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Spaterapia
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Me. André Nessi
Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Selma Aparecida Cesarin
Spaterapia
• Introdução;
• Origem e Conceito de SPA.
• Conhecer e discutir as histórias e, principalmente, os conceitos de SPA;
• Entender a leitura em diversos prismas que, normalmente, estão ligados à estética, 
à beleza e ao bem-estar em ambiente SPA, ligados à respectiva época na qual foram 
produzidos ou às linhas teóricas de seus leitores;
• Compreender a organização e a ornamentação do ambiente de SPA. 
OBJETIVOS DE APRENDIZADO
Spaterapia
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas: 
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como seu “momento do estudo”;
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos 
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua 
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o 
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de 
aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e de se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Spaterapia
Introdução
Considerando que a ideia central desta Unidade é mostrar como o SPA é uma 
prática que vem crescendo e se desenvolvendo há séculos, destaca-se que, desde os 
povos antigos, o homem vem sabiamente aproveitando os benefícios da água, para 
promover o bem-estar físico, mental e espiritual. 
Desde os Mesopotâmios, povo da região em que hoje está situado o atual Iraque, 
os banhos purificadores eram prática comum, com o objetivo do cuidado integral. 
Figura 1
Fonte: Getty Images
Esses banhos também eram comuns para os egípcios, os gregos e os romanos, os 
japoneses e os europeus que, além de práticas milenares da ação da água para purifi-
car, também conheciam sabiamente como usá-la para relaxamento e ação terapêutica. 
Como informado, a Mesopotâmia era uma região da Ásia Menor, de terras ricas 
e férteis, pois era banhada pelos rios Tigre e Eufrates, muitas vezes citados não só 
pela História, mas pela Bíblia, como ponto de encontro dos comerciantes da região. 
Buscando novas mercadorias, paravam para se banhar, reunir-se com os poderosos 
e os comerciantes da época, além de usufruir das festas e de encontros de purificação. 
Muito conhecidos até os dias de hoje, mas são dos primórdios, os conhecidos 
banhos públicos selaram, posteriormente, a expressão “Saúde pela água”. 
Rio Tigre e Eufrates, disponível em: http://bit.ly/2T2v0QZ
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O ser humano, desde os tempos antigos, pelas caminhadas longas até che-
gar aos centros urbanos, também era castigado pelo clima, pelas estradas, pelo 
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cansaço físico e até mental. Os rios eram o refrigério, o descanso esperado, o que 
o ele procurava em dias de descanso e para banhos. 
A história regista que a primeira jacuzzi moldada em granito foi para o Rei Dario, 
da antiga Pérsia, e isso ocorreu por volta do ano 500 a.C. 
Dario organizou o Império, dividindo-o em províncias (satrapias) e colocando os 
sátrapas, que eram os senhores de poderes, para governá-las. 
Organizou um novo Sistema Monetário unificado e fez do aramaico o idioma 
oficial do Império. 
Também instituiu projetos de construção por todo o Império, especialmente, em 
Susa, Pasárgadas, Persépolis, Babilônia e Egito, onde também foi responsável pela 
codificação das Leis. 
Dario também é lembrado por ter gravado num penhasco a célebre inscrição de 
Behistun, uma autobiografia, de grande importância linguística. 
Entre os colossais projetos arquitetônicos, estão os palácios de Persépolis e Susa, 
onde foram encontrados as primeiras Jacuzzis.
Figura 2
Fonte: Wikimedia Commons
A jacuzzi remonta a 1900, quando sete irmãos imigraram de Itália para o estado 
americano da Califórnia. Em 1956, uma pessoa da família precisou de um trata-
mento de hidroterapia para tratar a artrite e os engenheiros da Jacuzzi adaptaram 
uma dessas bombas para ser usada numa banheira. 
A família Jacuzzi viu aí um bom negócio, surgindo um novo nicho de Mercado, 
colocando as banheiras de hidromassagem no Mercado, em 1968. Os modelos 
eras vendidos para Hospitais e Escolas. 
Pouco depois, com a preocupação do povo norte-americano com a saúde, o 
bem-estar e a cultura ao corpo, a Empresa iniciou as vendas ao público. 
