Buscar

HEMATOLOGIA DE SILVESTRES

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

CLÍNICA COMPLEMENTAR AO DIAGNÓSTICO 
HEMATOLOGIA DE AVES E RÉPTEIS 
FASE PRÉ-ANALÍTICA 
• Introdução: 
o Importante: 
▪ Quando se trata de animais silvestres, existe uma grande preocupação durante a coleta, que é o próprio paciente, vários deles 
possuem menos de 1kg. 
▪ As amostras acabam tendo um volume muito menor e normalmente não há possibilidade de recoletar sem prejudicar o paciente. 
▪ Deve-se conhecer muito bem a espécie, pois não existem padrões de valores de referência para todas elas; então algumas vezes 
é necessário buscar referências de outras espécies que fazem parte daquela família. 
o Esta fase inclui: 
▪ Solicitação 
▪ Preparo do paciente: 
• Em alguns animais é necessário realizar sedação 
▪ Coleta adequada 
▪ Preservação (paciente e amostra) 
▪ Transporte da amostra 
▪ Acondicionamento e preparo para realizar o exame 
▪ Anamnese: 
• Deve ser minucioso, algumas vezes o manejo que o animal é submetido influência mais do que a própria doença. 
• Espécie, Idade, Raça, Sexo 
• Sazonalidade, Habitat, Fase de Reprodução, Estresse 
• Jejum, Dieta (exemplo, animais que comem muita cenoura, acabam tendo muito caratenoide no sangue, promovendo uma falsa 
icterícia) 
• Sob tratamento ou não? 
o Missão essencial: 
▪ GARANTIR A REPRESENTATIVIDADE DA AMOSTRA ANALISADA. 
• Coleta: 
o Volume coletado: 
▪ O volume de sangue coletado sempre deve respeitar a espécie, tamanho e o tubo de coleta escolhido; 
sem haver risco de danificação da amostra (exemplo, pouco sangue em um tubo grande com 
anticoagulante, acaba diluindo muito o sangue) 
▪ Cálculo do volume: 
• Em outros animais: 
o A volemia é em torno de 10% do peso vivo. Ou seja, se o animal possui 70 kg → 7 litros de sangue no corpo. 
o Pode-se coletar 1% do peso vivo. Ou seja, se o animal possui 70kg → pode coletar 700 ml 
o Porém, existe uma margem de segurança, sendo padrão que se colete até 450 ml 
• Em silvestres muito pequenos: 
o A volemia é em torno de 7% a 9%. Ou seja, se o animal possui 500 gramas → 45 ml de sangue no corpo 
o Pode-se coletar 0,5% a 0,7% (0,8% no máximo) do peso vivo. Ou seja, se o animal possui 500 gramas e eu coleto 0,5% do peso 
vivo → 2,5 ml 
o Porém, existe uma margem de segurança, sendo padrão que se colete 1ml 
o Métodos: 
▪ IMPORTANTE: sempre utilizar luvas para qualquer coleta biológica! 
▪ Coleta a vácuo: 
• Apenas para paciente com mais de 1kg; pois a pressão do aparelho é programada para coleta em torno de 2ml, em animais 
muito pequenos, pode provocar colabamento ou rompimento de veias. 
▪ Agulha e Seringa: 
• Independente da espécie, no momento de colocar o sangue no tubo, deve-se tirar a agulha e despejar o sangue direto da seringa 
no tubo (evitar turbilhonamento e consequentemente hemólise e diversas alterações no exame) 
• Indicada para animais com mais de 1kg (na rotina é comum se observar coleta de todos os animais com agulha e seringa) 
• Qual Agulha e Seringa? 
o Quando os animais são muito pequenos é indicado que se utilizem agulhas de menor calibre (comumente é utilizada a agulhas 
de insulina) 
o Em animais muito pequenos 1ml é o suficiente. 
▪ Scalpes/ Butterfly / Cateter 
 
