Buscar

HISTO-Sistema Respiratório

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Isabela Matos – T5 – UFMS CPTL 
1 HISTOLOGIA – BBPM III 
Histologia do Sistema Respiratório 
 
O sistema respiratório pode ser 
dividido em 2 porções: porção 
condutora e porção 
respiratória. 
A porção condutora tem uma 
função especifica de conduzir o 
ar até as regiões que fazem a 
própria de troca de gases que 
nós chamamos de porção 
respiratória. 
 
 
PORÇÃO CONDUTORA 
→ Fossas nasais (temos direita e esquerda separadas 
pelo septo), nasofaringe, laringe, traquéia, brônquios 
e bronquíolos terminais. 
Durante todo o processo dessa porção condutora não 
existe troca de gases. É só a condução de gases e 
partículas que são inspiradas até as partes mais 
internas do pulmão. 
→ Essas porções condutoras possuem constituintes 
histológicos em comum como: peças de cartilagem, 
tecido conjuntivo e músculo liso. 
Essa constituição histológica das peças de cartilagem 
vão permite que a luz desses órgãos, principalmente 
fossas nasais, traquéia e brônquios, esteja sempre 
aberta para permitir passagem de ar. Tecido conjuntivo 
e musculo liso vão se associar para permitir que o 
tecido tenha uma elasticidade moderada quando 
necessário. E o musculo liso também tem papel de 
contração que vai ser importante em mecanismo da 
tosse. 
→ Porção condutora faz a entrada e a saída do ar. 
→ Além de conduzir o ar para porções onde vai 
acontecer efetivamente a respiração, a porção 
condutora transporta, filtra o ar para barrar da melhor 
maneira possível as particular que por ventura possam 
ser aspiradas, umidifica e aquece o ar. 
 
PORÇÃO RESPIRATÓRIA 
Inclui todas as partes do sistema respiratório que tem 
alvéolo envolvido. 
→ Bronquíolos respiratórios (na parede desses 
bronquíolos já tem alvéolos), ductos alveolares (são 
arranjos lineares de alvéolos) , sacos alveolares (são 
conjuntinhos de alvéolos) e alvéolos. 
O alvéolo é a unidade funcional do pulmão e é através 
dele que acontece a troca. Em qualquer arranjo que 
tiver alvéolo presente, tem a porção respiratória 
porque a troca de gases é passível de acontecer. 
→ Faz as trocas gasosas efetivamente 
 
 
 
 RESUMINDO 
 
EPITÉLIO RESPIRATÓRIO 
Esse epitélio é tão característico do sistema 
respiratório que ele é chamado de epitélio respiratório. 
O epitélio que reveste a maior parte da porção 
condutora, ou seja, das fossas nasais, traqueia, maior 
parte dos brônquios e início dos bronquíolos, é o 
epitélio respiratório. 
O epitélio respiratório é o epitélio pseudoestratificado 
cilíndrico ciliado com células caliciformes 
 
• Epitélio pseudoestratificado tem uma camada só 
de células. Todas as células estão apoiadas numa 
lâmina basal mas nem todas elas alcançam a 
superfície livre do epitélio, por isso, possuem 
diferentes tamanhos e os núcleos ficam em 
posições diferentes, o que dá a impressão que é 
como se fosse estratificado. Mas ele não é, tem 
só uma camada de células. 
• A maior parte das células são cilíndricas 
• Presença de células com cílios que vão ser 
extremamente importante para remover 
partículas e muco. 
• Células caliciformes que secretam constituintes 
do muco que aprisionam partículas 
 
 
Isabela Matos – T5 – UFMS CPTL 
2 HISTOLOGIA – BBPM III 
 DETALHANDO O EPITÉLIO RESPIRATÓRIO 
Tem 5 tipos de células que são identificáveis no 
microscópio eletrônico. O microscópio óptico (o que 
usamos no laboratório) consegue identificar com 
certeza 3 tipos de célula. 
 
Nessa próxima imagem temos o epitélio respiratório 
que é um epitélio pseudoestratificado. Na parte de 
cima temos os cílios, identificando a presença de 
células ciliadas no pontilhado. Essas células que tem 
esses grânulos são células caliciformes: célula em 
formato de cálice com o núcleo bem descolado pra 
base e cheio de grânulos no citoplasma. 
 
Tipos celulares: 
 
1. Células Ciliadas 
• célula cilíndrica e tem o núcleo oval 
• presença de cílios apicais: cílios são moveis, 
porque são formados pelo axonema que é um 
conjunto de microtúbulos associados a proteínas 
motoras chamadas de dineína que fazem com 
que o cílios consigam fazer movimento 
coordenado ciliar. Se fossem microvilosidades, 
não teriam movimento. 
 
 
2. Células Caliciformes 
• célula cilíndrica e o núcleo é mais basal: 
citoplasma é tão cheio de grânulos que o núcleo 
fica mais deslocado para a porção basal 
• rica em grânulos de mucinogênio na região 
apical: esse mucinogênio quando hidratado vira 
mucina que é o principal componente do muco. 
Produzem também solução salina que fica entre 
os cílios e o muco. Os cílios movimentam essa 
solução e isso movimenta o muco 
É uma célula importante porque quando secreta seus 
produtos por exocitose, vai formar uma camada de 
muco que vai em cima do epitélio respiratório. Essa 
camada de muco ajuda na umidificação do ar inspirado 
e no aprisionamento de partículas. No caso de inspirar 
uma partícula, ela fica presa no muco produzido pelas 
células caliciformes. O batimento ciliar das células 
ciliadas encaminha o muco com partícula para a região 
da boca para ser deglutida ou escarrada. 
 
