tubular proximal. Observação: a anidrase carbônica catalisa a reação entre CO2 e H2O, produzindo H2CO3, que ioniza espontaneamente em H+ e HCO3 –. 8 A diminuição na capacidade de troca Na+ /H+ na presença de acetazolamida resulta em uma diurese leve. Além disso, o HCO3 – é retido no lúmen, com acentuada elevação no pH urinário. A perda de HCO3 – causa acidose metabólica hiperclorêmica e redução da eficácia diurética após alguns dias de tratamento. Usos terapêuticos: • Glaucoma: a acetazolamida diminui a produção de humor aquoso e reduz a pressão intraocular em pacientes com glaucoma de ângulo aberto, provavelmente bloqueando a anidrase carbônica no corpo ciliar do olho. Os inibidores da anidrase carbônica tópicos, como dorzolamida e brinzolamida, têm a vantagem de não causar efeitos sistêmicos. • Doença das montanhas: a acetazolamida pode ser usada na profilaxia da doença aguda das montanhas, pois previne fraqueza, falta de ar, tontura, náuseas e edemas cerebral e pulmonar característicos da síndrome. Farmacocinética: A acetazolamida pode ser administrada por via oral ou IV. Cerca de 90% se liga a proteínas e é eliminada por via renal por secreção tubular ativa e reabsorção passiva. Efeitos adversos: Podem ocorrer acidose metabólica (leve), depleção de potássio, formação de cálculos renais, sonolência e parestesia. O fármaco deve ser evitado em pacientes com cirrose hepática, pois pode levar à diminuição da excreção de NH4 +. Inúmeras substâncias químicas hidrofílicas simples que são filtradas pelos glomérulos, como manitol e ureia, resultam em algum grau de diurese. Substâncias filtradas que sofrem pouca ou nenhuma reabsorção causam aumento do débito urinário. A presença dessas substâncias resulta em aumento da osmolaridade do líquido tubular e evita a reabsorção adicional de água, resultando em diurese osmótica. Como os diuréticos osmóticos são usados para aumentar a excreção de água, em vez de Na+, eles não são úteis no tratamento de condições nas quais ocorre retenção de Na+. Eles são usados para manter o fluxo urinário após a ingestão de substâncias tóxicas agudas capazes de produzir insuficiência renal aguda. Os diuréticos osmóticos constituem o principal tratamento para pacientes com aumento de pressão intracraniana ou com insuficiência renal aguda devido a choque, toxicidade por drogas e traumatismo. A manutenção do fluxo urinário preserva a função renal em longo prazo e pode preservar o paciente da diálise. Os efeitos adversos incluem expansão da água extracelular e desidratação, bem como hipo ou hipernatremia. A expansão da água extracelular ocorre porque a presença de manitol no líquido extracelular retira água das células e causa hiponatremia até acontecer a diurese 9