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Contabilidade Geral 07

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Aula 07
 Contabilidade Geral p/ Polícia Federal
(Agente) - 2020 - Pré-Edital (Preparação
de A a Z)
Autores:
Luciano Rosa, Júlio Cardozo
Aula 07
11 de Setembro de 2020
 
 
 1 100 
Sumário 
1. Controle De Estoque ..................................................................................................................... 4 
1.1 - Inventário periódico ................................................................................................................. 4 
1.2 - Conta De Mercadorias Desdobrada .......................................................................................... 9 
1.3 - Inventário Permanente ............................................................................................................ 10 
2. PEPS, UEPS E Preço Médio ........................................................................................................... 11 
2.1 - PEPS – Primeiro Que Entra Primeiro Que Sai ............................................................................. 11 
2.2 - UEPS – Último Que Entra Primeiro Que Sai ............................................................................... 12 
2.3 - Custo Médio .......................................................................................................................... 14 
- Média Ponderada Fixa ............................................................................................................. 15 
- Média Ponderada Móvel .......................................................................................................... 15 
2.4 - Custo Específico ..................................................................................................................... 16 
2.5 - Método Do Varejo ................................................................................................................. 17 
3. Tabela De Controle De Estoque ................................................................................................... 18 
4. Operações Com Mercadorias e Tributação ................................................................................... 22 
4.1 - Tributos Recuperáveis ............................................................................................................. 22 
- Imposto Por Dentro E Por Fora ................................................................................................... 25 
- Contabilização......................................................................................................................... 26 
4.2 - Compra De Matéria Prima ...................................................................................................... 31 
4.3 - Compra De Ativo Imobilizado ................................................................................................. 33 
4.4 - Compra De Mercadoria Por Empresa Comercial (Aquisição De Indústria) ..................................... 35 
4.5 - Compra De Mercadoria Por Empresa Comercial (Aquisição De Empresa Comercial) ...................... 36 
4.6 - Quadro Resumo – Tributos ...................................................................................................... 37 
4.7 - Resultado Bruto Com Mercadorias ........................................................................................... 38 
4.8 - Custo Das Mercadorias Vendidas ............................................................................................ 38 
Luciano Rosa, Júlio Cardozo
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 2 100 
– Avaliação Segundo o CPC 16 ................................................................................................... 38 
- Avaliação Do Estoque ............................................................................................................... 39 
- Devoluções .............................................................................................................................. 41 
- Descontos Comerciais Ou Incondicionais ...................................................................................... 42 
- Abatimento .............................................................................................................................. 44 
- Frete ....................................................................................................................................... 44 
4.9 – Avaliação Segundo a Lei 6.404/76 ........................................................................................ 46 
4.10 - Estoque De Produtos Acabados (Fabricação Própria). .............................................................. 47 
4.11 - Estoque De Matérias Primas .................................................................................................. 49 
4.12 - Estoques De Mercadorias Fungíveis ........................................................................................ 51 
4.13 - Juros na Compra de Estoques ................................................................................................ 52 
5. Questões Comentadas ................................................................................................................ 55 
6. Lista de Questões ....................................................................................................................... 86 
7. Gabarito ................................................................................................................................... 97 
8. Resumo ...................................................................................................................................... 98 
 
 
Luciano Rosa, Júlio Cardozo
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 3 100 
APRESENTAÇÃO 
Olá, pessoal! Tudo bem? 
Agradecemos por estarem aqui, em mais um encontro conosco, no curso Contabilidade. 
Agora, vejamos, com maiores detalhes, tópicos relacionados a conta Estoques, tema esse que 
despenca em prova. Vamos lá! 
Quaisquer dúvidas, estamos à disposição! 
Luciano Rosa/ Silvio Sande/ Julio Cardozo 
Dicas diárias de Contabilidade no Instagram: @contabilidadeconcurso @prof.silviosande e 
@profjuliocardozo 
 
 
 
 
Luciano Rosa, Júlio Cardozo
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 4 100 
1. CONTROLE DE ESTOQUE 
O CPC 16 afirma que Estoques são ativos: 
(a) mantidos para venda no curso normal dos negócios; 
(b) em processo de produção para venda 
(c) na forma de materiais ou suprimentos a serem consumidos ou transformados no processo de 
produção ou na prestação de serviços. 
 
O controle desses estoques pode ser feito através do inventário permanente ou do inventário 
periódico. 
1.1 - Inventário periódico 
Por essa metodologia, os estoques são avaliados na data do balanço, através do inventário físico, 
ou seja, alguém vai lá e faz a contagem do estoque. Como Auditor Fiscal, já fiz muito isso, inclusive, 
já contei muito café no interior do estado do Espírito Santo, hahaha. 
A seguir, um quesito: 
(Especialista em Regulação/ANAC/2012) Se adota o sistema de inventário periódico, a 
empresa não deve fazer registro a débito ou a crédito na conta de mercadorias-estoque entre 
um período de inventário e outro. 
Comentários: 
O item está correto. Vejam que o próprio nome estabelece que o inventário é periódico. Apenas 
na data do balanço é que realizamos o inventário físico. A empresa não faz registro a cada compra 
ou a cada venda na conta estoques. O inventário periódico é apurado através da conta 
mercadorias função mista. 
Estoques
Venda curso normal 
dos negócios
Produção 
para venda
Materiais ou 
suprimentos 
Ativos
Luciano Rosa, JúlioCardozo
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 5 100 
Um dos aspectos mais importantes quando falamos em estoques, é a apuração do Custo das 
Mercadorias Vendidas. (CMV). Ou seja, quanto custou para a empresa, a mercadoria que está 
sendo vendida. Quando utilizamos o inventário periódico, o CMV será apurado através da 
seguinte fórmula: 
 
No sistema de inventário periódico, usamos a Conta Mista Mercadorias. Nessa conta, fazemos os 
seguintes lançamentos: 
 Lançamos o estoque inicial e as compras a débito; e 
 Lançamos as vendas a crédito. 
 No final do período, ao apurar o estoque final, podemos calcular o Resultado com 
Mercadorias. 
O Resultado com Mercadorias, também chamado de Lucro ou Prejuízo Bruto, é um dos conceitos 
mais importantes para provas e sempre é exigido. Ele é evidenciado em item próprio na 
Demonstração do Resultado do exercício. 
Fica assim: 
Estoque Inicial Vendas
Compras
Estoque final
Conta Mista Mercadorias
 
A conta mista tem esse nome, pois possui características de conta patrimonial (ao registrar o 
estoque inicial e final) e de conta de resultado (ao registrar as vendas). 
Exemplo: A empresa KLS, que utiliza o sistema de inventário periódico, possuía estoque inicial de 
1.000, registrado na conta mista mercadoria. Durante o ano de X1, comprou mercadorias no valor 
de 15.000 e efetuou vendas no valor de 25.000. O estoque final, apurado através de inventário 
físico, foi de 2.000. 
Efetue a contabilização na conta mista mercadoria e apure o resultado com mercadorias do 
período. 
Resolução: 
A conta mista mercadoria apresenta saldo inicial (que é o saldo final do ano anterior) de 1.000. A 
partir daí, ocorrem as seguintes contabilizações: 
CMV Estoque Inicial Compras
Estoque 
Final
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 6 100 
 Compra de mercadorias: 15.000 
D – Conta Mista Mercadoria 15.000 
C – Fornecedores 15.000 
 Venda de mercadorias: 25.000 
D – Clientes 25.000 
C – Conta Mista Mercadoria 25.000 
 Saldo da conta mista de mercadorias, após esses lançamentos: 
D – Estoque inicial 1.000 
D – Compras 15.000 
C – Vendas 25.000 
Fica assim: 
Estoque Inicial 1000 25000 Vendas
Compras 15000
9000 Saldo
Conta Mista Mercadorias
 
Se o total de débitos é igual a 16.000 (1.000 + 15.000) e o total de créditos é de 25.000, então, 
saldo: 9.000 a crédito. 
Como o estoque final apurado foi de 2.000, temos que fazer um lançamento contábil que 
“transforme” o saldo de 9.000 a crédito em 2.000 a débito. Como faremos? Devemos debitar a 
conta Mista Mercadoria no valor de 11.000. Vejam que para o estoque final ficar com valor de 
2.000,00 precisamos fazer um débito de algum valor, concordam? Para, respira um pouquinho, 
esse ponto é importante. 
Visualizando, temos: 
Estoque Inicial 1000 25000 Vendas
Compras 15000
X
Estoque Final 2000
Conta Mista Mercadorias
 
 
Luciano Rosa, Júlio Cardozo
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 7 100 
A conta apresenta saldo credor de 9.000, com o débito de 11.000, passa a ter saldo devedor de 
2.000, que equivale ao estoque final. A contrapartida é o Resultado com Mercadorias. Portanto, 
no razonete acima, o valor X que acerta essa equação é 11.000,00. 
Contabilizemos: 
D – Conta Mista Mercadoria 11.000 
C – Resultado com Mercadorias 11.000 
Vamos conferir o valor do Resultado com Mercadorias. 
Custo Mercadoria Vendida = Estoque inicial + Compras – Estoque final 
CMV = 1.000 + 15.000 – 2.000 
CMV = 14.000 
Agora, podemos elaborar a Demonstração do Resultado do Exercício: 
Receita de Vendas 25.000 
(-) Custo da mercadoria vendida (14.000) 
(=) Resultado Bruto ( ou Lucro Bruto) 11.000 
Vejam que o custo da mercadoria vendida somente será conhecido ao final do período. 
 