3. Células em escova (brush cells) 
• cilíndricas e tem microvilosidades na sua 
superfície apical. 
• Não é possível observar em microscopia óptica, 
só eletrônica. 
• Receptores sensoriais x células caliciformes 
sem grânulos: alguns livros falam que essas 
brush cells são receptores sensoriais. Vão estar 
associadas a terminações aferentes e vão 
passar informações sensoriais para essas 
terminações. Entretanto, alguns livros falam 
que essas células são células caliciformes sem 
grânulos. Então, não se sabe exatamente a 
função dessas células em escova no epitélio 
respiratório. 
 
4. Células Basais 
• são as células-tronco do epitélio respiratório: 
sofrem mitoses constantes e com estímulos 
específicos se diferenciam para repor os outros 
tipos celulares 
• ficam bem próximas à membrana basal e não 
alcançam o lúmen: os 3 tipos anteriores de 
célula alcançam o lúmen mas as células basais 
são curtinhas e não alcançam a superfície. 
 
5. Células Granulares 
• não são visualizadas na microscopia óptica 
• são semelhantes às células basais: são mais 
curtinhas, apoiam na lâmina basal e não 
alcançam a superfície. Na microscopia óptica 
pode-se confundir células granulares com 
células basais. Como as células granulares estão 
em menor número, a chance de ver uma célula 
mais curtinha e ser uma célula basal é maior 
ROSS: Microtúbulos formam elementos do 
citoesqueleto que se alongam (pela adição de 
dímeros da tubulina) e se encurtam (pela remoção 
de dímeros de tubulina) continuamente, uma 
propriedade descrita como instabilidade 
dinâmica. Porém, a interação com proteínas 
associadas a microtúbulos (MAPS) faz com que 
microtúbulos de cílios não sofram 
despolimerização. A dineína axonêmica, está 
presente nos cílios e nos flagelos; é responsável 
pelo deslizamento de um microtúbulo contra um 
microtúbulo adjacente do axonema que efetua o 
seu movimento. Os corpúsculos basais dos cílios 
têm a mesma estrutura dos centríolos. 
 
 
Isabela Matos – T5 – UFMS CPTL 
3 HISTOLOGIA – BBPM III 
• guardam grânulos de epinefrina e 
norepinefrina: fazem parte de um sistema 
neuroendócrino difuso porque são células 
capazes de secretar grânulos mas não são 
glândulas 
• tem efeitos locais em quadros de hipóxia: elas 
percebem a hipóxia e liberam esses grânulos 
para aumentar a respiração, potencializar a 
vascularização local e dessa forma, responder a 
hipóxia adequadamente. 
 
Então, células ciliadas, caliciformes e basais 
identificamos no microscópio óptico. Células em 
escova e granulares só na microscopia eletrônica. 
Células ciliadas, células caliciformes e células basais 
juntas formam 90% da população celular do epitélio 
respiratório. Alguns livros falam que elas estãopresente em número equivalente, mais ou menos 30% 
de cada. As quantidades de células granulares e células 
em escova são muito pequenas perto desses outros 
tipos celulares. 
 MICROSCOPIA ELETRÔNICA 
 
C células caliciformes envoltas por células ciliada 
* célula caliciforme liberando muco 
células em escova que tem microvilosidades bem 
mais curtas do que cílios 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Na célula caliciforme é possível ver os grânulos de 
mucinogênio acumulados na região apical. 
 
Essa imagem mostra: as células ciliadas, cílios em corte 
longitudinal e transversal, axonema, muitas 
mitocôndrias que geram energia para o batimento dos 
cílios. 
Existe a Síndrome dos Cílios Imóveis em que ocorre 
uma mutação na dineína e com isso, os cílios não 
batem. As pessoas que possuem essa síndrome tem 
recorrentes infecções do trato respiratório porque o 
muco não consegue ser removido. Então, acumula 
muco, o que vira um ambiente favorável para a 
reprodução de bactérias. Essas pessoas tem constantes 
obstrução das vias aéreas, principalmente na parte 
inferior e infecções recorrentes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
METAPLASIA 
É bem comum que o epitélio respiratório sofra 
metaplasia. Sob algum tipo de agressão, o epitélio 
consegue mudar seu formato histológico mas essa 
modificação é temporária e só acontece enquanto o 
agente estressor estiver agindo sob o epitélio. Se 
remover o agente agressor, o epitélio volta a sua 
condição normal. Isso ocorre no epitélio respiratório 
de fumantes: atuação de toxinas do cigarro faz com 
c 
c c 
c 
* 
ROSS: Síndrome dos cílios imóveis é também conhecida 
como discinesia ciliar primaria (DCP) e são distúrbios 
hereditários autossômicos recessivos. Os problemas 
respiratórios são causados pela motilidade ciliar 
gravemente comprometida ou ausente, que resulta em 
transporte mucociliar diminuído ou ausente na árvore 
traqueobrônquica. Os sintomas mais proeminentes da 
DCP consistem em desconforto respiratório crônico 
(incluindo bronquite e sinusite), otite média, tosse 
persistente e asma. 
 
