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1 Acúmulos intracelulares

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Patologia 
Acúmulos intracelulares 
 
As células podem realizar um mecanismo de acúmulo de substancias, sendo elas endógenas que, devido não ser possível 
sua excreção, acabam se acumulando ou substancias exógenas, que podem ser prejudiciais, levando a alguma patologia. 
Esse acúmulo pode ser reversível ou fatal dependendo do tipo de acúmulo que é realizado. Os acúmulos também podem 
causar a lesões celulares, que podem ser reversíveis ou não 
 
Transtornos Metabólicos 
 
Os acúmulos intracelulares são considerados transtornos metabólicos 
Constituintes normais, como água, lipídeos, carboidratos e proteínas são normalmente estocados em nossas células, 
porém, quando esse limiar é ultrapassado, esse acúmulo se torna patológico, entrando em transtorno metabólico. Esses 
acúmulos também podem ser de substancias anormais, como minerais, produtos de agentes infeciosos, geralmente de 
fontes exógenas. 
 
Há 4 tipos de anormalidades que favorecem o acúmulo de substancias 
1. Metabolismo anormal 
Há a produção normal de uma substancia, mas, por não conseguir metabolizar 
essa substancia, há pouca remoção da substancia na célula, levando ao 
acúmulo 
 
2. Defeito no dobramento e transporte de proteínas 
O dobramento de proteínas é essencial para sua funcionalidade, portanto, caso 
ocorra falhas em seu dobramento, as proteínas não funcionais se acumulam no 
interior da célula, levando a um ciclo de produção. Há a impossibilidade de degradas 
ou de transportar essas proteínas defeituosas 
 
3. Ausência de enzimas 
Com a ação da enzima, há a quebra de substratos complexos em produtos 
mais solúveis para sua excreção. Em caso de ausência de enzimas, há 
acúmulo de substratos complexos, pois não é possível sua quebra 
 
4. Ingestão de materiais não digeríveis 
A célula entra em contato com substancias exógenas que o corpo não possui 
maquinaria enzimática para sua degradação, sendo assim, esses materiais não 
são digeridos e excretados 
 
 
 
Acúmulo Intracelular 
 
Lipídeos → Acumulados no tecido adiposo, normal para o armazenamento energético 
Proteínas → São muito acumuladas fisiologicamente nos músculos, quando não há o uso adequado dos músculos ou 
escassez de recursos, essas moléculas são deportadas para geração de energia 
Carboidratos → Armazenados na forma de glicogênio nos músculos e no fígado, usado em casos de emergência 
energética 
Pigmentos → Melanina, por exemplo, é um pigmento produzido pelas nossas células para a proteção contra raios 
UV, protegendo o núcleo das células. 
Minerais → Acúmulo de minerais, como por exemplo o cálcio, fósforo no tecido ósseo, garantindo a rigidez e 
integridade do esqueleto. 
Porém, quando há ultrapassagem de limiares, esses acúmulos podem ser maléficos 
 
Lipídios 
 
Triglicerídeos → Lipídeos armazenados no tecido adiposo 
Colesterol/Ésteres de colesterol → Lipoproteínas (HDL, LDL, etc.) 
Fosfolipídios → Importantes nas membranas e marcadores de necrose, devido a sua exposição 
 
Triglicerídeos 
 
O acúmulo de triglicerídeos acaba por levar a um quadro de esteatose, que é o acúmulo de triglicerídeos em outros 
locais que não sejam o tecido adiposo, como o fígado, que, quando está com acúmulo de triglicerídeos, caracteriza 
uma esteatose hepática 
Também é possível identificar esteatose no coração, rins e músculos 
Esse acúmulo pode ser causado por abuso no uso de álcool e drogas, devido as funções de anabolismo e catabolismo 
do fígado. Portanto, devido a sua participação no metabolismo de lipídeos, o abuso no uso de álcool pode prejudicar 
as enzimas que estão relacionadas com o metabolismo de lipídeos, levando ao seu acúmulo nesse órgão. 
A exposição à substancias toxicas, desnutrição proteica, diabetes melittus, 
obesidade também podem auxiliar no acúmulo de triglicerídeos 
Quando há ingestão de gorduras, os ácidos graxos livres reabsorvidos no 
intestino chegam ao tecido hepático, sendo esterificados em triglicerídeos, 
que podem ser armazenados. Quanto maior o consumo de ácidos graxos, 
mais triglicerídeos podem ser acumulados. Os ácidos graxos no tecido 
hepático também podem entrar na rota catabólica, em que ele será 
convertido em colesterol/ésteres de colesterol, fosfolipídios ou oxidados a 
corpos cetônicos 
Todas as vezes que é liberado o ácido graxo é destinado para liberação na corrente sanguínea, há a agregação de 
apoproteínas nos triglicerídeos, formando lipoproteínas, capazes de circularem nos vasos e serem acumulados no tecido 
adiposo. 
 