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UNIDADE Spaterapia
Em 1970, a empresa lançou a primeira banheira Spa, uma unidade grande, 
desenhada para acomodar várias pessoas, possuindo sistema de filtragem para 
manter a água aquecida e limpa. 
Em 1979, a família vendeu a Empresa e somente Roy Jacuzzi permaneceu à 
frente do negócio.
A Companhia Jacuzzi iniciou suas atividades no Brasil, em 1958, com a fabri-
cação das famosas bombas hidráulicas Jacuzzi, em São Bernardo do Campo, São 
Paulo, ampliando sua linha, em 1964.
Em 1980, a Empresa instalou sua sede na cidade de Itu, interior de São Paulo, 
onde está localizada até hoje e é detentora de mais de 250 patentes na área de 
banheiras e bombas. 
Hoje temos, não só no Brasil, mas em toda a Europa, Ásia e América do Norte 
diversos hotéis, Resorts e SPAs, que trazem a prática do relaxamento em banhei-
ras, mas com todo o glamour, com um profissional de SPA, muitos da área da 
Estética, que conduzem o cliente até o banho e fazem toda a orientação, para ser 
um momento único e agradável.
Voltando um pouco no tempo, não podemos esquecer que os gregos e os 
romanos, elevaram o SPA ao glamour e ao luxo, porque utilizavam os recursos 
da água quente, citados em escritos dos grandes filósofos como Platão, Homero 
e Hipócrates. 
Além dos banhos, eram comuns as práticas de massagens e esfoliações, com 
sais e betumes, o próprio Hipócrates defendia que era importante para os médicos 
conhecerem a arte do esfregar (fricção) que era a conhecida arte de massagem à 
época, para ajudar o corpo em seu funcionamento. 
O médico grego Asclepíedes teve importante papel para o desenvolvimento das 
práticas de massagens da época. Posteriormente, em seus compêndios, Galeno 
classifica as Técnicas de Massagens, muitas delas aplicadas nos atuais SPAs ao 
redor do mundo. 
Figura 3 – Termas Romanas
Fonte: auladehistoria.org
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Percebemos que os atuais SPAs, receberam influências históricas do passado, 
como um local para busca da mente sã e do corpo são, por meio de banhos e prá-
ticas como as massagens corporais, descritos nesta Unidade. 
Para iniciarmos esta Unidade, reflita acerca do seguinte tema: Empreendedorismo na Área 
de SPA, por meio do vídeo disponível no Programa Canal e Beleza, com a Entrevista no Kuro-
tel, em Gramado, exibido em 27/03/2017. Disponível em: https://youtu.be/z8N6TI6zx14
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Perceba que o Spa Kurotel foi considerado omelhor do mundo, e a diretora, na 
entrevista, fornece-nos dicas para o sucesso com pequenas mudanças, para adqui-
rir saúde e bem-estar, num ambiente acolhedor com promoção de hábitos saudá-
veis, de forma simples e natural. Também se refere aos clientes, o perfil do público 
que procura e frequenta o ambiente de Spa. 
Origem e Conceito de SPA
SPA é o nome de uma estância termal situada na Província de Liége, na Bélgica, 
e é, atualmente, a designação genérica para um o ambiente estilo resort, associado 
ou não a uma estância termal, com banhos, atividades aquáticas, saunas, espregui-
çadeiras para descansos, rede de repousos e banheiras de hidromassagens, além 
de diversos tipos de massagens oferecidas, desde cuidados com a face, com mãos, 
tratos nos pés e ótimas massagens nas costas, sempre associadas a atividades de 
lazer que promovam viver saudável e bem-estar. Também estão relacionadas ao 
turismo de saúde e à qualidade de vida. Uma excelente forma de relaxamento para 
a mente, o corpo e espiritual.
Quando citamos SPA, sempre o relacionamos aos famosos banhos termais, to-
dos ligados à saúde e ao bem-estar, na Antiguidade. 
Os famosos banhos termais apresentam registros, na Antiguidade clássica, como 
os encontros dos romanos em ambientes glamorosos com águas quentes, para mo-
mentos de lazer, conferências e encontros de autoridades.
