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CA PULMÃO PRIMÁRIO. 1. INTRODUÇÃO. · Maior causa de morte por CA, 25 a 30% das mortes. As mortes por CA de pulmão são maiores que colo+mama+próstata. Tem alta incidência e letalidade. A sobrevida em 5 anos é 15%. · Sobrevida nos estágios iniciais, ressecáveis, em 5 anos é 70%. O diagnostico deve ser precoce. · Paciente com DPOC, devido ao tabagismo, tosse com secreção e raias de sangue, emagrecimento. Suspeitar de CA pulmão. 2. TIPOS HISTOLÓGICOS. Carcinoma epidermoide: · O carcinoma epidermoide e o adenoCA são os mais frequentes. · Ocorre mais nos homens. · São centrais em 2/3 dos casos, mais próximos ao hilo pulmonar. · Esses tumores podem ter cavitações, pois o tumor cresce e no seu centro ocorre necrose. Não confundir cavitações com infecções fungicas, tuberculose, abscessos pulmonares. · O crescimento não é tao rápido. · Pode ter disseminação linfática, hematogenica ou direta por continuidade. Pode ter metástase nos linfonodos, na pleura. AdenoCA: · É mais periférico em 2/3 dos casos. · Cresce mais rápido que o CA epidermoide. · Pode crescer bastate sem ter necrose, pois é mais vascularizado. · A disseminação é hematogenica, pode ter metástase em fígado e ossos mais precocemente que o CA epidermoide. Carcinoma de pequenas celulas: · Tem comportamento bem diferente. · A origem é central, é mais agressivo. · Tem disseminação linfática e hematogenica mais precoces. No diagnostico já tem mestastase na maioria dos casos. Carcinoma de grandes celulas: · É menos comum, é parecido com o CA epidermoide e adenoCA, mas é mais agressivo. · O bronquioloalveolar tem sintomas muito parecidos com processo infeccioso pulmonar, como tosse com expectoração mucoide. · O tumor cresce próximo as vias aéreas menores. É difícil fazer o diagnostico. · Tumores carcinoides. 3. CAUSAS. · Tabagismo: 10 a 30x mais chances de morte por CA de pulmão em tabagistas. Está relacionado a carga tabagica, o modo de tragar, cigarro com ou sem filtro. A exposição passiva tambem aumenta o risco. Quando para de fumar, diminui o risco, mas ainda mantem um risco por anos. · Asbesto: a segunda causa mais comum. Era usado nas construções, atualmente é proibido. 4. SINTOMAS. Assintomáticos: · 5% dos casos. · São achados do raio X. · A maioria dos assintomáticos são perifericos, pois os centrais, nos brônquios principais e primeiros ramos brônquios, logo dao sintomas. Sintomas relacionados ao tumor: Tosse: · A tosse ocorre por irritação brônquica, quando o tumor invade a parede brônquica. Pode ser parecida com a tosse do DPOC. Inicialmente a tosse seca. · Atenção quando há mudança na característica da tosse, piora a tosse, muda a cor da secreção, começa a ter tosse a noite. Diferenciar das infecções. Hemoptise: · A hemoptise ocorre por causa da necrose do tumor ou ulceração para dentro do brônquio, causando sangramento que se mistura a secreção brônquica, logo, quando o paciente escarra sai raias de sangue. · Não é a primeira manifestação, mas pode ser o motivo do paciente procurar atendimentos. Obstrução: · Os tumores crescem e invadem brônquios, vai causando obstrução, que pode causar sibilos pela alteração no fluxo de ar. · Além disso, a obstrução do brônquio dificulta o esvaziamento e saída de ar e há acumulo de secreção e muco, causando atelectasias facilitando infeccao. Dispneia: · A dispneia pode ocorrer por obstrução ou pela atelectasia. Sintomas de cada tipo de tumor: · Os tumores perifericos, como adenoCA e CA grandes celulas, tem menos sintomas evidentes, pode ter mais dor torácica e relacionados a invasao da pleura. Já os tumores centrais, como CA epidermoide e CA pequenas celulas, tem mais hemoptise, tosse, atelectasias, dispneia, sibilos, isto é, relacionados a obstrução