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- -1 FUNDAMENTOS DE ENGENHARIA AMBIENTAL INSTRUMENTOS E FERRAMENTAS DE GESTÃO AMBIENTAL Eliana Menezes dos Santos - -2 Olá! Você está na unidade Conheça aqui os conceitosInstrumentos e Ferramentas de Gestão Ambiental. introdutórios da gestão ambiental, as diversas abordagens aplicadas nas organizações e as ferramentas aplicadas aos processos produtivos ou prestações de serviço. Entenda ainda o funcionamento, o escopo e os modelos de implantação do sistema de gestão ambiental. Aprenda os diferentes modelos de relatório ambiental que representa uma comunicação ou divulgação de informações ambientais entre a empresa e seus colaboradores ou a empresa e os órgão de fiscalização.Conheça também a diferença entre aspecto e impacto ambiental, sua importância para o sistema de gestão ambiental e para as certificações ambientais. Entenda a relevância periódica das auditorias ambientais e os seus benefícios para as organizações. Bons estudos! - -3 1. Conceitos introdutórios de Gestão Ambiental Os acidentes ambientais no Brasil e no mundo levaram alguns setores da sociedade civil a questionarem o modelo de produção. Esses questionamentos promoveram vários protestos e pressões sobre setores da economica mundial, demonstrando que a temática ambiental é assunto do presente e das futuras gerações. Por este motivo, as empresas passaram a se adaptar às novas exigências e o mercado passou a ser cada vez mais competitivo diante de um consumidor mais consciente, ao passo que a sociedade empresarial desenvolveu novos instrumentos que subsidiasse melhorias no sistema produtivo que incluísse a temática ambiental e práticas. 1.1 As abordagens da gestão ambiental Na busca por modificar antigos hábitos empresariais no modo de produzir, foram introduzidas novas ferramentas na linha de produção que proporcionasse uma melhor eficiência com redução de insumos, bem como a diminuição ou mitigação dos impactos provocados ao meio ambiente. O conceito de reduzir, reutilizar e reciclar, comumente conhecido como 3R, é um exemplo típico de ferramenta de gerenciamento ambiental. É possível realizar um comparativo entre as diversas ferramentas e adotar a que melhor atende as necessidades da organização, tudo depende da abordagem que será adotada, podendo ser: • Abordagem de comando e controle (ou controle de poluição) é a gestão que atende apenas aos dispositivos legais ou manifestações de reclamações de uma comunidade. Esse método consiste em atender atitudes reativas ou ações corretivas. • Abordagemprevenção a poluição busca trabalhar a fonte de geração do problema, com o intuito de reduzir desperdício de recurso ou ter que atuar em ações corretivas de impacto ambiental, como, por exemplo, reduzir o consumo de água em determinado processo produtivo. • Abordagemestratégica é utilizada em organizações que pensam em competitividade de mercado, que buscam certificações e esperam inserir o conceito de meio ambiente na política da empresa. • • • - -4 1.2 As ferramentas da gestão ambiental Existem diversos modelos e ferramentas de gestão ambiental que podem ser utilizados nas organizações. A escolha dependerá do nível de desenvolvimento sustentável ou conscientização ambiental em que a empresa se encontra e também a que está disposta a implantar. O ecodesign é um modelo que agrega os aspectos ambientais, buscando reduzir o uso de recursos naturais, seja por meio da projeção do ambiente ou de produtos. O modelo aborda diferentes fases do projeto iniciando pelo planejamento, passa pela produção e vai até consumo. Essa atividade exige a participação de vários departamentos que incluem o gestor de meio ambiente, do setor de custos, do marketing e do desenvolvimento, por exemplo. Segundo o Ministério do Meio Ambiente (2020), o ecodesign envolve aspectos como: Escolha de materiais de baixo impacto ambiental; Eficiência energética; Qualidade e durabilidade; Modularidade (objetos com peças intercambiáveis) Reutilização e reaproveitamento. A é empregada, muitas vezes, em produtos, sendo considerada a técnica queAvaliação do Ciclo de Vida (ACV) consiste em mensurar os aspectos ambientais e os impactos ambientais de todas as fases do processo produtivo. Por este motivo, é comumente conhecida como avaliação “do berço ao túmulo” indo desde