Isabela Matos – T5 – UFMS CPTL 
4 HISTOLOGIA – BBPM III 
que aumente o número de células caliciformes em 
relação ao número de células ciliadas e com isso, o 
epitélio passa a produzir mais muco. Aumentando o 
número de células caliciformes e aumentando o muco 
produzido, a chance de aprisionar as partículas do 
cigarro é maior. Ao mesmo tempo, como produz mais 
muco, as células ciliadas não conseguem remover todo 
esse muco e as pessoas que fumam tem acúmulo 
constante de muco nas vias respiratórias. 
Se esse estresse for interrompido, o número de células 
caliciformes diminuem e volta a constituição 
histológica normal. 
Se a agressão continuar, outro grau de metaplasia que 
esse epitélio pode sofrer é ele deixar de ser epitélio 
respiratório e passar a ser epitélio estratificado 
pavimentoso. O epitélio estratificado pavimentoso é 
mais resistente à agressão porque ele tem várias 
camadas (agressão para chegar na corrente sanguínea 
tem que percorrer mais células). Porém, ele não tem 
célula ciliada para remover partículas e não tem célula 
caliciforme para aprisionar com muco. 
Então, metaplasia é a capacidade que o epitélio tem 
em se diferenciar frente a um estimulo agressor. O 
importante é que quando remove o agente agressor, o 
epitélio volta ao normal. Se remover o agente agressor 
e o epitélio não voltar a sua histologia normal, não é 
metaplasia, já tem uma transformação maligna que 
pode gerar câncer. 
 
ROBBINS: Metaplasia é uma alteração reversível na 
qual um tipo celular adulto (epitelial ou mesenquimal) 
é substituído por outro tipo celular adulto. Nesse tipo 
de adaptação celular, uma célula sensível a 
determinado estresse é substituída por outro tipo 
celular mais capaz de suportar o ambiente hostil. 
ROSS: A metaplasia resulta da reprogramação de 
células-tronco epiteliais que modifica os padrões se 
sua expressão gênica. 
ROBBINS: De fato, a metaplasia escamosa do epitélio 
respiratório sempre coexiste com cânceres compostos 
por células escamosas malignas. Acredita-se que, 
inicialmente, fumar cigarros cause a metaplasia 
escamosa e, mais tarde, os cânceres surjam em alguns 
desses focos alterados. Como a vitamina A é essencial 
para a diferenciação normal do epitélio, sua deficiência 
pode induzir também a metaplasia escamosa no 
epitélio respiratório. A metaplasia não ocorre sempre 
no sentido do epitélio colunar para o epitélio escamoso; 
no refluxo gástrico crônico, o epitélio pavimentoso 
estratificado normal da porção inferior do esôfago 
pode sofrer transformação metaplásica para epitélio 
colunar do tipo gástrico ou intestinal. A metaplasia 
pode ocorrer também em células mesenquimais, mas 
nessas situações ela é geralmente uma reação a 
alguma alteração patológica e não uma resposta 
adaptativa ao estresse. 
 
 
 
FOSSAS NASAIS 
 
 
Existe a mucosa respiratória que reveste todo o 
aparelho respiratório. A mucosa sempre tem epitélio 
associado a uma lâmina própria (tecido conjuntivo 
frouxo que fica logo abaixo desse epitélio). Nessa 
lâmina própria do tecido respiratório é muito comum 
encontrar glândulas mistas (secreção serosa e mucosa) 
e elementos linfoides do sistema imune. Essas 
glândulas vão auxiliar na umidificação e no 
aprisionamento de partículas. Os elementos linfoides 
vão auxiliar contra partículas que não são 
interessantes, como o corona vírus. 
As narinas tem 3 regiões que histologias diferentes 
1. Vestíbulo: é a entrada do nariz. Tem uma 
histologia mais parecida com a pele porque é 
uma região continua com a pele que reveste a 
parte de fora do nariz. 
2. Área Respiratória: forma a maior parte nas 
narinas. Revestido pelo epitélio respiratório. 
3. Área Olfatória: é a parte superior das fossas 
nasais, região do septo até a 1ª concha nasal. 
Revestido pelo epitélio olfatório que está 
relacionado com a percepção de cheiros. 
 
 
Isabela Matos – T5 – UFMS CPTL 
5 HISTOLOGIA – BBPM III 
 VESTÍBULO 
Possui: 
→ Epitélio estratificado pavimentoso: parecido com a 
pele mas não tem queratina 
→ Lâmina própria: é tecido conjuntivo frouxo onde o 
epitélio está apoiado. Tem fibras colágenas, glândulas 
sebáceas e sudoríparas 
→ Vibrissas: são os pelos do nariz (curtinhos e grossos) 
originados por folículos pilosos. É a primeira barreira 
que impede a entrada de partículas grosseiras no 
sistema respiratório 
 
 
 
 
 ARÉA RESPIRATÓRIA 
Reveste quase toda as fossas nasais, exceto o vestíbulo 
e área olfatória 
A mucosa possui: 
→ Epitélio Respiratório: epitélio pseudoestratificado, 
cilíndrico, ciliado e com células caliciformes 
→ Lâmina própria: com vasos sanguíneos e linfático, 
nervos, glândulas mistas que secretam proteína e 
muco, rica em elementos linfoides (são como uma 
barreira contra penetração de partículas) 
→ Conchas Nasais: são projeções ósseas revestidas 
pela mucosa respiratória. São importantes porque 
nessa região a lâmina própria tem um plexo venoso 
muito desenvolvido que auxilia no aquecimento e 
umidificação do ar 
São 3 conchas nasais: superior, media e inferior. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Importância: aquecimento, filtração e umidificação 
do ar inspirado 
 
 
 
MALT: Tecido Linfoide Associado a Mucosa 
 
 
 
 
 
 
JUNQUEIRA: Os tratos digestivo, respiratório e 
geniturinário estão sujeitos a invasões microbianas 
frequentes, porque são expostos ao meio externo. 
Para proteger o organismo, existem acúmulos de 
linfócitos (nódulos linfáticos) associados a tecido 
linfático difuso localizados na mucosa e na 
submucosa desses tratos que, em alguns locais, 
formam órgãos bem estruturados, como as tonsilas e 
as placas de Peyer do intestino delgado. O tecido 
linfático das mucosas é denominado de MALT. 
 
