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PROCESSOS DE FIAÇÃO DE ALGODÃO

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Prévia do material em texto

Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil Outubro de 2013 
FORMAÇÃO 
 
FIAÇÃO DE ALGODÃO 
 
 TIPOS DE ALGODÕES E 
PROCESSOS DE FABRICO 
 
 
 
FIAÇÃO DE ALGODÃO – TIPOS DE ALGODÕES E PROCESSOS DE FABRICO 
Documento preparado por Constantino M. Alves, Engº. Têxtil Pag. nº de 66 
 
1 
 
ÍNDICE 
 Pag.nº 
 Introdução Teórica 3 
1 Historial do Algodão 4 
2 A Planta do Algodão 5 
 2.1 Plantação 5 
 2.2 Tipos de Algodões 7 
 2.2.1 O Grau do Algodão 7 
 2.2.2 A Cor do Algodão 9 
3 Fibra do Algodão 11 
 3.1 Estrutura do Algodão 11 
 3.2 Composição da Fibra de Algodão 13 
 3.3 Propriedades e características do algodão 14 
 3.4 Identificação da fibra do Algodão 17 
 3.5 Standards Oficiais da U.S.A. 18 
 3.6 Standards Oficiais da U.S.A para os algodões SUPIMA 19 
 3.7 Standards Oficiais dos algodões do Perú Pima 19 
 3.8 Standards Oficiais para os Algodões do EGIPTO 20 
 3.9 Classificação adoptada e comparação dos Graus do Egipto versus 
Graus Americanos 
 
20 
4 Fiação de Algodão 35 
 4.1 Conceito de Fiação 35 
 4.2 Fiação de Anel 37 
 4.2.1 Principio da Fiação de Anel 39 
 4.3 Fiação a Rotor 43 
 4.3.1 Principio da Fiação a Rotor 44 
 4.4 Fiação Air-Jet 47 
 4.5 Fiação Siro 48 
 4.6 Fiação Compact 49 
 4.7 Fiação Core Spun 50 
5 Informações Técnicas sobre o processo de Fiação 51 
 5.1 A Estiragem 51 
 5.2 Os Cilindros de Estiragem 52 
 5.3 O Calculo da Estiragem 52 
 5.4 Factores que afectam o Sistema de Rolos de Estiragem 53 
FIAÇÃO DE ALGODÃO – TIPOS DE ALGODÕES E PROCESSOS DE FABRICO 
Documento preparado por Constantino M. Alves, Engº. Têxtil Pag. nº de 66 
 
2 
6 Classificação dos fios 53 
 6.1 Classificação a partir da Densidade Linear 53 
 6.1.1 O Sistema Tex 54 
 6.1.2 O Sistema Denier 54 
 6.1.3 O Sistema Métrico 54 
 6.1.4 O Sistema Inglês 55 
 6.2 Classificação dos Fios a partir da Direcção e Grau da Torção 55 
 6.2.1 O Factor da Torção 56 
7 Breves Informações sobre a Irregularidade dos Títulos 58 
8 Parâmetros de Qualidade a controlar nas Fibras e nos Fios de Algodão 63 
 8.1 Características mais importantes na avaliação da qualidade das 
Fibras de Algodão. 
 
64 
 8.2 Características mais importantes na avaliação da qualidade do 
processo de fiação de fios de Algodão. 
 
64 
 8.2.1 Parâmetros da Fiação 64 
 8.2.2 Parâmetros dos Fios 65 
9 Informações Gerais 65 
 9.1 Instrumentos utilizados no controlo do Algodão e tipo de Medição 
efectuada 
 
65 
 9.2 Correlações entre características qualitativas do algodão e as 
características qualitativas de um fio. 
 
66 
 Bibliografia 67 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FIAÇÃO DE ALGODÃO – TIPOS DE ALGODÕES E PROCESSOS DE FABRICO 
Documento preparado por Constantino M. Alves, Engº. Têxtil Pag. nº de 66 
 
3 
 
Introdução Teórica 
1- Breve Historial do Algodão 
Ninguém parece saber exactamente quando é que o homem começou a usar o algodão para 
confeccionar produtos para sua utilização, no entanto, achados arqueológicos em Mohenjo-Daro no 
Paquistão, e no vale Tehaucan no México, ambos datados de 3000 a.C., sugerem que a planta de 
algodão já era cultivada e usada na fabricação de têxteis à mais de 5000 anos. 
Tendo como base o facto de serem zonas muito distantes poder-se-á concluir que o algodão deve ter 
crescido de forma selvagem e posteriormente o homem apreendeu o seu cultivo mais ou menos de 
forma intensiva. 
No Mediterrâneo, no tempo de Alexandre, o Grande, já eram comercializados tecidos de algodão de 
considerável leveza, muito finos e de grande qualidade. Estes tecidos eram fabricados na Índia. 
Na Europa, onde a lã era a única fibra usada para produzir roupas, dos países do Oriente, através das 
viagens terrestes tomou conhecimento do algodão. 
Na Idade Média, no século VIII, os árabes trouxeram a planta do algodão para a Espanha introduzindo 
a plantação de algodão e a produção de tecidos com esta fibra, onde teve sucesso até ao século XV. 
Desde então, com a abertura das rotas marítimas para a Índia, Portugal ficou a ser a primeira fonte de 
tecidos de algodão. 
 
No século XIV o algodão crescia nos países Mediterrâneos e transportado daí para as indústrias na 
Holanda e para a Europa Ocidental para aí ser fiado e tecido. Até meados do século XVIII, o algodão 
não era produzido na Inglaterra, porque os produtores de lã não queriam que o algodão competisse 
com o seu próprio produto. Desta forma, conseguiram aprovar uma lei em 1720 que tornava ilegal a 
produção ou venda de artigos de algodão. 
Quando a lei foi finalmente revogada em 1736, as indústrias de algodão cresceram em número. Apesar 
disso, nos Estado Unidos não foi possível construir indústrias de algodão, pois a Inglaterra não 
permitia que qualquer maquinaria abandonasse o país pois temiam que as colónias competissem com 
eles. Mas um homem de nome Samuel Slater, que trabalhou numa indústria em Inglaterra, foi capaz de 
construir uma indústria de algodão na América em 1790. Seguidamente, a plantação de algodão foi 
expandida para a América do Norte. 
 
 
 
 
 
FIAÇÃO DE ALGODÃO – TIPOS DE ALGODÕES E PROCESSOS DE FABRICO 
Documento preparado por Constantino M. Alves, Engº. Têxtil Pag. nº de 66 
 
4 
 
2- Planta de algodão 
Cápsula de algodão 
A cápsula é a parte da planta que produz a fibra. A fibra cresce sobre o caroço. Cada planta de algodão 
irá produzir entre cinco a vinte capsulas dependendo da densidade da plantação. 
 
Fig. 2.1- Flor de algodão; capsula ou capulho fechado; capsula a abrir e algodão maduro. 
2.1 – Plantação 
Época de crescimento 
O algodão é semeado quando a temperatura do solo atinge cerca de 12ºC, geralmente começando a 
meados de Setembro e acabando a meados de Outubro. O período médio de crescimento é 
aproximadamente de 180 dias. A primeira flor aparece no final de Dezembro e a colheita é geralmente 
efectuada a meados de Abril logo a seguir à desfolhação. 
 
2.2 – A Colheita 
A colheita é feita durante os meses de Abril e Maio, sendo efectuada através de um mecanismo 
especializado que retira as capsulas da planta de algodão. No final da colheita, as capsulas colhidas são 
despejadas em reservatórios, e aí são sujeitos a uma força de compressão de forma a poderem ser 
transportados por camião para ser posteriormente descaroçados. 
Nota importante: as épocas de sementeira e colheitas diferem, como é evidente, da localização dos 
países produtores e dos respectivos continentes, seja no hemisfério Norte, seja no hemisfério Sul (ver 
na pagina seguinte a Tabela nº 1 – Países produtores de Algodão) 
 
 
 
 
 
 
 
FIAÇÃO DE ALGODÃO – TIPOS DE ALGODÕES E PROCESSOS DE FABRICO 
Documento preparado por Constantino M. Alves, Engº. Têxtil Pag. nº de 66 
 
5 
 
Tabela nº 01 – PAÍSES PRODUTORES DE ALGODÃO 
P E R Í O D O S D E C O L H E I T A 
 
 
Á 
S 
I 
A 
 
C 
E 
N 
T 
R 
A 
L 
PAÍSES REGIÕES JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ 
 
China Xinjang XXX XXX XXX 
 Shandong XXX XXX XXX 
 Mongcheng XXX XXX XXX 
Índia Punjab/Haryana XXX XXX XXX XXX XXX 
 Madhya Pradesh XXX XXX XXX XXX XXX 
 Andhra Pradesh XXX XXX XXX XXX XXX XXX XXX 
Paquistão Punjab XXX XXX XX XXX XXX XXX 
 Sind XXX XXX XXX XXX XXX XXX 
Turquia Izmir Antalya XXX XXX XXX 
 Çukurowa XXX XXX XXX 
Síria XXX XXX 
Irão XXX XXX 
Uzbekistão XXX XXX 
Turkmenistão XXX XXX XXX XXX 
 
 
 
Á 
F 
R 
I 
C 
A 
Egipto ( Extra Longo ) XXX XXX 
 ( Longo ) XXX XXX 
Sudão XXX XXX XXX XXX XXX XXX 
KeniaXXX XXX XXX XXX XXX XXX XXX 
Tanzânia XXX XXX 
Uganda XXX XXX XXX XXX 
Zimbawé XXX XXX XXX XXX XXX 
Costa do Marfim XXX XXX XXX XXX 
Burkina Faso XXX XXX XXX 
Benin XXX XXX 
Togo XXX XXX 
Mali XXX XXX 
Camarões XXX XXX XXX XXX XXX 
Chad XXX XXX XXX 
 
 
 
AMÉRICA 
 
DO 
 
NORTE E 
 
CENTRAL 
PAÍSES REGIÕES JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ 
 
 
Estados 
Unidos 
= USA = 
Oeste XXX XXX XXX XXX 
Sudoeste XXX XXX XXX 
Centro Sul XXX XXX XXX XXX 
Sudeste XXX XXX XXX XXX 
Texas Sul XXX XXX XXX 
Texas Oeste XXX XXX XXX XXX 
México XXX XXX XXX XXX XXX XXX XXX XXX XXX 
Guatemala XXX XXX XXX XXX 
Nicarágua XXX XXX XXX 
 
AMÉRICA 
 
DO 
 
SUL 
Argentina XXX XXX XXX XXX 
Bolívia XXX XXX 
Brasil Nordeste XXX XXX XXX XXX XXX 
Centro Sul XXX XXX XXX XXX 
Centro 
Oeste 
 XXX XXX XXX 
Colômbia XXX XXX 
Paraguai XXX XXX 
Perú XXX XXX XXX XXX XXX XXX XXX XXX 
EUROPA Espanha Andalucia XXX XXX 
Grécia Thessaly XXX XXX XXX 
 Macedonia XXX XXX XXX 
OCEANIA Austrália XXX XXX 
 
 
 
 
FIAÇÃO DE ALGODÃO – TIPOS DE ALGODÕES E PROCESSOS DE FABRICO 
Documento preparado por Constantino M. Alves, Engº. Têxtil Pag. nº de 66 
 
6 
 
2.3 - Efeito das condições de crescimento 
As características básicas das fibras de algodão, tais como o seu diâmetro, são determinadas por 
factores hereditários. Mas a natureza da fibra é também afectada enormemente pelas condições sob as 
quais a planta cresce. 
Numa planta típica, o algodão irá desenvolver-se aproximadamente durante sete semanas dentro da 
capsula. Mas todas as capsulas não maturam ao mesmo tempo. As capsulas podem ir abrindo na planta 
do algodão num período de oito a nove semanas. O tempo total entre a floração e a abertura das 
últimas capsulas assim atinge os quatro meses. A produção final do algodão é afectada pelas condições 
sob as quais a planta cresce antes da floração. A qualidade da fibra é influenciada pelas condições que 
enfrenta durante o tempo em que as fibras se desenvolvem dentro da capsula. 
 