(Técnico/Termo Macaé/2009) A característica básica do inventário periódico é que o 
a) valor das compras só é conhecido no final do período. 
b) estoque físico só é conhecido no início do período. 
c) CMV só é conhecido no final do período. 
d) estoque é baixado a cada compra. 
e) estoque é baixado a cada venda. 
Comentários: 
O gabarito é a letra c. 
O CMV somente será conhecido ao final do período. 
O estoque não é baixado por compra/venda. Por isso as letras d e e estão incorretas. 
A letra a está errada. O valor das compras é conhecido no início do período. 
E, por fim, a letra b está incorreta, já que o estoque físico é conhecido no final do período 
Luciano Rosa, Júlio Cardozo
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 8 100 
(SUSEP/Agente Executivo/2006) A firma Agrária Agronegócios Ltda. utiliza a conta Mercadorias 
na modalidade conta mista, sendo debitada pelo valor das compras e creditada pelo valor das 
vendas. Se, no fim do período, a conta mercadorias, que representa o item "geagá", inteiramente 
isento de tributação, apresentar saldo contábil credor, no valor de R$ 5.000,00, e o inventário 
físico final for avaliado em R$ 2.000,00, pode-se dizer que as operações com esse item 
ocasionaram 
A) prejuízo de R$ 2.000,00. 
B) prejuízo de R$ 3.000,00. 
C) lucro de R$ 3.000,00. 
D) lucro de R$ 5.000,00. 
E) lucro de R$ 7.000,00. 
Comentários 
Temos apenas as seguintes informações: 
Estoque Inicial Vendas
Compras
Estoque Final 2000 5000 Saldo
Conta Mista Mercadorias
 
A conta Mista de Mercadorias apresentava saldo credor de 5.000, e o estoque final foi avaliado 
em 2.000. Assim, o saldo credor da Conta Mista de 5.000 deve ficar devedor em 2.000, que é o 
valor do estoque. 
Você precisa zerar o saldo credor, ou seja, debitar R$ 5.000,00 e apresentar a conta mista pelo 
valor de R$ 2.000,00, que é o estoque final, debitando, pois, mais este valor. Portanto, vamos 
debitar a conta Mista em 7.000, e a contrapartida é a conta Resultado com Mercadorias. 
Contabilizemos: 
D - Conta Mista Mercadorias 7.000 
C – Resultado com Mercadorias 7.000 
O lançamento a crédito na conta Resultado com Mercadorias indica que houve lucro. 
Visualizando, temos: 
Zerando o saldo credor 5.000
Ainda falta deixar o saldo do EF 2.000
Estoque final 2.000 5.000 Saldo
Conta Mista Mercadorias
 
O gabarito é a letra e. 
 
Luciano Rosa, Júlio Cardozo
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 9 100 
1.2 - Conta De Mercadorias Desdobrada 
Uma variação da conta mista é a Conta Mista Desdobrada. Nesse caso, usamos três contas para o 
controle e apuração do resultado, ao invés de uma. São elas: 
1) Mercadorias: registra o estoque inicial. Seu saldo não se altera durante o ano. 
2) Compras: registra as compras efetuadas durante o ano 
3) Vendas: Registra as vendas ocorridas durante o ano. 
Esquematizemos: 
 
No final do ano, após o inventário, apuramos o resultado com mercadorias, de forma semelhante 
ao cálculo da conta única, que já vimos acima. 
Observação: quando falamos em contabilizar as “compras” e as “vendas”, 
devemos também lançar todos os fatos que afetam o valor das compras e das 
vendas, como devoluções, abatimentos, fretes, seguros etc. 
Os gastos incorridos na aquisição de mercadorias que são necessários para colocar 
o estoque nas condições determinadas pela administração, como fretes, seguros, 
não são contabilizados como despesas, mas são somados ao custo do estoque. 
 
Mercadorias: 
Estoque Inicial
Compras: 
Compras do período
Vendas:
Vendas durante o ano
Luciano Rosa,Júlio Cardozo
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 10 100 
1.3 - Inventário Permanente 
Nesse caso, a empresa controla o estoque de forma contínua, dando baixa em cada operação de 
venda. 
A contabilização é a seguinte: 
 Pela aquisição de mercadorias, a prazo, no valor de 1.000: 
D – Estoque (Ativo) 1.000 
C – Fornecedores (Passivo) 1.000 
Observação: vamos desconsiderar os impostos para fins didáticos 
Vamos supor que metade dessa mercadoria foi vendida por 1.200. 
Teremos duas contabilizações: 
 Pela baixa do estoque e reconhecimento do custo: 
D – CMV (Resultado) 500 
C – Estoque (Ativo) 500 
 Pelo reconhecimento da receita: 
D – Duplicatas a Receber OU Clientes (ativo) 1.200 
C – Receita de vendas (Resultado) 1.200 
Dessa forma, a empresa consegue controlar os estoques de forma permanente. 
Após tais operações, o estoque da empresa (supondo que iniciou com estoque zero) apresenta os 
seguintes lançamentos: 
D – Estoque (Ativo) 1.000 
C – Estoque (Ativo) 500 
Saldo da conta Estoque: 500 
 
Luciano Rosa, Júlio Cardozo
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 11 100 
2. PEPS, UEPS E PREÇO MÉDIO 
Dificilmente as mercadorias são compradas pelo mesmo valor. Surge, assim, a necessidade de 
atribuir preço ao estoque que está sendo vendido. Por isso temos alguns métodos de apuração, 
dentre eles, o PEPS, UEPS e o Preço Médio. 
Vamos supor que determinada empresa, tendo iniciado o ano com estoque zero, efetuou duas 
compras do produto X: a primeira de 10 unidades, com custo unitário de $10, e a segunda de 20 
unidades, com custo unitário de $12. 
Em seguida, a empresa efetuou a venda de 15 unidades do produto X, por 20 reais a unidade. 
Vamos ver como fica o resultado e o estoque final, usando cada um dos métodos acima. 
2.1 - PEPS – Primeiro Que Entra Primeiro Que Sai 
Significa Primeiro que Entra é o Primeiro que Sai. Também conhecido pela sigla em inglês FIFO 
(First in first out). 
No nosso exemplo, ficaria assim: 
 1ª compra: 10 unidades a 10 reais = R$ 100 
 2ª compra: 20 unidades a 12 reais = R$ 240 
 Venda de 15 unidades x $ 20 = R$ 300 (receita de venda) 
Usando o PEPS, valorizamos as unidades vendidas usando o custo das unidades que entraram 
primeiro no estoque. Assim, custo das 15 unidades: 
 10 unidades a 10 reais = $ 100 
 5 unidades a 12 reais = $ 60 
Então, 15 unidades que custaram, no total, 160 reais. Agora, podemos elaborar a Demonstração 
do Resultado do Exercício: 
Receita de Vendas 300 
(-) Custo da mercadoria vendida (160) 
(=) Resultado Bruto ( ou Lucro Bruto) 140 
Montemos uma tabela para calcular o Estoque final: 
Estoque - Método PEPS 
(+) Compras 1ª compra: 10 unidades a 10 reais = R$ 100 
(+) Compras 2ª compra: 20 unidades a 12 reais = R$ 240 
(-) Saídas 10 unidades a 10 reais = $ 100 
(-) Saídas 5 unidades a 12 reais = $ 60 
(=) Saldo Final 15 unidades a 12 reais = 180 
Luciano Rosa, Júlio Cardozo
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 12 100 
 
Pessoal, quando a gente trabalha com o Método Peps, tem um bizu que nos ajuda a ganhar tempo 
na apuração do estoque final. A dica é: 
1. Trabalhar apenas com as quantidades de estoques 
2. Pelo Método PEPS, o estoque final é ‘’mais novo”, isto é, ele é composto pelas ÚLTIMAS 
COMPRA da empresa. 
No nosso exemplo, ficaria assim: 
 1ª compra: 10 unidades a 10 reais = R$ 100 
 2ª compra: 20 unidades a 12 reais = R$ 240 
 Venda de 15 unidades x $ 20 = R$ 300 (receita de venda) 
Ou seja, compramos 30 unidades e vendemos 15, assim sendo, sobraram 15 unidades em estoque, 
ok? Como o Método de Apuração é o PEPS, sabemos que essas 15 unidades possuem o custo 
unitário das últimas compras, isto é, 12 reais, assim sendo, o estoque final será = 15 x 12 = 180 
reais. 
Essa ideia pode ser muito útil e te ajuda a ganhar muito tempo na apuração exigida em prova. 
2.2 - UEPS – Último Que Entra Primeiro Que Sai 
Significa Último que Entra é o Primeiro que Sai. Também conhecido pela sigla em inglês LIFO (Last 
In First Out). Usando os mesmos dados do exemplo acima, fica assim: 
 1ª compra: 10 unidades a 10 reais = R$ 100 
 2ª compra: 20 unidades a 12 reais = R$ 240 
 Venda de 15 unidades x $ 20 = R$ 300 (receita de venda) 
Assim, custo das 15 unidades: 
 15 unidades a 12 reais = $ 180 
Então, 15 unidades que custaram, no total, 180 reais. 
Agora, podemos elaborar a Demonstração do Resultado do Exercício: 
Receita de Vendas 300 
(-) Custo da mercadoria vendida (180) 
(=) Resultado Bruto ( ou Lucro Bruto) 120 
 
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 13 100 
Montemos uma tabela para calcular o Estoque final: 
Estoque - Método UEPS 
(+) Compras 1ª compra: 10 unidades a 10 reais = R$ 100 
(+) Compras 2ª compra: 20 unidades a 12 reais = R$ 240 
(-) Saídas 15 unidades a 12 reais = $ 180 
 
(=) Saldo Final 
10 unidades a 10 reais = 100 
 5 unidades a 12 reais = 60 
Então, o estoque final possui 15 unidades que custaram, no total, 160 reais. 
 
Pessoal, vamos passar uma dica parecida com a do Método PEPS, mas aplicada ao UEPS, vejam: 
1. Trabalhar também com as quantidades de estoques 
2. Método UEPS, o estoque final é “mais velho”, isto é, ele é composto pelas PRIMEIRAS 
COMPRAS da empresa. 
No nosso exemplo, ficaria assim: 
 1ª compra: 10 unidades a 10 reais = R$ 100 
 2ª compra: 20 unidades a 12 reais = R$ 240 
 Venda de 15 unidades x $ 20 = R$ 300 (receita de venda) 
Compramos 30 unidades e vendemos 15, assim sendo, sobraram 15 unidades em estoque, ok? 
Como o Método de Apuração é o UEPS, sabemos que essas 15 unidades possuem o custo unitário 
das primeiras compras, isto é, 10 unidades adquiridas a 10 reais e 5 unidades adquiridas a 12 
Estoque final será = 10 x 10 + 5 x 12 = 160 reais. 
Gostaram? Espero que sim! 
 