As primeiras termas nasceram em locais nos quais era possível desfrutar de 
nascentes naturais de água quente ou dotadas de propriedades curativas. Com o 
tempo, sobretudo durante a era imperial, difundiram-se, também, dentro das cida-
des, graças ao desenvolvimento de técnicas de aquecimento da água. Os antigos 
romanos, porém, usavam as termas mais como lugar de relaxamento e socialização 
do que como espaços terapêuticos.
Nessi (2013) cita que, há milhares de anos, diversas civilizações já utilizavam ba-
nhos para purificar e relaxar o corpo, além de combater variados tipos de doenças. 
Em 3550 a.C., civilizações mesopotâmias e sumérias utilizavam as margens 
dos rios Tigres e Eufrates para a realização de rituais aquáticos de purificações 
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UNIDADE Spaterapia
espirituais. O autor se refere, ainda, aos faraós egípcios que, 3200 a.C., também 
realizavam os rituais de purificações em margens do rio Nilo. 
Já o povo hebreu, no ano de 1250 a.C., praticava rituais e banhos de imersão 
em águas, buscando a purificação. 
Citam, na História, que a cidade de Spa, na Bélgica, conhecida na Roma antiga 
como Aquae Spadanae, era muito frequentada por pessoas que tinham deficiência 
de ferro no organismo e, além da aplicação externa, também era consumida para 
tratamento. Assim, bebiam a água ferruginosa. Com essa prática, em 1326, o 
Sr. Collin Le Loup referiu ter sido curado graças à água da fonte próxima a Liège, 
que era conhecida como Spa, posteriormente a conhecida e abreviada palavra SPA 
como Salus per Aquam, do Latim, com o significado de “Saúde pela Água”. 
No ano de 1571, na Inglaterra, o famoso soldado, escalador e pesquisador 
William C. Slingsby esteve nas terras inglesas de Yorkshire, lugar posteriormente 
conhecido de estações das águas da Inglaterra: Harrogate, encantadora cidade ter-
mal, até os dias de hoje.
Ele redescobriu grandes termas romanas nessa região, porém, essa cidade, ao 
ser visitada pelo Dr. Timothy Bright, passou a se chamar de The English Spaw, o 
Spa inglês para tratamentos e foi responsável por tratar quadros de melancolia e 
depressão com águas termais. 
Uma importante referência sobre Spas é a International Spa Association, que 
define diversos tipos de Spas, apresenta conceitos importantes sobre Spas termais, 
Hotéis Spas, Resorts Spas e Spas clínicos e de descanso. 
Informações sobre a International Spa Association – ISPA disponíveis em: http://bit.ly/2KZWy64
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Como definição, podemos dizer que SPA é um estabelecimento comercial, de 
serviços, que dispõe de um local elegante e aconchegante, com estrutura específi-
ca, para oferecer aos clientes, chamados de Spazianos ou frequentadores de SPA, 
tratamentos e cuidados para saúde, beleza e bem-estar, por meio de banhos, apli-
cações diversas de recursos naturais e massagens. 
No Brasil, muitas vezes, os SPAs estão localizados em locais urbanos, nos quais 
não podem ser oferecidos banhos em piscinas, banheiras e usos de recursos ter-
mais, mas nos quais os clientes podem usufruir de técnicas naturais e manuais, por 
algumas horas. 
Esses locais são chamados de Spa Urbano ou serviços de Day Spa, e oferecem 
todo acolhimento e cuidado de um Spa de Hotel, porém sem hospedagem, sendo 
que as ofertas de serviços dependem da época do ano, da data temática ou da oca-
sião do cliente, como casamento ou aniversários.
O Brasil está cada vez mais forte como referência em SPAS, seja em SPA Médi-
co, seja em SPA Hotel, SPA Resort ou SPA Urbano. 
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Segundo os autores como Smith e Puczko (2014), ainda existem poucos estudos 
relacionando-os ao bem-estar para a indústria de SPA, no Brasil. 
Autores como Panosso Netto e Ansarah (2015) pesquisaram sobre o turismo 
médico, o turismo de saúde, a história das águas termais e o turismo termal; no 
entanto, nenhum deles estudou especificamente os SPAS urbanos no Brasil, que a 
cada ano crescem mais, como ótima oportunidade de negócios e de trabalho.