Uma quebra no crescimento da planta durante o período de desenvolvimento da fibra pode abrandar a 
deposição da celulose. Quando as condições são repostas para o normal, o crescimento da fibra irá 
continuar mas os efeitos da interrupção serão exibidos na qualidade da fibra. 
Fibras curtas resultam de um pobre crescimento na fase inicial de desenvolvimento; fibras com paredes 
finas aparecem devido a desenvolvimentos das paredes na fase secundaria interrompidos ou reduzidos. 
Não interessa como o algodão cresce, pois é inevitável que muitas das fibras em todas as capsulas 
estarão num estado imaturo. A proporção das fibras imaturas para com fibras maturas é um factor 
importante na classificação do algodão. 
 
2.4 - Principais pestes e doenças 
A maior peste e doenças do algodão são traça Heliothis, verme da capsula de algodão e verme da flor, 
pequenos aracnídeos, e pestes tais como afideos (uma espécie de insectos) . 
 
Fig.2.2- Afideos 
 É importante que as ervas daninhas sejam controladas completamente não apenas para a produção 
mas também para que o algodão não seja contaminado na altura da colheita. 
O verme rosa da capsula ( Pectinophora gossypiella) é outro insecto que causa grandes perdas 
económicas nas plantações, especialmente na Índia, Egipto e Brasil. O insecto adulto é um pequeno 
bicho da traça castanho que deixa os seus ovos na planta de algodão. As larvas incubadas saem dos 
FIAÇÃO DE ALGODÃO – TIPOS DE ALGODÕES E PROCESSOS DE FABRICO 
Documento preparado por Constantino M. Alves, Engº. Têxtil Pag. nº de 66 
 
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ovos e constroem um túnel para o interior das capsulas, alimentando-se das fibras de algodão, 
impedindo um desenvolvimento adequado da fibra. 
Outras pestes de insectos, tais como verme da folha de algodão, verme da cápsula do algodão, aranha 
vermelha do algodão originam graves problemas no que diz respeito à qualidade do produto, bem 
como à rentabilidade do mesmo por hectare. 
 
Fig.2.3-aranha vermelha 
2.5 – O Descaroçamento 
Após a colheita, as fibras de algodão têm de ser separadas do caroço, um processo levado a cabo 
mecanicamente pela descaroçadora de algodão. O descaroçamento é o processo de separação do 
algodão da semente e de quaisquer impureza ou matéria estranha que tenha sido colhida. Após 
descaroçamento o algodão é empacotado, sob a forma de fardos, testados, classificados e enviados 
para os fornecedores. 
 
Fig.2.4- Descaroçamento automático, empacotamento e transporte do dos fardos de algodão. 
Notar, que há dois tipos desta máquina em uso, a descaroçadora de serras e a descaroçadora de rolos , 
sendo um indicador importante no que diz respeito à qualidade do produto do algodão ( denominado 
algodão Sawginned e Rollerginned, consoante é descaroçado por serras ou por rolos). 
A descaroçadora de serras é principalmente usada para algodão de comprimento pequeno ou médio, e 
a descaroçadora de rolos é geralmente preferida para fibras longas, apesar de alguns tipos de algodão 
Asiático e do Paquistão de fibras curtas serem descaroçados por rolos. Este processo de 
descaroçamento é mais lento e mais caro. O algodão Upland e o Algodão Pima requerem diferentes 
métodos de descaroçamento. O algodão Upland sofre um descaroçamento por serras enquanto que o 
algodão Pima sofre um descaroçamento por rolos sendo preservado o comprimento (staple) deste 
algodão de título especialmente fino. 
FIAÇÃO DE ALGODÃO – TIPOS DE ALGODÕES E PROCESSOS DE FABRICO 
Documento preparado por Constantino M. Alves, Engº. Têxtil Pag. nº de 66 
 
8 
Neps e naps 
Após o descaroçamento, a rama pode apresentar naps e neps. Os naps são emaranhados de fibras 
formados em consequência do mau estado do fruto ( humidade, amadurecimento completo, etc). Os 
neps são pequenos aglomerados de fibras que parecem pontos quando observados contra a luz e 
normalmente tem origem na baixa maturação das fibras. 
 
Fig.2.5- Um único nep a ser observado ao microscópio, mostrando uma massa de fibras imaturas e 
enroladas. 
Os naps são de fácil eliminação, o mesmo não acontece com os neps, que podem aparecer no fio e no 
tecido. Quanto mais finas ou mais imaturas forem as fibras, maior é a tendência a formar neps 
especialmente no processo de abertura, limpeza e cardação. 
 
2.6 - Tipos de algodão 
Muitas variedades da planta de algodão são cultivadas comercialmente em diferentes partes do mundo, 
sob variadas condições de crescimento. Como resultado, há muitas classificações e qualidades de 
algodão diferentes, que variam largamente nas suas propriedades e características. 
A avaliação do algodão é inevitavelmente um trabalho difícil, requerendo grande experiência e 
profissionalismo. O comprimento (staple) é uma avaliação da fibra com respeito ao seu comprimento 
tecnicamente muito importante. No caso do algodão, o comprimento (staple) corresponde a valores de 
comprimento muito próximos do que a fibra efectivamente apresenta, quando medido nas condições 
regulares e técnicas correctas. 
FIAÇÃO DE ALGODÃO – TIPOS DE ALGODÕES E PROCESSOS DE FABRICO 
Documento preparado por Constantino M. Alves, Engº. Têxtil Pag. nº de 66 
 
9 
 
Fig.2.6- Comparação dos comprimentos (staple) e secções transversais de maturação da fibra 
de diferentes tipos de algodão (A) Sea Island (Ilha de S. Vicente); (B) Sudão (Gezira); (C) América(Texas); (D) Índia (Bengals). 
Os algodões comerciais podem ser, de um modo geral, classificados em três categorias com referência 
ao comprimento (staple): 
(1) Comprimento (staple) 1- 2 polegadas (26-50 mm) = Inclui as fibras finas, com brilho que 
formam os algodões de qualidade de topo. As fibras têm geralmente um diâmetro de 10- 15 
microns e 1.1-1.8 dtex (0.99 – 1.72 den). O algodão do Egipto e o algodão Americano Pima são 
algodões desta categoria. Estes algodões de elevada qualidade são geralmente os mais difíceis 
de cultivar. 
(2) Comprimento (staple) ½ - 1 5/16 polegadas (12 – 33 mm) = Inclui os algodões de resistência 
médio, brilho médio que formam o grande volume da colheita mundial. As fibras têm 
geralmente um diâmetro de 12-17 microns e 1.4 –2.2 dtex ( 1.26-1.98 den). O algodão 
americano Upland e alguns tipos da América Latina ( Peru) estão inseridos nesta categoria. 
(3) Comprimento (staple) 3/8 – 1 polegada ( 9 –26 mm) = Inclui as fibras de algodão grossas, de 
baixo grau que são geralmente de baixa resistência e têm pouco ou nenhum brilho. As fibras 
têm geralmente um diâmetro de 13-22 microns e 1.5 – 2.9 dtex(1.35 – 2.61 den). Muitos dos 
algodões Asiáticos, Indianos e alguns Peruanos estão inseridos nesta categoria. 
 
 
 
 
 
 
FIAÇÃO DE ALGODÃO – TIPOS DE ALGODÕES E PROCESSOS DE FABRICO 
Documento preparado por Constantino M. Alves, Engº. Têxtil Pag. nº de 66 
 
10 
 
 
Tabelas para avaliação: 
Tabela nº 02 
FINURA EM VALORES MICRONAIRE 
Inferior a 3.0 Muito Fina 
3.0 a 3.9 Fina 
4.0 a 4.9 Média 
5.0 a 5.9 Grossa 
Superior a 5.9 Muito Grossa 
Tabela nº 03 
FIBRAS CURTAS E MÉDIAS 
 
FIBRAS LONGAS 
31/32 “ = 24.6 mm 1.7/32” = 30.9 mm 
1” = 25.4 mm 1.9/32” = 32.5 mm 
1.1/32” = 26.2 mm 1.3/8” = 34.9 mm 
1.1/16” = 27.0 mm 1.7/16” = 36.5 mm 
1.3/32” = 27.8 mm 1.1/2” = 38.1 mm 
1.1/8” = 28.6 mm 1.9/16” = 39.7 mm 
 
2.6.1 – Os Graus 
Centenas de variedades de algodão desenvolvem-se em diferentes condições climáticas e em todo o 
tipo de solo e meio ambiente. A graduação e classificação de todos estes algodões, com especial 
referência aos fios e tecidos que irão produzir, não é obviamente muito simples. Para que haja uma 
correcta apreciação, ela deve ser efectuada por técnicos especializados, os denominados classificadores 
de ramas de algodão. 
 
Fig.2.7 – Diagrama de Fibras de um Algodão 
Assim, a avaliação do algodão é levada a cabo tradicionalmente por um classificador de algodões, de 
deverá ter profissionalismo e longa experiência no julgamento da qualidade do algodão, 
inspeccionando e apalpando os algodões. O classificador toma nota do comprimento (staple), da cor e 
da quantidade de impurezas do algodão e a qualidade da sua preparação. 
 
 
 
FIAÇÃO DE ALGODÃO – TIPOS DE ALGODÕES E PROCESSOS DE FABRICO 
Documento preparado por Constantino M. Alves, Engº. Têxtil Pag. nº de 66 
 
11 
 
 
 
 Fig.2.8 - Avaliação do grau do algodão - padrões da Universal Grade Standards. 
 