 
 
o Indicado: para quando é necessário coletar do animal, com certo distanciamento. 
o Não é indicado: quando há necessidades de manter o animal por dias com o equipo, o mais indicado é o cateter convencional, 
pois este equipamento é mais rígido (em silvestres e pets convencionais) 
o Fixação transitória: 
▪ Pacientes debilitados 
▪ Administração endovenosa contínua 
▪ Ingestão medicamento/substância (como quimioterapia) 
▪ Coletas seriadas para provas funcionais 
o Tubo de coleta: 
▪ Tubo com anticoagulante EDTA (ÁCIDO ETILENO DIAMINOTETRACÉTICO) 
• Tubo de tampa roxa 
o Usado em: 
▪ Hemograma (Aves e mamíferos) → mais comum 
▪ Alguns Bioquímicos (não são todas) 
▪ Imunohematologia 
o Função: 
▪ Preserva plaquetas, hemácias e leucócitos 
▪ O que melhor preserva as células 
o Não usar em: 
▪ Descobriu-se que em algumas espécies de aves, ocorre uma resposta ruim (hemólise) 
▪ Grupos de aves: Avestruz, Emas, Emus... 
▪ Nestes casos se utiliza Citrato de Sódio 
▪ Tubo com anticoagulante Citrato de Sódio 
• Tubo com tampa azul 
• Usado em: 
o Grupos de aves: Avestruz, Emas, Emus... 
o Coleta a vácuo da jugular (indicado) 
o Hemograma 
o Teste de coagulação (TP, TTPA) quando coletado na proporção de 1:9 (“1 para 9”) 
o Com algumas ressalvas: 
▪ Usar na quantidade certa de sangue para anticoagulante, se o tubo aceita 4ml é necessário que se colete 4ml; 
▪ Este tubo possui uma quantidade muito maior de anticoagulante, quando comparado ao EDTA. 
▪ Se não coletar o volume certo, ocorre hemodiluição e o exame demonstrará uma falsa anemia. 
▪ Tubo com anticoagulante Heparina Lítica (ou heparina de lítio) 
• Tubo com tampa verde 
• Usado em: 
o Hemograma de repteis 
o Algumas análises de bioquímicas de emergência 3 
o 
• Problemas com a heparina: 
o Leitura da amostra em até 6 horas, pois ocorre agregação 
o A heparina ocasiona fragilidade de células, normalmente alterando a morfologia dos eritrócitos 
o O que é realizado nestes casos: Coleta o sangue, pinga uma gota direto na lâmina de esfregaço e o restante do sangue envia 
para análise no tubo → Isto permite realizar análise morfológica, sem a interferência da heparina. *cai na prova* 
o Não utilizar: Em provas de coagulação, testes moleculares e gasometria. 
▪ Tubo sem anticoagulante 
• Este tubo é padronizado para todas as espécies 
• Tubo de tampa vermelha 
• Usado em: 
o Provas hormonais, molecular, bioquímicas, sorologias... (qualquer análise em relação ao soro do paciente) 
o O ideal é realizar coleta no tubo com coagulante e com anticoagulante 
Na maioria dos silvestres, 
não se chama plaquetas! 
Chama-se Trombócitos 
• Existem alguns tubos diferentes em função de marcas comerciais: 
o Tubo com gel é preconizado em atendimento a campo. 
o O primeiro tubo (plástico), é maior, utilizado em grandes animais. 
o O tubo siliconado, normalmente já vem acoplado com spray seco pró coagulante, o que acelera o processo. 
 
