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Anamnese I

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1 
 
Anamnese 
Semiologia médica 
O que estuda a semiologia? Os sinais e sintomas das doenças. 
Qual é o seu propósito? Estabelecer um diagnóstico. 
Vem do grego (semeion, sinal + logos, tratado, estudo). 
A semiologia médica estuda a maneira de revela e 
apresentar os sinais e sintomas através da anamnese, exame físico 
e exames complementares. 
Anamnese 
Trazer de novo (aná) a memória (mnesis). 
É o conjunto de informações recolhidas sobre fatos de 
interesse médico que dizem respeito a vida de um determinado 
paciente. 
A anamnese não é uma conversa do dia a dia, pois deve 
ter técnica e prática para uma anamnese de qualidade. 
História 
Hipócrates há 2.500 anos foi o introdutor da anamnese 
como etapa inicial do exame médico. 
“É necessário começar pelas coisas mais importantes e aquelas 
mais facilmente reconhecíveis. É necessário estudar tudo aquilo 
que se pode ver, sentir e ouvir.” 
Hipócrates também incluiu a inspeção e a palpação dos 
pacientes como parte do exame dos doentes. 
Objetivos da anamnese 
 Estabelecer vínculo (confiança) com o paciente. 
 Fundamental para a relação médico-paciente – a relação 
médico paciente se estabelece a partir do primeiro olhar. 
 Fazer a história clínica e reconhecer os fatores pessoais, 
familiares e ambientais relacionados ao paciente e a doença. 
 Estabelecer durante a anamneses quais os aspectos do 
exame físico que merecem mais atenção. 
 Formular uma lista de problemas e hipóteses diagnósticas. 
 Definir a estratégias a ser seguida em cada paciente em 
relação aos exames complementares, procedimentos 
terapêuticos e educacionais. 
Hipótese diagnóstica 
Etiologia, órgão e estrutura envolvida e sua repercussão. 
O médico está sempre em constante investigação. 
Condições para a anamnese 
Postura, apresentação física e distanciamento. 
A apresentação física do paciente apresenta um grande 
impacto nas primeiras impressões. 
É importante se posicionar a mesma altura que o paciente 
para não passar a impressão de superioridade. 
 
Startup “dess code” 
O jaleco 
 O jaleco surgiu no final da 
Idade Média para 
proteger os médicos 
europeus da peste 
bubônica, e era 
acompanhado de luvas, 
chapéu, máscara e até um 
bico que protegia o nariz. 
 Detalhe: era feito de 
tecidos escuros e, quanto 
mais manchado fosse, 
mais moral dava ao 
médico, pois indicava que 
ele havia tratado muitos 
pacientes. 
 Foi só no século XIX, quando provou-se que muitas doenças 
vinham da falta de assepsia nos hospitais, que o jaleco branco 
e limpo virou norma. 
Zona interpessoal 
 
 
Condições da Anamnese 
 Apresentação nominal. 
 Aperto de mão. 
 Empatia. 
 Explicar o que vai fazer. 
 Garantir privacidade, sossego e conforto (adequação do 
ambiente). 
Receber o paciente com sorriso, estender a mão e aperta-
la são a melhor maneira de estabelecer vínculo. 
 