É bastante usual efectuar a classificação do algodão a partir de um exame manual. O comprimento 
(staple) é julgado tomando uma amostra e executando um pulling a fim de exibir uma teia fibrosa das 
fibras. O pulling é o comprimento comercial e tem em conta sobretudo as fibras longas existentes na 
amostra e, corresponde mais ou menos ao comprimento que atingem 25% das fibras. 
 
 
Fig.2.9- Após efectuar o pulling (imagem à esquerda) compara com os comprimentos de fibra padrões. 
Os padrões mais utilizados mundialmente são os “Universal Grade Standards”, estabelecidos e 
vendidos pelo Departamento da Agricultura dos EUA. 
Para os algodões brancos ( cor normal) os principais graus são: 
 Strict Good Middling 
 Good Middling 
 Strict Middling 
 Middling 
 Strict Low Middling 
 Low middling 
 Strict good ordinary 
 Good Ordinary 
Notar que são ainda considerados tipos intermédios que se situam entre cada duas categorias 
principais. 
FIAÇÃO DE ALGODÃO – TIPOS DE ALGODÕES E PROCESSOS DE FABRICO 
Documento preparado por Constantino M. Alves, Engº. Têxtil Pag. nº de 66 
 
12 
 
2.6.2 - A Cor 
Um algodão que amadureceu bem e tenha sido colhido com boas condições climatéricas e no tempo 
certo, apresenta-se com cor branco-creme e com brilho. Se apanhou geada, aparece com manchas 
amarelas. Se apanhou chuva, apresenta cor com tonalidade mais cinza. As impurezas que acompanham 
a rama indicam o modo de colheita e descaroçamento. 
Em adição a estas qualidades básicas deveremos ter em consideração a capacidade do algodão ser 
fiado e tecido. Esta avaliação será feita a partir de testes laboratoriais que fornecerão valores 
numéricos precisos das várias propriedades do algodão e que serão explicados com detalhe mais à 
frente. 
3- A Fibra do algodão 
 3.1 - Estrutura da fibra do Algodão 
A fibra matura do algodão forma uma estrutura tal como uma fita achatada que se assemelha a uma 
câmara-de-ar de uma bicicleta da qual o ar foi removido, variando de espessura entre 12 a 20 
micrómetros. É altamente convoluta e os números de convulsões rondam entre 4 a 6 por mm, 
revertendo na direcção cerca de cada milímetro ao longo da fibra. 
 
 
Fig.3.1- Secções transversal e longitudinal da fibra de algodão. 
Estas características tornam o algodão fácil de identificar ao microscópio. 
As fibras de algodão têm uma estrutura fibrilar. A sua morfologia exibe três características 
importantes: parede primaria, parede secundária e lúmen. 
 
 
 
 
 
 
 
Fig.3.2 Estrutura morfológica da fibra de algodão 
FIAÇÃO DE ALGODÃO – TIPOS DE ALGODÕES E PROCESSOS DE FABRICO 
Documento preparado por Constantino M. Alves, Engº. Têxtil Pag. nº de 66 
 
13 
 
A parede primária consiste de uma malha de fibrilas de celulose cobertas com uma camada exterior de 
pectinas, proteínas e cera. A cera confere à fibra impermeabilidade à água e soluções aquosas no caso 
de não ser usado um agente molhante. Apesar da parede primária estimar apenas 5% do peso da fibra, 
ela contém a maior parte dos constituintes não celulósicos. 
A parede secundária constitui o volume da fibra matura e consiste de fibrilas celulósicas dispostas em 
volta do eixo da fibra. 
O lúmen é um canal vazio ao longo do comprimento da fibra que se encontra no seu centro. Numa 
fibra de algodão matura, a deposição da celulose na parede secundária torna-se tão pesado deixando 
apenas um lúmen muito pequeno. Uma fibra imatura, por outro lado, tendo pouca celulose na parede 
secundária permite apresentar um lúmen largo e distinto. Numa fibra de algodão normal, o lúmen 
apesar de quase completamente desmoronado representa um volume considerável de espaço livre. 
Desta forma, permite que a fibra de algodão absorva água por capilaridade e por isso tem uma 
importante influência nas propriedades do algodão como um material têxtil. 
 
Fig.3.3- Secção transversal do algodão vista no microscópio electrónico 
 
 3.2-Composição da fibra do Algodão 
A composição de uma fibra de algodão típica é dada na tabela abaixo. A composição actual depende 
do tipo de fibra de algodão, da condições de crescimento e da maturidade. 
Tabela 04 - Composição da fibra de algodão 
Constituintes Proporção de peso seco (%) 
Celulose 94.0 
Proteínas 1.3 
Pectinas 1.2 
Cera 0.6 
Cinzas 1.2 
Outras substâncias 1.7 
 
FIAÇÃO DE ALGODÃO – TIPOS DE ALGODÕES E PROCESSOS DE FABRICO 
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14 
 
Notar que a celulose consiste em átomos de carbono, hidrogénio e oxigénio. 
 
Fig.3.4- Modelo da fibra de algodão 
3.3- Propriedades e características do algodão 
As propriedades mais importantesda fibra de algodão estão de seguida resumidas na tabela abaixo: 
Tabela 05 - Propriedades e características da fibra de algodão 
Comprimento de 
fibra 
É uma característica fundamental para a comercialização do algodão. 
Mede-se em polegadas. 
Pode variar entre 1/32” e 2”. 
Finura da fibra Está relacionada com o tamanho da sua secção transversal. Um dos 
métodos mais usados para a sua determinação é a partir do micronaire, ou 
então, pelo titulo (peso por unidade de comprimento). 
As fibras de algodão apresentam finuras que vão de 12 a 20m. [sendo de 
20 a 40m no ponto da inserção (aderência) no grão da semente 
diminuindo na direcção da ponta.] 
Superfície da fibra Com torções irregulares em S e Z que conferem á fibra boa fiabilidade. 
 
Uniformidade O comprimento médio indicado deve ser mantido pela parte preponderante 
do material fornecido. Quanto menores as oscilações em finura e 
comprimento, tanto melhor o lote. 
Impurezas Qualquer algodão contém impurezas, causadas por partículas da planta. O 
algodão colhido à mão é mais limpo do que colhido por meio da máquinas 
(mas devido a ser mais moroso e logo mais dispendioso, quase não é 
usado, a não ser em países de mão de obra muito disponível e barata). 
 
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Documento preparado por Constantino M. Alves, Engº. Têxtil Pag. nº de 66 
 
15 
 
Cor 
A cor do algodão varia desde o creme até pardacento. 
Tipo norte americano – branco até pardacento 
Tipo da Índia – cinzento- brancos até amarelo- brancos 
Tipo do Egipto – amarelados até pardacentos 
A matéria corante contida nas fibras é normalmente eliminada por 
oxidação (operação de branqueamento da fibra). 
Brilho e aspecto A maioria dos tipos de algodão apresenta pouco brilho, só o algodão 
egípcio tem leve brilho e sedoso. A fibra obtém brilho pela mercerização. 
Toque Suave, acalentador. 
 
 
Taxa de Absorção 
de Humidade 
É a quantidade de água que a fibra absorve. 
O algodão tem uma alta absorção de humidade. 
As propriedades mecânicas da fibra de algodão são afectadas pela 
quantidade de água na fibra, a resistência à tracção aumenta com a 
quantidade de água presente (até determinado valor), ou seja, tem maior 
resistência a molhado que a seco. Fibras molhadas são 20% mais fortes 
que as fibras secas. 
A quantidade de água que a fibra retém exprime-se por Taxa de 
Recuperação de Humidade: 
T.R.H.(%) = Peso da fibra com humidade – Peso da fibra seca 
 Peso da fibra seca 
(o peso da fibra determina-se após secagem em estufa a 105ºC durante 4 a 
16 horas – até atingir peso constante após 3 medições consecutivas num 
período de 1 hora) 
 
Higroscopicidade 
A fibra de algodão é hidrófila, ou seja, absorve e retém grande quantidade 
de humidade. Absorve 8,0 a 8,5% de humidade do ar quando o clima é 
normal, 32% quando a humidade relativa é 100%. 
A tolerância combinada de humidade é de 8,5% do peso seco e em fibras 
mercerizadas 10,50%. Fibras secas conservam a forma que assumiram no 
intumescimento, por isso, o tecido exige ser passado a ferro. 
Capacidade de 
alvejamento e 
tingimento 
Não é conveniente tingir-se as fibras sem um tratamento prévio, atendendo 
que o algodão cru contém impurezas. O algodão e produtos de algodão 
podem ser alvejados em qualquer momento e posteriormente tingidos. 
O tingimento pode ser feito com a máxima garantia. 
Densidade É uma característica que afecta a leveza e o cair dos artigos de algodão. O 
algodão tem uma densidade de 1,55 g/cm
3
. 
Alongamento 
(alongamento da 
ruptura) 
 
Suficiente, ocupa o primeiro lugar nas fibras vegetais. 
Elasticidade e 
resistência ao 
amassamento 
Suficiente, melhor que a do linho, pior que a da lã e da seda. Acabamento 
possibilita melhoria. 
Plasticidade Suficiente 
Conservação do 
calor 
Satisfatória 
Estabilidade da 
forma 
Reduzida, melhor que a do linho, menor que a da lã e da seda. 
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Documento preparado por Constantino M. Alves, Engº. Têxtil Pag. nº de 66 
 
16 
 
Efeito dos 
solventes 
orgânicos 
 
Excelente resistência. Apenas é solúvel em solventes especiais como o 
licor de Schweitzer (oxido de cobre amoniacal) ou cuprietileno-diamina e 
por acido sulfúrico concentrado (70%). 
Comportamento 
com ácidos, e 
bases 
Ácidos fracos quase não atacam as fibras; ácidos fortes concentrados a frio 
ou ácidos diluídos a quente atacam e destroem a fibra. 
Têm uma resistência excelente ás bases. Incha em soda cáustica 
concentrada (caso da mercerização) mas não é degradado.- sob condições 
controladas. 
Efeito de oxidantes 
e redutores 
Em certas operações de ultimação, nomeadamente no branqueamento o 
algodão é submetido a tratamentos com oxidantes e em menor escala com 
redutores. Nas lavagens domésticas é usual a aplicação da lixívia de cloro 
(hipoclorito) para remoção de nódoas que é um forte oxidante. 
O algodão tem uma resistência aceitável, mas sofre uma degradação mais 
ou menos pronunciada durante o branqueio. Para tal é necessário que este 
processo seja controlado com a presença de estabilizadores e controlando 
também a pH e temperatura. 
Efeito da luz solar Sofre gradual perda de resistência mecânica acompanhada de 
amarelecimento, após prolongada exposição ao sol. Esta acção é 
intensificada em presença da humidade e calor intenso. A fibra pode no 
entanto ser protegida com corantes especiais. 
 