 
 
 
 
 
o Microcoleta: 
▪ Tubos neonatais, são menores. 
▪ Volume: Máximo de 500 µL (0,5ml) 
▪ Facilita a obtenção de pequenos volumes de amostra 
▪ Usado em: 
• Em clínicas de pets convencionais, são muito utilizados: 
o Em animais com menos de 1kg, principalmente felinos 
o Animais idosos ou recém-nascidos 
o Caquéticos 
o Debilitados ou com Hipovolemia 
o Pacientes com queimaduras extensas 
• Pequenos animais silvestres: 
o Ideal para mamíferos, aves e repteis com menos de 1kg 
• A coleta deve ser com agulha e seringa, pois não é possível realizar coleta a vácuo. 
• A homogeneização deve ser mais cautelosa (se houver microcoágulos não é possível fazer análise e problemas na recoleta). 
o Posição/ Local / Melhor veia de acesso: 
▪ Importante: 
• Levar em consideração que os animais silvestres possuem sentidos mais apurados 
• Além de realizar a contenção adequada para cada espécie, é necessário impedir a visão dos animais (sentido que faz com que 
eles tenham maior percepção do local) 
• Quando impede a visão do animal, eles tendem a ficar mais calmos / imobilizados com maior facilidade. 
• Algumas aves podem apresentar morte súbita apenas pela contenção inadequada. 
• Além disso DESCONFORTO + ANSIEDADE (ESTRESSE) = ALTERAÇÃO ANALÍTICOS → leucograma de estresse por exemplo. 
 
▪ Locais: 
• Se o veterinário se deparar com a coleta de alguma espécie da qual ele não possui muito conhecimento, é indicado se realizar 
a coleta da jugular (local de eleição para qualquer espécie → veia mais calibrosa) 
Classe Reptília 
• Ordem Squamata 
o Subordem Ophidia: 
▪ Serpentes 
▪ Cardiocentese: 
• Possível realizar nas serpentes e nos crocodilianos 
• Coleta o sangue de dentro do ventrículo do coração 
• Porém, se faz necessário associar a utilização de um holter para localizar o ponto correto (saberonde 
está o batimento cardíaco) 
• Além disto, sedação no paciente (mais indicado ser realizado por um anestesista). 
• Puncionar o coração de modo errado, pode ocasionar graves consequência, como uma Pericardite 
• Só pode ser utilizada em serpentes com mais de 1 kg 
▪ Outros pontos de acesso: 
• Veia jugular, coccígea caudal, artéria ou veia caudal 
• Se utiliza mais veia 
 
Holter em um cão 
o Subordem Sauria: 
▪ Lagartos, Iguanas e Teiú 
▪ Normalmente se utiliza de sedação leve 
▪ Pontos de coleta: 
• Veia Jugular, Veia Cava posterior, Veia Coccígena Ventral e Veia Abdominal Ventral 
• Ordem Chelonia 
o Sistema Linfático: 
▪ Estes animais possuem o sistema linfático muito irrigado, com uma comunicação maior com o sistema circulatório. 
▪ Isto facilita que se puncione o local errado, coletando linfa ao invés de sangue (algumas vezes sangue + linfa, sendo um líquido 
cor de rosa). 
▪ O local mais susceptível a este erro → região subcarapacial (comumente utilizada, pois não sofre interferência da retração 
de cabeça de alguns animais) 
▪ A presença de linfa na amostra, pode provocar um falso laudo de anemia, pela diluição do sangue. 
o Pontos de Coleta: 
▪ Subcarapacial ou veia jugular 
▪ Sendo a jugular a mais indicada 
▪ Seio venoso cervical dorsal ou veia caudal dorsal: 
• muito utilizado em tartarugas marinhas → animais grandes, pois a entrada da agulha é de forma muito reta e profunda 
• podendo ser utilizada coleta a vácuo 
• Semelhante a coleta de suínos pela jugular 
• Ordem Crocodyla 
o Pontos de Coleta: 
▪ Veia Coccígena ventral 
▪ Cardiocentese 
▪ Seio retro occipital: 
• Animal deve estar contido 
• Cuidado: 
o Como toda a estrutura tecidual destes animais é passada com a agulha, podem vir na agulha, células queratinizadas (do 
próprio tecido cutâneo) 
o Algumas vezes se faz necessário utilizar calibres maiores de agulha 
Classe Aves 
• Pontos de Coleta: 
o Jugular: 
▪ Em aves jugular esquerda é dificilmente acessada, então indica-se realizar punção na jugular direita. 
o Veia pedal ou Tarso / Canela 
o Seio venoso ociptal: 
▪ Mais utilizada para realizar administração de fármacos e vacinas 
o Veia metatárcica: 
▪ Realizar em aves grandes 
▪ Também corre risco de haver punção de células queratinizadas, alterando a 
amostra 
o Veia cutânea Ulnar (DA ASA) 
▪ Facilmente visualizada 
▪ Porém, tanta a camada cutânea quanto a parede do vaso, são muito delgadas, sendo assim, são finas e frágeis 
▪ Alta chance de hematoma 
▪ Só deve ser utilizada em casos mais extremos, além disto a digito pressão pós coleta deverá ser mais longa 
o No caso de aves muito pequenas: 
▪ Pode ser utilizada a jugular 
▪ Estes procedimentos são mais utilizados para sexagem (saber se é macho ou fêmea): 
• Alguns clínicos preenchem o microcapilar, diretamente do ponto de punção 
• Ou ainda o extravasamento do sangue direto no tubo diretamente da agulha 
• Clip da unha (corta um pedaço da unha para sangrar e fazer a coleta deste sangue). 
 
