Para visualizarmos os resultados da execução do MRP no SAP, devemos entrar na transação MD05, conforme fotografia 21. 74 Fotografia 21 – Acesso à transação de resultado do MRP MD05. Fonte: SAP. Na visualização do resultado do MRP (fotografia 22) teremos acesso a toda estrutura gerada, como as ordens planejadas que deverão ser convertidas em ordens de produção e as requisições de compras que devem ser convertidas em pedidos de compras. Ambas foram criadas em nosso cenário, pois todos os componentes da lista técnica da Bicicleta Sport estavam com estoques zerados, sendo assim, foram criadas cinco requisições de compras para serem convertidas em pedido de compras para os componentes ROH (matéria prima) e vinte ordens planejadas para serem convertidas em ordens de produção, dez para o HALB (material semiacabado) e as outras dez para o FERT (material acabado). Fotografia 22 – Estrutura gerada pelo MRP. Fonte: SAP. 75 Fotografia 23 – Ordens planejadas para o material acabado. Fonte: SAP. Fotografia 24 – Ordens planejadas para o material semiacabado. Fonte: SAP. 76 Fotografia 25 – Requisição de compra de um componente (igual para as demais). Fonte: SAP. 4.1.10 Planejamento e nivelamento de produção As organizações buscam a cada dia maximizar a capacidade produtiva para obter mais resultados e mais retorno de seus investimentos, para isso utilizam de boas práticas de mercado que determina o nivelamento entre a eficiência e a eficácia no uso de seus recursos para atender a demanda do seu mercado. O grande desafio para as organizações é criar um equilíbrio entre a capacidade produtiva e a demanda do seu mercado com o menor custo possível e para que esse desafio seja vencido o planejamento de produção deve atuar fortemente na construção de estratégias onde alinhe a capacidade as necessidades. A inversão desse cenário pode resultar emgrandes percas econômicas e comerciais, no âmbito econômico podemos citar as quebras de contratos pelo descumprimento das obrigações assumidas, acarretando em multas, em consequência disso cria desconfiança do mercado sobre a sua qualidades e capacidade produtiva, perdendo credibilidade no mercado. A área de planejamento de produção tem como responsabilidade criar estratégias que alinhem a capacidade a necessidade e para tal devem ter 77 informações primordiais sobre capacidades e disponibilidades. A capacidade, isoladamente, vem associada ao termo de volume máximo ou quantidade máxima, para ter sentido à programação de produção a capacidade deve vir associada à dimensão de tempo, gerando informações sobre disponibilidade. Para Gaither e Frazier (2001) capacidade de produção é o maior nível de produção que uma empresa pode manter dentro de uma estrutura de programação de trabalho realista, levando em conta um período de inatividade normal e supondo uma disponibilidade suficiente de entradas para operar a maquinaria e o equipamento existente. Para Moreira (2004) é a quantidade máxima de produtos e/ou serviços que podem ser produzidos num determinado tempo. O nivelamento de produção é um conceito relacionado à programação de produção que alinha o sequenciamento dos pedidos no processo de produção alinhando planejamento a capacidade e eliminando as sobrecargas, conforme esquema 25. Esquema 25 – Planejamento alinhado a capacidade. Fonte: O Autor. O nivelamento de produção proporciona tomadas de decisão como, O que produzir? Quanto produzir? Quando produzir? E como produzir? Reduzindo as incertezas e convertendo a instabilidade de demandas em um nivelado e previsível processo produtivo. 78 As atividades que são executadas no nivelamento de produção em um sistema produtivo são criticas e demandam de muito processamento matemático para adequar a demanda a capacidade no tempo esperado pelo cliente. O SAP PP disponibiliza várias ferramentas de apoio às atividades de planejamento de capacidade, ferramentas que demostram carga, sobrecarga, atrasos, ajustam e nivelam a produção conforme estratégia definida (regressiva ou progressiva). Para fabricarmos produtos temos nossas máquinas, essas máquinas representam a capacidade produtiva por outro lado há necessidade de capacidade que vem das ordens de produção. A capacidade disponível está definida nos centros de trabalhos associado ao roteiro de produção que fornece informações para o cálculo dos requisitos de necessidade de produção de um determinado material. Durante a execução do MRP as ordens planejadas são criadas e programadas para que atendam aos requisitos de materiais, o MRP não verifica as cargas de capacidade dos centros de trabalho, assume que estão sempre disponíveis. Se um centro de trabalho