Por vezes, utiliza-se o termo “caracter do algodão” como uma característica ou propriedade do 
algodão. Mas na realidade, trata-se de uma designação técnica de classificação do algodão que engloba 
um conjunto de características têxteis do algodão não englobadas no grau nem no comprimento de 
fibra, e são, nomeadamente: 
Sedosidade, convulsões, frisado, espessura, rigidez, flexibilidade, elasticidade da fibra, aderência entre 
fibras, resistência da fibra e regularidade do comprimento de fibra. 
Ou seja, o caracter é descrito pela estrutura da fibra, do seu estado de maturação, uniformidade do 
comprimento das fibras, o seu toque e a sua finura. 
3.4-Identificação da fibra do Algodão 
Microscopia Teste da queima Teste de solubilidade 
Vista Longitudinal 
 
Vista Transversal 
 
Matura Imatura Morta Mercerizada 
Combustão: arde rapidamente 
Cheiro: a papel queimado (celulose) 
Resíduo: cinza esbranquiçada 
Calor de combustão: 3,9 Kcal/G 
Temperatura de combustão: 255ºC 
Ponto de fusão: não funde 
Acido sulfúrico: destrói o 
algodão 
 
 
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17 
 
3.5 - Standards Oficiais do U.S.A. 
 Tabela nº 06: 
 Comprimento da Fibra – 28/30 mm - Algodão Sawginned 
GRAUS SIMBOLO USADO CÓDIGO DESPERDÍCIO 
BRANCOS POR GRAU 
GOOD MIDDLING GM 11 0.12 – 1 
STRICT MIDDLING SM 21 0.20 – 2 
MIDDLING PLUS Mid PLUS 30 0.33 – 3 
MIDDLING Mid 31 0.50 – 4 
STRICT LOW MIDDLING PLUS SLM Plus 40 0.68 – 5 
STRICT LOW MIDDLING SLM 41 0.92 – 6 
LOW MIDDLING PLUS LM Plus 50 1.21 – 7 
LOW MIDDLING LM 51 
STRICT GOOD ORDINARY PLUS SGO Plus 60 
STRICT GOOD ORDINARY SGO 61 
GOOD ORDINARY PLUS GO Plus 70 
GOOD ORDINARY GO 71 
LIGHT SPOTTED 
GOOD MIDDLING GM Lt Sp 12 
STRICT MIDDLING SM Lt Sp 22 
MIDDLING Mid Lt Sp 32 
STRICT LOW MIDDLING SLM Lt Sp 42 
LOW MIDDLING LM Lt Sp 52 
STRICT GOOD ORDINARY SGO Lt Sp 62 
SPOTTED 
GOOD MIDDLING GM Sp 13 
STRICT MIDDLING SM Sp 23 
MIDDLING Mid Sp 33 
STRICT LOW MIDDLING SLM Sp 43 
LOW MIDDLING LM Sp 53 
STRICT GOOD ORDINARY SGO Sp 63 
TINGED 
STRICT MIDDLING SM Tg 24 
MIDDLING Mid Tg 34 
STRICT LOW MIDDLING SLMTg 44 
LOW MIDDLING LM Tg 54 
YELLOW STAINED 
STRICT MIDDLING SM YS 25 
MIDDLING Mid YS 35 
LIGHT GRAY 
GOOD MIDDLING GM Lt Gray 16 
STRICT MIDDLING SM Lt Gray 26 
MIDDLING Mid Lt Gray 36 
STRICT LOW MIDDLING SLM Lt Gray 46 
GRAY 
GOOD MIDDLING GM Gray 17 
STRICT MIDDLING SM Gray 27 
MIDDLING Mid Gray 37 
STRICT LOW MIDDLING SLM Gray 47 
BELOW GRADES BG 81-87 
Além dos padrões americanos, diversos países possuem os seus próprios padrões. Antes da 
independência das ex-colónias, em Portugal também era estabelecida uma escala com seis graus. 
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18 
 
3.6 - Fibras de Algodão 
SUPIMA 
Standards Oficiais do U.S.A. 
Rollerginned 
Tabela nº 07 
GRAUS SIMBOLO USADO COMPRIMENTO 
DA FIBRA 
MICRONAIRE 
BRANCOS US UPLAND 
STANDARD 1 ST 1 1. 3/8 – 1. 1/2 3.6 – 4.2 
STANDARD 2 ST 2 1. 3/16 – 1. 5/32 3.6 – 4.2 
STANDARD 3 ST 3 1. 5/32 – 1. 1/8 3.6 – 4.2 
STANDARD 4 ST 4 1. 1/8 – 1. 3/32 3.6 – 4.2 
STANDARD 5 ST 5 1. 1/8 – 1. 3/32 3.6 – 4.2 
STANDARD 6 ST 6 1. 1/8 – 1. 3/32 3.6 – 4.2 
STANDARD 7 ST 7 1.3/32 – 1.1/16 3.5 – 4.2 
TENACIDADE 41 g/Tex – VALOR MÉDIO 
 
Nota: Os algodões SUPIMA USA apresentam, relativamente aos algodões Sawginned UPLAND, 
uma tonalidade mais cremosa. 
Existem 6 Classes de algodão SUPIMA USA. 
 
3.7 - Fibras de Algodão 
PERÚ PIMA 
Standards Oficiais do PERÚ 
Rollerginned 
Tabela nº 08 
GRAUS SIMBOLO USADO COMPRIMENTO 
DA FIBRA 
DESPERDÍCIO 
BRANCOS 
STANDARD 1 ST 1 1. 3/16 – 1. 5/32 0.30 
STANDARD 2 ST 2 1. 3/16 – 1. 5/32 0.50 
STANDARD 2 ½ ST 2 ½ 1. 5/32 – 1. 1/8 1.00 
STANDARD 3 BASE ST 3 1. 1/8 – 1. 3/32 1.25 
STANDARD 3 ½ ST 3 ½ 1. 1/8 – 1. 3/32 1.50 
STANDARD 4 ST 4 1. 1/8 – 1. 3/32 2.00 
STANDARD 5 ST 5 1. 3/32 – 1. 1/16 2.60 
STANDARD 6 ST 6 1. 3/32 – 1. 1/16 3.40 
STANDARD 7 ST 7 1. 3/32 – 1. 1/16 4.20 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3.8 - Fibras de Algodão 
 GIZA 
Standards Oficiais do Algodão do Egipto – Rollerginned 
Comprimento da Fibra – Extra Long (staple) - Acima de 1” 3/8 
Tabela nº 09 
GRAUS SIMBOLO USADO COMP. FIBRA MICRONAIRE 
BRANCOS 
Giza 45 Good/Fg WHITE 36.0 – 38.0 2.5 – 3.0 
Giza 45 Good WHITE 36.0 – 38.0 2.5 – 3.0 
Giza 87 Good WHITE 36.0 – 37.0 3.0 – 3.3 
Giza 76 G/Fg Good WHITE 35.0 – 36.0 3.3 - 3.6 
Giza 70 Good/Fg WHITE 35.0 – 36.0 3.6 – 3.8 
Giza 70 Good WHITE 35.0 – 36.0 3.6 -3.8 
Giza 77 G/Fg Good CREAMY 34.0 – 34.5 3.3- 3.6 
Giza 77 Good CREAMY 34.0 – 34.5 3.3 – 3.6 
Giza 88 Good CREAMY 34.0 – 34.5 3.5 -3-8 
Comprimento da Fibra – Long (staple) - Acima de 1” 1/4 
Giza 86 G/Fg WHITE 32.0 – 34.0 3.6 – 4.0 
Giza 86 Good WHITE 32.0 – 34.0 3.6- 4.0 
Giza 75 Good WHITE 31.0 – 32.0 3.8 – 4.1 
Giza 89 Good/Fg WHITE 31.0 – 32.0 4.0 – 4.3 
Giza 89 Good WHITE 31.0 – 32.0 4.0 – 4.3 
Giza 85 Good/Fg WHITE 29.0 – 30.0 3.4 – 36 
Giza 85 Good WHITE 29.0 – 30.0 3.4 – 3.6 
Giza 80 Good DARK CREAMY 29.0 – 30.0 4.0 – 4.2 
Giza 83 Good LIGHT CREAMY 29.0 – 30.0 3.6 – 4.2 
 
3.9 - Classificação adoptada e comparação dos Graus do Egipto versus Graus Americanos 
Tabela nº 10 
Graus do Egipto Graus Americanos 
Extra Middling Fair 
Fully Good / Extra Strict Good Middling 
Fully Good Good Middling 
Good/ Fully Good Strict Middling 
Good Middling Leaf, Strict Mid. Color 
Fully Good Fair/ Good Middling 
Fully Good Fair Strict Low Middling 
Good Fair / Fully Good Fair Low Middling 
Good Fair Strict Good Ordinary 
Fair Good Ordinary 
 
 
 
 
 
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20 
Tabela nº 11 - PROPRIEDADES FÍSICAS DO ALGODÃO EGIPTO GIZA 70 
 
PROPRIEDADES FÍSICAS DO ALGODÃO EGIPTO GIZA 70 
ANO DA COLHEITA 
 91/92 92/93 93/94 94/95 95/96 96/97 97/98 
PROPRIEDADES FISICAS 
Comprimento 
2.5% Span length 35.8 36.1 36.1 35.9 35.0 35.0 35.3 
Média Length (mm) 32.0 32.0 32.2 31.9 31.1 31.3 32.1 
Uniformidade (%) 89 89 89 89 89 89 91 
Uniformidade (Ratio) 50 50 50 50 50 50 51 
Resistência 
Índice Pressley (Libras/mg) 11.0 11.1 11.0 11.1 11.5 11.3 11.4 
Resistência (1000 
pound/inch2) 118.8 119.9 118.8 119.9 124.2 122.8 122.8 
Tenacidade (g/tex) 32.6 33.8 33.9 33.7 34.0 34.2 34.6 
Alongamento (%) 5.4 5.7 5.7 5.4 5.6 5.5 5.3 
Finura 
Micronaire (micrograma/inch) 3.70 3.90 3.70 3.60 4.00 3.73 3.88 
Militex (10-5mg/cm) 141 138 135 132 149 147 153 
Maturidade 
% de Fibras Maduras 79 79 79 76 77 74 76 
Ratio 0.89 0.89 0.89 0.85 0.86 0.83 0.85 
Trash ( desperdícios ) 
Desperdício – Folhas, cascas, 
etc. (% por peso) 4.2 3.6 4.4 4.6 4.2 3.6 3.3 
Fibra pura (% por peso) 95.8 96.4 95.6 95.4 95.8 96.4 96.7 
Resistência à meada 
Teste do Lea product (CSP) 2956 2958 2972 2963 2959 2884 
 