 
FASE ANALÍTICA 
• Introdução: 
o Composição do sangue (diferença entre as espécies): 
▪ Hemácias: 
• Repteis e Aves: 
o Hemácias maiores (comparadas a mamíferos), nucleadas, ovaladas, rica em citoplasma, valor de VCM maior (em torno de 
500 a 1200) e CHCM muito baixo. 
• Aspecto geral: 
o Função (igual a outras espécies): 
▪ Transporte de O2 e CO2 entre pulmões e tecidos 
▪ Carreia a hemoglobina: composta por duas cadeias globinas + 4 grupos heme (+íon ferro) 
▪ Produção estimulada pela Eritropoietina nos rins e fígado 
o Sobre Icterícia em Aves: *cai na prova* 
▪ Quando há hemólise (rompimento de hemácia) é liberado globina e heme na circulação 
▪ A quebra da porção Heme libera na circulação Hemoglobina, que é catabolizada em Biliverdina 
▪ Nos mamíferos, existe uma enzima chamada Bilirrubina Redutase, que é capaz de converter a Biliverdina em Bilirrubina. 
▪ Bilirrubina, possui a capacidade de provocar icterícia por sua deposição dos tecidos. 
▪ Porém, as aves não possuem essa enzima 
▪ Sendo então, esses animais, incapazes de ficarem ictéricos! 
▪ Apenas terão Biliverdina, molécula hidrossolúvel facilmente eliminada pelo corpo (pelas fezes ou sistema renal). 
▪ O que pode ocorrer é uma falsa icterícia em animais que comem muita cenoura, devido ao excesso de caraternoides 
depositados nos tecidos e na circulação. 
 
▪ Plaquetas/ Trombócitos: 
• Chamadas de Trombócitos 
• Forma: 
o Células nucleadas com núcleo clarinho 
o Se parecem com linfócitos sem citoplasma ou linfócito rompido. Principalmente se estiverem ativos, ficam maiores, podendo 
ser confundidos 
o Em todas as espécies: são fragmentos do citoplasma do megacariócito e é a menor célula sanguínea. 
• Função: 
o Homeostasia primária: Reparo tecidual e Fagocitose 
• Estimuladas pela Trombopoietina 
▪ Leucócitos: 
• Função: 
o Defesa do organismo e imunidade 
o Fagocitose 
o Morte de Células e Microrganismos 
• São produzidos na Medula Óssea em quase totalidade e se diferenciam após sair dela (assim como nas outras espécies). Regulada 
por citocinas e fatores de crescimento 
 