Luciano Rosa, Júlio Cardozo
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 14 100 
2.3 - Custo Médio 
Usamos o custo médio do estoque, para calcular o custo das vendas. Retomando o exemplo acima, 
temos: 
 1ª compra: 10 unidades a 10 reais = R$ 100 
 2ª compra: 20 unidades a 12 reais = R$ 240 
 Custo médio: R$ 340 / 30 unidades = R$ 11,3333 por unidade. 
 Venda de 15 unidades x $ 20 = R$ 300 (receita de venda) 
Assim, custo das 15 unidades: 
 15 unidades a 11,33 reais = $ 170 
Então, 15 unidades que custaram, no total, 170 reais. 
Observação: arredondando os centavos. 
Agora, podemos elaborar a Demonstração do Resultado do Exercício: 
Receita de Vendas 300 
(-) Custo da mercadoria vendida (170) 
(=) Resultado Bruto ( ou Lucro Bruto) 130 
Montemos uma tabela para calcular o Estoque final: 
Estoque – Custo Médio 
(+) Compras 1ª compra: 10 unidades a 10 reais = R$ 100 
(+) Compras 2ª compra: 20 unidades a 12 reais = R$ 240 
(-) Saídas 15 unidades a 11,33 reais = R$ 170 
(=) Saldo Final 15 unidades a 11,33 reais = R$ 170 
Então, o estoque final possui 15 unidades que custaram, no total, 170 reais. 
 
Para calcular o custo médio, podemos usar a média ponderada fixa ou a média ponderada móvel. 
No primeiro caso, calculamos a média de todas as entradas do mês e usamos esse valor para todas 
as saídas do mês. 
Assim: 
 
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 15 100 
Dia EventoQuantidade Custo Médio Custo Total 
1 Estoque inicial 100 10,00 1.000,00 
4 Compras 150 12,00 1.800,00 
6 Compras 200 13,00 2.600,00 
10 Vendas -100 
 
15 Compras 200 15,00 3.000,00 
20 Vendas -250 
 
Vamos calcular o custo das vendas dos dias 10 e 20, usando as duas médias ponderadas (fixa e 
móvel). 
- Média Ponderada Fixa 
A partir do estoque inicial e das entradas, calculamos o custo médio que será usado para todas as 
saídas do mês. 
Dia Evento Quantidade Custo Médio Custo Total 
1 Estoque inicial 100 10,00 1.000,00 
4 Compras 150 12,00 1.800,00 
6 Compras 200 13,00 2.600,00 
15 Compras 200 15,00 3.000,00 
Total 
 
650 12,92 8.400,00 
Observação: Para chegar aos R$ 12,92, pegamos o valor total dos estoques e 
dividimos pelo total de unidades: 8.400/650 = 12,92. 
O Custo Médio Fixo é de $ 12,92. O custo das vendas será: 
 Dia 10: venda de 100 unidades x $ 12,92 = $ 1.292,00 
 Dia 20: venda de 250 unidades x $ 12,92 = $ 3.230,00 
Então, Custo total do mês: $ 1.292,00 + $ 3.230,00 = $ 4.522,00 
- Média Ponderada Móvel 
Nesse caso, calculamos o custo médio vigente na data de cada venda. A venda do dia 10 fica com 
o seguinte custo médio ponderado móvel: 
Dia Evento Quantidade Custo Médio Custo Total 
1 Estoque inicial 100 10,00 1.000,00 
4 Compras 150 12,00 1.800,00 
6 Compras 200 13,00 2.600,00 
Total 
 
450 12,00 5.400,00 
Assim, a venda do dia 10 terá custo médio de R$ 12,00. Do total de 450 unidades, sobram 350, 
após a venda. 
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 16 100 
Podemos agora calcular o custo médio móvel para a venda do dia 12: 
Dia Evento Quantidade Custo Médio Custo Total 
11 Estoque inicial 350 12,00 4.200,00 
15 Compras 200 15,00 3.000,00 
Total 
 
550 13,09 7.200,00 
A venda do dia 20 terá custo médio de R$ 13,09. 
Agora podemos calcular o total do custo das vendas do mês: 
 Dia 10: venda de 100 unidades x $ 12,00 = $ 1.200,00 
 Dia 20: venda de 250 unidades x $ 13,09 = $ 3.272,50 
Então, Custo total do mês: $ 1.200,00 + $ 3.272,50 = $ 4.472,50 
Observação: Para chegar aos R$ 13,09, pegamos o valor total dos estoques e 
dividimos pelo total de unidades: 7.200/550 = 13,09 
Observação 2: se a questão for omissa, devemos utilizar a Média Ponderada 
Móvel. 
2.4 - Custo Específico 
Outra forma de atribuir custos às vendas é através do custo específico, ou seja, cada item de 
estoque possui um custo próprio. Muito utilizado na indústria aeronáutica, naval, entre outros. 
Podemos exemplificar da seguinte forma: 
Suponha que uma agência de automóveis possua 10 unidades de um determinado modelo em 
estoque. Três foram comprados há 6 meses, por R$ 20.000,00. Seis foram comprados na última 
semana, por R$ 22.000,00. O último é um carro usado, que foi aceito como parte de pagamento 
de um veículo novo, pelo custo de R$ 12.000,00. 
A empresa realiza a venda de quatro veículos: um que foi comprado há 6 meses, dois comprados 
na última semana e o veículo usado. 
Nesse caso, a empresa pode atribuir o custo específico de cada item vendido. 
 
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 17 100 
2.5 - Método Do Varejo 
Usado em empresas que trabalham com muitos itens e apresentam uma grande rotatividade de 
estoque, como os supermercados. Se a empresa costuma usar uma margem fixa sobre o custo 
para formar o preço de venda, ela pode valorizar o seu estoque final a partir do preço de venda e 
calcular o custo usando a fórmula: 
CMV = estoque inicial + compras – estoque final. 
Por exemplo, suponha que determinado supermercado forme o seu preço de venda multiplicando 
o custo por 1,5. Para calcular o estoque final, basta pegar o preço de venda dos itens em estoque 
e dividir por 1,5. 
Preço de venda = R$ 1.500, Margem de 50%, qual o valor do estoque? 
Estoque Final=
Preço de Venda
1+margem
=
1.500
1,5
=1.000 
Esse procedimento está previsto no Pronunciamento CPC 16 – Estoques, confira: 
22. O método de varejo é muitas vezes usado no setor de varejo para mensurar 
estoques de grande quantidade de itens que mudam rapidamente, itens que têm 
margens semelhantes e para os quais não é praticável usar outros métodos de 
custeio. O custo do estoque deve ser determinado pela redução do seu preço de 
venda na percentagem apropriada da margem bruta. A percentagem usada deve 
levar em consideração o estoque que tenha tido seu preço de venda reduzido 
abaixo do preço de venda original. É usada muitas vezes uma percentagem média 
para cada departamento de varejo. 
Este método era muito útil quando não havia computadores. Imagine controlar e apurar o custo 
dos estoques “na mão”, com milhares de itens diferentes. Atualmente, com os controles 
informatizados, as empresas podem apurar os custos de estoque de forma mais adequadas que o 
Método do Varejo. Mas nada impede que usem esse método, caso julguem adequado. 
 
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 18 100 
3. TABELA DE CONTROLE DE ESTOQUE 
No inventário permanente podemos utilizar também a tabela de controle de estoque. 
E como fazer a tabela? Você irá montar a tabela seguinte: 
Quant. V. Unit. Total Quant. V. Unit. Total Quant. V. Unit. Total
XX.XX
XX.XX
PEPS
Data
Estoque finalCMV
Entrada Venda Saldo
 
Imagine as seguintes operações: 
Data Operações 
01/12/2019 Saldo inicial 10 unidades a R$ 100,00 = R$ 1.000,00 
02/12/2019 Compra de 10 unidades a R$ 120,00 = R$ 1.200,00 
03/12/2019 Venda de 7 unidades a R$ 200,00 = R$ 1.400,00 
04/12/2019 Compra de 2 unidades a R$ 150,00 = R$ 300,00 
Vamos utilizar cada um dos métodos: 
Comecemos pelo PEPS – Primeiro Que Entra Primeiro Que Sai! É simples! Fica assim: 
Quant. V. Unit. Total Quant. V. Unit. Total Quant. V. Unit. Total
01/12/2019 10,00 100,00 1.000,00 
10,00 100,00 1.000,00 
10,00 120,00 1.200,00 
3,00 100,00 300,00 
10,00 120,00 1.200,00 
3,00 100,00 300,00 
10,00 120,00 1.200,00 
2,00 150,00 300,00 
700,00 1.800,00 
PEPS
Data
Estoque final
04/12/2019 2,00 150,00 300,00 
CMV
Entrada Venda Saldo
7,00 
10,00 120,00 1.200,00 
100,00 700,00 
02/12/2019
03/12/2019
 
Observações: 
- Vejam que as vendas ficam registradas pelo preço de custo. Não importa o preço de venda para 
o cálculo da planilha de estoques. 
- O CMV é a soma do total das saídas. 
- O estoque final é a soma do total da coluna saldo. 
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 19 100 
- As devoluções de compras são registradas na planilha entradas, com sinal negativo. 
- As devoluções de vendas são registradas na planilha saídas, com sinal negativo. 
Agora, vamos utilizar o UEPS – Último Que Entra Primeiro Que Sai! Fica assim: 
Quant. V. Unit. Total Quant. V. Unit. Total Quant. V. Unit. Total
01/12/2019 10,00 100,00 1.000,00 
10,00 100,00 1.000,00 
10,00 120,00 1.200,00 
10,00 100,00 1.000,00 
3,00 120,00 360,00 
10,00 100,00 1.000,00 
3,00 120,00 360,00 
2,00 150,00 300,00 
840,00 1.660,00 
120,00 840,00 
02/12/2019
03/12/2019
UEPS
Data
Estoque final
04/12/2019 2,00 150,00 300,00 
CMV
Entrada Venda Saldo
7,00 
10,00 120,00 1.200,00 
 
Por fim, vamos utilizar o Média Ponderada: 
Quant. V. Unit. Total Quant. V. Unit. Total Quant. V. Unit. Total
01/12/2019 10,00 100,00 1.000,00 
02/12/201910,00 120,00 1.200,00 20,00 110,00 2.200,00 
03/12/2019 7,00 110,00 770,00 13,00 110,00 1.430,00 
04/12/2019 2,00 150,00 300,00 15,00 115,33 1.730,00 
770,00 1.730,00 
MÉDIA PONDERADA
Data
Estoque finalCMV
Entrada Venda Saldo
 
Vejam que no UEPS o CMV é maior. Por isso, de modo geral, a tributação acaba sendo reduzida. 
Assim, o UEPS é proibido pela legislação brasileira. Só pode ser usado para fins gerenciais. 
Você precisa saber o seguinte para prova: 
Método CMV Estoque Final Lucro Permitido 
UEPS Maior Menor Menor Não 
PEPS Menor Maior Maior Sim 
Média ponderada Fica no Meio Fica no Meio Fica no Meio Sim 
Observação: tal situação é evidenciada em economias inflacionárias. Ou seja, onde 
os preços aumentam devido a inflação. Em caso de omissão da questão, adote 
esse critério. 
 