ROSS: Todos os nódulos linfáticos aumentam de 
tamanho como consequênciado contato com um 
antígeno. O MALT inclui o GALT (tecido linfoide 
associado intestino) e o BALT (tecido linfoide 
associado aos brônquios) . 
 
 
Isabela Matos – T5 – UFMS CPTL 
6 HISTOLOGIA – BBPM III 
 ARÉA OLFATÓRIA 
É a região mais superior do nariz. O teto das cavidades 
nasais, porção superior do septo nasal e conchas nasais 
superiores são revestidos pela área olfatória 
A mucosa da área olfatória não tem o epitélio 
respiratório. Ela tem um epitélio especializado na 
sensibilidade olfatória denominado epitélio olfatório. 
Epitélio Olfatório: pseudoestratificado colunar 
 
 
Tipos celulares do Epitélio olfatório: 
 
Célula de Sustentação 
• São cilíndricas/colunares, estreitas na base e 
largas no ápice 
• Possui microvilosidades na superfície apical 
• Núcleo é oval e deslocado para porção apical 
• Tem grânulos de secreção amarelo-
acastanhados que ficam guardados no 
citoplasma. O acúmulo desses grânulos que dá 
a coloração amarelada ao epitélio olfatório. 
Alguns livros falam que dentro desses grânulos 
tem a proteína de ligação aos odorantes, 
quando é liberada segura por mais tempo as 
partículas de cheiro para garantir que tenha 
tempo suficiente para sensibilizar as células 
olfatórias. 
• Função: sustenta todo o epitélio fisicamente, 
nutricionalmente e promove isolamento 
elétrico 
 
Célula Olfatória 
• São neurônios bipolares modificados: tem 
uma região mais apical que fica em contato 
com a superfície livre do epitélio e tem uma 
parte mais basal que é o axônio. Vários axônios 
de juntam para formar feixes nervosos e vão 
encaminhar o que a célula captou na superfície 
livre para o bulbo olfatório 
• Núcleo mais próximo à lâmina basal: é mais 
baixo em comparação com núcleos das células 
de sustentação 
• Tem na extremidade apical botões olfativos e 
cílios imóveis (sem dineína, são 
prolongamentos citoplasmáticos revestidos de 
membrana plasmática que aumentam a 
superfície de contato com partículas de odor) 
• Função: sensibilidade olfativa 
 
Célula Basal 
• Está na base, não alcança a superfície livre do 
epitélio e por isso, temos epitélio 
pseudoestratificado 
• Núcleos centrais e esféricos 
• Ocupam toda a região basal do epitélio 
• São células-tronco: com estímulos 
específicos, sofrem mitos e podem originar 
célula olfatória e de sustentação 
 
Na Mucosa Olfatória: 
 
Lâmina Própria: tem o plexo vascular bem 
desenvolvido para levar nutrientes e oxigênio para 
células, feixe de fibras nervosas (acúmulo de axônios 
provenientes das células olfatórias) 
 
Glândula de Bowman 
• Glândula tuboalveolares ramificadas com 
secreção serosa liquida (exócrina): tem uma 
porção que produz a secreção e uma porção 
condutora 
• Está presente na lâmina própria da mucosa 
olfatória. 
• Corrente continua liquida: a secreção serosa 
fica constantemente “lavando” a superfície do 
epitélio olfatório, fazendo com que as 
partículas de cheiro sejam desligadas dos seus 
receptores. Isso é importante para que não 
ocorra uma adaptação do receptor e novas 
partículas possam chegar, ou seja, facilita 
acesso de novas substancias odoríferas 
 
 
 
 
 
 
Isabela Matos – T5 – UFMS CPTL 
7 HISTOLOGIA – BBPM III 
SEIOS PARANASAIS 
São cavidades presentes em alguns ossos da face, os 
ossos pneumáticos. Essas cavidades são revestidas pela 
mucosa olfatória e cada uma delas tem comunicação 
com as cavidades nasais 
 
 
→ O epitélio respiratório tem altura menos e menor 
número de células caliciformes. O epitélio ciliado 
drena o muco produzido pelas glândulas e pelas células 
caliciformes em direção as narinas. 
→ Lâmina própria tem elementos linfoides, é bem 
vascularizada e possui menor número de glândulas 
seromucosas 
Sinusite: ocorre quando essa mucosa respiratória sofre 
um processo inflamatório e produz mais muco do que 
ela consegue drenar. Por isso, acumula muco nessas 
regiões. Esse muco eventualmente pode sofrer 
processo infeccioso. 
 