for usado para a produção de mais de um material ou se forem criadas necessidades individuais para o mesmo material no mesmo dia, poderá ocorrer a sobrecarga de capacidade. Como alternativa para o ajuste devemos utilizar as ferramentas disponíveis no SAP PP, que demostram cargas, sobrecargas e nivelamento da capacidade dos centros de trabalho. Em nosso cenário a demanda prevista é de 10.000 unidades de Bicicleta Sport (material acabado) para o Natal de 2017, com produção de lotes de 1.000 unidades. Ao rodarmos o MRP foram criadas ordens planejadas e requisições de compras, mas as ordens planejadas geraram sobrecarga nos centros de trabalho, como mencionando anteriormente “O MRP é executado e assume que todos os centros de trabalho estão sempre disponíveis”. Na fotografia 26 podemos visualizar as ordens planejadas e entendemos que o motivo da sobrecarga é a data de início gerada pelo MRP, todas iniciam na mesma data, o material semiacabado inicia dia 22/11/2017 e o material acabado inicia dia 27/11/2017 para todos os lotes, gerando a sobrecarga. 79 Fotografia 26 – Exibição das ordens planejadas, transação MD16. Fonte: SAP. Ao acessarmos a transação CM05 podemos visualizar a sobrecarga nos centros de trabalho antes de fazermos o nivelamento de produção. 80 Fotografia 27 – Sobrecargas nos centros de trabalho, transação CM05. Fonte: SAP. 81 Entendemos o motivo pelo qual houve a sobrecarga nos centros de trabalho e agora devemos fazer o nivelamento de capacidade acessando a transação CM21 (fotografia 28) do SAP. Fotografia 28 – Acesso à transação de nivelamento de capacidade CM21. Fonte: SAP. Iremos fazer o nivelamento de capacidade com a estratégia regressiva (esquema 26), com base na data da necessidade, 01/12/2017. Com a estratégia regressiva as ordens devem ser planejadas e niveladas de traz para frente, mudando a data de início e fim. Esquema 26 – Aplicando a estratégia regressiva na CM21. Fonte: O Autor. 82 Para fazermos o nivelamento na transação CM21 devemos marcar as ordens planejadas com a mesma numeração e aplicar o planejamento (esquema 27). Esquema 27 – Executando o nivelamento/planejamento na CM21. Fonte: O Autor. Após fazermos o nivelamento em todas as ordens planejadas, termos o resultado da fotografia 29, onde as datas de início e fim foram ajustas para evitar a sobrecarga nos centros de trabalho. Fotografia 29 – Nivelamento aplicado em todas as ordens. Fonte: SAP. Aplicado o nivelamento de capacidade iremos visualizar as datas das ordens planejadas na transação MD16 (fotografia 30) e verificar a carga dos centros de trabalho na transação CM01 (fotografia 31 e 32). 83 Fotografia 30 – Exibição das ordens planejadas, transação MD16. Antes do nivelamento, semiacabado Após o nivelamento, semiacabado Antes do nivelamento, acabado Após o nivelamento, acabado Fonte: SAP. 84 Fotografia 31 – Cargas nos centros de trabalho do material semiacabado, transação CM01. Fonte: SAP. 85 Fotografia 32 – Cargas nos centros de trabalho do material acabado, transação CM01. Fonte: SAP. 86 O nivelamento de capacidade proporcionou ajustes na programação de produção das ordens planejadas evitando sobrecargas dos centros de trabalho e mostrou que a nossa demanda para o Natal de 2017 deve iniciar a produção no dia 03/11/2017 e finaliza no dia 01/12/2017, conforme necessário. O ajuste proporcionou acertos onde existia sobrecarga, mas gerou exceções nas requisições de compra. Quando executamos o MRP foram criadas requisições compras das matérias primas para o dia 22/11/2017 e 27/11/2017, conforme fotografia 33. Devemos ajustar essas datas para não gerar impacto na produção, pois o nivelamento de capacidade mudou a data de início de 22/11/2017 para 03/11/2017. Fotografia 33 – Exibição das ordens planejadas, transação MD16. Fonte: SAP. Para aplicar os ajustes nas datas das requisições de compra podemos usar a transação MD05 editando as requisições de compra e aplicando a data para 03/11/2017 e 08/11/2017, conforme passos do esquema 28. Esquema 28 – Ajustes nas datas das requisições de compra, transação MD16. Fonte: O Autor. 