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 20 100 
Mas, professores, e se a economia for deflacionária? 
Nesse caso, as características do UEPS e do PEPS se invertem. Vejamos: 
Método CMV Estoque Final Lucro 
UEPS Menor Maior Maior 
PEPS Maior Menor Menor 
Média ponderada Fica no Meio Fica no Meio Fica no Meio 
Agora, duas questões: 
(Contador/Niterói/2015) Em 02/01/x1, a Atacadista Iota S.A. adquiriu 100.000 unidades do 
Protetor Solar Y, por um custo unitário de R$ 10,00. Em 09/01/x1, a companhia adquiriu mais 
30.000 unidades, por um custo unitário de R$ 11,30. Em 15/01/x1, a companhia vendeu 40.000 
unidades desse produto, por um preço de R$ 16,00 cada. Em 23/01/x1, foram adquiridas mais 
20.000 unidades, por um custo unitário de R$ 9,75. Em 30/01/x1, a companhia vendeu 60.000 
unidades, por R$ 15,50 cada. Como a companhia não possuía estoques iniciais desse produto, 
a diferença entre os valores pelos quais o custo dos Protetores Solares Y vendidos durante 
janeiro de x1 poderá ser apresentado, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, 
será de: 
(A) R$ 10.000; 
(B) R$ 10.600; 
(C) R$ 13.000; 
(D) R$ 24.000; 
(E) R$ 34.000. 
Comentários: 
Montemos o controle de estoque. 
Pelo Pronunciamento CPC 16, a mercadoria pode ser avaliada pelo PEPS ou pelo Custo Médio. 
Não usamos o UEPS. 
Quant. V. Unit. Total Quant. V. Unit. Total Quant. V. Unit. Total
02/01/x1 100.000,00 10,00 R$ 1.000.000,00 100.000 10,00 R$ 1.000.000,00
100.000 10,00 R$ 1.000.000,00
30.000 11,30 R$ 339.000,00
60.000 10,00 R$ 600.000,00
30.000 11,30 R$ 339.000,00
60.000 10,00 R$ 600.000,00
30.000 11,30 R$ 339.000,00
20.000 9,75 R$ 195.000,00
30.000 11,30 R$ 339.000,00
20.000 9,75 R$ 195.000,00
1.000.000,00 R$ 534.000,00
10,00 400.000,00R$ 
09/01/x1
15/01/x1
PEPS
Data
Estoque final
23/01/x1 20.000,00 9,75 R$ 195.000,00
CMV
Entrada Venda Saldo
40.000
30.000,00 11,30 R$ 339.000,00
600.000,00R$ 30/01/x1 60.000 10,00
 
 
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 21 100 
Quant. V. Unit. Total Quant. V. Unit. Total Quant. V. Unit. Total
02/01/x1 100.000,00 10,00 R$ 1.000.000,00 100.000 10,00 R$ 1.000.000,00
09/01/x1 30.000,00 11,30 R$ 339.000,00 130.000 10,30 R$ 1.339.000,00
15/01/x1 40.000 10,30 412.000,00R$ 90.000 10,30 R$ 927.000,00
23/01/x1 20.000,00 9,75 R$ 195.000,00 110.000 10,20 1.122.000,00R$ 
30/01/x1 60.000 10,20 612.000,00R$ 50.000 10,20 R$ 510.000,00
1.024.000,00 R$ 510.000,00
MÉDIA
Data
Estoque finalCMV
Entrada Venda Saldo
 
Diferença: 1.024.000 – 1.000.000 = 24.000,00 
O gabarito é a letra D. 
(Esp. Regulação/ARTESP/2017) A empresa Organizada S.A. controla seu estoque pelo critério 
Primeiro que Entra, Primeiro que Sai – PEPS. No mês de dezembro, a empresa realizou as 
seguintes operações. 
Quantidade Preço de compra Preço de venda
(unidades) (unitário) (unitário)
04/dez Compra 300 R$ 20,00 -
15/dez Venda 150 - R$ 40,00
25/dez Venda 370 - R$ 40,00
29/dez Compra 60 R$ 25,00 -
Data Operação
 
O estoque inicial de dezembro era composto por 300 peças ao valor de R$ 10,00 cada. O 
Resultado com Mercadorias obtido pela empresa em dezembro foi, em reais, 
(A) 11.900,00. 
(B) 12.600,00. 
(C) 20.800,00. 
(D) 7.400,00. 
(E) 13.400,00. 
Comentários: 
O Resultado com Mercadorias ou Lucro Bruto é obtido pela diferença entre a Receita Líquida de 
Vendas e o Custo da Mercadoria Vendida. 
A receita de vendas será igual a (150+370) x 40 = R$ 20.800,00. 
Foram vendidas 520 unidades, como o critério de controle é o PEPS, foram vendidas as 300 peças 
do estoque inicial, avaliadas a R$ 10,00 cada e 220 peças da compra realizada no dia 04/12, cujo 
valor unitário é R$ 20,00. 
Assim sendo: 
CMV = 300 x 10 + 220 x 20 = R$ 7.400,00 
Por fim, o Resultado com mercadorias será: 
RCM = 20.800 - 7.400 = R$ 13.400 
O gabarito é a letra E 
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 22 100 
4. OPERAÇÕES COM MERCADORIAS E TRIBUTAÇÃO 
As questões de operações com mercadorias envolvem basicamente conhecimento da avaliação 
dos estoques, operações que envolvem a parte inicial da DRE (da receita bruta até o lucro bruto 
e apuração do CMV), tributação sobre as mercadorias e inventário periódico e permanente. 
No tocante à tributação, os principais tributos incidentes na compra e na venda de mercadorias 
são: 
 
4.1 - Tributos Recuperáveis 
Um tributo é considerado recuperável ou não cumulativo, quando é possível COMPENSAR o 
montante pago em uma operação, com aquilo que é devido em outra. A ideia é evitar o efeito 
cascata, isto é, imposto sobre imposto. 
Imaginem a seguinte situação: 
Compra de mercadorias por R$ 1.000 e tributação de 15%, ou seja, a empresa 
pagou R$ 150 de tributos nessa operação. 
Depois, essas mercadorias foram vendidas por R$ 2.000 e a tributação é de 20%, 
isto é, R$ 400. 
Se a tributação for CUMULATIVA ou Tributo Não Recuperável, a empresa deverá recolher aos 
cofres públicos será de R$ 400,00, ou seja, o valor cheio. 
Agora, se a tributação for NÃO CUMULATIVA, isto é, os tributos forem RECUPERÁVEIS, a 
empresa irá recolher aos cofres públicos, apenas a diferença entre o montante devido na saída e 
o valor pago na entrada: 400 – 150 = R$ 250. 
Tributação sobre 
Operações com 
Mercadorias
IPI
ICMS
PIS 
COFINS
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 23 100 
Esquematizemos: 
 
Surge aqui a ideia de créditos e débitos no sentido fiscal. Antes que você tenha um ”piripaque do 
Chaves“, piripaque do Chaves”, precisamos entender que se a empresa tem um “crédito fiscal”, 
como por exemplo, crédito de ICMS a recuperar, isso representa um ativo para a empresa, um 
direito. 
Por outro lado, se ela tem “débitos fiscais”, ela tem uma dívida com o Fisco, como por exemplo, 
ICMS a RECOLHER, isso representa um passivo. Aos poucos esses conceitos estarão no sangue. 
Vamos conhecer quais são os principais tributos incidentes nas operações com mercadorias. 
Apenas destacamos que focaremos nos aspectos contábeis! Não iremos entrar nos aspectos da 
legislação tributária. 
 IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados: 
Imposto de competência federal, incidente sobre operações com produtos industrializados, por 
esse motivo, é devido por empresas industriais ou equiparadas. 
É um imposto “por fora”, o que significa que não está incluído no preço do produto. 
Normalmente, a questão informa qual a alíquota que deve ser considerada ou o valor do IPI. Então, 
portanto, a questão vai dizer: o preço de venda foi R$ 100,00 e o IPI tem alíquota de 10%. O total 
será de R$ 110,00, correspondenteao preço da mercadoria + IPI, que é por fora. 
 ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços: 
É um imposto de competência estadual, incidente sobre a circulação de mercadorias e sobre a 
prestação de serviços de transportes interestadual e intermunicipal, comunicações e fornecimento 
de energia elétrica. 
É um imposto “por dentro”, ou seja, já está incluso no preço da mercadoria ou produto. Nesse 
caso, se a empresa adquire uma mercadoria por R$ 100,00 e o ICMS tem alíquota de 10%, o total 
da nota fiscal de compra será de R$ 100,00 e não R$ 110,00, como no caso do IPI. 
 PIS e a COFINS 
São dois tributos federais, previstos na Constituição Federal nos artigos 195 e 239, que significam: 
PIS: Programas de Integração Social e COFINS: Contribuição para Financiamento da Seguridade 
Social. 
• Cumulativo
• Não há compensaçãoTributo Não Recuperável
• Não Cumulativo
• Compensação do montante devidoTributo Recuperável
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 24 100 
PIS – Programa de Integração Social: É um tributo “por dentro”. Existe nas modalidades 
cumulativas e não-cumulativas. 
As alíquotas são: 
 Cumulativa: 0,65 % 
 Não-cumulativa: 1,65 % 
COFINS – Contribuição para a Seguridade Social: É um tributo “por dentro”. Existe nas 
modalidades cumulativas e não-cumulativas. 
As alíquotas são: 
 Cumulativa: 3,0 % 
 Não-cumulativa: 7,6 % 
Observação: como estamos interessados nos aspectos contábeis, não entraremos 
em maiores detalhes sobre os tributos, os quais podem ser estudados em Direito 
Tributário e Legislação Tributária 
Cuidado para não confundirem esses conceitos: tributos “por dentro” e “por fora”, cumulativo e 
não cumulativo, recuperável e não recuperável! Se sua cabeça deu um nó, não “priemos cânico”, 
pois aos poucos vamos dominando os conceitos. Mas essa parte de tributação é mesmo cheia de 
detalhes. 
Quadro resumo dos tributos: 
 