NASOFARINGE 
É a região de comunicação entre as narinas e a 
traqueia. É a porção final, quase comunicando com a 
boca 
 
Nessa região : 
→ Epitélio Respiratório: epitélio pseudoestratificado, 
cilíndrico, ciliado e com células caliciformes 
→ Lâmina própria: muito vascularizado, com glândulas 
mistas e elementos linfoides 
→ Tonsilas faríngeas: os elementos linfoides se 
agrupam formando essas tonsilas 
→ Tubas auditivas: é uma abertura de comunicação 
entre a cavidade da orelha interna com faringe 
 
Nasofaringe vai conduzir o ar para parte mais inferior 
do trato respiratório, é totalmente revestida por 
epitélio respiratório e tem uma lâmina própria. 
 
LARINGE 
Faz parte do sistema condutor já que vai conduzir o ar 
para traqueia. Também tem função de fonação: 
quando o ar passa pela laringe, faz vibração das pregas 
vocais e com isso, emite-se a voz 
Possui peças cartilaginosas unidas entre si por tecido 
conjuntivo fibroelástico (permite distensão): 
→ Hialinas: cricóide, tireoide, parte inferior da 
aritenóide 
→ Elástica: todas as outras, inclusive epiglote 
Nessa imagem temos um corte histológico da laringe, 
na região das pregas. Na embrio, a laringe passa por 
recanalização que forma as pregas vocais e as falsas 
 
Temos 2 pares de pregas vocais: 
→ pregas falsas/pregas vestibulares (VF): não emite 
voz. Maior parte revestida de epitélio respiratório, 
lâmina própria com tecido conjuntivo frouxo, 
numerosas glândulas mistas (G) e elementos linfoides 
(L). É mucosa muito similar a mucosa respiratória. 
 
Isabela Matos – T5 – UFMS CPTL 
8 HISTOLOGIA – BBPM III 
→pregas verdadeiras/pregas vocais: responsáveis 
pela emissão da voz. Revestida por epitélio 
estratificado pavimentoso, lâmina própria com tecido 
conjuntivo denso fibroelástico e músculos vocais (VM). 
O epitélio e a lâmina são mais resistentes para que 
tenham força de vibração e emitam a voz. As fibras 
elásticas e os músculos permitem movimentação. 
Entre as pregas, tem-se a luz da laringe e o vestíbulo da 
laringe que é por onde passa o ar 
 
 
 EPIGLOTE 
Faz parte da laringe é uma peça cartilaginosa elástica 
que impede a passagem de elementos sólidos para a 
via respiratória 
→ Parte superior: epitélio estratificado pavimentoso, 
pois tem mais contato com abrasão do alimento 
→ Outras partes: revestidas de epitélio respiratório 
 
Nessa imagem vemos que com o passar do tempo a 
maior parte do tecido cartilaginoso é substituído por 
tecido adiposo. Como tecido adiposo é mais maleável 
que a cartilagem, a função de impedir a passagem de 
alimentos é prejudicada e por isso, idosos engasgam 
mais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TRAQUÉIA 
Tem uma mucosa respiratória, abaixo dela existe a 
submucosa e mais abaixo, a adventícia que dá 
continuidade com outros órgãos ao redor da traqueia 
 
 
A. Mucosa: epitélio respiratório (epitélio 
pseudoestratificado, cilíndrico, ciliado e com 
células caliciformes) apoiado na lâmina própria 
com tecido conjuntivo frouxo fibroelástico e 
elementos linfoides 
B. Submucosa: tecido conjuntivo denso 
fibroelástico (rico em fibras colágenas e 
elásticas), com glândulas seromucosas, 
elementos linfoides, abundantes vasos linfáticos 
e sanguíneos 
C. Adventícia: tecido conjuntivo frouxo 
fibroelástico. Presença de anéis de cartilagem 
hialina 
 
Ep: epitélio 
respiratório 
C: células 
caliciformes 
MB: 
membrana 
basal bem 
desenvolvida 
LP: lâmina 
própria de 
tecido 
conjuntivo 
frouxo. Os 
pontinhos 
roxos são 
elementos 
linfoides 
SM: 
submucosa 
de tecido 
conjuntivo 
denso 
 
 
Glândula 
seromucosa 
ep
it
é
lio
 
re
sp
ir
at
ó
ri
o
 
 
Isabela Matos – T5 – UFMS CPTL 
9 HISTOLOGIA – BBPM III 
A traqueia é uma sequência de 16-20 anéis de 
cartilagem, empilhados em forma de C, a parte aberta 
está voltada para parte posterior da traqueia. As 
pontinhas livres desse C são unidas por material 
fibroelástico associadoa musculo liso. 
 
 
 
Esses anéis de cartilagem são importante para manter 
a traqueia aberta já que cartilagem é uma estrutura 
mais rígida. Assim, a passagem de ar não é obstruída 
Esse material fibroelástico mantem as pontinhas do C 
unidas e permitem que a traqueia tenha uma certa 
distensão para passagem de ar 
Quando o músculo liso em associação com material 
fibroelástico contrai, é responsável pelo reflexo da 
tosse para diminuir o lúmen da traqueia e expulsar 
partículas 
Na embrio, esôfago e traqueia são derivados do 
mesmo intestino anterior e eles são bem próximos um 
do outro. Lembrando que esôfago é separado da 
traqueia pelo septo traqueoesofágico 
 
Nesse desenho 
temos em azul o 
anel de 
cartilagem 
1 = pericôndrio 
que reveste a 
cartilagem 
2 = cartilagem 
3 = epitélio 
6= glândula 
seromucosa 
 
 
 
 
 
No final, a traqueia sofre bifurcação e vai forma 
brônquios primários que se ramificam em brônquios 
secundários. Os brônquios vão se tornando cada vez 
menores até formar bronquíolos, que se ramificam e 
formam os alvéolos. Todo esse processo de ramificação 
é chamado de arvore brônquica 
Os brônquios primários, direito e esquerdo, são 
extrapulmonares, isto é, ficam para fora dos pulmões. 
Secundários, terciários, bronquíolos e alvéolos são 
intrapulmonares, ou seja, estão dentro dos pulmões. 
À medida que essas estruturas de ramificam ocorre: 
diminuição do diâmetro e simplificação histológica. A 
simplificação é importante para que nos alvéolos 
tenhamos epitélio simples pavimentoso e ocorra 
troca de gases com eficiência 
 
 
ÁRVORE BRÔNQUICA 
O processo de ramificação que começa nos brônquios 
primários chamamos de ramificações da árvore 
brônquica. 
 