Os melhores SPAs do mundo podem ser encontrados no famoso The Spa Book: 
The Official Guide to Spa Therapy, um guia com relação dos melhores e mais 
elegantes SPAs a serem desfrutados com hospedagens e tratamentos internacionais. 
Conhecendo esta oportunidade do Mercado de trabalho, para atuar com Spate-
rapia é preciso ter espírito empreendedor. 
Vamos refletir sobre esse assunto!
Para Dornelas (2005), Empreendedorismo é o envolvimento de pessoas e pro-
cessos que, em conjunto, levam à transformação de ideias em oportunidade. 
Por meio desta reflexão, sabemos que podemos oferecer ideias a serem aplica-
das com sucesso.
Outro conhecido autor, Dolabela (2003), define Empreendedorismo como sendo 
uma Ciência em que são estudados os aspectos referentes ao empreendedor, seu 
perfil, suas origens, seu sistema de atividades e seu universo de atuação.
O termo empreendedor origina-se do francês entrepreneur, que significa aquele 
que assume riscos e começa algo novo. 
Uma das melhores definições, segundo Dornelas (2005), diz que o empreende-
dor é aquele que destrói a ordem econômica existente pela introdução de novos 
produtos e serviços, pela criação de novas formas de organização ou pela explora-
ção de novos recursos e materiais. 
Atuar com SPA é perceber o Mercado, quais são as novas tendências e oferecer 
ao público consumidor o que ele deseja e está em alta. 
Dolabela (2003) usa uma definição simples e abrangente para o termo empre-
endedor, que o trata como uma pessoa que imagina, desenvolve e realiza visões. 
Baseado nisso, ele comenta sobre o empreendedor como alguém que define por 
si mesmo o que vai fazer e em que contexto será feito. Ao definir o que vai fazer, 
ele leva em conta seus sonhos, desejos, preferências e o estilo de vida que quer ter. 
Assim, o empreendedor tende a ser uma pessoa extremamente dedicada, pois seu 
trabalho se confunde com prazer.
Temos como referência a Dra. Ala Szermann que, vinda da Hungria, estando 
num país estrangeiro, que era o Brasil, iniciou uma proposta de Atividade física 
na TV, algo inovador e revolucionário, na década de 1980, porém mais revolucio-
nário ainda era trazer para o país o primeiro SPA, no litoral paulista. Com visão
empreendedora, ela, no final da década de 1990 e início de 2000, trouxe o uso 
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UNIDADE Spaterapia
de Massagem com Pedras Quentes como uma das terapias mais procuradas nos 
serviços de SPA (PEREIRA, 2013).
Dornelas (2005) diz que o empreendedor é aquele que faz as coisas acontece-
rem, antecipa-se aos fatos e tem uma visão futura da Organização.
O empreendedor é a energia da Economia. Ele não é apenas um fundador de 
novas Empresas ou o construtor de novos negócios, “Ele é a energiada Economia, 
a alavanca de recursos, o impulso de talentos, a dinâmica de ideias”. Além disso, 
destaca o autor: “Ele é quem fareja as oportunidades fortuitas, antes que outros 
aventureiros o façam” (CHIAVENATO, 2006, p. 9).
De acordo com Bernardi (2007), há um mito de que um empreendedor nasce 
empreendedor e que não é possível desenvolver o Empreendedorismo.
Essa afirmação, segundo o autor, não é verdadeira, tomando-se por base uma 
análise mais criteriosa dos vários empreendimentos existentes, independentemente 
de sua etapa evolutiva. 
