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de microbiota. Há também estudos relacionando a microbiota com estresse e ansiedade. Gênero Staphylococcus (Gram-positivos) São cocos Gram-positivos e resistentes a variações ambientais Ocorrem em agrupamentos semelhantes a cachos de uva Elas não fazem esporos, são imóveis Principais espécies → Staphylococcus áureos, Staphylococcus epidermidis e Staphylococcus saprophyticus. Há a existência de muitas espécies de Staphylococcus, porém são essas espécies as maiores causadoras de patologias em humanos. Um dano no tecido da pele favorece a entrada de Staphylococcus para as camadas internas do tecido. A presença dessa bactéria causará a quimiotaxia de leucócitos Uma das formas que o neutrófilo consegue impedir infecções bacterianas é a liberação de substancias antimicrobianas. Entre essas substancias há reativos de oxigênio, reativos de nitrogênio, amieloperoxidade e peróxido de hidrogênio. Entretanto, os Staphylococcus produzem a enzima catalase, que irão agir diretamente sobre o peróxido de hidrogênio, convertendo- o em água e oxigênio. A catalase foi utilizada para a diferenciação com outras bactérias. Catalase positiva → Conversão → Staphylococcus Catalase negativa → Não ocorre conversão → Streptococcus Está presente na microbiota normal da pele e via respiratória superior e é responsável por uma ampla gama de infecções no ser humano Fatores de virulência → Mecanismos que a bactéria dispõe para garantir sua infecção no organismo, escapando do sistema imune. O aureus possui diversos fatores de virulência, como a presença da proteína A que se ligará a porção FC do anticorpo, causando a perda da neutralização. Outro fator é o Clumping (Coagulase) que recobre os sítios disponíveis da bactéria com uma substancia muito parecida com fibrinogênio, fazendo com que escape do reconhecimento dos fagócitos. Ainda Staphylococcus aureus há a produção de Hemolisina, que tem a função de destruir células. Esses fatores podem ser utilizados em laboratórios para o reconhecimento das bactérias. O aureus é a espécie mais importante, sendo o responsável pelo segundo maior número de infecções nos seres humanos Padrões de Hemólise em ágar sangue Preparação de ágar nutritivo com 5% de eritrócitos. Quando a bactéria produz hemolisina, destruindo totalmente os eritrócitos, há a Beta hemólise. Quando a bactéria produz hemolisina e destrói parcialmente os eritrócitos, há a Alfa hemólise A Gama hemolítica é a ausência da hemolisina A maioria das bactérias dessa espécie estabelecem colônias beta-hemolíticas Principais doenças relacionadas ao Staphylococcus aureus A maior parte das infecções se dá no tecido cutâneo e subcutâneo Impetigo → Manifestação clínica muito comum em crianças, sendo a proliferação de Straphylococcus aureus na epiderme (causado pelo rompimento da barreira natural da pele). São comuns na face e nos membros Foliculite → Infecção do folículo piloso, devido ao rompimento da barreira (coceira e depilações), formando a presença de pus nos folículos (terçol nos cílios) Furúnculo → Extensão da foliculite, formando nódulos dolorosos e compostos de pus Carbúnculo → Interação de vários furúnculos, podendo atingir tecidos mais profundos Endocardites → Quando a bactéria atinge a corrente sanguínea, podendo ocorrer durante um cateter intravenoso e injeções intravenosas em usuários de drogas (higienização deficiente), podendo também ser causados por infecção local. Osteomielite → bactéria alcança os ossos por via hematogênica em consequência de traumas Intoxicação alimentar → Ingestão de enterotoxinas que o S. aureus produz, geralmente pela manipulação de alimentos Síndrome do choque tóxico → colonização de S. aureus na vagina, que produziam toxinas → Tampão vaginal Síndrome da pele escaldada → Comum em recém-nascidos e crianças menores de 4 anos → aureus destrói a desmogleína (promove a união das células epiteliais) através da exfoliatina → Resolve-se com o tempo através do equilíbrio da resposta imune Bacteremias → Presença do aureus na corrente sanguínea Diagnóstico do S. aureus Faz-se a coleta da amostra do sítio onde a infecção está ocorrendo com um swab e enviar para o laboratório. Ocorre em três fases. A primeira é a produção da lâmina (exame bacterioscópico) em que há a fixação das bactérias na lâmina, coloração de Gram e identificação nos microscópios Isolamento da bactéria → Em meios de cultura não seletivos (ágar nutriente, ágar sangue e ágar chocolate) ou meios seletivos de aureus → ágar-manitol (sais de manita que favorecem o crescimento de Staphylococcus e, se houver mudança de coloração para dourado, há S. aureus. Teste da catalase positiva → Conversão do peróxido de hidrogênio em água e oxigênio → Diferencia Staphylococcus de Streptococcus Teste da coagulase → Diferenciação somente do aureus, pois só ele possui esse fator de virulência → Essa enzima coagula o plasma ao transformar o fibrinogênio em fibrina. → Pode ser realizado em lâmina ou em tubos Staphylococcus epidermidis É a segunda espécie mais importante do gênero Staphylococcus Principal membro da microbiota normal do corpo humano Não apresentam produção de coagulase Possuem muitos fatores de adesão, sendo perigosa para pessoas que fazem uso de material invasivo → Leva a bactéria da pele para o sangue (má higienização e permanência do material invasivo por muito tempo) → Formação de biofilme Principal fator de virulência → Biofilme → dificuldade de penetração e difusão de antimicrobianos → Bactérias na porção mais interior do biofilme recebem pouca quantidade de antimicrobianos Staphylococcus saprophyticus Não apresenta a produção de coagulase Frequentemente causam infecções do trato urinário, principalmente de mulheres, por poder estar presente na microbiota vaginal, podendo causar cistite e uretrite, e em casos extremos bacteremia. A infecção é sintomática e pode envolver o trato urinário superior também, devido a sua capacidade de aderência ao epitélio urinário É um dos poucos CNS (coagulase negativo) que é resistente à novobiocina → auxilia na identificação Teste de susceptibilidade à Novobiocina → Duas bactérias são colocadas em meio de cultura e posteriormente adiciona- se o antibiótico de disseminação radial. Depois de horas, se ao redor do disco não há bactérias, ela é resistente ao antibiótico, se houver bactérias, ela é resistente