Fonte: CATGO, Alexandria, 1998 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Tabela 12 - IMPUREZAS ( TRASH ) CONTIDAS NO ALGODÃO EGIPTO POR 
VARIEDADE 
 
ANO Giza 
45 
Giza 
70 
Giza 
76 
Giza 
77 
Giza 
86 
Giza 
75 
Giza 
85 
Giza 
80 
Giza 
83 
1991-1992 4.8 4.2 3.8 4.3 --- 4.4 --- 7.0 5.8 
1992-1993 4.0 3.6 3.6 3.8 --- 3.6 --- 6.7 5.2 
1993-1994 5.2 4.4 4.5 3.8 --- 4.1 4.7 7.2 8.5 
1994-1995 6.4 4.6 4.8 5.9 4.2 5.1 5.5 6.9 7.4 
1995-1996 6.9 4.2 3.8 3.7 2.7 3.7 3.4 8.6 10.3 
1996-1997 4.6 3.6 3.9 3.8 3.2 3.2 3.3 5.4 4.8 
1997-1998 5.7 4.1 3.9 3.6 3.2 3.1 3.3 5.1 4.8 
1998-1999 --- --- 3.9 3.6 3.2 3.1 3.3 6.0 4.8 
1999-2000 --- --- 3.8 3.5 3.2 3.0 3.3 6.2 4.8 
2000-2001 --- --- 3.8 3.6 3.1 3.2 3.3 6.3 4.7 
2001-2002 --- --- 3.9 3.7 3.2 3.2 3.2 6.2 4,5 
2002-2003 --- --- 4.2 3.8 3.2 3.2 3.2 6.4 5.0 
2003-2004 --- --- 4.0 3.8 3.2 3.3 3.3 6.2 5.0 
 
 
. 
 
Figura 15 - Polipropileno encontrado em algodão Egípcio 
 
 
 
 
 
 
 
FIAÇÃO DE ALGODÃO – TIPOS DE ALGODÕES E PROCESSOS DE FABRICO 
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22 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OS GRAUS: 
 
 
TABELAS 
 
 
INTERNACIONALMENTE ACEITES 
 
 
PELAS REGRAS 
 
DE 
 
LIVERPOOL 
 
E 
 
BREMEN 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FIAÇÃO DE ALGODÃO – TIPOS DE ALGODÕES E PROCESSOS DE FABRICO 
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23 
 
Tabela 13 - Graus de Algodão Egipto obtidos nas épocas 1952-53 a 1997-98 
 
Ano da colheita Percentagem de Fibra (Lint) no Algodão 
 Grau acima de G/FG Grau G a G/FG Grau abaixo de Good 
1952-53 29.1 23.5 47.4 
1953-54 37.7 25.9 36.4 
1954-55 31.4 28.8 39.8 
1955-56 25.4 32.5 42.1 
1956-57 36.1 29.2 34.7 
1957-58 37.6 31.5 30.9 
1958-59 36.5 54.8 8.7 
1959-60 41.4 51.9 6.7 
 
1980-81 4.7 90.7 4.6 
1981-82 3.0 90.1 6.9 
1982-83 1.1 88.4 10.5 
1983-84 1.0 87.2 11.8 
 
1988-89 2.1 92.6 5.3 
1989-90 4.3 93.0 2.7 
1990-91 5.1 88.5 6.4 
1991-92 12.0 84.2 3.8 
1992-93 17.0 80.3 2.7 
1993-94 4.6 91.8 3.6 
1994-95 1.0 91.5 7.5 
1995-96 3.8 93.4 2.8 
1996-97 2.5 95.9 1.6 
1997-98 0.2 92.1 7.7FIAÇÃO DE ALGODÃO – TIPOS DE ALGODÕES E PROCESSOS DE FABRICO 
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24 
Tabela 14 - Símbolos usados por categoria 
 
 Símbolos usados por categoria 
Grau do Algodão semente Grau do Algodão Símbolo 
FG - 1/4 FG /// 
 FG-1/8 /// 
G/FG FG-1/4 //// 
 FG-3/8 //// 
G + 1/4 G/FG X 
 G+3/8 X 
G G+1/4 XX 
 G+1/8 XX 
G-1/4 G XXX 
 G-1/8 O 
FGF/G G-1/4 O 
FGF FGF/G OO 
GF/FGF FGF OO 
GF GF/FGF OOO 
FF/GF GF OOO 
FF FF/GF OOOO 
 FF S 
 
FG = Fully Good 
G/FG = Good Fully Good 
G = Good 
FGF =Fully Good Fair 
FGF/G = Fully Good Fair to Good 
GF/FGF = Good Fair to Fully Good Fair 
FF/GF = Fully Fair to Good Fair 
FF = Fully Fair 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FIAÇÃO DE ALGODÃO – TIPOS DE ALGODÕES E PROCESSOS DE FABRICO 
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25 
 
Tabela nº 15 - SISTEMAS DE GRAU PARA STAPLES DE ALGODÃO EXTRA LONGOS 
 
SISTEMAS DE GRAU PARA OS STAPLES DE ALGODÃO EXTRA LONGOS 
GRAU E QUALIDADE 
Tendo como objectivo estabelecer o preço de venda de um determinado lote de algodão, este é 
previamente classificado. A classificação em Graus do Algodão é efectuada segundo a sua 
qualidade e esta tem a ver com os seguintes aspectos: 
Grau: 
Refere-se à cor, limpeza e estilo: i.e., factores visíveis. A cor pode ser branco claro, branco sem 
brilho, manchado ou cinzento. "Bloom" está presente especialmente no algodão ELS. 
Limpeza: 
Refere-se à quantidade de folha (lixo) no algodão. A quantidade de folha pode ser grande ou 
pequena – denominada “pulga”. A preparação é quase perfeita quando a superfície da 
amostra é suave. O descaroçamento do algodão é responsável pela presença de nós e fibras 
emaranhadas, o que torna o processo de tingimento mais complicado e dá um aspecto 
grosseiro ao produto final (malhas e ou tecidos planos) 
Staple: 
Refere-se ao comprimento das fibras, sendo as classificações efectuadas em polegadas - 1.7 / 
16" ou 1.3 / 8", para os algodões Pima, ou em milímetros - 35 mm, para algodões Egípcios. 
Fazendo o Pulling do staple revelará o carácter do algodão, incluindo o grau de suavidade da 
fibra, a sua finura ou grossura, a sua boa ou fraca resistência à tracção, a uniformidade do 
comprimento e a sua irregularidade. 
Um determinado comprimento (length) pode ser denominado regular ou irregular e com 
desperdícios (waste) e fibras curtas. 
Os bons fiadeiros investem bastante em maquinaria nova e de alta velocidade. A necessidade 
de avaliar com alguma rapidez o Grau, teve como consequência a entrada no mercado de 
uma máquina, o HVI, que possibilita através de testes mecânicos a obtenção dos valores dos 
principais parâmetros. O processamento de um bom algodão também requer análise das 
fibras no AFIS para determinar o conteúdo de pequenas fibras e neps, não dispensando a 
avaliação manual e visual a efectuar pelo técnico classificador. 
O que significa a qualidade para os seus clientes fiadeiros: 
1
 
Para um Fiandeiro a Qualidade significa um algodão livre de contaminação por 
matérias estranhas (polipropileno; juta; “sarapilheira”; cabelo e outros produtos que 
não são fibras de algodão). 
Os fiandeiros consideram que a eliminação da contaminação deve ser feita na origem, 
muito embora já existam meios ópticos para as detectar e eliminar no processo de fiar. 
Para todos os algodões recebidos, o ideal será receber do fornecedor as características 
técnicas avaliadas no HVI. 
2
 
Mesmo para algodões do Egipto de boa qualidade é importante que nos embarques 
seja conjuntamente enviados os respectivos graus, comprimento (staple) e restantes 
parâmetros obtidos no HVI. 
 
 
 
 
FIAÇÃO DE ALGODÃO – TIPOS DE ALGODÕES E PROCESSOS DE FABRICO 
Documento preparado por Constantino M. Alves, Engº. Têxtil Pag. nº de 66 
 
26 
 
Tabela nº 16 - TIPOS DE ALGODÕES DE FIBRA LONGA E PRINCIPAIS PAÍSES 
PRODUTORES. 
US Pima ( Marca Registada: SUPIMA) 
Grau e Qualidade 
Descrição dos tipos 
Tipo Designação (staple) Range Micronaire 
Vale de São Joaquim Grade 1- 3 / 8" -1-7 /16 base 3.5 - 4.5 
 01 
 02 
 03 
 04 
 05 
 06 
Tipo Designação (staple) Range Micronaire 
Deserto do Sul Grade 1- 3 / 8" -1-7 /16 base 3.5 - 4.5 
 01 
 02 
 03 
 04 
 05 
 06 
 Micronaire Desconto no custo 
 2.6 ou inferior - 2300 Pontos 
 2.7 - 2.9 - 1800 “ 
 3.0 - 3.2 - 1350 “ 
 3.3 - 3.4 - 500 “ 
Base 3.5 – 4.5 
Características das Fibras 
1-3/8" e 1-7/16" 
Micronaire Médio 3.5 - 4.5 
Resistência à tracção em PSI 105,000 
Áreas de Crescimento 
Vale de San Joaquim, principalmente para exportação. Deserto 
Sudoeste: Arizona, Novo México e Texas 
A semente de algodão não é graduada nos Estados Unidos. 
As descaroçadeiras tentam descaroçar apenas um tipo algodão de cada agricultor e de cada vez. 
Os agricultores por sua vez tem como objectivo descaroçar o algodão campo a campo e módulo a 
módulo, para que o grau da semente do algodão descaroçado seja homogéneo. Eles procuram não 
armazenar o algodão por longos períodos em virtude da degradação do mesmo por envelhecimento. 
 