de brônquios. · Quando paciente com DPOC tem rouquidão, pode ser por invasao de mediastino. É difícil identificar no raio X, logo, se o raio X está normal, investigar mais. · Os tumores centrais são mais difíceis ver no raio X. Sintomas relacionados a invasao de estruturas próximas: Sintomas relacionados as metástases: · Não são comuns. · Pode ter nódulo na região supraclavicular. · Pode ter metastase na pleura, causando derrame pleural. · No coração pode ter invasao direta ou mestastases. · As metástases osseas em 10 a 15% pode causar fraturas patológicas e cerebrais causam cefaleia, náuseas, vômitos, convulsão. A maioria das metástases cerebrais são tumor primario no pulmão. · Pode ter metástase no fígado, glândulas suprarrenais. · Podem causar síndromes paraneoplasicas: são sintomas relacionados a substancias produzidas pelo tumor. Os tumores de pulmão podem produzir hormônio antidiurético. · Não há relação entre a apresentação clinica e a gravidade do tumor. Pode ter sintomas mesmo com tumor pequeno. 5. ESTADIAMENTO. Tumor primário: <2 cm da carina está mais próximo do mediastino, por isso T3. Metastases linfonodais: · São as mais frequentes, 70%. · Inicialmente, há metastases nos linfonodos intralobares, hilo pulmonares, mediastino do mesmo lado, mediastino do outro lado. M · Mas isso não ocorre em todos casos, pode ter linfonodos hilares não comprometidos, mas os mediastinais comprometido, isso é em salto. Estágios: · Nos estágios iniciais, a cirurgia é curativa. · No estágios inetrmediarios, faz cirurgia e quimio ou radio, para tentar tratamento curativo. · No estagio IV, o tratamento é paliativo. · Quando mais aumenta o estagio, diminui a função da cirurgia e aumenta da quimioterapia. 6. EXAMES PARA DIAGNOSTICO E ESTADIAMENTO. Outros exames: · Fazer TC de crânio antes da cirurgia. · PET CT: é uma TC + cintilografia, a cintilografia mostra áreas com aumento do consumo de glicose, as celulas tumorais consomem mais glicose. Para detectar na cintilografia precisam ser maiores de 1cm. Tem falsos positivos, pois infeccao e abscesso tambem aumentam consumo de glicose. · Broncoscopia: A broncoscopia é um ótimo exame no CA de pulmão, faz a visualização direta da traqueia, brônquios principais e mais alguns brônquios. Identifica tumores pequenos centrais e faz biopsia, já orienta o tratamento. É usada nos tumores centrais, não ve os tumores perifericos. Se já tem o diagnostico de tumor periférico não faz brocoscopia. · Toracocentese e biopsia pleural: é feita se tem derrame pleural. · Prova de função pulmonar: avaliar VEF1, se o paciente tem pouca função pulmonar, já usa O2, não pode ressecar um lobo. Orientar o tratamento. · O anatomopatológico serve para diferenciar CA pequenas celulas (doença limitada ou extensa) e não pequenas celulas (80% dos casos, TNM). No pequenas celulas é uma doença sistêmica fazer radio ou quimio. · Citologia do escarro. · US. 7. ACHADOS NO RAIO X E TC. Achados do raio X pulmao: · Normal. · Nódulo periférico. · Massa hilar. · Nódulo cavitado. · Atelectasia. · Infiltrado pneumônico. · Múltiplos nódulos. · Efusão pleural. · Alteração diafragmática. · Tumores de apice: pode ser dificil visualizacao. Imagens da TC: · Diferenciar vasos e bronquios dos tumores: As estruturas tubulares, como vasos e bronquios, na TC são maiores proximas ao hilo e diminui na periferia. Analisar em varias imagens, vai diminuindo para a periferia. Logo, se tem algo maior na periferia não é vaso ou bronquio grande na periferia. 8. PRÉ OPERATÓRIO. · Avaliação geral. · Teste de função pulmonar completo. · Fisioterapia pulmonar. · Pesquisa de metástases se tiver sintomas. · Radioterapia em tumor de pancoast. · N2 X: terapia neoadjuvante com quimio ou radio. · Até 1/3 dos linfonodos de 2 a 4 cm são inflamatórios. O linfonodo aumentado pode ser inflamatório. Fazer mediastinoscopia para fazer biopsia dos linfonodos antes da cirurgia. 