Nesse 
desenho, 
em roxinho, 
temos a 
árvore 
brônquica 
se 
ramificando, 
até formar 
os alvéolos 
que são as 
estruturas 
mais finas e 
mais simples 
histologicamente, para que aconteça as trocas. 
Tem muitos vasos sanguíneos (artérias e veias) que 
vão fazer a vascularização desse tecido (em vermelho 
no desenho) 
Durante a ramificação da árvore brônquica vamos ter: 
• Diminuição progressiva na quantidade de 
cartilagem, número de glândulas e de células 
caliciformes até que essas estruturas fiquem 
ausentes 
Em pessoas idosas, 
a cartilagem da 
traqueia é 
substituída por 
tecido ósseo. 
 
 
Isabela Matos – T5 – UFMS CPTL 
10 HISTOLOGIA – BBPM III 
• Diminuição progressiva da altura do epitélio: 
epitélio pseudoestratificado cilíndrico → epitélio 
simples cilíndrico → epitélio simples cubico → 
epitélio simples pavimentoso 
• Aumento de musculo liso e tecido elástico: em 
proporção com a espessura da parede. Traqueia 
tem menos musculo liso e tecido elástico do que 
bronquíolos 
 
PROVA: Esse gráfico resume as características histológicas. Da porção condutora para porção respiratória temos uma 
diminuição no número de: epitélio, células caliciformes, células ciliadas, glândulas, cartilagem hialina. Chega um 
ponto que não tem nem mais musculo liso e fibras elásticas, e tem só epitélio simples pavimentoso. 
Olhando no quadro vermelho a composição da traqueia e dos brônquios primários (principal), eles tem a mesma 
constituição: mucosa com epitélio respiratório, lâmina própria vascularizada rica em glândulas e elementos linfoides, 
submucosa com tecido conjuntivo denso e glândulas seromucosas e adventícia com anéis de cartilagem em formato 
de C. Já na reta verde, temos a separação entre brônquios e bronquíolos: epitélio mais simples, ausência de células 
caliciformes, glândulas e cartilagem. Quando não tem mais cartilagem, já é bronquíolos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BRÔNQUIOS INTRAPULMONARES 
 
São os brônquios que ficam dentro dos pulmões e 
possuem: 
→ Epitélio cilíndrico simples ciliado: já ocorreu uma 
pequena simplificação no epitélio 
→ Lâmina própria rica em fibras elásticas e 
elementos linfoides 
→ Camada de musculo liso com feixes em espiral 
entre a mucosa e a submucosa 
→ Submucosa tem glândulas seromucosas e 
elementos linfoides 
→ A cartilagem é substituída, não tem mais o C, 
temos peças irregulares de cartilagem hialina que 
envolvem completamente o lúmen 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nessa figura, em roxinho embaixo temos a mucosa. 
Subindo, uma camada de musculo liso em espiral. Em 
amarelo, a submucosa com as glândulas. 
 
Isabela Matos – T5 – UFMS CPTL 
11 HISTOLOGIA – BBPM III 
Nessa imagem, em (E) é o epitélio que nessa foto não 
dá para diferenciar se é o respiratório ou o cilíndrico 
simples. Musculo liso (SM), glândulas da submucosa 
(G) e peças de cartilagem (C). São peças irregulares e 
não um “C” 
 
Em maior aumento, o epitélio cilíndrico simples (E), 
musculo liso (SM) separando mucosa de submucosa e 
peças de cartilagens da adventícia (C) 
 
 
 
 
Nos brônquios 
intrapulmonares, é 
muito comum encontrar 
BALT: acúmulo de tecido 
linfoide, formando 
nódulos linfoides 
presentes 
principalmente nas 
bifurcações. 
 
 
 
BRONQUÍOLOS 
 
 
 
→ Ausência de: cartilagem, glândulas e nódulos 
linfoides (não tem BALT) 
→ Epitélio cilíndrico simples ciliado á epitélio cubico 
simples (pode ser ciliado ou não): conforme os 
bronquíolos se ramificam, passam a ter um epitélio 
simples cubico e vai perdendo os cílios 
→ Diminuição do número de células caliciformes, 
podendo estar ausentes 
→ Lâmina própria delgada, rica em fibras elásticas e 
sem glândulas 
→ Anel de musculatura lisa bem desenvolvido. Como 
não tem cartilagem, glândulas e nódulos, 
proporcionalmente tem mais musculo liso 
 
Nessas duas imagens, há dois tipos de bronquíolos: um 
mais amplo e outro mais delgado. Na esquerda, a 
musculatura lisa (ML) envolve toda a estrutura e temos 
lúmen (L). Na direita, é como se o bronquíolo tivesse se 
ramificado mais ainda, formando o epitélio simples 
cubico e a musculatura lisa bem desenvolvida em volta, 
com lúmen menor devido as ramificações 
 
 
 
 
E 
 
Isabela Matos – T5 – UFMS CPTL 
12 HISTOLOGIA – BBPM III 
Nesse esquema, demonstra-se as diferenças entre 
taqueia, brônquios e bronquíolos. 
 