a extração da matéria- prima até o descarte após o uso. Os requisitos mínimos e a estrutura que devem ser utilizadas para a implantação da ACV do produto podem ser obtidos seguindo os preceitos da NBR ISO 14040:2001. A é um mecanismo importante de conscientização e de transformação de hábitos. Quandoeducação ambiental empregada em organizações empresariais, contribui para mudar o comportamento dos funcionários na relação com meio ambiente, seja dentro ou fora das dependências da empresa. Essa mudança poderá surtir efeitos como o controle de poluição da instituição. Assista aí https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/746b3e163a5a5f89a10a96408c5d22c2 /cd1faa65add7296128c4ba473a9bb208 https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/746b3e163a5a5f89a10a96408c5d22c2/cd1faa65add7296128c4ba473a9bb208 https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/746b3e163a5a5f89a10a96408c5d22c2/cd1faa65add7296128c4ba473a9bb208 - -5 Figura 1 - Educação ambiental reflete fora das dependências da empresa Fonte: Jose y yo Estudio, Shutterstock (2020). #PraCegoVer: A imagem mostra uma mulher parada na areia de uma praia, com o mar ao fundo, segurando um grande saco preto de lixo. Já a produção mais limpa (P+L) é considerada como estratégia da gestão ambiental pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente. Isso porque busca aumentar a eficiência no uso das matérias primas, água e energia, empregando conceitos de não geração, minimização ou reciclagem. A é uma espécie de certificação voluntária que incentiva as empresas a considerarem, narotulagem ambiental produção, o ciclo de vida do produto e os requisitos estabelecidos em um dos três tipos de rotulagem ambiental previstos pela NBR ISO: Rotulagem tipo I Programas de Selos Verdes, descrita na ABNT NBR ISO 14024:2004; Fique de olho O Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (Cebds) disponibiliza em seu endereço eletrônico um guia orientar os empresários a aplicarem uma produção mais limpa que ajuda a repensar a geração de resíduos nas organizações. O documento “Faça você mesmo” está disponível gratuitamente no link: <https://cebds.org/publicacoes/guia-para- p r o d u c a o - m a i s - l i m p a - f a c a - v o c e - m e s m o / ? gclid=Cj0KCQiAhojzBRC3ARIsAGtNtHUf0yUGL9tegQ7m5RgFzHe08vCNRec9iklopHJraIkHZRxFrENC8sIaAqgzEALw_wcB#.XmqAeahKg2x>. - -6 Rotulagem tipo II Auto declarações ambientais, prevista na NBR ISO 14021:2017; Rotulagem tipo III Declarações ambientais: princípios e procedimentos, estabelecidas na NBR ISO 14025: 2015, A é um ramo da logística que aborda a trajetória inversa do produto pós-consumo. Neste caso,logística reversa o consumidor final é considerado a origem, passando pela empresa produtora até o descarte final ou reciclagem. A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), definida pela Lei 12.305/2001, define logística reversa como o instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou e outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada. A devolução das embalagens de defensivos agrícolas utilizadas por produtores rurais brasileiros, para que a empresa possa descarta-las corretamente, é um exemplo de logística reversa. Fique de olho O Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV) disponibiliza em seu endereço eletrônico o passo a passo para o descarte das embalagens vazias de aditivos agrícolas. O documento pode ser acessado no link: <https://www.inpev.org.br/logistica-reversa/passo-a-passo-destinacao/>. - -7 2. O Sistema de Gestão Ambiental O Sistema de Gestão Ambiental (SGA) é considerado por muitos como uma estrutura, capaz de dar subsídios à empresa na tomada de decisão diante dos impactos ambientais que sua atividade causa. A ideia é introduzir um equilíbrio entre o uso do recurso natural e da atividade economica produtiva de bens e serviços. Segundo Barbieri (2007, apud CURY, p. 120, 2011), o SGA é definido como a articulação de funções administrativas e operacionais para amenizar ou impedir impactos negativos das atividades econômicas sobre a natureza. - -8 2.1 O ciclo PDCA e o Sistema de Gestão Ambiental O ciclo PDCA - ou SDCA, que, no inglês, significa (planejar), (fazer), (verificar) e (agir) - éplan do check action uma metodologia adotada na gestão da qualidade. Conhecido também como , o PDCA é compostoCiclo Deming por quatro passos de ações a serem seguidas - todas previstas em sua própria sigla originária: Planejar ( )plan é o escopo que define problemas e analisa o processo. Fazer ( ) do é o ato de executar as ações que garantem a prática daquilo que foi planejado. Verificar ( ) check é o acompanhamento das ações realizadas conforme o planejado. Agir ( ) action é a correção e os ajustes das ações, caso seja necessário fazer novos planos. - -9 Figura 2 - Ciclo PDCA Fonte: Elaborada pela autora (2020). #PraCegoVer: A imagem apresenta as ações de planejar, fazer, checar e agir dispostas em círculo, estabelecendo uma relação continua entre elas e representando o Ciclo PDCA. Ao longo dos tempos, o conceito do Ciclo PDCA foi introduzido na gestão ambiental para proporcionar formalização e agilidade ao controle de processos ambientais. Isso acontece por meio das normas ISO de gestão ambiental. Na ISO 14001, por exemplo, os requisitos no formato da técnica PDCA podem ser observados da seguinte maneira: Planejar ( )plan é composto pela política ambiental da empresa, pelo levantamento dos aspectos e impactos de cada área, pelos requisitos legais a serem cumpridos e pela definição de objetivos e metas. - -10 Fazer ( ) do estabelece quais processos precisam ser melhorados e quais recursos serão necessários para implantação do SGA e delimita quem será o responsável de cada ação. Itens como controle da documentação e da comunicação entre os setores e a implementação dos controles operacionais são definidos nesta etapa. Verificar ( ) check compõe a etapa da medição, do monitoramento e da avaliação das conformidades e não conformidades realizadas nos setores, obrigando a manutenção do controle e do registro de cada ação conforme e/ou não conforme. É aqui que se faz uso de auditorias internas como uma ferramenta importante para a análise dos processos diante da política implantada. Agir ( )action realiza uma avaliação mais crítica de todo o processo que foi implantado na ISO 14001. Por isso, recebe o nome de . crítica da direção - -11 2.2 Relatórios ambientais As comunicações internas ou externa realizadas por meio digital ou eletrônico para divulgar os levantamentos dos aspectos ambientais, identificar os impactos ambientais dos setores que compõem o empreendimento, promover as ações de capacitação e educação ambiental dos funcionários e/ou da comunidade do entorno e tornar público o plano de metas de ações futuras que serão implantadas na empresa são exemplos de relatório .ambiental O mesmo acontece com a divulgação de notícias sobre a gestão ambiental ou sobre o plano de metas de instituições governamentais, como o exemplo a seguir feito pela prefeitura de São Paulo: Estado divulga nesta quinta o resultado do Programa Município VerdeAzul A previsão do Município de São Paulo, em seu Plano de Metas, é avançar duzentas posições no ranking, que avalia os municípios quanto à eficiência da gestão ambiental. O desempenho da capital paulista no Programa Município VerdeAzul - PMVA, uma iniciativa do governo estadual para estimular boas práticas em sustentabilidade nas cidades paulistas, será conhecido amanhã, 5 de março, na sede do Governo do Estado. A expectativa é positiva, já que os objetivos traçados em seu Plano de Metas 2019/2020 busca melhorar a posição de São Paulo em duzentas colocações. Os resultados preliminares, conhecidos em junho de 2019, indicam uma evolução bem acima dessa meta. A cerimônia a ser realizada no Palácio do Governo culmina as ações da cidade na retomada de seu protagonismo ambiental. Ao longo de 2019, diversas ações foram conduzidas entre as diferentes unidades da Prefeitura e da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente (SVMA), relacionadas às 85 tarefas da agenda ambiental proposta para a obtenção do Selo Verdeazul. O desempenho da cidade em cada uma das diretivas é convertido em pontuações, que por sua vez definem sua colocação no Ranking Ambiental do Estado (SÃO PAULO, 2020). O relatório ambiental poderá ser um ato voluntário de divulgação de informação ou poderá ser uma exigência legal do licenciamento, por exemplo. Os assuntos abordados no relatório ambiental poderão retratar apenas as questões voltadas para meio ambiente ou poderá representar uma gestão integrada e trará aspectos sociais, de segurança, economica e outras áreas. A periodicidade de emissão dos relatórios dependerá do destinatário a - -12 quem se espera informar (o público interno da organização) ou externo (grupos específicos ou órgão de fiscalização), é comum a emissão mensal do relatório, entretanto quando se trata de obrigação legal será estabelecido o prazo pelo órgão licenciador. 