87 Após as alterações nas datas das requisições de compra a visualização da lista de MRP na transação MD05 é da fotografia 34, sem exceção no processo. Fotografia 34 – Exibição das ordens planejadas, transação MD16. Fonte: SAP. 4.1.11 Ordens planejadas Ao executar o MRP é analisado as previsões de demandas confrontando com o estoque do material e dos seus componentes (pela explosão da lista técnica) caso existam faltas, são criadas ordens planejadas e ou requisições de compras. Uma ordem planejada ou requisição de compras consiste em uma determinada quantidade, no caso a diferença entre o estoque e a demanda, e uma data de necessidade. As ordens planejadasou requisições de compras tem a finalidade de criar o reabastecimento do estoque e para isso elas devem ser convertidas, caso seja um material ou componente fabricado internamente será convertida para ordem de produção, caso seja adquirido de terceiros a requisição de compras será convertida em pedido de compras. Existe a possibilidade de conversão direta da requisição de compras em pedido de compras, nesse caso só depende de um parâmetro informado na execução do MRP para ser interpretado que existe um programa de divisão de remessas alinhado com o fornecedor na hora da necessidade do material ou componente. 88 Quando a ordem planejada é convertida para uma ordem de produção as necessidades dependentes dos seus componentes tornam-se reservas no estoque, ficando bloqueados para outras necessidades. A título de esclarecimento, no SAP podem ser geradas manualmente ordens planejadas, ordens de produção e requisições de compras, sem a execução de um MRP. No esquema 29 é demostrado o fluxo da execução do MRP e os momentos que são criados as ordens planejadas e requisições de compras e suas possíveis conversões. Esquema 29 – Fluxo da execução do MRP. Fonte: SAP. Em nosso cenário foram criadas automaticamente pelo MRP cinco requisições de compra e duas ordens planejadas, conforme tabela 10. 89 Tabela 11 – Ordens planejadas e Requisições de compras geradas pelo MRP. Material Tipo mat. Conversão Quantidade ordens Necessidade 9007824 FERT Ordem planejada para ordem de produção 10 10.000 1000476 ROH Requisição de compras para pedido de compras 1 10.000 1000478 ROH 1 10.000 8000370 HALB Ordem planejada para ordem de produção 10 10.000 1000479 ROH Requisição de compras para pedido de compras 1 20.000 1000480 ROH 1 10.000 1000481 ROH 1 10.000 Fonte: O Autor. 4.1.11.1 Requisição de compras Como proposta de suprimentos o MRP cria ordens planejadas e requisições de compras. Para os materiais supridos externamente é necessário converter as requisições de compras em pedidos de compras. Após a conversão das requisições de compras em pedidos de compras ela estará imediatamente disponível para o departamento de compras encaminharem ao fornecedor para aquisição do material. Salve exceção, algumas organizações aplicam estratégia de aprovação antes da requisição de compras serem convertidas para pedidos de compras. Para converter as requisições de compras do nosso cenário em pedido de compras devemos acessar a transação MD04 (fotografia 35) do SAP. 90 Fotografia 35 – Acesso à transação necessidades de estoque MD04. Fonte: SAP. Faremos a conversão da requisição de compras 0010001804 do componente 1000479 (conjunto de rodas/pneu) para pedido de compras, os passos executados nesse exemplo podem ser aplicados para as demais requisições. Ao acessar a MD04 selecione o componente 1000479 (fotografia 36) que abrirá a lista abaixo contendo as necessidade dependente (NecDep) e a requisição de compra (ReqCmp) 0010001804 agrupada. 91 Fotografia 36 – Lista de necessidades, requisição de compra. Fonte: SAP. Para converter a requisição de compras em pedido de compras siga os passos do esquema 30. Esquema 30 – Passos para converter a requisição de compra em pedido de compra. Fonte: O Autor. 92 Após clicar no botão “Pedido” você será direcionado para a transação ME21N (fotografia 37) para finalizar o pedido de compra. Fotografia 37 – Pedido de compra ME21N. Fonte: SAP. Não entrarei em detalhes nessa operação, pois faz parte do módulo do SAP MM (Gestão de Materiais) e não é objeto de estudo para esse projeto. Sendo assim assumimos de agora em diante que os pedidos de compras forram entregues aos fornecedores e as mercadorias já se encontra em estoque (fotografia 38). Fotografia 38 – Estoque dos componentes, transação MB52. Fonte: SAP. 93 4.1.11.2 Ordem de produção Como mencionado anteriormente que o MRP gera como proposta de suprimentos a criação de requisições de compras e ordens planejadas, para os materiais fabricados internamente devemos converter às ordens planejadas em ordens de produção. Uma ordem de produção determina qual material deve ser processado, em que local, em que momento e a quantidade necessária. Na ordem de produção também atribuímos lotes, lista técnica, sequenciamento de operações e definimos como os custos devem ser apropriados. As ordens de produção são criadas para suprir uma necessidade de demanda, podendo ser criada manualmente ou via um planejamento de necessidades, independente ou dependente, executadas pelo MRP, sendo neste caso a conversão das ordens planejadas. Na