 
 
BRONQUÍOLOS TERMINAIS 
É a última porção da árvore brônquica que faz parte da 
porção condutora 
Bronquíolos terminais tem: 
→ Epitélio simples colunar baixo ou cubico, com 
células ciliadas (raras) ou não ciliadas 
→ Ausência de células caliciformes 
→ Musculatura lisa forma um anel bem evidente 
→ o lúmen é bem menor 
 
 
Nessa imagem, o 
anel de 
musculatura lisa 
está representado 
por SM 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bronquíolos terminais possuem 
células de clara (C). São células 
cilíndricas com a borda apical 
em cúpula, microvilosidades no 
ápice, possuem grânulos 
secretores. São importantes 
porque os grânulos possuem 
glicoproteínas que quando 
secretadas protegem o epitélio 
contra poluentes e agentes 
inflamatórios. Também 
possuem um reticulo 
endoplasmático liso bem 
desenvolvido, relacionado com 
a degradação de toxinas. 
Pulmões são uma via de 
degradação de drogas e de 
eliminação de toxinas 
 
BRONQUÍOLOS RESPIRATÓRIOS 
São ramificações dos bronquíolos terminas. São muito 
parecidos com bronquíolos terminais com exceção que 
possuem parede descontinua devido o aparecimento 
de alvéolos inseridos na membrana 
É a transição entre porção condutora e respiratória. 
Como já tem alvéolos, já é possível que ocorra troca 
gasosa 
 
 
 
Possui: 
→ Epitélio cubico simples com células de clara 
→ Musculo liso bem desenvolvido e fibras elásticas 
mais delgadas 
→ Presença de expansões saculiformes que são os 
alvéolos responsáveis pelas trocas gasosas 
 
Nesse corte longitudinal, temos em B um brônquio 
(peça de cartilagem em C, BALT em L) e em BR um 
bronquíolo porque tem um pedaço de parede, um 
alvéolo, um pedaço de parede e etc. 
 
 
 
Os bronquíolos respiratórios continuam a ramificações 
até que formam ductos alveolares 
 
 
 
 
 
 
Isabela Matos – T5 – UFMS CPTL 
13 HISTOLOGIA – BBPM III 
DUCTOS ALVEOLARES 
 
A parede é 
formada só por 
alvéolos em 
arranjo linear→ Como é 
formado só por 
alvéolos, o 
epitélio é do tipo 
simples 
pavimentoso 
→ Não tem 
cartilagem, nem 
musculo e nem 
glândula 
 
Na imagem: BR é 
um bronquíolo respiratório e DA, ducto alveolar 
 
ALVÉOLOS 
Quando os alvéolos se organizam de forma linear, 
formam ducto alveolar. Esse ducto pode se ramificar 
formando o saco alveolar. Alvéolos podem estar 
isolados também 
→ É considerado a unidade estrutural e funcional do 
sistema respiratório 
→ Formado por epitélio simples pavimentoso 
formado por pneumócitos do tipo I e II 
→ São responsáveis pelas trocas gasosas. Estimam-se 
que nos pulmões há 300 milhões de alvéolos que se 
fossem abertos ocupariam uma área de 140 m2 
 
Células que formam o epitélio do alvéolo: 
1. Pneumócitos tipo I 
• São células pavimentosas: formam uma 
barreira de espessura mínima para permitir 
trocas gasosas 
• Com núcleo achatado 
• Citoplasma é escasso 
• Entre eles e entre pneumócitos II fazem 
desmossomos e zônulas de oclusão para 
impedir que qualquer liquido do interstício do 
pulmão chegue para dentro do alvéolo e 
atrapalhe as trocas gasosas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. Pneumócitos tipo II 
• Ficam localizados entre os pneumócitos I, 
então ajudam a formar o epitélio 
• São células mais altas: células cubicas 
• Núcleo é centralizado e mais gordinho 
• Citoplasma vacuolizado devido os corpos 
multilamelares (visível no microscópio 
eletrônica) 
• Sintetiza, armazena e secreta (por exocitose) 
o surfactante: é uma mistura de proteínas e 
lipídeos (principalmente o 
dipalmitoilfosfatidilcolina – DPPC) 
• Surfactante diminui a tensão superficial: 
impede que o alvéolo colabe na expiração 
• Síndrome da angustia respiratória do recém-
nascido: quando a criança nasce prematura, 
não tem quantidades suficientes de 
surfactante pulmonar sendo produzida e ela 
não consegue respirar, precisa de ajuda com 
surfactantes exógenos 
 
 
 
Nessa próxima imagem, temos um pneumócito tipo II 
com vários corpos lamelares e fazendo exocitose de 
surfactante. O surfactante forma uma película que 
reveste o alvéolo na parte em contato com o ar 
 
 
 
 
 
Isabela Matos – T5 – UFMS CPTL 
14 HISTOLOGIA – BBPM III 
ESTROMA PULMONAR 
O pulmão tem um aspecto esponjoso devido a grande 
quantidade de alvéolo no parênquima pulmonar 
 
OBS: Parênquima: da função ao órgão – alvéolos 
 Estroma: da sustentação – tecido conjuntivo 
 