 
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27 
Tabela nº 17 - TIPOS DE ALGODÕES DE FIBRA LONGA E PRINCIPAIS PAÍSES 
PRODUTORES 
 
ISRAEL Pima 
Grau e Qualidade 
Descrição dos tipos e Designação (staple) Range 
H 1 1-7/16" 
H 2 1-3/8 " 
M 1 1-7/16" 
M 2 1-3/8" 
L 1 1-3/8" - 1-7/16" 
Características das Fibras 
 Comprimento ( (staple) ): 1-3 / 8" (34,5mm) 1-7/16" (36,0 mm) 
 Micronaire Médio: 3.8 (3.5 - 4.1) 
 Resistência à tracção em PSI 100,000 mínimo 
Áreas de 
Crescimento 
Galileia Superior, Vale do Jordão, Planícies da Gilboa 
Unidades de 
Israel considera os módulos como unidades de classificação. Combinam 
HVI com Grau manual. A Grau manual serve para dar informação 
manual acerca de factores não testados com HVI, tal como a natureza das 
impurezas, e o efeito do descaroçamento nas fibras. 
Classificação 
Módulos como 
unidades 
O módulo é uma unidade de descaroçamento em que os fardos são 
similares. Um módulo de semente de algodão pesa cerca de 8,000 KG dos 
quais se descaroça 12 fardos de fibra algodão uniforme. 
Um módulo é construído no campo em camadas horizontais e o descaroçador é alimentado 
em camadas verticais de modo a garantir a homogeneidade dos 12 fardos. 
O algodão Israel Pima é muitas vezes utilizado na produção de fios para costura, desde o Ne 
40/1 ou Ne 60/3 com uma resistência à tracção de 19 a 20 RKM. Também, por vezes é 
misturado com fibra de Poliéster para lhe aumentar a sua resistência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Tabela nº 18 - TIPOS DE ALGODÕES DE FIBRA LONGA E PRINCIPAIS PAÍSES 
PRODUTORES 
Ásia Central CIS 
Grau e Qualidade 
Descrição dos tipos 
 
Designação Russa Designação Turquemenistão 
 
01 Pervyi Birinchi 
02 Vtoroyi Ikkinchi 
03 Tretyi Uchin 
04 Chetvertyi Turtin 
05 Piatyi Besinch 
Notar ainda que, tal como outros países, têm uma subdivisão em 1/4 ou 1/8 de grau, os países 
CIS têm uma subdivisão em 5 fracções de grau, nomeadamente: 
Fracção de grau: 
OLIY Superior ao full grade 
YAKSHI grade plus 
URTA plain gradeODDIY slightly shy 
IFLOS barely type 
 
Estes sub-graus aplicam-se a todos os graus 01, 02, 03 etc…O (staple) do algodão CIS ELS 
diminui em comprimento à medida que o grau diminui. 
Um Pervyi pode atingir um (staple) de 38 / 40 mm, um Vtoroyi de 36 / 38mm e 
um Tretyi 34 / 36 mm etc. 
 
Micronaire está entre 3.3 e 4.1 
Áreas de Crescimento: Uzbequistão, Tajiquistão, Turquemenistão 
Descaroçamento: 
Após desfolhação, o algodão é colhido através de ceifador mecânico usando um sistema de 
sucção. A semente de algodão é castanha escura, cheia de folha, terra, areia e é limpa por 
uma série de unidades de limpeza. 
 
O resultado é um algodão com uma torção bastante pronunciada nas suas fibras. 
Geralmente, fábricas experientes concentram-se apenas no Pervyi 38 / 40 mm e têm de 
implementar um certo número de medidas de modo a evitar cortar as fibras, nomeadamente 
através da redução significativa da velocidade das cardas. Geralmente os compradores 
Europeus e Japoneses abstêm-se de ir abaixo do Pervyi. As fábricas têm interesse neste 
algodão quando vendido com desconto, diminuindo o preço da mistura média da produção. 
 
 
 
 
 
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Tabela nº 19 - TIPOS DE ALGODÕES DE FIBRA LONGA E PRINCIPAIS PAÍSES 
PRODUTORES 
E g i p t o 
Grau e Qualidade 
Descrição dos tipos: 
 FG Fully Good 
FG- 1 / 8 Fully Good minus 1 / 8 
FG- 1 / 4 Fully Good minus 1 / 4 
FG- 3 / 8 Fully Good minus 3 / 8 
G / FG Good to Fully Good 
G+ 3 / 8 Good + 3 / 8 
G + 1 / 4 Good + 1 / 4 
 
Este sistema de Grau aplica-se a todas as variedades: Giza 45, Giza 87 Giza 76, Giza 70, Giza 
77, Giza 86, Giza 89, Giza 75, Giza 85, Giza 80 e Giza 83. Todos os governadoratos no vale do 
Nilo e no Delta produzem algodão excepto os dois governadoratos mais a sul no Alto Egipto. 
As variedades ELS são plantadas exclusivamente no Delta. 
CATGO tem o dever de graduar a semente de algodão que é entregue nos anéis no interior, 
de modo a que os agricultores sejam pagos. CATGO também gradua as fibras de algodão 
após descaroçamento, amostras que depois são analisadas na unidade HVI em Smouha. 
O algodão egípcio, sendo colhido manualmente, também apresenta contaminação por 
impurezas. Uma primeira contaminação acontece no campo no momento da colheita, uma 
segunda, da quinta para o descaroçamento, uma terceira, inevitavelmente no 
descaroçamento. Uma vez que cada operação do algodão é responsável pelo aumento de 
contaminação, a mistura em Alexandria pode também contribuir para esta calamidade. 
Scanners ópticos pode, até um certo nível, remediar esta situação, mas ainda nenhum se 
encontra implementado. Confiar na colheita manual das matérias estranhas é um método 
falível e que não pode produzir resultados aceitáveis. 
O sistema de descaroçamento é lento e custoso, mas preserva as qualidades dos algodões e 
logo a capacidade de se obter melhores fios. Uma boa norma seria efectuar os testes de todos 
os lotes produzidos no Egipto no sistema HVI. 
Os DOIS GRAUS disponíveis são representativos dos tipos normalmente utilizados nas 
colheita. A informação assim obtida, de descaroçamento a descaroçamento, de área a área, 
serve para verificar o resultado qualitativo, bem como a competência dos classificadores 
CATGO em cada descaroçamento. 
 
Os lotes exportados devem ser testados através do HVI como um serviço ao cliente, mesmo 
que apenas numa base informativa sem que entrem formalmente no contrato. Sempre que 
haja a efectivação de um novo contrato, e tendo em conta o grande número de variedades de 
algodão egípcio, devo referir-me à ficha técnica do CATGO que dá os parâmetros de cada 
uma das variedades. 
 
 
 
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Tabela nº 20 - TIPOS DE ALGODÕES DE FIBRA LONGA E PRINCIPAIS PAÍSES 
PRODUTORES 
 SUDÃO 
Grau e Qualidade 
Descrição dos tipos Sudão Barakat 
1-3/8" e + GB 
 XG 2 B 
 G2B 
 XG3B 
 G3B 
1-5/16 XG4B 
 G4B 
 XG5B 
 G5B 
1-1/4" XG6B 
 G6B 
 CG6B 
1-3/16" DG6B 
Os graus de algodão Sudão Barakat têm a particularidade de terem (staple)s mais pequenos à 
medida que se desce na escala de Grau. Os graus GB, XG2B e G2B são muitas vezes 
misturados com ELS Egípcio. Os graus XG3B e 3B são misturados com as variedades LS 
egípcias. Este tipo de mistura diminui o custo médio do fio uma vez que o Sudão Barakat se 
vende sempre com desconto. 
Características das fibras 
Comprimento do (staple) 2.5 % 31.5 – 34. 5 mm 
Micronaire 3.4 - 4.1 
Resistência em g/tex 26 - 30 
O maior problema do Sudão está na viscosidade do algodão causada por Aphis e White Fly 
(Honeydew). 
Áreas de Crescimento: 
Especialmente na Gezira entre o Nilo Branco e Azul, na extensão Managil, nos planos 
privados do Nilo Branco e esporadicamente em terra no Delta do Tokar. 
A produção de ELS Barakat costumava atingir um milhão de fardos, mas a viscosidade 
destrói o valor do algodão, e assim a produção diminui em mais de 50%. 
O descaroçamento é feito através de rolos, facas de descaroçamento, como no Egipto, e assim 
podemos deduzir que a capacidade de ser fiado do Sudão Barakat é completamente 
preservada se excluirmos o melaço. Toda a colheita é apanhada manualmente e a 
contaminação por polipropileno é o maior problema. A maior contaminação ocorre durante o 
processo da colheita. 
 
 
 
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Tabela nº 21 - TIPOS DE ALGODÕES DE FIBRA LONGA E PRINCIPAIS PAÍSES 
PRODUTORES 
PERÚ 
Grau e Qualidade 
Descrição dos Graus Semente de algodão Fibra de Algodão 
Pima Peruano Superior Grau 1 
 Médio Grau 1. ¼ 
 Inferior Grau 1. ½ 
 Grau 1. ¾ 
Descrição do (staple) 
Pima Peruano 1-5 / 8" 
 
 1-9 / 16" 
 1-1 / 2" 
Todo o Pima peruano é apanhado manualmente. Os agricultores possuem terras pequenas 
com apenas alguns hectares e colhem o seu próprio algodão, armazenando-o normalmente nas 
suas casas. A semente de algodão é separada e classificada nos descaroçadores usando os três 
graus principais referidos acima. Mal o algodão é descaroçado, uma amostra é cortada e o 
algodão é imediatamente classificado. O fardo é tipicamente armazenado numa zona seca – 
por vezes no telhado de um armazém na secção de descaroçamento. O algodão é classificado 
por um empregado no descaroçamento, e não por um classificador governamental. Não se 
efectuam testes HVI no Pima Peruano. 
Muitos fardos são armazenados no espaço aberto uma vez que a chuva é praticamente 
inexistente durante o período de colheita no Norte do Peru. O descaroçamento é feito com 
rolo, o que preserva a capacidade de ser fiado do Pima Peruano. 
Como este algodão é colhido manualmente, também possui uma história de contaminação por 
matérias estranhas, por isso é um problema grave quando se pretende produzir fios com 
garantia de isenção das matérias estranhas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Tabela nº 22 - TIPOS DE ALGODÕES DE FIBRA LONGA E PRINCIPAIS PAÍSES 
PRODUTORES 
ÍNDIA 
Grau e Qualidade 
Descrição dos 
tipos Designação (staple) Micronaire 
 Grade 
Suvin Superfine 36 – 38 mm 2.7 – 3.0 
G. Barbadense Fine 
 FullyGood 
DCH-32 Superfine 33 – 37 mm 
Hirsutum x 
barbadense 
Fine 
Fully Good 
Características das Fibras 
Tipo: Suvin 36 – 38 mm 
Micronaire: 2.7 - 3.0 
Gama de fios produzidos em Fiação Ne 100 – Ne 120 
Tipo: DCH-32 33 – 37 mm 
Gama de fios produzidos em Fiação Ne 60 a Ne 90 
Áreas de Crescimento: 
Suvin Tamil Nadu, Andhra Pradesh 
DCH 32 Karnataka, Andhra Pradesh, Tamil Nadu, Gujarat 
A maior parte destes algodões são consumidos por fábricas domésticas indianas. 
Ocasionalmente poderá ser vendido lotes do tipo Suvin para o Japão onde é misturado com o 
algodão Egípcio Giza 45. A Índia também é, normalmente, importadora de algodões 
Egípcios para misturar com os algodões produzidos no país. 
Há poucos anos, na fase em que houve uma grande escassez de fios nos mercados, o governo 
Indiano deu indicações para que não fosse permitida a exportação de ramas indianas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Tabela nº 23 - GRAUS OFICIAIS DA LCA 
Para aqueles países que não seguem os graus standard, a Associação de Algodão de 
Liverpool (LCA) ajuda os seus membros na determinação do Grau caso haja um volume 
suficiente de algodão. 
A LCA TEM STANDARDS OFICIAIS PARA AS SEGUINTES ORIGENS DE ELS. 
PIMA AMERICANO GRAUS 1, 2, 3, 4, 5, 6 
DCH – 32 INDIANO SUPERFINE FINE FULLY GOOD 
PIMA PERUANO: 
BRANCO EXTRA, 1, 1 1/4 1 1/2, 1 3/4 
SUDÃO BARAKAT GB G2B G3B G4B G5B G6B CG6B 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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4 - Fiação de Algodão: 
 
4.1 - Conceito de fiação: 
 
Entende-se como o conjunto das operações necessárias à transformação de fibras têxteis em fios. 
 