2.3 Estrutura do Sistema de Gestão Ambiental A estrutura que compõem o sistema de gestão ambiental é fundamental para a melhoria contínua dos processos e a preocupação e responsabilidade da empresa com o meio ambiente. A implantação do sistema de gestão ambiental requer o comprometimento de todos os setores e responsáveis para que o sistema obtenha sucesso, para isso é necessário implantar: Política ambiental pode ser elaborada considerando as recomendações prevista na ISO 14001 que menciona a necessidade de toda política ambiental empresarial conter os preceitos da missão, da visão, dos valores e das crenças da organização. Planejamento é fundamental para que o sistema de gestão ambiental tenha sucesso, e para isso é necessário o diagnostico ambiental prévio dos departamentos que compõem a organização, pois é com esses dados que é possível identificar quais as atividades da empresa estão interagindo com o meio ambiente. Implementação e operação é composta pelas ações planejadas, nesta etapa que se cria manuais, procedimentos, identifica-se os aspectos ambientais. Verificação e ação corretiva é a fase engloba os indicadores, as auditorias ambientais as emissões de conformidade e não conformidade, verifica-se aqui se os requisitos estabelecidos na política ambiental da empresa estão sendo atendidas. Revisão ou análise crítica são encontros da alta direção é nele que se garante que existe um gestor responsável pela implementação do sistema e assegura que o mesmo funcione, ao mesmo tempo assegura que a alta direção conhece o processo e esta ciente da situação do sistema, e também podem definir quais as prioridades serão atendidas, ajustar os recursos necessário e os planos para atender o sistema de gestão ambiental. - -13 3. Elementos do Sistema de Gestão Ambiental Os elementos e princípios de um sistema de gestão ambiental pautados na NBR ISO 14004:2004 são instruções recomendadas pela norma para orientar atribuições voluntárias ausentes de imposição legal. Assim, a própria norma traz recomendações como o desenvolvimento e implantação de uma política ambiental, o cumprimento desses planos, o estabelecimento e o desenvolvimento de capacitação e mecanismos que subsidiem a execução do plano e que busque continuamente a melhoria das análises críticas ao seu sistema de gestão. 3.1 Identificação de aspectos e impactos Os aspectos ambientais possuem receberdiferentes definições, dependendo do autor, mas pode ser resumido como algo ou elemento do sistema produtivo ou serviço de uma organização que pode interagir com o meio ambiente, de maneira boa ou ruim. Esse elemento de interação com o meio ambiente é a causa de certo impacto ambiental. No caso dos impactos consideram-se os efeitos, as consequências ou a alteração do meio ambiente negativas ou positivas devido à ação tomada por uma atividade humana ou organização que resultará em um impacto. Imagine, por exemplo, que a prefeitura de uma cidade resolveu construir um conjunto habitacional em um determinado local e, para isso, removeu a vegetação da área escolhida, o que impermeabilizou o solo. Após a entrega do conjunto habitacional, o bairro passou a sofrer com enchentes. Essas enchentes representam o impacto ambiental que resultou do processo de impermeabilização do solo e da remoção de vegetação. Segundo Sanchez (p.34, 2013), impacto ambiental é a alteração da qualidade ambiental que resulta da modificação de processos naturais ou sociais provocadas por ações humanas. Portanto, um desastre natural, como um tsunami, por exemplo, não é considerado impacto ambiental pois não decorreu de uma atividade humana. - -14 3.2 Avaliação dos Impactos ambientais (AIA) A Política Nacional de Meio Ambiente dos Estados Unidos foi a primeira norma mundial a utilizar o termo Avaliação de Impacto Ambiental (AIA) em meados do ano 1969. A partir desse marco, outras instituições governamentais passaram a utilizar o método dentro do seu Sistema