• Nestas espécies a interpretação do leucrograma é dificultada em algumas ocasiões: 
o As alterações não são marcantes como em mamíferos (leucograma de estresse, desvios...) 
o Pode haver alterações de acordo com o sexo do animal, fase de reprodução e hibernação de algumas espécies 
• Tipos de Leucócitos: 
o Monócito e Eosinófilo 
▪ Semelhantes as demais espécies 
▪ Apenas o Eosinófilo que costuma ter uma estrutura um pouco mais arredonda 
o Heterófilos 
▪ Em outras espécies é conhecido como Neutrófilo Segmentado 
o Basófilos 
▪ Grande importância clínica em silvestres (aves e repteis) 
▪ Em fases reprodutivas de repteis e chelonios tendem a aumentar 
o Linfócitos: 
▪ Possui o formato semelhante aos Trombócitos (plaquetas), necessita de prática para diferenciar 
 
o Hematopoiese: 
▪ Processo de Produção / Renovação das células sanguíneas (Leucócitos e Eritrócitos) 
▪ Quais são os órgãos responsáveis: 
• Mamíferos: 
 
• Animais Silvestres (não mamíferos): 
 
 
o Eritropoiese: 
▪ Processo de formação de Eritrócitos 
▪ Aves: 
• Estes animais possuem o metabolismo muito acelerado, devido a isto estes animais possuem uma maior capacidade de 
regeneração. 
• As hemácias duram menos: 
 
 
• Levando em consideração este aspecto, é possível compreender que a recuperação destes animais é rápida, ou seja, se houver 
uma anemia, logo o animal se recupera. Quando uma anemia chega a ser percebida nos exames, é por ser muito severa. 
• Isto se aplica também a uma hemorragia. 
• A recuperação se torna mais intensa em períodos de muda e em 
fase de crescimento do animal. 
• Eritrograma: 
o Contagem total de Eritrócitos: 
▪ Analisam-se três parâmetros: Hematócrito, Hemoglobina e Contagem total de eritrócitos 
o Se estiver com o valor aumentado: Policitemia 
o Se estiver com o valor diminuído: Anemia 
o Nestes animais não é necessário analisar chcm, vcm e hcm 
o Há contagem de reticulócitos para analisar se o processo é regenerativo 
▪ Como é realizada a contagem: 
• Realiza por meio da câmara de Neubaer: Diluição de sangue em solução Natt Herrick: 1:50: 
o Hematócrito: 
▪ Calcula a concentração de Eritrócitos no sangue 
▪ É o volume de massa eritróide de uma amostra de sangue 
▪ Unidade: porcentagem 
▪ Valores de referência geral: 
• Lembrando que existem grandes diferenças entre espécies destas classes 
• Entre aves e repteis: 
o Repteis possuem uma produção/resposta celular muito menor que as aves 
o Aves dentro de sua especificidade possuem grande capacidade de recuperação e conseguem produzir eritrócitos com muita 
eficiência (inclusive quando comparadas aos mamíferos) 
o Causas de Policitemia: 
▪ Policitemia relativa: 
• Não há aumento da produção de eritrócitos 
• Mais comum 
• Normalmente em estados de desidratação 