A palavra fiação como substantivo do verbo fiar, significa e compreende, a transformação das fibras 
têxteis em fios para tecelagem, malhas e outros fins. 
Envolve todo um processo de operações tecnológicas têxteis, desde a abertura do material até às 
máquinas de fiar, em cujo processo as fibras são transformadas em fio pelo efeito de Torção que as 
liga entre si e lhes confere resistência e brilho. 
O estágio da produção do fio, ou fiação propriamente dita é efectuado sobre um tipo de máquina de 
funcionamento continua que é o chamado contínuo de fiação. 
Os dois sistemas de fiação mais utilizados pela indústria Têxtil são: 
 Fiação Convencional – Fiação de anel 
 Fiação não convencional por rotor – open end 
Estes dois sistemas operam baseado no princípio geral descrito na figura 4.1. 
 
 
Fig.4.1- Principio básico do sistema de fiação do algodão 
Como pode ser visto na figura, qualquer sistema de fiação consiste em três operações essenciais que 
compreendem três movimentos simultâneos e distintos entre si: 
 Estiragem das fibras, para reduzir o tamanho do material de entrada, 
 Consolidação a partir da Torção das fibras estiradas, para fornecer a coesão necessária entre 
fibras, 
 Enrolamento do fio na bobina. 
Consolidação Enrolamento Estiragem 
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35 
 
Pelo princípio geral descrito na figura entende-se que todo o sistema de fiação irá requerer fibras que 
sejam: 
 Suficientemente flexíveis (para facilitar o arranjo contínuo e o posterior rearranjo das fibras 
durante a estiragem, a consolidação e a torção), 
 Da elevada relação comprimento/diâmetro (para permitir flexibilidade, consolidação eficaz e 
a coesão inter-fibra), 
 Óptima adesão superficial (não demasiado lisa para permitir o controlo da fibra e não 
demasiado pegajosa para permitir uma estiragem estável). 
Ou seja, há três atributos básicos da fibra que são requeridos para fazer um fio em qualquer processo 
de fiação: 
 
 
 
 
 
Felizmente, a fibra do algodão geralmente exibe níveis aceitáveis destes três atributos. 
Tem uma flexibilidade razoavelmente boa sendo fácil a sua deformação sob tensão e sob torção. A 
flexibilidade do algodão é fundamental de modo que ofereça o mínimo de dificuldade durante 
processamento. 
Notar que, embora o algodão possa parecer mais curto do que muitas outras fibras naturais tem, no 
entanto, uma relação comprimento/diâmetro na ordem dos milhares; esta relação é certamente 
suficiente para satisfazer as necessidades de processamento do mesmo. 
A fibra do algodão tem um atrito superficial óptimo, sendo muito difícil outra fibra (natural ou 
sintética) fornecer melhores valores. Este óptimo atrito é naturalmente induzido pela cera natural 
(conteúdo e distribuição) que é única e exclusiva na morfologia da superfície convoluta. 
 
 
 
 
Atributos Básicos da Fibra: 
 
Flexibilidade 
Relação comprimento/diâmetro 
Atrito da fibra 
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36 
 
4. 2 - Fiação de anel 
Fios produzidos por este método de fiação traduzem aproximadamente 85% de toda a produção de fio. 
É por isso, o método mais popular, e é provável que possa manter esta posição devido às seguintes 
vantagens: 
 
i. É um método bastante flexível de produção de fio. É possível processar a maioria das fibras 
em fios usando a fiação de anel, e a escala de densidades lineares que podem ser 
produzidos é o mais amplo do que qualquer sistema de fiação. 
ii. Os fios produzidos possuem apresentação e propriedades estéticas e tácteis com as quais os 
consumidores estão acostumados. Os fios obtidos por este processo de fiação, têm níveis de 
irregularidade que satisfazem as exigências quando na produção de artigos lisos; têm ainda 
um toque agradável devido ao arranjo ordenado das fibras e da pilosidade superficial e tem 
características de boa de resistência e alongamento. 
iii. Os mecanismos usados neste sistema são relativamente simples, e tendem a requerer baixos 
níveis de investimentos de capital e, actualmente com os avanços tecnológicos e sistemas 
de automatismo já bastante elevado, mão-de-obra relativamente baixa comparativa com os 
sistemas alternativos. 
 
Os objectivos básicos do sistema de fiação de anel são: 
 
i. Estirar o material de entrada para a densidade linear requerida no fio final, 
ii. Inserir a quantidade requerida de torção, 
iii. Enrolar o fio numa canela que seja adequada ao manuseamento, armazenagem e transporte 
e ser capaz de ser desenrolado a alta velocidade no processo subsequente. 
 
No caso da fiação de anel, estes objectivos são alcançados ao mesmo tempo, por isso a fiação de 
anel é um método contínuo de formação de fio e enrolamento na canela. 
 
 Contínuo de anéis 
A última máquina do processo de fiação do algodão da qual se obtém o fio com o título desejado é 
o contínuo de anéis. 
O desenvolvimento do contínuo de anéis ocorreu nos Estados Unidos da América em 1830, isto é, 
40 anos após a morte de Richard Arkwright (Homem que patenteou a máquina de fiar o algodão 
que havia sido inventada por Thomas Higgs, mas cuja invenção foi-lhe retirada por Kay sob falsas 
promessas e que em seguida vendeu a Arkwright em troca de uma grande quantia). 
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37 
 
A sua função é de fiar, que é uma operação que consiste abrir e individualizar as fibras, laminar, 
estirar as mechasdos torces para se formar um fio de uma determinada finura, dando-lhes 
simultaneamente a torção necessária para se conseguir obter uma boa resistência, aliada à 
flexibilidade e elasticidade desejadas. 
Na imagem abaixo encontra-se ilustrado o diagrama de um contínuo de anel. 
Legenda. 
1- Bobine 
2- Mecha 
3- Trem de Estiragem 
4- Guia-fios 
5- Canela no fuso 
6- Viajante 
7- Anel 
 
 
 Fig.4.2- Funcionamento de um contínuo de anel. 
3 
4 
5 
7 
6 
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38 
 
 
As máquinas de fiar executam normalmente as seguintes operações: 
 
i. Estiram as mechas para se obter um fio com um número desejado, isto é, aplicando um grau de 
estiragem que regula a massa de fibras para formar a secção do fio determinado. 
ii. Torcem as fibras, logo o fio, para lhe dar a resistência, elasticidade e a flexibilidade desejada. 
A torção é um factor essencial de fiação para ligar as fibras entre si e dar resistência e 
elasticidade aos fios. 
iii. Bobinam o fio produzindo canelas. 
iv. Dobrar as mechas (sistema ainda praticado em alguns casos, sobretudo para os fios muito 
finos). 
 
As três primeiras operações realizam-se simultaneamente num processo contínuo, do qual deriva a 
denominação de fiação contínua de anéis. 
 
4.2.1 - Princípio da fiação de anel 
A mecha proveniente do torce alimenta o sistema de estiragem da máquina de fiação de anel. O 
número das fibras na secção transversal desta varia normalmente entre 3000 a 4000 fibras. Os cilindros 
de estiragem reduzem este número até ao número das fibras por secção transversal do fio 
(normalmente, de 70 fibras para o fio fino a 700 fibras para o fio grosso). Esta redução do número 
fibras é alcançada mecanicamente pela relação de velocidades entre os cilindros de estiragem 
dianteiros e traseiros, que resulta da deslocação entre as fibras à medida que deslizam umas contra as 
outras na zona de estiragem. As fibras que estão a ser entregues no estreitamento do cilindro dianteiro 
formam a um triângulo denominado triângulo de fiação (figura 4.3). 
 
Fig.4.3- Fiação de anel 
FIAÇÃO DE ALGODÃO – TIPOS DE ALGODÕES E PROCESSOS DE FABRICO 
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39 
 
A extremidade inferior deste triângulo representa o ponto em que as fibras são consolidadas num fio. 
O mecanismo da consolidação na fiação de anel é a torção. 
A torção é introduzida às fibras pelo viajante que gira em torno do anel. Cada volta do viajante 
introduz uma volta de torção no fio. O mecanismo de condução do viajante é o eixo que carrega a 
bobina do fio. A quantidade de torção introduzida no fio é determinada pela relação entre a velocidade 
de rotação do viajante e a velocidade linear do rolo dianteiro. As fibras ao serem torcidas tomam a 
forma de um balão resultante da distribuição de componentes da tensão geradas pelo enrolamento, e 
contacto do fio/viajante. O eixo que carrega a bobina do fio gira mais rapidamente do que o viajante e 
arrasta o viajante atrás dele. Isto causa o enrolamento do fio em volta da bobina. Um mecanismo de 
vai-vém (sobe e desce) denominado mesa é usado para mover verticalmente o anel de modo que o fio 
possa ser enrolado ao longo do comprimento da bobina. 
 
Trem de estiragem 
 
 
 
 n = rpm 
Fig.4.4- Principio da fiação de anel 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Zona de Estiragem 
Canela 
Manchão 
Viajante 
 e Anel 
Fuso Carreto do 
Torce 
FIAÇÃO DE ALGODÃO – TIPOS DE ALGODÕES E PROCESSOS DE FABRICO 
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40 
 
A técnica para efectuar a estiragem são os rolos de estiragem, que consiste de três linhas de cilindros 
com machões (ou cintas). 
 
 
Fig.4.5- Montagem do sistema de rolos de estiragem 
 
O sistema “casablancas” é o sistema usado na estiragem. 
A sua característica principal consiste num par de fitas de borracha ou couro flexíveis conhecidas por 
cintas ou manchões que passam à volta dos cilindros intermédios, dos quais o inferior se encontra 
recortado com estrias a fim de assegurar uma condução positiva do seu manchão. 
 