ICMS Imposto por dentro
Já está incluso 
no preço
PIS Tributo por dentro
Cumulativo 0,65%
Não cumulativo 1,65%
COFINS Tributo por dentro
Cumulativo 3,0%
Não cumulativo 7,6%
IPI Imposto por fora
Deve ser 
incluido no 
preço
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 25 100 
- Imposto Por Dentro E Por Fora 
Vamos detalhar a forma de cálculo do IPI (por fora) e do ICMS (por dentro). Normalmente, as 
questões informam o preço da mercadoria ou o preço da compra. O preço inclui o ICMS (imposto 
por dentro), mas não inclui o IPI (imposto por fora). 
Esquematizemos: 
 
Exemplo: A empresa KLS adquiriu matéria-prima a prazo, ao preço de R$ 1.000 reais, com 
incidência de ICMS de 18% e IPI de 10%. Indique a contabilização. 
Cálculo do imposto: 
 IPI: 1.000 x 10% = 100. 
Observação: como o IPI não está incluído no preço, deve ser somado. 
 Valor da Nota Fiscal: 1.000 + IPI 100 = $ 1.100 
 ICMS: 1.000 x 18% = 180 
Contabilização (considerando que os dois impostos são recuperáveis): 
D – Estoque matéria prima 820 
D – ICMS a recuperar 180 
D – IPI a recuperar 100 
C – Fornecedores 1.100 
Razonetes: 
820 180 100
1100
Estoque de MP ICMS a recuperar IPI a recuperar
Fornecedores
 
Preço
INCLUI 
TRIBUTOS POR 
DENTRO, MAS 
NÃO INCLUI 
TRIBUTOS POR 
FORA
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Já mencionamos que o preço da mercadoria inclui o ICMS, mas não o IPI. Mas devemos atentar 
para a seguinte “pegadinha”: se a questão mencionar o “valor da nota fiscal” ou o “valor pago”, 
este já inclui o IPI. 
Esquematizemos: 
 
Explicando melhor: 
1) Empresa comprou 10 unidades de uma determinada mercadoria ao preço total de R$ 1.000, 
com ICMS de 18% e IPI de 10%. 
 Qual foi o valor total da Nota fiscal? 
R: O preço inclui o ICMS (que é "por dentro") e não inclui o IPI ("por fora"). Assim, o total da NF 
será: 1.000 + 10% de IPI = R$ 1.100,00 
2) Empresa comprou 10 unidades de uma determinada mercadoria pagando o total de 1.000,00, 
com ICMS de 18% e IPI de 10%. 
Qual foi o valor total da Nota fiscal? 
R: Se o comprador pagou R$ 1.000,00, este é o valor total da NF, já com 10% de IPI incluso. 
- Contabilização 
Exemplo: a empresa KLS comprou mercadorias, no valor de R$ 10.000,00, as quais foram 
revendidas por R$ 15.000. Nas operações de compra e venda, incidiu ICMS à alíquota de 18%. As 
operações foram realizadas a vista. 
Efetue a contabilização das operações, determine o valor do ICMS a Recolher e apure o lucro 
bruto. 
Comentários: 
 ICMS sobre as compras: 10.000 x 18% = 1.800 
 ICMS sobre as vendas: 15.000 x 18% = 2.700 
Contabilização da compra da mercadoria: 
D – Estoque (Ativo) 8.200 
D – ICMS a recuperar (Ativo) 1.800 
C – Caixa/bancos (Ativo) 10.000 
Inclui o ICMS e e não inclui o IPI
• Preço da mercadoria, preço da compra
Incluiu o ICMS e o IPI
• Valor da nota fiscal, valor pago
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Dica: para retirarmos o “imposto por dentro” do valor das mercadorias basta pegarmos a base de 
cálculo e multiplicarmos por (1 – alíquota), vejam: 
Valor Líquido do Estoque =10.000 x (1- 0,18)=10.000 x 0,82 = 8.200 
O valor do ICMS pago na compra de mercadorias representa um direito para a entidade perante 
o Fisco, por esse motivo, usamos a conta ICMS a recuperar no ativo, saldo devedor, mas é um 
crédito no sentido fiscal. 
Esquematizemos: 
 
Vamos voltar para a contabilização? 
Razonetes: 
8200 1800 10000
Estoques ICMS a recuperar Caixa
 
Contabilização da venda: 
 Baixa do estoque: 
D – Custo da mercadoria vendida (resultado) 8.200 
C – Estoque (Ativo) 8.200 
Razonetes: 
8200 8200 1800 10000
8200
CMV
Estoques ICMS a recuperar Caixa
 
ICMS a 
recuperar
Direito (Ativo)
Saldo Devedor 
Sentido 
Contábil
Crédito Fiscal
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 Reconhecimento da Receita: 
D – Caixa/bancos(Ativo) 15.000 
C – Receita de Vendas (Resultado) 15.000 
Razonetes: 
8200 8200 1800 15000 10000
8200 15000
Receita de Vendas
Estoques ICMS a recuperar Caixa
CMV
 
 Contabilização do ICMS sobre as vendas: 
Quando ocorrer a venda das mercadorias, o valor do ICMS pago pelos clientes representa uma 
obrigação da vendedora o Fisco, por esse motivo, usamos as contas ICMS sobre vendas (despesas) 
e ICMS a recolher no passivo, saldo credor, mas é um débito no sentido fiscal. 
Esquematizemos: 
 
Contabilização: 
D – Despesa com ICMS (Resultado) 2.700 
C – ICMS a Recolher (Passivo) 2.700 
Razonetes: 
ICMS a recolher
Obrigação 
(Passivo)
Saldo Credor 
Sentido Contábil
Débito Fiscal
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8200 8200 1800 15000 10000
8200 15000 2700
2700
Estoques ICMS a recuperar Caixa
CMV ICMS sobre vendas
ICMS a recolher
Receita de Vendas
 
Cálculo do ICMS a recolher: devemos confrontar o saldo das duas contas de ICMS (a recuperar x 
a recolher). 
- Se a conta ICMS a recuperar for maior, o saldo passa para o próximo mês. 
- Se a conta ICMS a recolher for maior, a empresa deve recolher a diferença entre as contas. 
Para isso, vamos transferir o saldo do ativo (ICMS a recuperar) para o passivo (ICMS a recolher). 
D –ICMS a recolher (passivo) 1.800 
C – ICMS a recuperar (Ativo) 1.800 
Após esse lançamento, a conta ICMS a recuperar fica com saldo zero, e a conta ICMS a Recolher 
fica com saldo de $2.700 - $1.800 = $900. 
Pelo recolhimento: 
D – ICMS a Recolher 900 
C – Caixa/bancos 900 
Razonetes: 
8200 8200 1800 1800 15000 10000
900
8200 15000 2700
1800 2700
900
Estoques ICMS a recuperar Caixa
CMV ICMS sobre vendas
ICMS a recolher
Receita de Vendas
 
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Repare que a empresa recolheu ICMS apenas sobre a diferença entre o preço de compra e o preço 
de venda. Esse é o mecanismo da não-cumulatividade. O imposto destacado nas operações 
anteriores é abatido do valor a recolher. 
Percebam que o ICMS sobre vendas é lançado na Demonstração do Resultado do Exercício pelo 
valor integral, R$ 2.700, mas o que será recolhido aos cofres públicos é apenas a diferença de R$ 
2.700 – R$ 1.800 = R$ 900,00. A despesa com ICMS é a carga tributária incidente nas vendas e 
não necessariamente o montante devido. Peguem o bizu. 
Conta Corrente de ICMS 
É possível que apareça na sua prova a chamada “Conta Corrente de ICMS”, que seria a apuração 
do ICMS a recuperar e Recolher em uma única conta e não separadamente. Mas a contabilização 
e apuração é exatamente a mesma. 
Apuração do Lucro Bruto: 
Receita de vendas bruta 15.000 
(-) ICMS sobre vendas (2.700) 
Receita líquida 12.300 
(-) CMV (8.200) 
Lucro Bruto 4.100 
As bancas costumam cobrar apenas ICMS e IPI, nas questões sobre compra de matéria-prima e/ou 
mercadorias. Mas vamos examinar também a incidência de PIS e COFINS. 
É importante destacar, pessoal, que essa apuração de tributos a recolher ou a recuperar não é 
feita a cada operação, mas, sim, por período. Assim sendo, ao efetuarmos a contabilização da 
venda de mercadorias não temos que já efetuar a compensação de ICMS a recuperar. 
Essa apuração é feita ao final do período da apuração. 
 