Existem várias circunstâncias que dão origem a um empreendimento e ao surgi-
mento do empreendedor, que podem ou não se relacionar a seus traços de perso-
nalidade, tais como:
• O empreendedor nato: é a personalização integral do empreendedor que, 
por motivos próprios ou influência familiar, demonstra traços de personalida-
de empreendedores, está muito relacionado ao tipo de autoridade familiar e o 
ambiente motivacional;
• O herdeiro: pode ou não possuir as características do empreendedor por 
afinidade e vocação; dá continuidade ao empreendimento em que é treinado 
desde cedo. Muitas vezes, por não ter as características empreendedoras e por 
ter sido treinado por imposição, pode ter insucesso;
• O funcionário da empresa: pode ter características empreendedoras e, por 
falta de reconhecimento ao longo de sua carreira, sente-se frustrado e decide 
partir para um negócio próprio;
• Excelentes técnicos: com características de empreendedor, dispõe do conhe-
cimento e da experiência sobre algum produto ou serviço e decide iniciar um 
negócio próprio;
• Vendedores: entusiasmados pela dinâmica de suas funções cotidianas, como 
conhecem o Mercado, têm muitos contatos, têm experiência no ramo e ini-
ciam um negócio próprio em Indústria, Comércio ou Serviços;
• Opção ao desemprego: uma modalidade de empreendimento arriscada que, 
pelas circunstâncias, pode ou não terminar em sucesso, dependendo se exis-
tem ou não características empreendedoras. Além disso, se a opção for aguar-
dar uma nova oportunidade de emprego, ocorre diminuição ou eliminação de 
qualquer chance de se obter um empreendimento de sucesso;
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• Desenvolvimento paralelo: o funcionário, como alternativa futura, tendo ca-
racterísticas empreendedoras, estrutura-se entre amigos ou familiares e desen-
volve um negócio relacionado à sua experiência ou não, ou se associa a outro 
ramo de atividade, apenas como sócio capitalista; 
• Aposentadoria: com experiência adquirida e devido à idade precoce com que 
o Mercado costuma marginalizar as pessoas, inicia um negócio próprio, usual-
mente, em comércio ou serviços.
Segundo Dolabela (2003), um dos principais atributos do empreendedor é iden-
tificar oportunidades, agarrá-las e buscar os recursos para transformá-las em negó-
cio lucrativo. 
O empreendedor deve ser capaz de atrair tais recursos, demonstrando o valor do 
seu projeto e comprovando que tem condições de torná-lo realidade.
Segundo Dolabela (2003), vinte e sete são as características típicas de um em-
preendedor: ter um “modelo”, uma pessoa que o influencia; ter iniciativa, auto-
confiança, autonomia, otimismo, necessidade de realização; trabalhar sozinho (o 
processo visionário é individual); ter perseverança e tenacidade para vencer obstá-
culos; considerar o fracasso um resultado como outro qualquer, pois pode apren-
der com os próprios erros; ser capaz de se dedicar intensamente ao trabalho e 
concentrar esforços para alcançar resultados; saber fixar metas e alcançá-las; lutar 
contra padrões impostos; diferenciar-se; ter a capacidade de descobrir nichos; ter 
forte intuição; ter alto comprometimento, crendo no que faz; criar situações para 
obter feedback sobre seu comportamento e saber utilizar tais informações para 
seu aprimoramento; saber buscar, utilizar e controlar recursos; ser um sonhador 
racional; criar um sistema próprio de relações com empregados; ser orientado para 
resultados, para o futuro, o longo prazo; aceitar o dinheiro como uma das medi-
das de seu desempenho; tecer “rede de relações” (contatos, amizades), utilizando-a 
intensamente como suporte para alcançar os seus objetivos e considerar a rede de 
relações internas (sócios, colaboradores) mais importante que a externa; conhecer 
muito bem o ramo de atuação; cultivar a imaginação e aprender a definir visões; 
saber traduzir pensamentos em ações; ser proativo: definir o que quer e aonde quer 
chegar, buscando o conhecimento que permitirá o alcance de seus objetivos; criar 
um método próprio de aprendizagem: aprender a partir do que se faz; ter capa-
cidade de influenciar as pessoas com as quais lida; assumir riscos moderados; ser 
inovador e criativo; ter alta tolerância à ambiguidade e à incerteza; manter um alto 
nível de consciência do ambiente em que vive.