Colesterol 
 
O colesterol e os ésteres de colesterol levam a um quadro de aterosclerose, que é o estreitamento de vasos, 
principalmente nos vasos da aorta e de grandes artérias, na região da túnica íntima e média, devido à formação de uma 
placa gordurosa, diminuindo a luz do vaso. 
As células musculares livres da túnica média e os macrófagos da túnica íntima acabam fagocitando o colesterol e os 
ésteres de colesterol, na tentativa de eliminar uma substancia que não deveria estar presente, porém, a absorção é muito 
maior do que sua capacidade de excreção, gerando uma placa ateromatosa que diminuem a luz do vaso. Esse acúmulo 
depende de muitos fatores, como a prática de exercícios físicos, dieta e fatores genéticos. 
O acúmulo de colesterol também pode gerar xantomas, que são acúmulos de colesterol dentro dos macrófagos em pele 
e tendões 
Há também o acúmulo de colesterol na lâmina própria da vesícula biliar, gerando uma patologia chamada Colesterolose, 
podendo atrapalhar a secreção dos sais biliares no processo de digestão 
 
Proteínas 
 
Acontece acúmulo dessa substancia quando: 
Perda de proteína na urina (proteinúria) → Os rins, no processo de filtragem do sangue e excreção, reabsorvem tudo 
aquilo que julgam importante para o indivíduo, sendo assim, quando há a presença de proteína na urina, infere-se que há 
proteínas em excesso no corpo, acumuladas nos rins, em forma de vesículas, devido a essa reabsorção. É reversível, 
pois, se o indivíduo parar de perder proteína pela urina, as proteínas acumuladas nas vesículas dos rins serão metabolizadas. 
Produção aumentada → Por exemplo, na produção de anticorpos há a produção aumentada de proteínas, o que pode 
resultar em acúmulos dentro das células 
Secreção defeituosa de proteínas → Defeitos na formação e dobramentos de proteínas geram acúmulos dessas 
moléculas. Um exemplo dessa secreção defeituosa é a deficiência da enzima alfa-1-atitripsina, que, quando secretada de 
maneira defeituosa ou insuficiente, não consegue inibir a elastase neutrofílica, enzima que degrada a elastina do pulmão, 
fato que pode gerar enfisema pulmonar 
Acúmulo de proteínas do citoesqueleto → O acúmulo de alguns neurofilamentos (tipo de filamento intermediário) está 
muito relacionado com o estabelecimento de doença de Alzheimer 
Agregação de proteínas anormais → Junção errônea de proteínas que prejudicam o funcionamento normal da célula 
 
Carboidratos 
 
Quando há o acúmulo desacerbado de glicogênio ou de glicose pode haver lesão ou morte celular 
Em um quadro de diabetes melittus há uma produção diminuída de insulina e um quadro hiperglicêmico, fazendo com 
que haja uma perda muito grande de glicose pela urina (glicosúria), pois o corpo não consegue absorver glicose. Como a 
glicose é uma molécula extremamente importante para o metabolismo energético e funcionamento do corpo, os túbulos 
vão fazer de tudo para reabsorver a glicose da urina, e quando reabsorve demais há um acúmulo muito grande de glicose 
e glicogênio nessas células, podendo levar ao quadro de lesão ou morte celular 
 
Pigmentos 
 
Pigmentos → Substancias que possuem cor própria, distribuídos amplamente na natureza e encontradas em células 
vegetais e animais 
Pigmentação → Formação e/ou acúmulo, normal ou patológico, de pigmentos no organismo. Pigmentação patológica 
pode ser sinal de alterações bioquímicas agudas, sendo o acúmulo ou redução de pigmentos aspectos marcantes de 
doenças 
Pigmentos endógenos→ Derivados da hemoglobina (pigmentos biliares, hematoidina, etc.), Melanina, Ácido homogentísico 
e Lipofuscina 
 Pigmentos biliares → Hemácias velhas se dissociam do grupamento heme, que é metabolizado pelos monócitos, 
gerando primeiramente biliverdina e depois em bilirrubina não conjugada. Essa bilirrubina, quando é conjugada no fígado, 
torna-se a bilirrubina conjugada. A bilirrubina precisa se manter em níveis muito baixos no corpo e, uma vez que esses 
níveis se elevam, levam a um sinal químico chamado de icterícia. A deposição de bilirrubina nos tecidos e nos órgãos 
deixam esse local mais amarelado. A bilirrubina pode ser eliminada pelas fezes ou urina, sendo usadas para medições do 
nível de hidratação 
 Melanina → Melanócitos na pele produzem melanina, que é espalhada pela pele 
Pigmentos exógenos → São pigmentos que entram em contato com nosso organismo e não temos maquinaria para 
metaboliza-los 
 
Minerais 
 
Cálcio → Calcificação distrófica (quando há um tecido morrendo por necrose, o cálcio tende a se acumular nos 
fosfolipídios) e calcificação metastática (acontece nos tecidos normais, em quadros de hipercalcemia) 
No acúmulo de cálcio podem ser formados pedras nos rins 
Ferro 
Magnésio 
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