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4.2 - Compra De Matéria Prima 
Exemplo: A indústria KLS adquiriu matéria-prima a prazo, com preço de $ 100.000,00, com IPI de 
10%, ICMS de 18%, PIS de 1,65% e COFINS de 7,6%. Determine a contabilização. 
Pessoal, é importante destacar que a apuração dos tributos incidentes na compra possui muitos 
detalhes, mas alguns pontos são importantes e queremos destacar: 
1. Verifiquem se a operação é feita com empresa comercial ou indústria, pois irá fazer toda a 
diferença para sabermos se o tributo é recuperável ou não; 
2. Verifiquem também a DESTINAÇÃO da bem adquirido: será utilizado na produção? Vai ser 
comercializado? Vai para o Ativo Imobilizado? É para Uso e Consumo? Isso também é 
fundamental na apuração dos tributos: 
Apuração: 
IPI (100.000 x 10%) 10.000 
Preço da Matéria Prima (sem IPI e com ICMS) 100.000 
ICMS (100.000 x 18%) 18.000 
PIS (100.000 x 1,65%) 1.650 
COFINS (100.000 x 7,6 %) 7.600 
Observação: usaremos sempre esse formato de cálculo. A partir do preço da 
mercadoria (segunda linha na tabela), o IPI irá aumentar o valor da nota fiscal (é 
“por fora”, lembra?). Por isso, colocamos o cálculo do IPI acima do preço da 
mercadoria. Já o ICMS, o PIS e a COFINS estão “dentro” do preço da mercadoria, 
assim não afetam o valor total da nota fiscal. 
Valor da Nota Fiscal: 100.000 + IPI 10.000 = 110.000 
Nesse caso, por se tratar de matéria-prima, portanto, destinada à produção, o IPI, o ICMS, o PIS 
e a COFINS são recuperáveis. 
 O valor do estoque é: 110.000 – 10.000(IPI) – 18.000 – 1.650 -7.600 = 72.750 
Assim, a contabilização é a seguinte: 
D – Estoque 72.750 
D – IPI a recuperar 10.000 
D – ICMS a recuperar 18.000 
D – PIS a recuperar 1.650 
D – COFINS a recuperar 7.600 
C – Fornecedores 110.000 
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Dica: para retirarmos o “Imposto por fora” (IPI) do valor total da nota fiscal basta pegarmos o valor 
da nota fiscal e dividirmos por (1 + alíquota), vejam: 
Valor sem IPI =
110.000
1,10
= 100.000 
MUITO IMPORTANTE! 
O Supremo Tribunal Federal entendeu, em 2017, que o ICMS não deve integrar a 
base de cálculo do PIS/COFINS, uma vez que não compõe o faturamento da 
empresa. 
Foi reconhecido repercussão geral no assunto. Para provas de direito, o novo 
entendimento já está sendo cobrado de imediato. 
Além disso, publicada no site da Receita Federal a Solução de Consulta Interna 
Cosit nº 13, de 18 de outubro de 2018, que dispõe sobre os critérios e 
procedimentos a serem observados para fins de exclusão do ICMS na base de 
cálculo da Contribuição para o PIS/Pasep e da Contribuição para o Financiamento 
da Seguridade Social (Cofins), no regime cumulativo ou não cumulativo, à luz do 
julgamento do Recurso Extraordinário nº 574.706/PR pelo Supremo Tribunal 
Federal (STF). 
Enquanto não houver uma manifestação do Senado Federal no sentido de sustar 
os dispositivos julgados inconstitucionais pelo Supremo ou quando tivermos um 
posicionamento mais claro, acreditamos que deve ser mantido em provas de 
contabilidade o procedimento atual, de calcular o valor do PIS/COFINS, em regra, 
sobre o valor da receita bruta. Mas vamos demonstrar aqui as duas formas de 
cálculo. 
Cálculo excluindo o ICMS da base do PIS/Cofins 
IPI (100.000 x 10%) 10.000 
Preço da Matéria Prima (sem IPI e com ICMS) 100.000 
ICMS (100.000 x 18%) 18.000 
PIS (82.000 x 1,65%) 1.353 
COFINS (82.000 x 7,6 %) 6.232 
Nesse caso, a base de cálculo do PIS e da COFINS é será 82.000, isto é, 100.000 – 18.000 (ICMS). 
Que seja do nosso conhecimento, a única questão que abordou o tema até agora foi esta: 
(Auditor Júnior/Petrobras/2018) Após muito debate, o Supremo Tribunal Federal decidiu que não 
deve ser incluída na base de cálculo do PIS e da Cofins o Imposto 
(A) de renda 
(B) de importação 
(C) sobre circulação de mercadoria e serviços 
(D) sobre a propriedade intelectual 
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 33 100 
(E) sobre a energia elétrica 
Comentários: 
Conforme acabamos de salientar, o gabarito é a letra C. 
4.3 - Compra De Ativo Imobilizado 
Exemplo: A empresa LKS adquiriu uma máquina a prazo, para uso na produção, diretamente do 
fabricante, com preço de R$ 100.000,00, com IPI de 10%, ICMS de 18%, PIS de 1,65% e COFINS 
de 7,6%. Determine a contabilização. 
Conforme previsão da Constituição Federal, o ICMS não compreenderá, em sua base de cálculo, 
o montante do imposto sobre produtos industrializados, quando a operação, realizada entre 
contribuintes e relativa a produto destinado à industrialização ou à comercialização, configure fato 
gerador dos dois impostos. 
Atenção! No caso acima, em síntese, ficamos assim. Base de cálculo do ICMS: 
- Se a mercadoria foi comprada para industrialização ou comercialização: não inclui 
o IPI na BC do ICMS. 
- Se a mercadorias foi comprada para consumo/imobilizado: inclui o IPI na BC do 
ICMS. 
- Uso e consumo não é a mesma coisa do que Imobilizado!!!!! 
Esquematizemos: 
 
Neste caso, com se trata de aquisição de Ativo Imobilizado (não é matéria-prima destinada à 
industrialização e nem mercadoria destinada à comercialização, nem uso e consumo), o IPI será 
incluído na base de cálculo do ICMS. 
O IPI também será incluído na base de cálculo do PIS e COFINS, para o adquirente. 
 
Mercadoria Comprada
Industrialização ou 
Comercialização
Não inclui o IPI 
na BC do ICMS
Consumo/
ImobilizadoInclui o IPI 
na BC do ICMS
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IPI (100.000 x 10%) 10.000 
Preço do Imobilizado (sem IPI e com ICMS) 100.000 
ICMS (110.000 x 18%) 19.800 
PIS (110.000 x 1,65%) 1.815 
COFINS (110.000 x 7,6 %) 8.360 
Vejam que nós somamos o IPI para achar o valor do ICMS e do PIS/COFINS. 
Valor da Nota Fiscal: 100.000 + IPI 10.000 = 110.000 
Nesse caso, o IPI não é recuperável. 
O valor do imobilizado é: 110.000 – 19.800 – 1.815 – 8.360 = 80.025 
Assim, a contabilização é a seguinte: 
D – Imobilizado 80.025 
D – ICMS a recuperar 19.800 
D – PIS a recuperar 1.815 
D – Cofins a recuperar 8.360 
C – Fornecedores 110.000 
A Lei Complementar 87/96 (Lei Kandir) estabelece que a aquisição de ativo imobilizado também 
dá direito aos créditos de ICMS. Mas a compensação deve ser feita em 48 meses, ou seja, o valor 
do ICMS na aquisição será compensado na proporção de 1/48 avos por mês. 
Cálculo excluindo o ICMS da base do PIS/Cofins. 
IPI (100.000 x 10%) 10.000 
Preço da Matéria Prima (sem IPI e com ICMS) 100.000 
ICMS (110.000 x 18%) 19.800 
PIS (90.200 x 1,65%) 1.488 
COFINS (90.200 x 7,6 %) 6.855 
Com relação ao PIS e COFINS: as máquinas, equipamentos e outros bens incorporados ao ativo 
imobilizado, adquiridos ou fabricados para locação a terceiros ou para utilização na produção de 
bens destinados à venda ou na prestação de serviços dão direito ao crédito do PIS e COFINS, na 
modalidade não cumulativa. 
Para as aquisições ocorridas a partir de julho de 2012, o comprador poderá se creditar 
imediatamente do PIS/COFINS. 
 
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Esquematizemos: 
 
4.4 - Compra De Mercadoria Por Empresa Comercial (Aquisição 
De Indústria) 
Exemplo: A empresa KLS adquiriu mercadoria a prazo, diretamente do fabricante, com preço de 
$ 100.000,00, com IPI de 10%, ICMS de 18%, PIS de 1,65% e COFINS de 7,6%. Determine a 
contabilização. 
Neste caso, o IPI não é recuperável. Vejam. Estamos comprando mercadoria de uma indústria para 
revender. Como se trata de mercadoria destinada à comercialização, o IPI não entra na base de 
cálculo do ICMS. 
Mas, como será incorporado ao custo do estoque, o IPI entra na base de cálculo do PIS e do 
COFINS. Chamamos a atenção para esse caso, em particular. A base de cálculo do ICMS será 
diferente da base de cálculo do PIS e COFINS. 
Esquematizemos: 
Vamos aos cálculos: 
IPI (100.000 x 10%) 10.000 
Preço da Matéria Prima (sem IPI e com ICMS) 100.000 
ICMS (100.000 x 18%) 18.000 
PIS (110.000 x 1,65%) 1.815 
COFINS (110.000 x 7,6 %) 8.360 
Compra de Imobilizado
ICMS recuperável 1/48 por mês
PIS/COFINS 
recuperáveis Imediatamente
Compra de Mercadoria 
para Revenda
IPI não é recuperável
IPI não entra 
na BC do ICMS
IPI entra na BC do 
PIS/COFINS
Comprada de Industrial
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Valor da Nota Fiscal: 100.000 + IPI 10.000 = 110.000 
Nesse caso, o IPI não é recuperável. O ICMS e o PIS/COFINS sim. 
O valor do estoque é: 110.000 – 18.000 – 1.815 -8.360 = 81.825 
Assim, a contabilização é a seguinte: 
D – Estoque 81.825 
D – ICMS a recuperar 18.000 
D – PIS a recuperar 1.815 
D – COFINS a recuperar 8.360 
C – Fornecedores 110.000 
Cálculo excluindo o ICMS da base do PIS/Cofins. 
IPI (100.000 x 10%) 10.000 
Preço da Matéria Prima (sem IPI e com ICMS) 100.000 
ICMS (100.000 x 18%) 18.000 
PIS (92.000 x 1,65%) 1.518 
COFINS (92.000 x 7,6 %) 6.992 
4.5 - Compra De Mercadoria Por Empresa Comercial (Aquisição 
De Empresa Comercial) 
Exemplo: A empresa LKS adquiriu mercadoria a prazo, de uma empresa comercial, com preço de 
R$ 100.000,00, ICMS de 18%, PIS de 1,65% e COFINS de 7,6%. Determine a contabilização. 
Este é o caso mais fácil, por isso deixamos para o final. Como a empresa vendedora é uma empresa 
comercial, não há IPI. 
Os cálculos ficam assim: 
Preço da Matéria Prima (sem IPI e com ICMS) 100.000 
ICMS (100.000 x 18%) 18.000 
PIS (100.000 x 1,65%) 1.650 
COFINS (100.000 x 7,6 %) 7.600 
Valor da Nota Fiscal: 100.000 
Nesse caso, não há IPI. 
O valor do estoque é: 100.000 – 18.000 – 1.650 -7.600 = 72.750 
 