conversão da ordem planejada para ordem de produção é levado, copiado toda a sua estrutura como, lista técnica, roteiro de produção, nivelamento de produção e datas de início e fim. Quando criada a ordem de produção ela se torna um documento que autoriza a produção de um determinado material, em uma determinada data e quantidade, atendendo uma necessidade primaria de demanda. Por outro lado essa mesma ordem de produção gera uma necessidade secundária, baseada na explosão da lista técnica, sendo os componentes necessários para a produção do material. No momento da liberação da ordem de produção ocorre a reserva de capacidade produtiva e dos estoques dos componentes necessários. Sendo essa a etapa final da construção da ordem de produção antes do início da fabricação. Para converter as ordens planejadas do nosso cenário em ordens de produção devemos acessar a transação MD04 (fotografia 35) do SAP. Faremos a conversão da ordem planejada 0000003681 do material semiacabado 8000370 (Quadro montado) para ordem de produção, os passos executados nesse exemplo podem ser aplicados para as demais ordens planejadas. 94 Ao acessar a MD04 selecione o material semiacabado 8000370 (fotografia 39) que abrirá a lista abaixo contendo as necessidade dependente (NecDep) e as ordens planejadas (OrdPla), usaremos a ordem 0000003681. Fotografia 39 – Lista de necessidades, ordem planejada. Fonte: SAP. 95 Para converter a ordem planejada em ordem de produção siga os passos do esquema 31. Esquema 31 – Passos para converter a ordem planejada em ordem de produção. Fonte: O Autor. Após clicar no botão “Ord.produç.” você será direcionado para a transação CO40 (fotografia 40) para finalizar a ordem de produção. Fotografia 40 – Ordem de produção. Fonte: SAP. 96 Antes de finalizar uma ordem de produção devemos validar alguns itens, como quantidade, data de início/fim, atribuição de lote, depósito de entrada, versão de produção, roteiro de produção, lista técnica e quando todos esses itens estiverem de acordo poderemos fazer as checagens finais para liberar a ordem como, disponibilidade de capacidade, disponibilidade de materiais, cálculo de custos, programar ordem e por fim a liberação para produção. Para validarmos a quantidade e data de início/fim devemos acessar a aba “Geral” da ordem de produção, conforme fotografia 41. Fotografia 41 – Validação de quantidade e data de início/fim. Fonte: SAP. Para validarmos a atribuição do lote e o depósito de entrada devemos acessar a aba “EM” (entrada de mercadoria) da ordem de produção, conforme fotografia 42. Fotografia 42 – Validação da atribuição do lote e do depósito de entrada. Fonte: SAP. 97 Para validarmos a versão de produção, roteiro de produção e lista técnica, devemos acessar a aba “Dados Mestres” da ordem de produção, conforme fotografia 43. Fotografia 43 – Validação da versão de produção, roteiro de produção e lista técnica. Fonte: SAP. Antes de fazermos a liberação final da ordem vamos visualizar alguns itens importantesque foram adicionados à ordem de produção, copiadas da ordem planejada como, síntese de operações e síntese de componentes. Para acessarmos a síntese de operações devemos clicar primeiramente no botão “Síntese de sequências” (esquema 32) e selecionar a sequência para ver as operações existentes (esquema 33). 98 Esquema 32 – Síntese de sequências da ordem de produção. Fonte: SAP. Esquema 33 – Síntese de operações da sequência base da ordem de produção. Fonte: SAP. Esquema 34 – Representação gráfica das operações da ordem de produção. Fonte: SAP. 99 Nas visualizações das operações podemos perceber a existência de informações importantes para o controle da produção como, data e hora de início/fim de cada operação, centros de trabalhos que serão executadas as operações, quantidade que a operação deverá produzir, entre outras informações que podem auxiliar no controle da produção. Para acessarmos a síntese de componentes devemos clicar no botão “Síntese componentes” (fotografia 44). Fotografia 44 – Síntese dos componentes. Fonte: SAP. Na síntese de componentes visualizamos a estrutura da lista técnica como a quantidade necessária, data e hora da necessidade e à qual operação o componente esta atribuído. Agora que temos o entendimento das principais informações atribuídas à ordem de produção, iremos fazer as checagens finais e liberar a ordem para produção. Primeira checagem, disponibilidade de capacidade nos centros de trabalho. Para efetuarmos essa checagem devemos clicar no botão “Capacidade” e termos um retorno positivo de capacidade, conforme fotografia 45. 