O estroma pulmonar é pobre já que a maior parte dos 
pulmões é formada por alvéolos mas ele existe e dá 
sustentação 
 
 
No estroma pulmonar: 
• Muitos vasos sanguíneos: através desses 
capilares que se envolvem com alvéolos que 
temos as trocas gasosas 
• Elastina/fibras elásticas: permitem a distensão 
durante a inspiração e a contração passiva 
durante a expiração 
• Fibras reticulares: colágeno III. Sustentam as 
estruturas delicadas como alvéolos e impedem a 
distensão excessiva 
 
Localização do estroma: região de septo interalveolar 
(entre os alvéolos). Entre pneumócitos de dois alvéolos 
temos fibras elásticas, fibras reticulares, pode ter 
fibroblastos e macrófagos, vasos sanguíneos. 
Geralmente esse espaço é tão pequenininho que na 
microscopia ótica não dá para enxergar 
 
 
 
 
 
Nessa outra imagem temos a representação dos 
constituintes do septo interalveolar. Nesse septo 
temos duas camadas de pneumócitos separadas por 
interstício de tecido conjuntivo (fibras reticulares e 
elásticas, substancia fundamental, fibroblastos, 
macrófagos e abundante rede capilar). Eventualmente 
pode-se encontrar entre um alvéolo e outro, uma 
comunicação chamada de poros alveolares 
 
 
Esses poros permitem a comunicação, o que é 
importante porque vai equilibrar a pressão de ar entre 
os alvéolos. Como tem muitos alvéolos (arvore 
respiratória), se ocorrer obstrução de um bronquíolo, 
todos os alvéolos que são oriundos dele não irão fazer 
trocas gasosas. Mas como temos esses poros, eles 
conseguem participar da troca gasosa, ou seja, permite 
uma circulação colateral em caso de obstrução 
bronquiolar 
Nessa imagem temos um saco alveolar(SA) com vários 
alvéolos (A). No retângulo tem uma região de septo 
interalveolar que foi aumentada 
Septo Interalveolar 
 
Isabela Matos – T5 – UFMS CPTL 
15 HISTOLOGIA – BBPM III 
 BARREIRA HEMATOAÉREA 
É a porção mais delgada presente no septo 
interalveolar, onde os gases são trocados. É onde o 
capilar está mais próximo do alvéolo 
É formada: 
• Citoplasma do pneumócito I 
• Lâmina basal que envolve o pneumócito I 
• Lâmina basal que envolve o capilar 
• Citoplasma da célula endotelial 
 
Nesse desenho, o septo interalveolar é todo esse 
espaço entre os alvéolos. Lembrando que o capilar do 
pulmão é do tipo continuo (parede sem poros e lâmina 
continua), para que não ocorra extravasamento de 
líquidos, moléculas que poderiam ser danosos e causar 
processos inflamatórios no pulmão, ou seja, para 
proteger o pulmão 
 
 
 
Vemos o capilar no meio com sua célula endotelial, 
com sua lâmina basal em amarelo 
No canto temos em azul um pneumócito II e em verde 
pneumócito I, em amarelo a lâmina basal dessas 
células 
O oxigênio do ar inspirado dentro do alvéolo precisa 
passar pela barreira hematoaérea: citoplasma do 
pneumócito → lâmina basal do pneumócito → lâmina 
basal do capilar → célula endotelial → chega na 
circulação. E o gás carbônico faz o caminho contrario 
Geralmente, o capilar está tão perto do alvéolo que as 
lâminas basais se fundem e formam uma lâmina única 
 
A espessura da barreira hematoaérea é em torno de 
0,1 – 0,5 𝜇m, ou seja, é bem fininha 
Quanto mais alvéolos e capilares, maior a superfície de 
troca. Por isso, em casos de lesão que rompa os 
alvéolos ou que destrua a organização histológica 
deles, temos uma menor área de troca, o que dificulta 
as trocas gasosas, prejudicando a oxigenação do 
organismo 
 
 
 
 
MACRÓFAGOS ALVEOLARES 
No pulmão, os macrófagos são chamados de células de 
poeira 
Podem estar: 
• Septo interalveolar: entre os alvéolos no tecido 
conjuntivo do estroma 
• Lúmen dos alvéolos: pode atravessar os 
pneumócitos I 
Funções: 
• Remoção de partículas: fazem a fagocitose de 
partículas que foram inaladas. Pulmões de 
pessoas que trabalham com muita poluição no ar 
ou de fumantes tem os macrófagos cheios de 
partículas fagocitadas 
• Renovação de surfactante: fazem endocitose do 
surfactante velho, e o pneumócito II está 
constantemente produzindo novo 
Nessa 
imagem da 
pra ver um 
macrófago 
(bem maior 
que outras 
células) 
repleto de 
vacúolos no 
citoplasma 
devido a 
endocitose 
 
ENFISEMA E PNEUMONIA 
Enfisema é muito comum em fumantes de longa data. 
O processo de lesão é tão grande que ocorre 
destruição dos alvéolos e dilatação de espaços aéreos 
(vários alvéolos se rompem e formam um grande 
alvéolo). Com isso, a área de troca fica bem menor e 
por isso, a pessoa sente falta de ar já que não consegue 
fazer as trocas adequadas 
Na pneumonia, os alvéolos ficam cheios de células de 
defesa e os capilares ficam congestionados (sangue 
parado). Esse pulmão não está fazendo troca gasosa 
porque onde era para ter ar, tem células de defesa. 
Dependendo da área que isso ocorre, pode ser fatal

Outros materiais