• Não há contração esplênicas nesses animais (baço contrai liberandoas células que estavam aglomeradas) 
▪ Policetmia absoluta: 
• Aumento da produção de eritrócitos 
• Neoplasias renais (raro) 
o Causas de Anemias em aves e repteis: *muito importante saber* 
▪ Deficiências de substrato → não come direito: 
• Dieta, nutrição / def. de cobre, ferro e vitamina B12 
• Principal causa na maioria das espécies (inclusive em mamíferos) 
▪ Infecções e inflamações crônicas 
▪ Hormônio circulante – fase reprodutiva: 
• Em repteis a fase reprodutiva é uma causa comum de anemia 
• Neste período ocorre muito variação de eritrócitos e leucócitos (são produzidos fora do valor de referência, alguns aumentam 
outros diminuem) 
▪ Temperatura e stress – cortisol: 
• Ocorre uma prevalência de heterofilos e diminuição de eritrócitos 
▪ Perda sanguínea: traumas / hemorragias 
▪ Processos imunomediados (intoxicação e hemoparasitas): 
• Causa muito comum de anemia em aves 
• Lembrando que anemia em aves, normalmente só é identificada quando se trata de um processo crônico 
▪ Deficiência de produção (alterações renais e medulares ou nos órgãos responsáveis pela produção das células sanguíneas – 
variando conforme a espécie) 
o Índices Hematimétricos: *cai na prova* 
▪ Levando em consideração que os eritrócitos das aves e dos repteis são muito maiores → VCM (volume corpuscular médio) É 
ALTO! SEMPRE SERÁ MACROCÍTICO. 
▪ Por isso não se categoriza quanto ao tamanho (macrocítico, micro ou normo) 
▪ Ao mesmo tempo, como esta célula é grande a concentração de hemoglobina corpuscular, 
que dá a coloração é muito diluída → CHCM (Concentração corpuscular de hemoglobina) BAIXO! SEMPRE SERÁ HIPOCRÔMICO. 
▪ Por isso não se categoriza quanto a coloração (hipocromico, hiper ou normo 
▪ Para chegar nesses valores o cálculo é o mesmo: 
• VCM: Hematócrito x 10 
 Número de Eritrócitos 
• CHCM: Hemoglobina x 100 
 Hematócrito 
o Contagem de Reticulócitos (Classificação quanto a regeneração das Anemias): 
▪ Relembrando: 
• Reticulócitos são eritrócitos jovens que em anemias são liberados pela medula ainda imaturos, indicando um processo 
regenerativo, ou seja, que a medula ainda está produzindo hemácias. 
• A contagem de reticulócitos (CR) é um parâmetro importante e útil para avaliar a atividade da medula óssea, assim como para 
classificar quanto ao tipo de anemia se é regenerativa (RE) ou arregenerativa (AR). 
• São células que se coram de uma maneira diferente, indicando que são uma hemácia jovem. 
▪ A liberação de reticulócitos em aves e repteis, ocorre de forma semelhante a liberação de felinos: 
• Nos felinos possuem uma particularidade existindo dois tipos de reticulócitos os agregados e pontilhados. 
 