de Gestão Ambiental. No Brasil, o termo foi inserido no ordenamento jurídico a partir da promulgação da Lei 6.938/1981, que instituiu a Política Nacional de Meio Ambiente (PNMA). Entretanto, a AIA já vinha sendo utilizada no licenciamento de hidrelétricas durante a década de 1970, pois os financiadores dos projetos, em sua maioria, eram compostos por organismos internacionais que exigiam o uso do instrumento para que o financiamento fosse liberado. Figura 3 - Usina hidrelétrica de Itaipu Fonte: Mykola Gomeniuk, Shutterstock (2020). #PraCegoVer: A imagem mostra uma fotografia aérea da usina hidrelétrica de Itaipu, sediada no Paraná, mostrando o seu reservatório e a sua barragem. A PNMA trouxe alguns instrumentos com intuito de atingir seus objetivos legais, como é o caso, por exemplo, da AIA e do licenciamento, previstos pelo art. 9º. Assim, a aplicação prática da AIA foi observada a partir da promulgação da Resolução do Conama 1/1986 que estabeleceu definições, diretrizes, responsabilidades e implementação por meio do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e do Relatório de Impacto Ambiental (um resumo técnico do EIA em linguagem mais acessível). O EIA/RIMA é exigido de acordo com a listagem das atividades de empreendimentos que constam na referida resolução em conjunto com o órgão ambiental responsável pelo empreendimento. O Estudo de Impacto Ambiental (EIA) conterá, no mínimo: - -15 o diagnóstico da área de influência do projeto (quanto ao meio físico, biológico e socioeconômico); a análise dos impactos ambientais e as alternativas possíveis; a definição das medidas mitigadoras para os casos de impacto negativo; a elaboração do programa de acompanhamento e monitoramento dos impactos positivos e negativos. Fique de olho O Climatempo Meteorologia disponibiliza, em sua página no Youtube, a história da construção da usina hidrelétrica de Itaipu e compensação ambiental que foi implantada na época. O vídeo pode ser acessado no link: <https://www.youtube.com/watch?v=vq8BUGi_8N8>. - -16 4. Auditorias ambientais As auditorias ambientais são instrumentos da gestão ambiental e tem como objetivo avaliar as atividades desenvolvidas em determinados setores da empresa, verificando-se o atendimento de procedimentos, requisitos e preceitos estabelecidos anteriormente. As auditorias são também consideradas um instrumento de melhoria contínua. - -17 4.1 Tipos de auditoria A realização de auditoria ambiental permite conhecer os passivos ambientais existentes na organização e contribui com a coleta de informações transparentes nos casos de compra, venda ou fusões com outras instituições. O resultado desses processos permite evidenciar os riscos existentes em cada processo produtivo, identificando se as exigências legislativas estão sendo atendidas e ajudando na tomada de decisão nos casos de setores com problemas. A auditoria ambiental possui três classificações diversas: a aplicabilidade, o tipo e a execução. A auditoria de aplicabilidade possui as seguintes subcategorias: Auditoria de primeira parte é quando a própria organização elege o funcionário que irá realizar a auditoria em setor diferente do qual pertence. A ideia é melhorar a eficiência das atividades desenvolvidas na organização por meio da análise dos seus sistemas e procedimentos. Auditoria de segunda parte é a auditoria realizada por outra organização que possa ser afetada pela forma como a empresa auditada desenvolve suas atividades em matéria ambiental. Esse tipo de auditoria ocorre nos casos em que existe ou existirá um vínculo como um contrato de fornecimento de insumo ou prestação de serviço. Auditoria de terceira parte ocorre quando a organização pretende adquirir algum tipo de certificação e contrata outra empresa especializada em auditorias para realizá-la. A , por sua vez, está relacionada ao método de comparação e, portanto, compara oauditoria de tipo desempenho da organização diante do critério adotado, que pode ser: Auditoria de conformidade legal será adotado como critério a legislação ambiental pertinente em todas as esferas governamentais a qual organização está inserida. Também verifica se a organização auditada atende as normas legais. Auditoria de desempenho ambiental avalia o desempenho dos indicadores ambientais, como consumo de água, energia, emissão