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Colonizam o trato respiratório superior, trato intestinal baixo e vagina, de modo que 5 a 40% das gestantes podem estar colonizadas, possibilitando infecção em recém nascidos. São inicialmente reconhecidos como causadores de sepse puerperal e infecções neonatais ou perinatais (pneumonias, meningites e bacteremias). Dentre as manifestações clínicas em um recém-nascido, temos a sepse. A sepse ocorre logo após o nascimento devido a colonização e infecção por essa espécie de bactéria. Para sua identificação, é utilizado o teste do fator CAMP. Esse teste é baseado na detecção do fator CAMP produzido pelo agalactiae. Primeiramente há o uso de ágar- sangue e a utilização de uma bactéria de ação beta-hemolítica (Staphylococcus aureus é muito usada). É feita uma linha com o aureus, e posteriormente em linhas perpendiculares há o depósito de amostra em teste. Caso seja o agalactiae com produção de fator CAMP haverá a formação de uma área maior de beta-hemólise a partir da união das duas bactérias. Isso ocorre devido ao fato do fator CAMP intensificar a ação beta-hemolítica da aureus. Enterococcus faecalis A maior parte de amostras do gênero Enterococcus isolada pertencer a E. faecalis. São cocos gram-positivos, isolados ou em cadeias curtas, catalase negativo, menor exigência nutricional e maior resistência a agentes físicos e químicos. Essa bactéria apresenta sensibilidade a Penicilina. Essa bactéria está entre as causas de Bacteremias, Endocardites, Infecções do trato urinário e biliar, Infecções de feridas, Infecções pélvicas e intra-abdominais. A E. faecalis é um dos agentes mais importantes da infecção hospitalar, com o agravante de ter adquirido maior resistência a diversos antibióticos. Dentre seus fatores de virulência, há a presença de substancia agregativa que promove a agregação dessas bactérias durante o processo de conjugação (transferência de plasmídeos, sendo principalmente informações sobre resistências à antibióticos. A E. faecalis conseguem realizar a troca de plasmídeos entre outras espécies de Enterococcus e Streptococcus, mas também com outros gêneros bacterianos, aumentando ainda mais sua resistência). O seu diagnóstico pode ser feito mediante seu adicionamento ao ágar bile esculina e, se ocorrer um enegrecimento na superfície inclinada do meio, a prova é considerada positiva e identifica presuntivamente amostras de Enterococcus e Streptococcus do grupo sorológico D. Posteriormente, há um teste de crescimento em meio de cultura de NaCl em 6,5% e caso ocorrer o crescimento, trata-se de Enterococcus Propionibacterium acnes Essa bactéria é responsável pela formação de acne, principalmente no rosto. A acne tem origem em um processo inflamatório na pele, causando recrutamento leucocitário e formação de lesões com pus. Essas bactérias pertencem à microbiota normal da pele, conhecidos como Difteróides. Sua morfologia compreende Bastonete Gram-Positivos, tendo sua maior proliferação em peles com características oleosas. Em um folículo piloso normal acontece o processo descamação natural da pele, com eliminações de células e recomposição do epitélio. Quando a descamação é um pouco maior do que a considerada normal, os resíduos continuam dentro do folículo e, associado ao sebo, obstruem esse folículo. A obstrução desse folículo forma pontos brancos (comedos) e a projeção através da pele, formando uma massa de ponta escura devido à oxidação dos lipídeos. A partir dessa obstrução pode ocorrer a proliferação do Propionibacterium acnes que, aliado à presença das células descamadas e do folículo obstruído, formam a massa que recruta uma resposta imune, causando a formação de acne inflamatória (presença de nódulos ou cistos). Enterobactérias - Enterobacteriaceae É uma família de bactérias muito importantes que causam diversas doenças e observa-se uma mudança de morfologia e gram. Todas as bactérias pertencentes a esse gênero são bacilos Gram-Negativos. Há 40 gêneros conhecidos de Enterobactérias, totalizando 170 espécies, sendo a sua maioria habitante do intestino de humanos e animais, constituindo a principal causa de infecção intestinal. Seus principais gêneros são: Dentre os fatores de virulência associados a família de enterobactérias, temos a presença de Lipopolissacarídeo (LPS) que está presente na membrana desses bacilos. Esse LPS é reconhecido pelo nosso sistema imunológico e é a principal substancia responsável pela produção de febre nos indivíduos (resposta pirogênica), alterações vasculares e ação direta sobre os mecanismos das reações de hipersensibilidade não específica. A presença de LPS também pode ser identificada por testes sorológicos. Esses bacilos gram-negativos são divididos em dois grandes grupos, os fermentadores de carboidratos e os não fermentadores. Bacilos Gram-negativos não fermentadores Pseudomonas aeruginosa Essas bactérias estão presentes no solo, na água e raramente são isoladas de pacientes imunocompetentes, portanto, é uma bactéria que pode estar causando infecções principalmente em pacientes imunocomprometidos. Sua morfologia é composta por bastonetes gram-negativos móveis a partir da presença de flagelos. As síndromes clínicas associadas a Pseudomonas aeruginosa são variáveis, podendo causar infecções pulmonares (podem variar a traqueobronquite benigna a broncopneumonia necrosante grave). Ela pode causar também infecções na pele principalmente para pacientes vítimas de queimaduras, sendo um risco em ambientes hospitalares. Essas infecções podem gerar pus de coloração azul-esverdeada (produção de pigmento piocianina). Também são relacionadas a infecções do trato urinário e a infecções dos ouvidos. Podem causar infecções oculares a partir de traumatismo inicial da córnea. Dentre os fatores de virulência e associados a esses tipos de bactérias temos a presença de fimbrias (projeções de membrana que ajudam na adesão da bactéria nas células epiteliais), presença do flagelo (mobilidade), cápsula polissacarídica (resistência à fagocitose e auxiliando a formação de biofilme), presença de LPS (Imunoestimlante e responsável pelo choque tóxico), além de liberação de diversas enzimas (Lesões e necrose, destruição de células epiteliais, lise de eritrócitos e leucócitos e indução de morte celular). Micobactérias As micobactérias também são muito importantes no desenvolvimento de doenças e há três espécies muito importantes para estudo. A característica dessas micobactérias é a presença do ácido micólico na sua parede celular. Esse ácido faz com que a bactéria não siga a coloração de gram, sendo necessária a coloração de ziehl neelsen. Primeiramente há a fixação das bactérias na lâmina e coloração com fucsina. A fucsina irá corar as bactérias e depois há a descoloração com álcool-acetona. Os bacilos álcool-acido resistentes irão continuar com a coloração de fucsina e as não resistentes irão se descolorir. Posteriormente iremos adicionar o contracorante azul de metileno, que irá colorir as outras bactérias e células. Mycobacterium tuberculosis Inalação de partículas de aerossol contaminadas com bacilos provenientes da fala, do espirro e principalmente da tosse de indivíduos bacilíferos. É uma doença infectocontagiosa do trato respiratório inferior. Mycobacterium leprae Causadora da Hanseníase e da Lepra. A Lepra é uma doença muito antiga e conhecida por sua deformidade, manchas hipocromadas e falta de sensibilidade. Inicialmente há a exposição ao M. leprae. Algumas pessoas apresentam resistência natural ao leprae e apresentam o clearance, podendo eliminar o bacilo, dependendo da carga bacilífera que o paciente entrou em contato além de seu estado imunológico e nutricional. Porém algumas pessoas acabam desenvolvendo a doença, e, no caso da hanseníase há diversas manifestações clínicas. Há um polo tuberculóide, que é caracterizado pela formação de granulomas