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 37 100 
Assim, a contabilização é a seguinte: 
D – Estoque 72.750 
D – ICMS a recuperar 18.000 
D – PIS a recuperar 1.650 
D – COFINS a recuperar 7.600 
C – Fornecedores 100.000 
Cálculo excluindo o ICMS da base do PIS/Cofins. 
Preço da Matéria Prima (sem IPI e com ICMS) 100.000 
ICMS (100.000 x 18%) 18.000 
PIS (82.000 x 1,65%) 1.353 
COFINS (82.000 x 7,6 %) 6.232 
Os cálculos e a contabilização dos impostos normalmente provocam algumas dúvidas. Esse 
assunto é desafiador, cheio de detalhes. Avance aos poucos no conteúdo, refaça os cálculos mais 
de uma vez, mas vale a pena investir. 
Mas, com os esquemas que detalhamos acima, ficou mais fácil, não é? 
4.6 - Quadro Resumo – Tributos 
Apresentamos a seguir um resumo, elucidando que o tributo é ou não recuperável em cada caso. 
 
Destinação ICMS IPI IPI na BC do ICMS
Industrialização Recupera Recupera Não
Comercialização Recupera Não recupera Não
Consumo Não recupera Não recupera Sim
 
 
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 38 100 
4.7 - Resultado Bruto Com Mercadorias 
O resultado bruto com mercadorias, ou resultado com mercadorias equivale ao lucro bruto na 
Demonstração do Resultado. É um dos itens mais exigidos em provas, todo cuidado é pouco. 
Receita Bruta 
(-) Deduções da Receita 
- Devoluções de Vendas 
- Cancelamento de Vendas 
- Descontos incondicionais concedidos 
- Abatimentos concedidos 
- Impostos sobre vendas (ICMS, PIS e COFINS) 
- Ajuste a Valor Presente de Clientes 
(=) Receita Líquida 
(-) Custo das Mercadorias Vendidas 
(=) Lucro Bruto OU Resultado com Mercadorias. 
4.8 - Custo Das Mercadorias Vendidas 
Vamos falar sobre o custo da mercadoria vendida e do critério de avaliação dos estoques. 
– Avaliação Segundo o CPC 16 
Os estoques, de modo geral, compreendem as mercadorias que a empresa possui para revenda, 
matéria-prima etc. Hoje, há um Pronunciamento Técnico específico para tratar do assunto, o CPC 
16. 
Conforme o Pronunciamento CPC 16 (R1) – Estoques: 
Mensuração de estoque 
9. Os estoques objeto deste Pronunciamento devem ser mensurados pelo valor 
de custo ou pelo valor realizável líquido, dos dois o menor. 
Esquematizemos: 
 
Menor
• Valor realizável líquido
• Custo
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 39 100 
Valor realizável líquido é o preço de venda estimado no curso normal dos negócios 
deduzido dos custos estimados para sua conclusão e dos gastos estimados 
necessários para se concretizar a venda. 
Se, por exemplo, a Cia Coruja vende estoque de mercadorias só puder ser vendido por R$ 90,00, 
com despesas de vendas de R$ 5,00, nosso valor realizável líquido será, portanto, de R$ 85,00. 
Esta é a regra básica de mensuração dos estoques, que anteriormente era chamada de: ”custo ou 
mercado, dos dois o menor”. O FIPECAFI ainda afirma que essa prática de reduzir o custo dos 
estoques (write-off) ao valor realizávellíquido é coerente com o ”conceito geral de impairment”, 
isto é, não se deve ter registrado valores ao que se espera realizar quando da ocorrência da venda 
ou do uso 
Vejamos como foi cobrado: 
(Exame de Suficiência/Bacharel/2017.1) De acordo com a NBC TG 16 (R1) – ESTOQUES, após 
o reconhecimento inicial, os Estoques devem ser mensurados pelo: 
a) custo de reposição futura ou preço bruto de venda, dos dois o maior. 
b) custo de reposição futura ou preço bruto de venda, dos dois o menor. 
c) valor de custo ou pelo valor realizável líquido, dos dois o maior. 
d) valor de custo ou pelo valor realizável líquido, dos dois o menor. 
Comentários: 
De acordo com o item 9 do CPC 16, nosso gabarito é a alternativa D. 
- Avaliação Do Estoque 
Custos do estoque 
10. O valor de custo do estoque deve incluir todos os custos de aquisição e de 
transformação, bem como outros custos incorridos para trazer os estoques à sua 
condição e localização atuais. 
Custos de aquisição 
11. O custo de aquisição dos estoques compreende o preço de compra, os 
impostos de importação e outros tributos (exceto os recuperáveis junto ao fisco), 
bem como os custos de transporte, seguro, manuseio e outros diretamente 
atribuíveis à aquisição de produtos acabados, materiais e serviços. Descontos 
comerciais, abatimentos e outros itens semelhantes devem ser deduzidos na 
determinação do custo de aquisição. (NR) (Nova Redação dada pela Revisão CPC 
nº. 1, de 8/01/2010) 
A ideia é que todo os gastos incorridos para que o estoque esteja no local pretendido pela 
administração sejam tratados como custo do estoque e não como despesas. Gravem isso. 
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Assim, o custo de aquisição dos estoques compreende: 
1) Preço de compra 
2) Impostos de importação e outros tributos (exceto os recuperáveis). 
 
Atenção! Os tributos recuperáveis são: 
A) Matéria prima: IPI, ICMS, PIS e Cofins (os dois últimos na modalidade não 
cumulativa) 
B) Mercadorias para revenda: ICMS, PIS e Cofins (os dois últimos na modalidade 
não cumulativa) 
3) Custos de transporte, seguro, manuseio e outros diretamente atribuíveis à aquisição. 
Esquematizemos: 
 
As devoluções, os descontos comerciais e os abatimentos devem ser deduzidos do custo de 
aquisição. Já iremos explicar a diferença entre devolução e abatimentos. 
A seguir, duas questões: 
Julgue o item que se segue, relativo à contabilização dos itens do ativo e do passivo. 
(MPU/Finanças e Controle/2015) O valor de custo do estoque deve incluir todos os custos de 
aquisição e de transformação bem como outros custos incorridos para trazer os estoques à 
sua condição e à sua localização atuais. 
Comentários: 
Correto. Cópia do Pronunciamento Técnico CPC 16 (R1) – Estoque: 
Custos do estoque 
10. O valor de custo do estoque deve incluir todos os custos de aquisição e de transformação, 
bem como outros custos incorridos para trazer os estoques à sua condição e localização atuais. 
(Prefeitura do Recife/Analista/2019) A Cia. Vende & Revende comprou, à vista, mercadorias 
no valor de R$ 280.000,00, obtendo um desconto de R$ 14.000,00 em função do volume. 
Adicionalmente, incorreu nos seguintes gastos que foram pagos à parte: 
− Imposto de importação no valor de R$ 20.000,00. 
− Gasto com transporte das mercadorias até a empresa no valor de R$ 8.000,00. 
Custo do estoque inclui:
•Preço de compra
•Impostos de importação e outros tributos 
(exceto recuperáveis)
•Custo de transportes 
•Seguro
•Manuseio
•Custos diretamente atribuíveis
Não inclui
•Tributos recuperáveis (MP: IPI, ICMS, PIS, 
COFINS não cumulativos. Revenda: ICMS, 
PIS, COFINS não cumulativos)
•Descontos comerciais
•Abatimentos
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− Gastos com seguros para transporte das mercadorias até a empresa no valor de R$ 3.000,00. 
− IPI não recuperável no valor de R$ 6.000,00. 
− ICMS recuperável no valor de R$ 9.000,00. 
O valor atribuído ao estoque das mercadorias adquiridas pela Cia. Vende & Revende foi, em reais, 
(A) 292.000,00. 
(B) 312.000,00. 
(C) 297.000,00. 
(D) 303.000,00. 
(E) 286.000,00. 
Comentários: 
O custo do estoque, nessa situação será: 
Valor Pago 280.000,00, 
(-) Desconto de (14.000,00) 
(+) Imposto de importação R$ 20.000,00 
(+) Transporte R$ 8.000,00 
(+) Seguros R$ 3.000,00 
(+) IPI não recuperável R$ 6.000,00 
Total R$ 303.000,00 
Observação: o ICMS é recuperável, portanto, não entra no custo do estoque. Não é necessário 
excluir esse saldo, porque a questão nos forneceu o valor da mercadoria líquido dos estoques. 
O gabarito é a alternativa D. 
- Devoluções 
A nota fiscal de devolução deve ser um espelho da nota fiscal de venda, incluindo todos os itens 
que nela aparecem. 
Exemplo: vamos supor que a empresa KLS vendeu 10 unidades do produto X pelo preço unitário 
de $100, com IPI de 10% e ICMS de 18%. Além disso, concedeu um desconto comercial, que 
constou na Nota Fiscal, de 20%. 
A nota fiscal de venda fica assim: 
10 unidades x preço unitário R$ 100,00 R$ 1.000,00
(-) Desconto comercial concedido -R$ 200,00
IPI (R$ 800 x 10%) R$ 80,00
ICMS (R$ 800 x 18%) R$ 144,00
Valor total da nota (1.000 +IPI 80 - desconto 200) R$ 880,00
Cálculo da Nota Fiscal
 