de gases de efeito estufa e eficiência da estação de tratamento de efluente, entre outros, em comparação com outras empresas do mesmo segmento. Auditoria de sistemas de gestão ambiental verificar se o próprio Sistema de Gestão Ambiental da organização está sendo atingido ou se precisa de adequação. - -18 Por fim, a nada mais é do que a auditoria interna que está relacionada com o uso dosauditoria de execução próprios procedimentos, seja ele executado por funcionário da própria organização auditada ou não. No caso de uma auditoria externa, quem a promove é uma instituição independente com procedimentos diferentes do utilizado pela contratante. Assista aí https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/746b3e163a5a5f89a10a96408c5d22c2 /136668fecdf66623b31aa3e9b730274c https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/746b3e163a5a5f89a10a96408c5d22c2/136668fecdf66623b31aa3e9b730274c https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/746b3e163a5a5f89a10a96408c5d22c2/136668fecdf66623b31aa3e9b730274c - -19 4.2 Os atores e as características da auditoria Os atores envolvidos no processo de auditoria são: o cliente é o contratante que está pagando para que o processo ocorra e o mais interessado no resultado que será apresentado; o auditado pode ser a empresa ou o processo que será verificado pelos métodos promovidos; o auditor é quem irá conduzir o processo de auditoria, em geral, um profissional qualificado e detentor de conhecimento. A auditoria precisa apresentar um planejamento prévio para ser realizada. Esse plano deve conter os objetivos, o escopo, a definição dos critérios que serão utilizados e os recursos necessários para que a auditoria ocorra. Segundo Little (1994, Apud Philippi Junior, Bruna e Roméro, p. 937, 2014), um bom programa de auditoria precisa conter: a) Objetivos explicitamente definidos; b) Limites de escopo claramente definidos; c) Abrangência que priorize unidades mais importantes, sem desprezar as demais; d) Abordagem compatível com os objetivos; e) Treinamento, experiência e habilidade dos profissionais que conduzem aauditoria; f) Suporte gerencial e organização eficazes. - -20 5. Certificações do Sistema de Gestão Ambiental A certificação ambiental pode ser entendida como uma declaração formal de caráter voluntário que comprova a credibilidade de uma empresa em matéria ambiental, após ter sido certificada por empresa terceira idônea aos processos da organização auditada, caracterizando-se assim que a organização atendeu aos dispositivos legais e possui comprometimento com o meio ambiente. Existem diversos benefícios elencado na obtenção da certificação ambiental, como o aumento de competitividade no mercado, a garantia de implantação eficiente de sistema de controle e o atendimento e satisfação do cliente. De acordo com Moraes (2004, p.84),a melhoria do desempenho ambiental promove benefícios no processo como a economia de material e recursos naturais, no produto como a redução de custo, nos fornecedores, na satisfação do cliente, na imagem da empresa, e no aumento da competitividade de mercado. 5.1 O processo de certificação A ISO 14001 é um dos instrumentos de certificação mais conhecido e implementado nas organizações que se preocupam com a melhoria contínua de seus processos. As etapas de certificação requerem o comprometimento de todos os setores da organização em que será implantado a norma, pois o descumprimento dos requisitos estabelecidos pode gerar grandes prejuízos a empresa, como o descrédito do consumidor. Segundo Oliveira (2017, apud Moraes, p.170, 2014), existem aproximadamente 20 etapas a serem seguidas para ser alcançado a certificação. De maneira sucinta e generaliza é possível afirmar que o processo de certificação é composto por um diagnóstico prévio, planejamento, implementação, auditoria para a certificação e a emissão do certificado. No entanto, a certificação somente poderá ser realiza em organizações que já possuem o sistema de gestão ambiental implantado e funcionando. - -21 5.2 A ISO e as empresas certificadoras ISO é a sigla de , que, em português, significa OrganizaçãoInternational Organization for Standardization Internacional de Padronização. Como o próprio nome esclarece, trata-se de um órgão que promove a padronização de boas práticas da gestão, seja ela