 
 
▪ Como classifica? 
• Utiliza-se como parâmetro a contagem apenas dos agregados. 
• Os reticulócitos agregados, são aquele que estão na circulação já faz um tempo, demonstrando um processo antigo. Isto indica 
que a medula está responsiva a dias → boa resposta. 
• Resumindo: 
o Realiza o esfregaço sanguíneo (sangue na lâmina) e cora 
o Na lâmina corada se observam as hemácias, reticulócitos e corpúsculos (células que se coram de uma forma diferente e 
possuem formato diferente). 
o Se houver anemia: 
▪ Será possível observar reticulócitos agregados e pontilhados, mas SÓ SERÃO CONTADOS OS PONTILHADOS. 
▪ Se houver realmente reticulócitos agregados → anemia regenerativa. 
o Cálculo Corrigido de Reticulócitos: 
 
 
 
 
 
 
▪ Se o resultado do cálculo der: >1% → regeneração 
o Proteínas Plasmáticas Totais (PPT): 
▪ Os parâmetros analisados são semelhantes às outras espécies 
▪ Existe apenas um ponto importante em relação a desidratação 
▪ Relembre: 
• Proteina total = albumina +globulinas 
• Se não houver alteração no leucograma, sinal que o aumento é originado pelo aumento de albumina 
• Albumina apenas aumenta em casos de desidratação 
• Sendo assim, se houver aumento da proteína plasmática sem alteração no leucograma → desidratação. 
▪ Associando: 
• Quando no eritrograma é indicado uma Policitemia, deve-se buscar saber se é relativa ou absoluta. 
• Para isto dosa-se Proteína Total 
• Se houver Policitemia + Hiperproteinemia = Desidratação → HIDRATA O ANIMAL E REPETE O EXAME, POIS PODE HAVER UMA 
ANEMIA MASCARADA. 
CAI NA PROVA! 
MAMÍFEROS → ANALISA RETICULÓCITOS 
AVES, REPTEIS E FELINOS → ANALISA RETICULÓCITOS AGREGRADOS 
EQUINOS → NÃO ANALISA, POIS NÃO LIBERAM RETICULÓCITOS NA CIRCULAÇÃO 
o Análise Morfológica de Eritrócitos: 
▪ Alteração de Cor: 
• Policromasia: 
o Avaliação importante, pois não é sempre possível contar reticulócitos destas espécies 
• Hipocromasia 
▪ Alteração de Tamanho: 
• Anisositose: 
o Indica Hemácias Jovens 
o Indica que o tamanho da hemácia está 
variando, sendo que quanto maior, mais 
jovem esta hemácia é. 
o Este é um exemplo de Anisositose de 
Mamíferos, porém, lembre-se de que as 
hemácias de aves e repteis são diferentes → Maior e possui núcleo 
• Quando há anemia e é observado na lâmina Anisositose + Policromasia = Forte indício de que o animal está em uma anemia 
regenerativa ou respondendo ao tratamento da anemia. 
▪ Alteração Morfológica: 
• Identifica anemia hemolítica imunomediada: 
o Aglutinação de hemácias 
o Impossibilita a contagem de hemácias 
o Podendo ser associada a hemoparasitose, intoxicação e outras causas 
o Lembrando que nas aves, mesmo que se tenha hemólise, na clínica não vai haver icterícia 
• Poiquilositose 
o a célula fica “tortinha” e isso pode indicar processos regenerativos, mas também a presença de endoparasitas 
o parâmetro comumente observado nestas espécies, pois existe uma infinidade muito maior de hemoparasitas 
• Processos de Anemia regenerativa acentuada: 
o Em repteis, aves e anfíbios: As células jovens podem começar a fazer mitose e aparecerem na lâmina sem núcleo 
(Eritroplastídeo) ou em processos de divisão celular (Binucleação) 
▪ Inclusões: 
• Corpúsculos de Heinz: 
o Hemácia com oxidação que aparece em processos tóxicos; em silvestres associada a intoxicação por medicamentos. 
• Hemoparasitas: 
o Comum em Aves migratórias: Plasmodium em várias fases do ciclo de vida 
 
 
 
o Comum em Pombos e Aves de corte: Hemoproteus 
 
o Microfilária: na circução sanguínea, não dentro da célula 
 
o Bactérias: Dentro ou fora dos eritrócitos, que nessas espécies possuem a capacidade de fagocitar 
 
o Hepatozoon sp. (hemogregarina): atinge leucócitos e eritrócitos 
o Haemoproteus sp.: Transmitido por piolhos 
o Trypanossoma sp. 
o Leukocytozoon sp. 
 
o Trombograma: 
▪ Trombócitos (Plaquetas) de animais silvestres: 
• Possuem a mesma função que as plaquetas dos mamíferos e participam da coagulação sanguínea, da formação de trombos e da 
cicatrização. 
• Porém, também possuem a capacidade de fagocitose e defesa ativa contra microrganismos 
• Durante o esfregaço sanguíneo, há uma dificuldade de diferenciar Trombócitos e linfócitos, pela semelhança morfológica. 
• O valor é menor comparado a mamíferos: Em torno de 24 a 350 mil 
 