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Atenção! Por que o ICMS não foi somado no valor total da nota? 
O ICMS é um tributo por dentro. Portanto, ele já está incluso nos R$ 1.000,00. 
Diferentemente do IPI, que é um tributo por fora. Ele deve ser somado ao preço 
da mercadoria. 
Excluímos o desconto comercial da base de cálculo do IPI, entendimento mais 
recente, ainda que não tenha aparecido em provas. 
A empresa compradora devolve duas unidades. A nota fiscal de devolução ficará assim: 
2 unidade x preço unitário R$ 100,00 R$ 200,00
(-) Desconto comercial concedido -R$ 40,00
IPI (R$ 160 x 10%) R$ 16,00
ICMS (R$ 160 x 18%) R$ 28,80
Valor total da nota de devolução (200 + IPI 16 - desconto 40) R$ 176,00
Cálculo da Nota Fiscal de Devolução
 
Repare que o total da NF de devolução corresponde a 20% do valor total da NF de venda, o que 
está de acordo com a quantidade devolvida (2 unidades de uma venda de 10 unidade). 
SE na NF de venda constar desconto incondicional ou comercial, na NF de devolução também 
deve constar. 
Entretanto, se constar frete na NF de vendas e houver devolução parcial, o frete das unidades 
devolvidas deve sair do estoque, sendo transferido para o resultado, como despesa do exercício. 
- Descontos Comerciais Ou Incondicionais 
São aqueles que são negociados no momento da compra, sem nenhuma condição. 
Exemplo: determinada mercadoria custa 100 reais a unidades, mas, na negociação, acaba saindo 
por 95 reais. O vendedor concede um desconto de 5 reais, para realizar a venda. Esse tipo de 
desconto deve ser deduzido do custo do produto. Além disso, quando constar na nota fiscal, o 
desconto incondicional é abatido da base de cálculo do ICMS, do PIS/COFINS e do IPI. 
Observemos uma questão de prova: 
(Auditor Fiscal/ISS Cuiabá/2014) Em dezembro de 2008, uma empresa vendeu mercadorias 
por R$ 600.000 para recebimento em 90 dias. Na data da negociação, foi estabelecido um 
desconto comercial de 10% da venda e um desconto adicional de 5% caso o cliente pagasse 
na data acordada. O cliente costuma pagar no prazo correto, sendo muito provável que receba 
o desconto adicional. A empresa paga a seus vendedores comissão de 20% das vendas. Além 
disso, o custo da mercadoria vendida foi de R$ 200.000. Considerando que a empresa é isentado pagamento do PIS e do COFINS, e que a alíquota incidente do ICMS é de 18%, a receita 
líquida, em 31/12/2008, foi de: 
(A) R$ 242.800,00. 
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(B) R$ 418.200,00. 
(C) R$ 432.000,00. 
(D) R$ 442.800,00. 
(E) R$ 492.000,00. 
Comentário: 
Vamos demonstrar a Receita Líquida: 
Receita Bruta 600.000,00R$ 
(-) Desconto comercial 60.000,00-R$ 
(-) Icms sobre vendas 97.200,00-R$ 
(=) Receita Líquida 442.800,00R$ 
O desconto comercial é abatido da base de cálculo do ICMS. Fica assim: 
$600.000 - $60.000 = $ 540.000 
$540.000 x 18% = $97.200,00 
O outro desconto, o adicional, é chamado de desconto financeiro ou desconto condicional e é 
considerado como despesa financeira. Ele ficará situado mais abaixo, na demonstração do 
resultado do exercício. 
O gabarito é a letra D. 
Atenção! O Senado Federal, por meio da Resolução nº 01/2017 (DOU de 09/03) 
suspendeu a execução do § 2º do art. 14 da Lei nº 4.502 de 1964, com a redação 
conferida pelo art. 15 da Lei nº 7.798 de 1989, declarado inconstitucional por 
decisão definitiva proferida pelo Supremo Tribunal Federal nos autos do Recurso 
Extraordinário nº 567.935, quanto à previsão de inclusão dos descontos 
incondicionais na base de cálculo do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). 
Portanto, os descontos incondicionais DEVEM ser excluídos da base de cálculo do 
IPI, da mesma forma que já acontecia com ICMS. Ainda não vimos esse novo 
entendimento ser cobrado em provas. 
Como as bancas ainda não estão cobrando, não sabemos como virá na prova, 
temos de esperar um precedente, infelizmente. Por isso o exemplo anterior foi 
calculado da forma antiga, sobre o valor cheio. 
 
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- Abatimento 
O abatimento ocorre num momento posterior à compra. Por exemplo, uma loja fecha um pedido 
de cadeiras por 100 reais a unidade e, quando recebe a mercadoria, a cor está diferente do que 
foi pedido. 
Nesse caso, o vendedor pode conceder um abatimento para que a mercadoria não seja devolvida. 
Digamos, um abatimento de 3 reais por unidade. Nesse caso, a Nota Fiscal é emitida por 100 reais 
a unidade, mas deverá entrar para o estoque apenas 97 reais (sem considerar impostos ou outros 
custos). 
Com o abatimento é concedido após a ocorrência do fato gerador dos tributos, isto é, a saída das 
mercadorias, ele NÃO afeta a base de cálculo deles, diferente do desconto comercial. 
Como lançar o abatimento? Imagine a seguinte situação. A empresa faz a venda a prazo de 100 
unidades de mercadoria por R$ 20,00/unidade. 
Lançamento: 
D - Clientes 2000 
C - Receita de Vendas 2000 
Porém, em virtude de problemas no envio e para não cancelar totalmente a compra, a empresa 
concede um abatimento de 200 reais. 
Lançamento 
D - Abatimento sobre vendas - Resultado - Retificadora da Receita Bruta 200 
C- Clientes 200 
- Frete 
O custo do transporte integra o preço da mercadoria, quando o valor for pago pelo comprador. 
Se a despesa for por conta e risco do vendedor, então não há ônus para o comprador. 
Algumas considerações importantes! 
1) ICMS sobre frete: para a contabilidade, só destacamos ICMS sobre frete se a questão mencionar 
expressamente. Do contrário, não. Não é um aspecto muito usual em questões de contabilidade, 
somente em questões de legislação tributária do ICMS. 
2) Há diferença no tratamento contábil se o transporte for do próprio fornecedor (em um caminhão 
próprio, por exemplo) ou de transportadora? Não. O frete sobre compras entra no custo do 
produto transportado, seja por transportadora ou pelo fornecedor. 
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3) Qual o lançamento correto relativo à parte que acerta o frete na devolução de mercadorias? O 
frete referente às unidades devolvidas deve ser retirado do estoque e vai para o resultado, como 
despesa. 
O lançamento é o seguinte: 
D – Despesa com frete (Resultado) 
C – Estoque 
OBSERVAÇÃO: Infelizmente as bancas estão vacilando nesse ponto e não fazendo 
esse ajuste. Vejam esta pergunta feita por um aluno: 
“Se uma empresa compra R$ 1.000 reais em mercadorias, paga um frete de 200 
reais por isso, mas devolve 20% do que comprou, o que acontece com os "20% 
do frete" relacionado às mercadorias devolvidas? Os 200 reais totais do frete são 
incorporados ao estoque? Os 20% do frete relacionado às mercadorias devolvidas 
vão para despesa?” 
Resposta: 
De acordo com o CPC 16 – Estoques, o custo de aquisição dos estoques 
compreende o preço de compra, os impostos de importação e outros tributos 
(exceto os recuperáveis junto ao fisco), bem como os custos de transporte, seguro, 
manuseio e outros diretamente atribuíveis à aquisição de produtos acabados, 
materiais e serviços. 
Portanto, o frete irá compor o custo do estoque, devendo ser registrado. 
Quando a empresa efetuar a compra e receber a mercadoria, a contabilização será 
a seguinte (desconsiderando quaisquer impostos na operação): 
D – Mercadorias 1.200,00 
C – Caixa/Bancos 1.200,00 
Porém, no caso de devolução de 20%, certo é tirar a parcela proporcional do frete 
que foi incorporado no custo do estoque e contabilizar uma despesa. Todavia, não 
é a forma que as bancas têm cobrado. Elas contabilizam a devolução considerando 
apenas a parte proporcional do valor de compra das mercadorias, sem incluir o 
frete. 
 
Basicamente, seria dessa forma: 
D – Caixa/Bancos 200,00 
C – Mercadorias 200,00 
Vamos resolver algumas questões sobre esse ponto! 
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4) Este raciocínio vale também para despesas de manuseio, seguros, já que o CPC 16 dá a elas o 
mesmo tratamento? Sim. Do contrário, a empresa ficaria com o estoque maior indevidamente. 
4.9 – Avaliação Segundo a Lei 6.404/76 
A lei das SA (Lei 6.404/76) também estabelece critérios para a avaliação dos estoques. Precisamos 
conhecer especialmente os aspectos literais apresentados nessa lei. 
Critérios de avaliação do ativo 
Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes 
critérios: 
(...) II - os direitos que tiverem por objeto mercadorias e produtos do comércio da 
companhia, assim como matérias-primas, produtos em fabricação e bens em 
almoxarifado, pelo custo de aquisição ou produção, deduzido de provisão para 
ajustá-lo ao valor de mercado, quando este for inferior; 
Esquematizemos: 
O que? Avaliação (Art. 183, II) 
Mercadorias Custo de aquisição 
ou 
produção 
 
(-) Ajuste ao valor de mercado, 
se for inferior 
Produtos do comércio 
Matérias-primas 
Produtos em fabricação 
Bens em almoxarifado 
Então, a Lei 6404/76 fala que os estoques serão avaliados pelo custo de aquisição/produção ou 
valor de mercado, dos dois o menor. 
O valor de mercado (valor justo) é o preço que seria recebido pela venda de um ativo ou que seria 
pago pela transferência de um passivo em uma transação não forçada entre participantes do 
mercado na data de mensuração. 
Agora, percebam que o CPC 16 fala de valor de custo ou valor realizável líquido. 
Então, professores, posso considerar que Valor de Mercado e Valor Realizável Líquido são 
sinônimos? 
A resposta é NÃO!!! O valor realizável líquido, meus queridos, é específico, peculiar de cada 
entidade, não é padronizado, definido para um

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