ambiental, de qualidade ou de segurança, por exemplo. A ISO é uma organização independente não governamental situada em Genebra, na Suíça, e é responsável por desenvolver normas internacionais com o objetivo de facilitar as relações comerciais entre os países. Todas essas normas costumam ser revisadas periodicamente como forma de atualização de conceitos e/ou adaptação de alguma métrica. As , por sua vez, são responsáveis por atestar que a organização contratante atende osempresas certificadoras requisitos da norma e faz isso por meio da emissão de certificados. As certificadoras possuem reconhecimento formal de órgão ou organismos nacionais que concedem a elas a competência específica para realizar a certificação de organizações. No entanto, é importante não confundir as certificadoras com consultoria – que responde pelo processo de implementação dos requisitos exigidos na norma. Assista aí https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/746b3e163a5a5f89a10a96408c5d22c2 /560d32d10cc8e91e762bd296d34b8904 é isso Aí! Nesta unidade, você teve a oportunidade de: • conhecer as motivações que levaram a criação de ferramentas e instrumentos que subsidiam a gestão e o gerenciamento ambiental em diferentes organizações. • aprender que a gestão ambiental pode assumir diferentes abordagens (comando e controle, prevenção a poluição e/ou estratégica) que serão implantadas de acordo com a situação e nível de consciência ambiental que a organização se encontra; • compreender o sistema de gestão ambiental e sua importância para a implantação e conquista da certificação ambiental e como esse certificado poderá trazer benefícios em diferentes setores tanto interno como externo; • estudar a estrutura do Sistema de Gestão Ambiental e os elementos que o compõem; • compreender o papel da auditoria no atendimento aos preceitos do sistema de gestão ambiental, e no atendimento das normas legais a qual a empresa esta sujeita. • • • • • https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/746b3e163a5a5f89a10a96408c5d22c2/560d32d10cc8e91e762bd296d34b8904 https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/746b3e163a5a5f89a10a96408c5d22c2/560d32d10cc8e91e762bd296d34b8904 - -22 Referências BERTÉ, R.; SILVEIRA, A. L. : certificação e acreditação ambiental. Curitiba: Intersaberes, 2017.Meio ambiente CURY, D. . São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2012.Gestão ambiental MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. : Ecodesign. Brasília: Ministério do MeioProdução de consumo sustentável Ambiente, s./d. Disponível em: < >. Acesso em: 3https://www.mma.gov.br/informma/item/7654-ecodesign.html mar. 2020. MORAES, C. S. B.; PUGLIESI, É. l. Curitiba: Intersaberes, 2014.Auditoria e certificação ambienta PHILIPPI JUNIOR, A.; BRUNA, G. C.; ROMÉRO, M. A. 2 ed. Barueri: Manole, 2014.Curso de gestão ambiental. SANCHEZ, L. H. Avaliação de impacto ambiental: conceitos e métodos. 2 ed. São Paulo: Oficina de Texto, 2013. SÃO PAULO. Estado divulga nesta quinta o resultado do Programa Município VerdeAzul. Cidade de São Paulo, 4 mar. 2020. Disponível em: <https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/meio_ambiente/noticias/? >. Acesso em: 6 mar. 2020.p=294493 https://www.mma.gov.br/informma/item/7654-ecodesign.html https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/meio_ambiente/noticias/?p=294493 https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/meio_ambiente/noticias/?p=294493 Olá! 1. Conceitos introdutórios de Gestão Ambiental 1.1 As abordagens da gestão ambiental Abordagem de comando e controle (ou controle de poluição) Abordagemprevenção a poluição Abordagemestratégica 1.2 As ferramentas da gestão ambiental Assista aí 2. O Sistema de Gestão Ambiental 2.1 O ciclo PDCA e o Sistema de Gestão Ambiental 2.2 Relatórios ambientais 2.3 Estrutura do Sistema de Gestão Ambiental 3. Elementos do Sistema de Gestão Ambiental 3.1 Identificação de aspectos e impactos 3.2 Avaliação dos Impactos ambientais (AIA) 4. Auditorias ambientais 4.1 Tipos de auditoria Assista aí 4.2 Os atores e as características da auditoria 5. Certificações do Sistema de Gestão Ambiental 5.1 O processo de certificação 5.2 A ISO e as empresas certificadoras Assista aí é isso Aí! Referências
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