100 Fotografia 45 – Disponibilidade de capacidade. Fonte: SAP. Segunda checagem, disponibilidade de materiais, componentes necessários para produção do material 8000370. Para efetuarmos essa checagem devemos clicar no botão “Material” e termos um retorno positivo de disponibilidade dos componentes, conforme fotografia 46. Fotografia 46 – Disponibilidade de componentes. Fonte: SAP. Terceira checagem ou determinação de custos. Para efetuarmos a determinação de custos na ordem devemos clicar no botão “Calcular ordem” e termos um retorno positivo da determinação de custos, conforme fotografia 47. Fotografia 47 – Determinação de custos. Fonte: SAP. 101 Quarta checagem ou programar a ordem. Para efetuarmos a programação da ordem devemos clicar no botão “Programar ordem” e termos um retorno positivo da programação, conforme fotografia 48. Fotografia 48 – Programar ordem de produção. Fonte: SAP. E para finalizar devemos liberar a ordem de produção, onde serão criadas reservas dos materiais e reserva da capacidade produtiva dos centros de trabalhos utilizados na ordem. Para efetuarmos a liberação da ordem devemos clicar no botão “Liberar ordem” e termos um retorno positivo da liberação, conforme fotografia 49. Fotografia 49 – Liberar ordem de produção. Fonte: SAP. Fotografia 50 – Número da ordem de produção atribuída ao salvar. Fonte: SAP. Após criar e liberar a ordem de produção retornaremos a transação MD04 para verificar a mudança na estrutura dos dados, onde tínhamos o termo “OrdPla” agora temos “OrdPro”, conforme fotografia 51. 102 Fotografia 51 – Lista de necessidades, de OrdPla para OrdPro. Fonte: SAP. 4.1.11.3 Confirmação e encerramento da produção Para ter um controle efetivo da produção é necessário o fornecimento de dados ocorridos durante ou no fim do processo de produção, como, número de peças boas, número de peças refugadas, causa dos refugos, horário de início e término das atividades, entre outras. Para obter tais informações existem inúmeras formas e uma das mais comuns é o apontamento manual em folhas de tempo e quantidade que logo após é repassado ao responsável pela produção para apontar eletronicamente em um sistema. O apontamento manual é funcional, mas pode apresentar inúmeros erros de inconsistência, pois toda e qualquer atividade humana está sujeita a erros, podendo ser, erros de contagens, erros de escrita, erro de interpretação na hora de apontar o registro eletronicamente no sistema. Todos esses erros podem gerar incerteza nas informações e consequentemente geram dúvidas no controle produtivo. Contrapartida existe formas de fazer apontamento de produção eletronicamente, via coletores de dados ou coleta automática (interligada nas máquinas). 103 O uso de coletores, com ou sem leitores de códigos de barras, elimina a necessidade de escrever os dados manualmente, evitando erros, pois os dados apontados nos coletores geralmente têm validações para gerar consistências das informações, por exemplo, no apontamento do código do produto, do código da máquina, no código do operador, entre outras informações que podem ter validações que evitam erros. Por outro lado existe a coleta automática, quando possível, são instalados equipamentos nas máquinas que geram informações produtivas sem a intervenção do operador. Esses equipamentos, geralmente coletores, sensores que captam a produção online da máquina, por exemplo, número de peças, metros, litros produzidos, tempo de produção, refugos gerados, entre outras informações dependendo da necessidade da organização. TUBINO (2000) define que é possível coletar e armazenar dados sobre tudo que está acontecendo no processo produtivo, porém, se nenhuma ação efetiva em benefício para a empresa resultar desta coleta, ela deve ser revista e eliminada. No SAP PP quando ocorre uma confirmação, um apontamento de produção gera um estoque do produto que deve ser usado para atender uma demanda. Nesse mesmo momento, dependendo da configuração aplicada, é gerado o consumo das matérias primas indicadas na lista técnica que está associada à ordem de produção. Geralmente, apenas a última fase das operações da ordem é confirmada e quando atinge o solicitado na ordem, ocorre à confirmação automaticamente, mudando o status da ordem para confirmada. A partir das confirmações que inicia os controles de produção como, analise para atendimento das demandas, analise de desvios, apropriação de custos, encerramentos da ordem, entre outras atividades. No nosso cenário, no roteiro de produção, foram adicionadas as chaves de controles ZPP1 e ZPP2. Para as operações associadas à chave ZPP1 não existe a possibilidade de confirmar a produção. Para as operações associadas á chave ZPP2 é obrigado fazer a confirmação para que o produto esteja disponível para dar entrada no estoque. 