• Leucograma: 
o Contagem de Leucócitos Totais e Diferencial – MANUAL: 
▪ Estes animais tendem a ter quantidade menores, comparado a mamíferos. 
Bactérias 
Microfilária 
o Avaliação da Morfologia: 
MAMÍFEROS AVES, REPTEIS E ANFÍBIOS 
• Neutrófilo: 
o A célula em maior número 
o Em torno de 70% do valor total de leucócitos 
• Neutrófilo: 
o Chamado de Heterófilo 
o Não é a célula em maior quantidade 
o Em torno de 30% a 40% dos leucócitos totais 
• Os leucócitos possuem ações diferentes • Os leucócitos possuem ações semelhantes 
• Aumento de Neutrófilos (Neutrofilia): 
o Imunidade inata, combate de 
microrganismos e enfermidades 
imunomediadas 
• Aumento de heterofilos (Heterofilia): 
o No verão 
o Inflamações: em processos mais agudos pode ter células jovens (desvio a esquerda) 
o Injúria tecidual 
o Bacteremias 
o Estresse provocando aumento de cortisol (por manejo) ou administração de cortisol 
o Leucemia/neoplasias• Diminuição de Heterófilos (Heteropenia): 
o Associado a invernos e procesoss infecciosos 
• Presença de Neutrófilos Tóxicos: 
o Associado a processos infecciosos intensos 
(bacteremia) 
o São células que saem da medula sem 
maturação, devido a uma grande demanda 
requisitada (não são apenas neutrófilos 
jovens, mas sim com “deformações”) 
• Presença de Heterófilos Tóxicos (igual a mamíferos): 
o Bacteremias e Doenças Sistêmicas severas 
o Se houver uma segunda avaliação, indicando diminuição desta toxicidade → significa 
que o animal está respondendo ao tratamento. 
• Aumento de Linfócitos (Linfocitose): 
o São associados a processos infecciosos 
 
• Aumento de Linfócitos (Linfocitose): 
o Não é possível diferenciar entre Linfócitos B e T 
o Nos repteis são a célula em maior número, de modo que é possível se observar apenas 
linfócitos em uma condição normal (cerca de 90%) 
o Cicatrização 
o Infecções parasitarias e doenças virais 
o Inflamação 
o Maior no verão e em fêmeas (algumas espécies de repteis) 
• Diminuição de Linfócitos (Linfopenia): 
o Infecções virais 
o Ação de anestésicos 
o Inverno – Hibernação → pode estar ausente 
• Aumento de Eosinófilos (Eosinofilia): 
o Associados a processos alérgicos ou 
presença de parasitas (verminoses), 
granuloma eosinofílico em felinos... 
• Aumento de Eosinófilos: 
o Processos alérgicos e parasitismo 
o Variam muito em quantidade conforme a espécies (em repteis em maior número do 
que em aves) 
o São capazes de fagocitar (principalmente em repteis, principalmente no grupo das 
iguanas) 
o Estação Reprodutiva 
o Hibernação – inverno (dos repteis que hibernam →no brasil não é comum) 
o Estimulação imunológica 
• Aumento de Basófilo: 
o Muito raros na circulação, não possuem 
grande relevância clínica (a diminuição 
também não) 
o Mas pode ocorrer em: Dirofilariose, 
Parasitismo intestinal e reações de 
hipersensibilidade 
• Aumento de Basófilo: 
o Grande relevância clínica nessas espécies (aumento significativo → algumas espécies 
chegam a ter 60% na circulação) 
o Inflamação e Reação de Hipersensibilidade 
o Liberação de histamina 
o Doenças parasitárias e infecciosas 
o Inflamação aguda 
o Basófilos nessas espécies, possuem a mesma importância que os neutrófilos para os 
mamíferos. 
• Aumento de Monócitos (Monocitose): 
oCapacidade fagocítica 
o Aumento em processos inflamatórios, 
infecciosos 
o Injúria tecidual 
o Processos Neoplásicos 
o Necrose 
o Estímulo Antigênico 
o Formação de células gigantes e de granulomas 
• Aumento de Monócitos (Monocitose): 
o Capacidade fagocítica 
o Aumento em processos inflamatórios, infecciosos 
o Injúria tecidual 
o Processos Neoplásicos 
o Necrose 
o Estímulo Antigênico 
o Formação de células gigantes e de granulomas 
o Monócito azurofilo: Só aparece em repteis (serpentes e quelônios); possui alto poder 
fagocitário e capacidade bactericida, podendo ser contado junto ou separado (possui 
uma morfologia um pouco diferente)

Outros materiais