Por meio dessas leituras, e compreendendo os empreendedores de sucesso, po-
demos dizer que:
• São visionários: Têm a visão de como será o futuro para o negócio e sua vida 
e, o mais importante, têm a habilidade de implementar seus sonhos;
• Sabem tomar decisões: Não se sentem inseguros, sabem tomar as decisões 
corretas na hora certa, principalmente, nos momentos de adversidade, sendo 
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UNIDADE Spaterapia
um fator chave para o seu sucesso. E mais, além de tomar decisões, implemen-
tam suas ações rapidamente;
• São indivíduos que fazem a diferença: Os empreendedores transformam 
algo de difícil definição, uma ideia abstrata, em algo concreto, que funciona, 
transformando o que é possível em realidade. Sabem agregar valor aos servi-
ços e produtos que colocam no Mercado;
• Sabem explorar ao máximo as oportunidades: Para a maioria das pessoas, 
as boas ideias são daqueles que as veem primeiro, por sorte ou acaso. Para 
os visionários (os empreendedores), as boas ideias são geradas daquilo que to-
dos conseguem ver, mas não identificam algo prático para transformá-las em 
oportunidades, por meio de dados e informação. O empreendedor é exímio 
identificador de oportunidades, sendo um indivíduo curioso, criativo, e atendo 
a informações, pois sabe que suas chances melhoram quando seu conhecimen-
to aumenta;
• São determinados e dinâmicos: Eles implementam suas ações com total com-
prometimento. Atropelam as adversidades, ultrapassando os obstáculos, com 
vontade ímpar de fazer acontecer e cultivam inconformismo diante da rotina;
• São dedicados: Eles se dedicam 24h por dia, 7 dias por semana, ao negócio. 
São trabalhadores exemplares, encontrando energia para continuar, mesmo 
quando encontram problemas pela frente;
• São otimistas e apaixonados pelo que fazem: Elas adoram o seu trabalho, 
sendo esse amor o principal combustível para mantê-los cada vez mais anima-
dos e determinados, tornando-os os melhores vendedores de seus produtos e 
serviços, pois sabem como ninguém como fazê-lo;
• São independentes e constroem seu próprio destino: Eles querem estar à 
frente das mudanças e ser donos do próprio destino. Querem criar algo que 
seja novo e determinar seus próprios passos, abrir seus próprios caminhos;
• São líderes e formadores de equipes: Têm um senso de liderança incomum.
• São respeitados e adorados por seus pares: Sabem valorizá-los, estimulá-
-los e recompensá-los, formando um time em torno de si.
• São bem relacionados (networking): Sabem construir uma rede de contatos 
que os auxilia nos ambientes internos e externos da Empresa, junto a clientes, 
fornecedores e entidades de classe;
• São organizados: Os empreendedores sabem obter e alocar os recursos ma-
teriais, humanos, tecnológicos e financeiros, de forma racional, procurando o 
melhor desempenho para o negócio;
• Planejam, planejam, planejam: Os empreendedores de sucesso planejam 
cada passo, desde o primeiro rascunho do plano de negócios, até a apresenta-
ção do plano a investidores e superiores, sempre tendo como base a forte visão 
de negócio que possuem;
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• Possuem conhecimento: São sedentos pelo saber e aprendem continuamen-
te, pois sabem que quantomaior o domínio sobre um rumo de negócio, maior 
é sua chance de êxito;
• Assumem riscos calculados: Talvez essa seja a característica mais conhecida 
dos empreendedores. Mas o verdadeiro empreendedor é aquele que assume 
riscos calculados e sabe gerenciar o risco, avaliando as reais chances de suces-
so. Assumir riscos tem relação com desafios e, para o empreendedor, quanto 
maior o desafio, mais estimulante será a jornada empreendedora;
• Criam valor para a sociedade: Os empreendedores utilizam seu capital in-
telectual para criar valor para a Sociedade, por meio da geração de emprego, 
dinamizando a Economia e inovando, sempre usando sua criatividade em bus-
ca de soluções para melhorar a vida das pessoas.
Atuar com Spaterapia é atuar como o novo, com novas ideias, porém, utilizando 
muitas vezes os recursos já existentes, como as diversas técnicas naturais, instru-
mentais e manuais. 
