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FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR SANTA BÁRBARA CURSO DE GRADUAÇÃO BACHARELADO DE DIREITO DJAVAN CESÁRIO VIEIRA PROCEDIMENTOS ESPECIAIS DE JURISDIÇÃO CONTENCIOSA TATUÍ - SP 2020 DJAVAN CESÁRIO VIEIRA PROCEDIMENTOS ESPECIAIS DE JURISDIÇÃO CONTENCIOSA Trabalho Extraordinário do Curso de Graduação Bacharelado em Direito da Faculdade de Ensino Superior Santa Bárbara– FAESB, sob a orientação da Profº Domingos Polini Netto TATUÍ - SP 2020 PROCEDIMENTOS ESPECIAIS DE JURISDIÇÃO CONTENCIOSA INTRODUÇÃO A jurisdição é o poder que o Estado possui para dar soluções aos conflitos existentes através de duas ou mais partes, impondo um arbitramento baseada na legislação, mesmo que de forma coercitiva. A coação de uma sentença é feita para coibir a autotutela de interesses individuais, possibilitando e garantindo a pacificação social, que é o intuito do próprio Estado, mantendo a ordem através das instituições. Em resumo, a jurisdição contenciosa tem como intuito a composição e a solvência de um litígio, trazendo uma resolução e evitando algum tipo de ameaça ou de violação aos princípios básicos que norteiam a sociedade. O QUE DETERMINA A JURISDIÇÃO CONTENCIOSA Em princípio, a jurisdição contenciosa é estabelecida caso exista partes antagônicas, havendo, de um lado, o responsável, que busca alcançar uma conclusão judicial a uma divergência de interesses e, do outro, o indiciado, que é o indivíduo sobre a qual se pressupõe atitudes que vão contra o interesse e a ordem social. A jurisdição contenciosa, consequentemente, contém as partes em desordem, ou litígio, um processo judicial e uma sentença que vai proporcionar uma das partes em agravo da outra, sendo geral e rotineiro que haja litigiosidade. A sentença judicial, proferida pelo juiz, determina a ocorrência a ser tomada, substituindo o arbítrio das partes em litígio e é obrigatória, devendo ser cumprida, já que foi tomada com alicerce em dados e fatos comprovados, tendo como apoio a legislação relativo ao processo. Assim, como substitutiva da vontade das partes em litígio, a jurisdição contenciosa apresenta uma saída independentemente da vontade dos litigantes, sendo imperativa, de observância compulsória e, se essencial, até mesmo forçada. O juiz, consequentemente, representa o Estado e a legislação ao considerar o pedido do autor, averiguar as provas e as informações, decidir, através da sentença, o que deve ser feito, substituindo a vontade das partes e aplicando ao fato a vontade da norma jurídica. Conforme a jurisdição voluntária permite uma concordância entre as partes, muitas vezes sem chegar a uma ação jurídica, a jurisdição contenciosa estabelece a vontade do Estado, emitida através das normas legais. A JURISDIÇÃO CONTENCIOSA É IMPERATIVA Destaca-se, então, que a jurisdição contenciosa é imperativa, permitindo que um juiz, mediante a exibição de questões relacionadas a um determinado litígio, impõe uma sentença dentro dos padrões estabelecidos pela Lei, buscando uma solução para o conflito e a paz entre as partes. A sentença proferida através do magistrado em qualquer processo representa a voz do Estado. É imprescindível ressaltar, além disso, que existe o princípio de adstrição na jurisdição contenciosa, condição prevista nos Código de Processo Civil, em que o juiz só pode conferir na sentença do que foi realmente pleiteado em juízo, sob pena de nulidade do julgado. O princípio da adstrição estabelece que o magistrado, quando confere a sentença judicial, só tem o poder de certificar à parte a soma ou a parcialidade do que está sendo disputado em juízo. Isto é, não havendo alicerce competente para aplicar uma sentença que conceda o direito ao pleiteante, ele poderá conferir parcialmente uma ordem, desde que dentro daquilo que foi pleiteado. DIFERENÇAS ENTRE A JURISDIÇÃO VOLUNTÁRIA E A JURISDIÇÃO CONTENCIOSA Enquanto a jurisdição voluntária possui caráter administrativo, solucionando um negócio judicial com a participação do juiz, a jurisdição contenciosa tem caráter jurisdicional, onde o Direito tem como objetivo a pacificação social, substituindo a vontade das partes que, se nunca for cumprida, pode ser aplicada de forma coercitiva. A jurisdição voluntária nunca apresenta desordem de interesses, não havendo uma coisa a ser julgada. Dessa forma, jamais existe uma sentença, mas sim um método, adverso da jurisdição contenciosa, onde o juiz age a partir de um conflito de interesses, julgando um processo e determinando o que deve ser concluído. REFERÊNCIA https://blog.juridicocerto.com/2017/11/voce-sabe-o-que-e-jurisdicao-contenciosa.html. Acessado em 25 maio 2020.
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