104 Na ordem planejada que foi convertida em ordem de produção com o número 1000380 que estamos trabalhando, devemos fazer a confirmação para a operação 20 (montagem de quadro), conforme esquema 35. Esquema 35 – Operação que deve ter confirmação de produção. Fonte: SAP. Para fazermos a confirmação de produção devemos acessar a transação CO15 (fotografia 52) do SAP. Fotografia 52 – Acesso à transação de confirmação de produção CO15. Fonte: SAP. 105 Entrando na transação CO15 (fotografia 53) devemos informar o número da ordem de produção e iniciar o processo de apontamento. Primeiramente devemos clicar no botão “Movimentos de mercadorias” para entrarmos na tela de movimentos de mercadorias, onde deveremos informar a quantidade consumida de cada matéria prima, conforme fotografia 54. Fotografia 53 – Confirmação de produção CO15. Fonte: SAP. Fotografia 54 – Movimento de mercadorias, matéria prima. Fonte: SAP. 106 Na transação de confirmação de produção, CO15, podemos informar além da quantidade produzida, a quantidade de refugo, motivo do desvio, número de pessoas envolvidas, início/fim da produção e a data do lançamento, podendo fazer a confirmação parcial ou total de produção. Posteriormenteos dados apontados serão usados para o controle da produção em analises de relatórios. Após salvar a confirmação o SAP fará o consumo das matérias primas e deixara o material disponível para entrada em estoque e irá atualizar o status (fotografia 56) e o fornecimento da ordem de produção (fotografia 57). Fotografia 55 – Consumo das matérias primas. Estoque das matérias primas antes da confirmação de produção Estoque das matérias primas após a confirmação de produção Fonte: SAP. 107 Fotografia 56 – Status da ordem de produção. Fonte: SAP. Ao finalizar a produção, devemos entrar na transação CO02 (modificar) e fazer o encerramento técnico da ordem (fotografia 57). O encerramento técnico irá congelar a ordem de produção, não podendo haver mais alterações em sua estrutura nem novos apontamentos de produção. Fotografia 57 – Dados sobre: Fornecido, Confirmações e Encerramento técnico. Fonte: SAP. 108 Na fotografia 57 visualizamos no campo fornecido que está indicado que houve um fornecimento de 1.000 unidades do material 8000370 (Quadro montado) do lote 0000000646, esse fornecimento vem do apontamento de produção, relatado anteriormente, mas para que ele esteja disponível em estoque para convertemos a ordem planejada 0000003671 do material 9007824 (Bicicleta Sport) em ordem de produção devemos fazer a movimentação de estoque que será detalhada no próximo capítulo. 4.1.12 Movimentação de mercadoria Para garantir o abastecimento das linhas de produção sem faltas, sem atrasos, sem custos adicionais uma boa gestão de estoque é essencial, cuidados com os níveis de quantidades e qualidades é um fator decisivo para o bom desempenho de qualquer organização. Qualquer controle de estoque exige no mínimo dois tipos de movimentações, entradas e saídas. Tanto para as entradas como para as saídas consistem na movimentação de mercadoria física que são registradas com base nos dados de notas fiscais emitidas por fornecedores, por requisições internas de materiais, por transferências entre filiais entre outras formas que irão gerar aumento ou redução nos estoques dos depósitos. No SAP podemos encontrar inúmeras formas de registros de entrada e saída de mercadoria, entre as mais utilizadas estão: Com referência a um pedido; Com referência a uma ordem de produção; Com referência a uma reserva; Com referência a um fornecimento; Com referência a uma transferência entre filiais. 109 Esquema 35 – Movimentação de mercadoria no SAP. Fonte: SAP. Em nosso cenário os movimentos de mercadorias são executados contra uma ordem de produção, tanto para saída das matérias primas, como para as entradas das produções dos materiais semiacabado ou acabado. As saídas são executadas com um tipo de movimento, nomeado 261, para as entradas o tipo de movimento é 101. No capítulo anterior foram feitas as confirmações de produção que geraram o consumo das matérias primas, gerando os movimentos de estoque de saída 261, conforme a fotografia 58. 