• Recursos Naturais: Uso da Geoterapia (cuidados com aplicação de lama, argi-
la, carvão, pedras, areia); uso da Hidroterapia (caminhadas kneipp, banhos de 
imersão, banhos de hidromassagem, banho de ducha contínua, banho de as-
sento, saunas (seca e vapor); uso da Trofoterapia (dieta só de frutas, alimentação 
frugívera, alimentação vegana, alimentação de baixo carboidratos, tratamentos 
por meio do limão); uso da Helioterapia e Termoterapia natural (banhos de Sol 
pela manhã e pela tarde, de forma orientada);
• Recursos Manuais: Uso da Massagem Clássica, Massagem Epicrânia, Mas-
sagem Indiana na Cabeça, Massagem Reflexa, Massagem Manual, Massagem 
nas Costas, Massagem Antiestresse, Drenagem Linfática Manual, Reflexolo-
gia, Massagem Indiana e Massagem Havaiana Lomi Lomi, entre outras;
• Recursos Instrumentais: Uso da Massagem com Pedras Quentes, Massagem 
com Conchas, Massagem com Bambu, Massagem com toalhas quentes, Mas-
sagem com pérolas, Massagem com Velas, Massagem com ventosas e Massa-
gem com sais, entre outras.
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UNIDADE Spaterapia
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Livros
Spaterapia
O livro Spaterapia aborda no capítulo 1 a história dos SPAs, o uso da água como fonte 
de energia, a proliferação dos Spas pelo mundo, a concepção mais moderna dos Spas. 
No capítulo 2, aborda os novos Spas e o Mercado em expansão.
PEREIRA, M. F. L. Spaterapia. São Caetano do Sul: Difusão Editora, 2013.
SPAS e salões de Beleza
O livro Spas e Salões de Beleza – Terapias passo a passo, aborda práticas de segurança 
e higiene, além de esterilização, desinfecção e antissepsia dos materiais, no Capítulo 1, 
e no Capítulo 9, sobre Aromaterapia, importante para organização e a ornamentação 
de Spa.
MOREN, S. A. SPAS e salões de Beleza. Terapias Passo a Passo. São Paulo, Cengage 
Learning, 2009.
SPAS
Esta obra descreve sobre as tendências dos SPÁs, além da classificação, e procedimentos, 
uma riqueza de diversos tratamentos desde a termoterapia, hidroterapia natural, 
recursos naturais. Um material teórico rico que será a base de seus conhecimentos 
extra disciplina. Vale apena conferir.
POSSER, L. da L. SPAS. Uma Alquimia de uma Jornada. Porto Alegre: Besouro 
Box, 2011.
The Art and Science of SPA and Body Therapy
Este livro The Art and Science of SPA and Body Therapy orienta cuidadosamente 
os leitores através dos princípios de análise corporal, tratamentos de calor e água, 
aplicação de máscaras e outros recursos naturais, técnicas de massagem e aplicações 
naturais. Explicando de forma acessível estas terapias e sobre a ciência de Spa, será 
um complemento para esta unidade.
MOREN, S. A. SPAS e salões de Beleza. Terapias Passo a Passo. São Paulo, Cengage 
Learning, 2009.
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Referências
ALTMAN, N. Healing springs: the ultimate guide to taking the waters: from 
hidden springs to the world’s greatest SPAS. New York USA: Inner Traditions/
Bear & Company, 2000.
BENEDETTO, A. V.; MILIKAN, L.E. Mineral water and SPAs in the United States. 
Clin. Dermato, Philadelphia, n. 14, p. 583-600, 1996.
BERNARDI, Luiz Antonio. Manual de Empreendedorismo e Gestão. São Paulo: 
Atlas, 2003.
CANTOR, D. The contradictions of specialization: rheumatism and the decline 
of the SPA in inter-war Britain, Med. Hist. Supp, Bethesda, MD, USA: n. 10, 
p. 127-144, 1990.
CHIAVENATO, I. Empreendedorismo: Dando Asas Ao Espírito Empreendedor. 
São Paulo: Saraiva, 2006.
CREBBIN-BAILEY, J.; HARCUP, J.W.; HARRINGTON, J. The Spa Book: The 
Official Guide to Spa Therapy. London: Cengage Learning EMEA, 2005.
DOLABELA, Fernando. Oficina do Empreendedor: a metodologia de ensino que 
ajuda a transformar conhecimento em riqueza. São Paulo: Cultura Editores Asso-
ciados, 2003.
DORNELAS, José Carlos Assis. Empreendedorismo: transformando ideias em 
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