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Fecundação Dois gametas haploides se fundem, restaurando a diploidia daquela espécie. Assim, garantimos que haja a transmissão desses caracteres adiante, a mesma quantidade de material genético que compõe um, compõe seu descendente. O espermatozoide deve atravessar a corona radiata, formada pelas células da granulosa, chegar numa rede de glicoproteínas, que reveste externamente o ovócito, a zona pelúcida e chegar na membrana plasmática do ovócito, tendo que fundir sua membrana. Quando o espermatozoide se funde, do espermatozoide, a única coisa que entra é o núcleo e os centríolos, que coordenaram a primeira divisão celular do zigoto. A zona pelúcida é uma rede amorfa de glicoproteínas que reveste a superfície do ovócito, quando o espermatozoide está atravessando, deve destruir focalmente uma parte da zona pelúcida. Os espermatozoides sabem para que tuba uterina deve ir por uma quimiotaxia, os resíduos liberados juntos da ovulação vão se diluir, servindo como um agente químico quimioatrativo para o espermatozoide -> o ovócito só termina a meiose II quando o núcleo do espermatozoide é internalizado, há a formação do secundo corpo polar. A célula formada passa a ter um pró- núcleo feminino e um masculino. -> O núcleo masculino, que estava dentro do espermatozoide estava muito denso, começando a se descompactar -> O pró-núcleo feminino já estava no ovócito Agora esses dois pró-núcleos precisam se organizar em um só, a carioteca dos dois pró-núcleos precisa se desfazer (os pró-núcleos somem na microscopia ótica), com a dissolução das cariotecas, os cromossomos maternos e paternos se alinham, iniciando a primeira divisão mitótica No interior das vias femininas os espermatozoides sofrem uma reação chamada reação acrossomal/acrossômica, um processo de exteriorização das enzimas armazenadas no acrossomo, a membrana plasmática do espermatozoide e do acrossomo se fundem, gerando poros em que as enzimas serão externalizadas. As células da corona radiata estão aderidas a uma matriz, unindo uma célula a outra, nessa matriz há um glicosaminoglicano (carboidrato formado por açúcares carregados) -> quando há uma proteína ancorada com um ou mais glicosaminoglicanos ele se torna um proteoglicano, que é encontrado na superfície células voltado para o lado externo das células. O ácido hialurônico é um glicosaminoglicano de matriz e livre (retém água), sem se conjugar com proteínas, se encontra entre uma célula da corona radiata e outra. A degradação do ácido hialurônico ocorre por uma enzima chamada hialuronidase, que está no acrossomo e é externalizada através da reação acrossomal, a hialuronidase digere o ácido entre uma célula e outra, afrouxando a ligação entre elas, atravessando a barreira total da corona radiata. A segunda barreira a ser atravessada é a zona pelúcida, formada por glicoproteínas sulfatadas chamadas de ZP (ZP1, ZP2 e ZP3), que formam uma rede, assim, vão se polimerizando para cobrir a superfície do ovócito. Há uma enzima chamada acrosina, que também se encontra dentro do acrossomo do espermatozoide, não a secreta, mas a mantém presa em sua superfície, degradando as glicoproteínas da zona pelúcida, abrindo passagem focalmente (não é degradada por completo) para um espermatozoide passar. O ambiente intrauterino possui Ca2+, que entra no espermatozoide, com um influxo de Ca2+ associado a um efluxo de H+. Com a entrada de Ca2+, a célula joga H+ para fora, mudando o pH do espermatozoide, favorecendo a fusão das duas membranas. -> A proteína ZP3 consegue ser associada ao espermatozoide e é necessária para que o espermatozoide consiga abrir caminho Reação cortical: leva a externalização de enzimas produzidas pelo ovócito, que se encontram em grânulos, que são liberadas na fecundação (junção de duas células) e degradam todas as proteínas ZP3 que ainda estavam na zona pelúcida, sobrando a ZP1 e ZP2, consequentemente, se um espermatozoide foi internalizado, há a degradação do ponto de ancoragem dos outros espermatozoides, evitando a polispermia, a fecundação do ovócito por mais de um espermatozoide. -> Nos primeiros dias após a fecundação, o zigoto fica na zona pelúcida para se proteger de proteínas imunogênicas, para evitar a rejeição. Enquanto ele não sai da zona pelúcida, não consegue se implantar no endométrio. A desintegrina é um receptor que fica na superfície do espermatozoide, é formada por duas proteínas que interagem, as fertilinas (alfa e beta), interage com uma proteína do ovócito chamada CD9. Quando se associam o ovócito começa a sofrer mudanças metabólicas facilitando o processo de fusão das membranas; a membrana do espermatozoide e a membrana do ovócito se fundiram, formando uma passagem por onde o núcleo altamente condensado poderá ser introjetado para dentro do ovócito, agora, o núcleo e os centríolos do espermatozoide serão introduzidos no ovócito. As mudanças metabólicas do ovócito são importantes para a ocorrência de mitoses. No término da meiose II, metade das cromátides dão origem ao pró-núcleo feminino, a outra metade dá origem ao 2º corpo polar (sinal de fecundação in vitro). Deve ocorrer a fusão dos dois pró-núcleos, assim, suas membranas devem se dissolver, carioteca que os envolvem externamente se dissolvem, desaparecendo os dois pró-núcleos, para o alinhamento dos cromossomos materno e paterno, gerando o zigoto em um estágio com um único núcleo visível (formação da carioteca do núcleo do zigoto).