9. TRATAMENTO. · Nos estágios iniciais, com boa função pulmonar, fazer cirurgia. Pode não precisar radio ou quimio. · Quando os pacientes tem pouca função respiratória, usar radio ou quimio, não pode fazer cirurgia grande. · 2A e 2B pode fazer cirurgia curativa, mas fazer quimio adjuvante para evitarrecidivas. · A cirurgia é o tratamento com potencial de cura o bom prognóstico depende do diagnóstico precoce. · 50% dos casos de câncer de pulmão primário já são inoperáveis na primeira consulta. · Alguns casos não consegue fazer diagnostico histológico, mas tratar igual. Tratamento dos tumores não pequenas células: · estágio 1: cirurgia é o melhor tratamento. · estágio 2: cirurgia é quimioterapia adjuvante. · estágio 3: cirurgia, radioterapia e quimioterapia. · estágio 4: i recicláveis fazer quimio e rádio paliativas. Tratamento de tumores pequenas células: · São os tumores mais agressivos com menor tempo para duplicação mas é o que apresenta maior sensibilidade aos quimioterápicos. Outros tratamentos: · Receptor do fator de crescimento epidérmico: EGFR. Cirurgia: · Toracotomia: póstero lateral ou anterior axilar. · Pneumectomia: no realizada nós tumores centrais e quando há linfonodos hilares e mediastínicos. A mortalidade é de 5 a 7%, mas há maior mortalidade no pós-operatório. · Lobectomia e bi lobectomia: maioria dos casos. res tem menor mortalidade e melhores resultados que a pneumectomia. · Segmentectomia atípica ou ressecção em Cunha. · Ressecção da parede. · Tumores centrais: pequenos ressecar brônquio e fazer reconstrução, pode fazer uma cirurgia menor. Quando é grande, invadindo brônquio, fazer pneumectomia. Na maioria dos casos, quando o tumor central é operável fazer pneumectomia. · Fazer linfadenectomia. Tosse em 75%, dor torácica 50%, hemoptise (escarro com sangue) 25 a 45%, dispneia 60%, sibilo ou estridor não são comuns, febre 20%. Alguns sintomas são inespecíficos, como anorexia, perda de peso, anemia. O tumor mais periférico pode invadir a pleura e a parede torácica. Os sintomas da invasao da pleura são dor ventilatório dependente, dor pleurítica. Invasao do mediastino pode comprometer o nervo laríngeo recorrente, causando rouquidão. O tumor de esôfago tambem invade o nervo laríngeo recorrente. Se o tumor pulmonar invadir o esôfago causa disfagia, no coração causa arritmias, no nervo frênico causa paralisia no diafragma de um lado. Os tumores do ápice pulmonar podem invadir o plexo braquial, causando diminuicao da força e dor no braço. O derrame pleural ocorre após envolvimento da pleura. O adenoCA que mais causa derrame pleural. TNM: tumor primario, linfonodos, metástases. É usado para orientar o tratamento e prognostico. TC e PET para estadiar. NO: sem linfonodos comprometidos. N1: linfonodos do mesmo lado comprometidos (hilo ou peribrônquicos). N2: linfonodos mediastinais do mesmo lado ou subcarinais. N3: linfonodos do outro lado (mediastinais ou hilo) ou supraclaviculares. Raio X: é o exame inicial mais usado para diagnostico. TC: é um dos melhores exames custo beneficio para estadiamentO. O diagnóstico confirmatório é realizado apenas com a biópsia. A biópsia é realizada através da broncoscopia (nos tumores centrais) e pela punção percutânea (nos tumores periféricos.) Após visualizar nódulos no raio X, fazer TC e confirmação anatomopatológica, com broncoscopia ou biopsia percutânea. Os CA primários de pulmão podem ser divididos em carcinoma de pequenas celulas e não pequenas celulas (epidermoide, adenoCA, tumor carcinoide), pois os carcinomas de pequenas celulas são bem diferentes.
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