110 Fotografia 58 – Saída de mercadoria, tipo de movimento 261, transação MB51. Fonte: SAP. Além do consumo da matéria prima a confirmação de produção gerou uma pendência de entrada de mercadoria (fotografia 59), sendo assim devemos fazer a entrada no estoque desse material para que fique disponível na conversão da ordem planejada 0000003671 do material 9007824 (Bicicleta Sport) em ordem de produção. Fotografia 59 – Relatório de confirmações de produção, transação COOIS. Fonte: SAP. O movimento de entrada de mercadoria do material 8000370 (Quadro montado) será feito pela transação MIGO (fotografia 60) do SAP. 111 Fotografia 60 – Acesso à transação MIGO. Fonte: SAP. Ao entrar na transação MIGO devemos selecionar no primeiro campo o valor “A01-Entrada de Mercadoria”, no segundo campo “R08-Ordem” e no terceiro campo informar a ordem de produção a dar entrada no estoque, no nosso caso é a ordem 1000380 (Fotografia 61). Fotografia 61 – Informações de cabeçalho da MIGO. Fonte: SAP. 112 Em seguida são apresentadas as informações preenchidas na MIGO, conforme fotografia 62, a ação que devemos executar é confirmar os dados, como quantidade, lote, datas, entre outras e salvar o lançamento para receber a confirmação (fotografia 63). Fotografia 62 – Cabeçalho, item, tipo de movimento, ordem de produção, lote. Fonte: SAP. Fotografia 63 – Confirmação do movimento de mercadoria de entrada. Fonte: SAP. 113 Para confirmar a entrada podemos entrar na transação MB51 (fotografia 63) e verificar o estoque e tipo de movimento executado no material 8000370. Fotografia 64 – Entrada de mercadoria, tipo de movimento 101, transação MB51. Fonte: SAP. É possível consultar o estoque do material atribuído ao lote usando a transação MMBE (fotografia 63). Fotografia 65 – Estoque do material 8000370 atribuído ao lote 0000000646. Fonte: SAP. 114 Para darmos sequência na produção do material acabado 9007824 (Bicicleta Sport) para atender a demanda do Natal de 2017, devemos voltar ao capítulo 4.1.11.2 Ordem de produção e fazer a conversão da ordem planejada 0000003671 em ordem de produção e dar sequência nas atividades descritas no capítulo 4.1.11.3 Confirmação e encerramento da produção e 4.1.12 Movimentação de mercadoria. Todos esses passos devem ser repetidos por que as nossas ações e execuções no SAP PP foram com foco no material semiacabado 8000370 (Quadro montado) que é um componente necessário, devendo ter saldo em estoque, para a produção do material acabado 9007824 (Bicicleta Sport). 115 5 ANALISE DE RESULTADOS ALCANÇADOS O principal objetivo desse projeto foi simular um processo produtivo utilizando o SAP PP com base na proposta SAP Best Practices, onde a SAP propôs, baseada nessa documentação, sendo as melhores práticas para administrar as organizações. O SAP PP nos mostrou uma organização exemplar para os dados mestres no processo produtivo, a divisão proposta pela ferramenta no cadastramento das informações para os mestres de matérias, para as listas técnicas, as definições de turnos e capacidades, os centros de trabalhos, os roteiro de produção e as versões de produção, criam padrões nos procedimentos, que consequentemente geram segurança e estabilidade, tanto para organização como para os colaboradores dessa organização. Nos mestre de materiais podemos fazer os cadastros de todos os produtos usados no processo produtivo como, matéria prima, semiacabado e acabado. E em todos os cadastros tivemos padrões de informações sendo solicitado, como unidade de medida, tipo de MRP, tamanhos de lotes, tipo de suprimento, perfil de produção, entre outras informações. As listas técnicas para os produtos semiacabado e acabado tem como principio a atribuição, no cabeçalho, a quantidade básica que está representando e nos itens informamos o quanto ele representa da quantidade básica. Nos itens também é possível associar documentos, itens não inventariados, itens com dimensões variáveis, entre várias possibilidades de uso. Podemos cadastrar os turnos e as suas capacidades produtivas, conforme nossas necessidades, definindo nossos intervalos, nossos horários, não engessando o nosso processo produtivo. Uns dos itens de destaque no mestre de dados é o cadastro de centros de trabalho, um cadastro dinâmico e amplo, que possibilita o cadastro e a simulação de formulas para cálculos de capacidade produtiva e capacidade de programação de produção, sendo agrupadas por tipo de capacidades (máquinas, mão de obra, unidade de depósito, pessoas, etc.) e subdivididas em atividades, como tempo de 116 preparação, tempode processamento, tempo para desmontagem, tempo de processamento interno, tempo de distribuição, entre outras subdivisões que podem ser customizada, caso as standard não atenda. O roteiro de produção é a ferramenta do SAP PP que definiu os locais, os centros de trabalho que o material deve passar e em qual momento, podendo ter atividades paralelas, sequenciais e alternativas. A versão de produção é o agrupador de informação para o planejamento produtivo. Usada para estruturar diferentes formas