Os cilindros superiores (solainas) recobertos com borracha sintética, exercem uma pressão eficaz sobre 
a mecha por acção de pesos, de modo que tanto o espaçamento entre o par de cilindros de trás e o do 
meio, e este e o da frente são ligeiramente maiores que o comprimento das fibras mais compridas. 
 
 
Fig.4.6- Fig. Estiragem de 
mechas com “casablancas” 
 
 
Legenda: 
1- Primeiro par de cilindros 
2- Par de cilindros intermédio 
3- Par de cilindros da frente 
4 - Manchão ou cinta 
5 - Molas de pressão
 
 
FIAÇÃO DE ALGODÃO – TIPOS DE ALGODÕES E PROCESSOS 
DE FABRICO 
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41 
 Estiragem entre os dois primeiros pares 
Deverá ser superior a 1,1 e com um valor máximo de 1,2 - depende da torção aplicada à 
mecha dos Torces - e tem como objectivo soltar as fibras do efeito aglutinante da 
torção. 
 
 Estiragem principal 
Efectuada entre o par de cilindros intermédio e o da frente debaixo da influência dos manchões. 
Estes últimos projectam-se na direcção dos cilindros da frente por intermédio de molas de 
pressão, movendo-se à velocidade mais lenta dos cilindros intermédios e exercendo uma ligeira 
pressão na mecha durante parte do campo de estiragem, pelo que as fibras curtas têm tendência a 
deslocarem-se a uma velocidade lenta até serem libertadas junto aos cilindros da frente. Deste 
modo, o controlo das fibras curtas é efectuado até um ponto mais próximo dos cilindros da frente 
do que é possível com apenas cilindros intermédios. 
A única crítica que é normalmente feita a este sistema é a tendência para a acumulação de cotão à 
volta do suporte do manchão, pelo que deve haver o máximo cuidado de forma a evitar essa 
acumulação. 
 
 
FIAÇÃO DE ALGODÃO – TIPOS DE ALGODÕES E PROCESSOS DE FABRICO 
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42 
 
4.3 - Fiação a rotor 
A fiação «open-end»: 
 Trata-se do termo genérico utilizado para a produção de fibras descontínuas no 
qual o método utilizado é recolher a ponta da fita ou mecha do Laminador a qual é aberta ou 
separada nas suas fibras individuais ou tufos pela denominada Cardinha. Seguidamente as fibras 
individuais são projectadas num sistema de fiação denominado Rotor que gira a velocidades de 
70.000 a 120.000 rotações e onde é formado o fio. 
As velocidades de rotação dependem do Título que se pretende fiar e do diâmetro do rotor utilizado. 
Também conhecida por fiação open-end, é a alternativa à fiação de anel com mais sucesso para a 
produção de fios de fibras com comprimento curto. 
Domina o mercado de produção de fios entre 20 a 600 tex (Ne 0,98 a 30,0) 
Tal como a fiação de anel, os objectivos do processo de fiação a rotor são: 
i. Estirar o material ate á densidade linear requerida; 
ii. Inserir o nível desejado de torção, determinado pelo subsequente processo e uso final; 
iii. Produzir uma bobine adequada ao processo subsequente que resista ao manuseamento, 
transporte e armazenagem sem ficar danificada. 
A técnica da fiação a rotor é diferente das outras formas tradicionais de formação de fio. 
Requer uma quebra definitiva no fluxo de fibras, ao contrário dos outros sistemas que 
aumentam a distância entre as fibras mas nunca quebram a continuidade da mecha. A 
formaçãoda bobina também é uma parte integral de outros sistemas, enquanto que na fiação a 
rotor está totalmente separado da estiragem e da inserção de torção. A técnica é representada 
esquematicamente na Fig.4.7. 
 
 
 
 1. Fita 2. Estirar para a 3. Reunião e Torção 4. Formação da Bobine 
 formação de Fibras Individuais 
Fig.4.7- Diagrama esquemático da fiação a rotor 
 
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4.3.1 - Princípio da fiação a rotor 
 
A fiação a rotor tem crescido de importância por não necessitar da produção de mecha e é capaz de 
produzir fio sete vezes mais rápido que a fiação de anel. A alimentação é efectuada normalmente com 
a fita do laminador. 
A fita é aberta praticamente em fibras individuais e simultaneamente limpas. 
 
Fig. 4.8-Principio da fiação a rotor 
A alimentação é feita por uma fita estirada que pode ter mais de 20.000 fibras na sua secção 
transversal. Isto significa que um fio de 100 fibras por secção transversal requer uma estiragem total de 
200. Esta quantidade de estiragem é substancialmente mais elevada do que a utilizada na fiação de 
anel. A estiragem na fiação a rotor é realizada usando um cilindro de penteação (cilindro abridor 
coberto de dentes ou puas) conhecido como Cardinha [estiragem mecânica] que abre a fita de entrada 
seguido por uma corrente de ar [estiragem de ar]. Estas duas operações produzem um valor de 
estiragem que deve suficientemente elevada para reduzir as 20.000 fibras que chegam ao cilindro 
abridor para poucas fibras (5-10 fibras). Com o fim de produzir um fio com aproximadamente 100 
fibras secção transversal, os grupos de poucas fibras que emergem do tubo de ar são depositadas na 
parede interna do rotor e, aí é formado um anel de fibras no interior do rotor. A estiragem total na 
fiação a rotor é, então uma combinação da verdadeira estiragem do rolo de alimentação ao rotor (na 
ordem dos milhares) e uma condensação para acumular os grupos da fibra num anel de fibras no 
interior do rotor. Então, a estiragem total é a relação entre a entrega ou a velocidade de recolha e a 
velocidade do rolo de alimentação. 
Fita Cilindro abridor 
Rotor 
Fio 
Bobine de fio produzido 
Pote do Laminador 
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 O valor obtido indica aproximadamente o valor a atingir, sendo este a relação entre o número das 
fibras na secção transversal da fita e o número de fibras na secção transversal do fio. 
 Notar que a consolidação na fiação a rotor é conseguida pela torção mecânica. 
 
Fig.4.9- Formação do fio no rotor 
O movimento que gera a torção no fio é nada mais, nada menos, que a força aplicada pela rotação do 
rotor em relação ao ponto do fio que contacta o centro do rotor. A quantidade da torção (voltas por a 
polegada) é determinada pela relação entre a velocidade do rotor (rpm) e a velocidade de recolha 
(polegada/min). Cada volta do rotor produz uma volta de torção, e uma remoção (produção) de um 
comprimento do fio de 1/tpi (voltas por polegada). 
 A operação do enrolamento na fiação a rotor é completamente separada das operações estiragem e de 
torção. A única condição é que o fio seja tomado a uma taxa constante. Esta separação entre o 
enrolamento e a torção permite a formação de bobines de fio maiores do que as de fiação por anel. 
 
Pode a fiação a rotor produzir fios de título fino? 
 
A fiação a rotor tem vantagens económicas sobre a fiação de anel em relação a títulos grossos a 
médios. Nos últimos anos, tem existido uma tentativa de colocar a fiação a rotor na área de produção 
de títulos finos. Quando se fala em títulos finos, geralmente significa fios com um título máximo de Ne 
40. Para produzir fios de títulos finos na fiação a rotor, devem ser considerados dois factores 
essenciais: (a) Factores relacionados com a Matéria-prima, e (b) Factores relacionados com a Máquina. 
Avaliando a tensão de fiação da fiação a rotor podemos facilmente concluir os limites que podem ser 
relacionados com o factor máquina. 
 
 
 
 
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Sendo a tensão do fio, Tf, dada pelo rotor e expressa pela seguinte equação: 
 
 
 
 
 
 
Onde  é a velocidade de rotação em radianos/sec, r é o raio do rotor, e  é o coeficiente de atrito 
entre o fio e centro da superfície em contacto com o fio. 
A equação acima indica que a tensão de fiação é altamente sensível à velocidade de rotação e do raio. 
O produto é  r é um critério de limitação de primordial importância na fiação de rotor. 
As tendências recentes são de aumentar a velocidade do rotor e reduzir o diâmetro do mesmo de modo 
a manter sempre um balanço na tensão de fiação. 
Considerando que o valor dos produto . r tenha virtualmente alcançado o seu limite tecnológico, uma 
redução no tex do fio irá resultar numa redução na tensão de fiação ( que já é baixa quando comparada 
com a fiação de anel). A importância da tensão de fiação como um factor controlador do fluxo das 
fibras foi indicada acima. Uma redução no tex do fio irá também resultar numa menor área de contacto 
fio/centro. Isto irá reduzir o coeficiente de atrito, , conduzindo a uma outra redução na tensão de 
fiação. 
Em relação com os factores relacionados com o material, o problema prende-se com a desorientação, 
distribuição e não paralelização da fibra durante de fiação e o seu impacto na resistência da fibra. Este 
factor, em adição com a perda de fibras pelo enrolamento destas à superfície do fio, torna difícil 
melhorar os limites da fiação a rotor. 
Para além disto, a necessidade de baixar o nível de torção para melhorar a flexibilidade do fio e o 
toque do artigo torna o assunto adicionalmente complexo. 
Notar que títulos finos estão associados a fios de elevada qualidade (livres de defeitos e certamente 
livres de impurezas). Isto significa que a qualidade das fibras deve ser tida como de importância 
primordial quando se pretende produzir títulos finos. A fita que alimenta a máquina deve ser 
cuidadosamente preparada de forma a exibir a mais baixa irregularidade possível, e o mais baixo 
conteúdo de impurezas. No caso de uma fita leve, a coesão inter-fibras é crítica. Este critério indica 
que as propriedades da fibra tais como conteúdo de impurezas, conteúdo de fibras curtas e atrito inter-
fibra são extremamente importantes não apenas para a produção de níveis aceitáveis de qualidade, mas 
também para minimizar as quebras durante a fiação. 
 
 
 Tf = tex fio 
2
 r
2
 e 
  / 2
 
 2 
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Nos últimos anos, temos verificado que existe uma tendência para utilizar fitas que foram submetidas a 
baixos níveis de penteação (8% de extracção) com o intuito de melhorar o grau de uniformidade das 
fibras de algodão usadas na produção de fios open-end. A penteação melhora a qualidade do algodão 
da fita alimentadora, pela remoção de neps e fibras curtas, e concedendo também uma melhor 
orientação das fibras de que é composta. O custo adicional da penteação é justificado pelo baixo nível 
de quebras conseguido durante o processo de fiar, possibilitando uma ligeira redução na torção a 
aplicar aos fios produzidos, originando, por isso mesmo um aumento de produção

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