2 
 
Utilizar as roupas adequadas e cuidar com vocabulário. 
 Considerar o estresse do paciente e o medo da doença. 
 Não demonstrar sentimentos desfavoráveis (impaciência, 
irritação, desprezo, tristeza). 
 Dispor de tempo e motivação para ouvir o paciente, encoraje 
a narrativa. 
 Evitar interrupções e distrações, deixe o paciente concluir seu 
pensamento. 
 Ter paciência com respostas pouco claras. 
 Desenvolver habilidades interpessoais: pacientes com 
comportamentos e personalidades diferentes. 
 Possuir conhecimentos teóricos sobre as doenças: “só se acha 
o que se procura e só se procura o que se conhece”. 
 Cuidado com atitudes. Nada passará desapercebido pelo 
paciente. 
 Seja observador. Atenção para o comportamento do paciente 
captar as mensagens não verbais. 
 Não opinar sobre assuntos estranhos à moléstia (religião, 
política, moral). 
 Não desvalorizar precocemente informações. 
 Adaptar a entrevista conforme cultura, educação e condições 
econômicas. 
 Não formar pré-conceito. 
 Ser humano, sistemático, organizado e ter poder de síntese. 
Limitações da anamnese 
 Deficiência na fonação e audição. 
 Diferenças de linguagem. 
 Depressão do estado de consciência. 
 Distúrbios mentais. 
 Deficiência de memória e observação. 
 Dor ou dispneia. 
 Inibição ou distração causada pela presença de outras 
pessoas. 
Importante! 
 Perfil do paciente (calado, falante, ansioso, nervoso, 
agudo/crônico). 
 Adaptar o nível da entrevista (cultural). 
 Prontuário. 
 Anotações. 
 Utilize ao máximo seus olhos, ouvidos, nariz e mãos. 
 Empatia sempre. 
Tipos de anamnese de acordo com o contexto clínico 
- Anamnese de consultório (hipotético-dedutiva). 
- Anamnese hospitalar (à beira do leito). 
- Anamnese de urgências ou emergências médicas. 
Componentes da anamnese 
- Apresentação e identificação 
- Queixa principal 
- História da doença atual 
- História Médica Pregressa 
- História Familiar 
- História psicossocial 
- Revisão de Sistemas 
Apresentação cordial 
Declarar seu nome, sua função e finalidade do que irá 
fazer. 
 
Identificação do paciente 
Nome completo, idade, sexo, cor-etnia, estado civil, 
profissão, local de trabalho, naturalidade, residência. 
 
Queixa principal 
Motivo principal que levou o paciente a procurar o médico 
para a consulta ou a se hospitalizar. 
 Sucinto, em poucas palavras, se possível com termos do 
próprio paciente. 
 Não rotular ou tomar ao pé da letra os diagnósticos do 
paciente (salvo já tenha claramente diagnóstico definido). 
História da doença atual (HDA) 
Duas maneiras para coletar as informações: 
1. Narrativa espontânea (perguntas abertas). Risco: “perda de 
rumo”. 
2. Interrogatório (perguntas dirigidas). Requer rigor técnico. 
Ideal: perguntas abertas e perguntas dirigidas simultaneamente. 
 Narrativa espontânea 
 Determina o sintoma-guia. 
 Use o sintoma-guia como fio condutor da história e 
estabeleça as relações das outras queixas com ele. 
 Marque a época do seu início. 
 Verifique se a história obtida tem começo, meio e fim. 
 Ao final, fazer um resumo da HDA. 
Exemplo de questões abertas 
Que tipo de problema você tem? 
Como tem estado sua saúde? 
Qual o motivo da sua consulta/internação? 
Fale-me sobre a sua dor de (cabeça, estomago). 
Fale-me mais sobre isso. 
Estou curioso sobre. 
Você pode descrever seus sentimentos quando tem dor? 
Como tudo começou? 
 Interrogatório 
Os sintomas tem localização, qualidade, intensidade, irradiação, 
cronologia, sintomas associados, fatores de alívio e agravo. 
Exemplos de perguntas dirigidas 
Quando doi? 
Quando você tem queimaão? 
Você sente a dor em outro local? 
Tens febre? 
Tipo de questões a evitar 
Perguntas indutivas/sugestivas: 
- Você sente dor no braço esquerdo quando sente dor no peito? 
- O senhor já teve pneumonia? 
- O senhor costuma fumar? 
- Essa dor é forte? 
Questão múltipla: 
- Você tem suores noturnos, calafrios ou febre? 
Uso de jargão médico: 
- Você pode ter uma hemianopsia. 
Controlar a ansiedade de questionar – ouvir! 
Aceitar com humildade as informações do paciente 
mesmo que confusas, imprecisas e incoerentes. 
 
3 
 
Perguntas complementares no final. 
Conduzir sem induzir o paciente.

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