de produzir um material, (com lista técnica e roteiros de produção diferentes), trazendo inúmeras vantagens para as organizações, como a criação de versões diferente de um determinado material, caracterizado para uma determinada época festiva. No planejamento produtivo, englobando a gestão de demanda, o planejamento de necessidades (MRP) e o nivelamento de produção, encontramos ferramentas que dão apoio total às organizações que desejam ter um planejamento mais assertivo. A gestão de demanda pode trabalhar de várias formas a escolha para o projeto foi make-to-stock, baseado em históricos e na sazonalidade do mercado, mas podemos utilizar a gestão de demanda em make-to-order com foco em encomenda. O planejamento das necessidades, MRP, se mostrou muito útil e eficaz, pois fez todo o planejamento das necessidades de matérias primas e da capacidade produtiva dos centros de trabalho, além de gerar requisições de compra e ordens planejadas, acelerando o trabalho para atendimento das necessidades. Um ponto do MRP do SAP que deixou a desejar, foi a forma como ele faz o planejamento de capacidade para as ordens planejadas, “O MRP é executado e assume que todos os centros de trabalho estão sempre disponíveis”, e para solucionar esse problema a SAP disponibiliza a ferramenta de nivelamento de produção, onde podemos visualizar as ordens planejadas e suas datas atribuídas pelo MRP e planeja-las conforme nossa capacidade, evitando as sobrecargas de produção. 117 As ordens de produção surgem para determinar que um material deva ser processado, em uma determinada versão, que engloba uma lista técnica e um roteiro de produção, para uma determinada data e quantidade, trazendo consigo ferramentas que facilitam os apontamentos, as confirmações e os controles de produção. E por fim as movimentações de mercadorias são executadas entre os depósitos, com entradas e saídas, tendo diferenciadores nomeados como tipos de movimento, que caracterizam em aumento ou redução dos saldos nos estoques dos depósitos. No desenvolvimento do projeto podemos ver o quando a SAP está à frente com suas ferramentas, em destaque o SAP PP, trazendo organização e qualidade para os processos nela executados. Além de gerar grandes oportunidades para profissionais se especializarem em suas ferramentas e terem grandes oportunidades no mercado de consultoria. 118 6 CONCLUSÃO Através do presente trabalho foi possível mapear os principais processos do controle de produção usados no SAP PP, aprimorar o conhecimento no uso da ferramenta e ampliar o entendimento sobre os principais conceitos produtivos. O mapeamento levantado nos mostrou que o SAP PP é um sistema complexo, completo e amigável, que demostra com exatidão os principais passos executados nos processos produtivos das organizações e podem ser usado nos mais diversos segmentos industriais. A ferramenta pode proporcionar para as organizações padrões nos procedimentos do processo produtivo, gerando reduções de custos, aumento da competitividade, redução de percas, redução de estoques, melhor cumprimento nos prazos assumidos, entre outras vantagens. O cenário simulado teve o intuito de proporcionar um melhor entendimento do leitor no uso da ferramenta e a sua aplicabilidade nos principais departamentos de uma organização, demostrando na prática o uso de cadastros, da gestão de demanda, da programação de produção, da confirmação de produção e por fim da estocagem dos materiais, e assim poder ser usado como parâmetro de apoio na tomada decisória de escolha da ferramenta de gestão produtiva para sua empresa, indústria. Por fim podemos perceber o quanto é importante ás ferramentas para a gestão de produção nas organizações, pois proporcionam com rapidez, informações para tomadas de decisões mais assertivas na detecção de problemas e na construção de planejamentos estratégicos. Com relação ao conhecimento da ferramenta, apesar de muito avançada conceitualmente e tecnologicamente, existe uma grande lacuna do conhecimento a ser preenchida e pesquisada, pois há pouco ou quase nada de trabalhos científicos relacionados ao tema. 119 7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CORRÊA, H. L.; CORRÊA, GIANESI, I. G. N. CAON, M. Planejamento, programação e controle da produção: MRP II / ERP conceitos, uso e implantação. São Paulo: Atlas. 2001. CORRÊA, H. L. Planejamento, Programação e Controle da Produção. São Paulo: Atlas, 2001. CORRÊA, H.; Gianesi, I. Just in time, MRP II e OPT: um enfoque estratégico. São Paulo: Atlas, 1993. SAP BEST PRACTICES, SAP AG. Disponível em: <http://help.sap.com/bestpractices>. 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