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Fasciculo_T_E_F_O V8 REVISADO

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Centro de Formação Tecnologico do ITEL (CFITEL). 
Bairro CTT, Km 7- Rangel – Luanda - Angola 
 www.itel.co.ao. 
E-mail: formacao.formacao@cfitel.gov.ao 
 
 Versão 1.5 
Autor: Dionísio 
Fama Noque 
CENTRO DE FORMAÇÃO TECNOLÓGICO DO ITEL –CFITEL. 
 
 
 
Testes e Emendas de Fibras Ópticas 
 
 
 
Formador: Dionísio Fama Noque. 
dionisiofama@hotmail.com 
 
 
 
 
 
 
 
Todos os direitos reservados pelo autor. 
Em nenhuma circunstância esse material poderá ser reproduzido ou transmitido sejam quais 
forem os meios usados: electrônicos, mecânicos, fotográficos ou quaisquer outros. 
mailto:dionisiofama@hotmail.com
Curso de Testes e emendas de Fibras ópticas. 
2 Centro de Formação Tecnologico do Itel – CFITEL 
formaca.formacao@cfitel.gov.ao 
 
 
 
Índice 
 
1.0.Introdução 
2.0.Transmissão nas fibras ópticas 
3.0.Fundamentos das fibras ópticas 
4.0.Vantagens da fibra Óptica 
5.0.Desvantagens da fibra óptica. 
6.0.Noções Básicas da óptica 
7.0.Divisão do estudo da óptica. 
7.1.Fenômenos da Óptica Geométrica 
7.1.2.Reflexâo da luz 
7.1.3.Refraçâo 
7.1.4.Refraçâo da luz 
7.2.Confinamento da luz na fibra 
7.3.Reflexão total 
8.0.O Espectro Eletromagnético 
9.0.Tipos De Fibras Ópticas 
9.1.Estrutura Básica Da Fibra Óptica 
9.2.Cabos ópticos. 
10.0.Fontes De Luz 
10.1.Comprimento de Onda 
10.2.Modulação 
10.3.Diferença entre LEDs e Lasers 
11.0.Atenuação 
12.0.Capacidade de Informação 
13.0.Conectores 
13.4.TIPOS DE CONECTORES 
15.0.Emendas De Fibras Ópticas 
15.1.TIPOS DE EMENDAS 
15.3.ATENUAÇÃO EM EMENDAS ÓPTICAS 
15.4.Reflexão de Fresnel 
16.0.RETROESPALHAMENTO 
16.1.Espalhamento Rayleigh. 
17.0.Testes Em Fibras Ópticas 
17.1.Teste de identificação e continuidade 
17.2.Teste de Perda de potência 
17.3.Testes com o OTDR 
18.0.Zona Morta 
19.0.Eventos que podem ser detectados através do tracer do OTDR. 
20.0.Medidas De Atenuação 
20.1.Verificação De Enlaces De Fibras Ópticas 
25.0.Bibliografia. 
 
 
 
 
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1. INTRODUÇÃO 
 
A comunicação com fibra óptica tem suas raízes nas invenções do século XIX. 
Um dispositivo denominado Fotofen convertia sinais de voz em sinais ópticos 
utilizando a luz do sol e lentes montadas em um transdutor que vibrava ao entrar em 
contato com o som. A fibra óptica em si foi inventada pelo físico indiano Narinder 
Singh Kanpany, ela se tornou mais prática, durante os anos 60 com o surgimento das 
fontes de luz de estado sólido, raio lazer e os LEDs (do inglês light-emitting diodes), e 
das fibras de vidro de alta qualidade com poucas impurezas. As companhias telefônicas 
foram as primeiras a se beneficiar do uso de técnicas de fibra óptica em conexões de 
longa distância. Em meados da década de 80 foram estendidos nos Estados Unidos e no 
Japão, milhares de quilômetros de cabos ópticos para estabelecer comunicações 
telefônicas. 
As fibras ópticas são ainda usadas em vários equipamentos médicos projetados 
para examinar o interior do corpo, uma vez que as imagens transmitidas podem ser 
ampliadas e manipuladas para permitir uma observação mais detalhada de cavidades do 
organismo. Recorre-se também à fibra óptica nos estudos de física e engenharia nuclear 
para a visualização das operações que se realizam na inspeção do núcleo dos reatores. 
 As Fibras Ópticas são fios finos feitos de sílica, silicone, vidro, nylon ou 
plástico, que são materiais dielétricos (isolantes elétricos) e transparentes para a faixa do 
espectro da luz visível e infravermelho próximo. São guias de onda e podem ser 
informalmente entendidas como "encanamentos de luz": A luz aplicada a uma das 
extremidades percorre a fibra até sair pela outra extremidade, podendo este percurso 
atingir centenas de quilômetros sem a necessidade de que o sinal seja regenerado ou 
amplificado. 
Cada metade do cabo de fibra óptica é composta de camadas de material. Na 
parte externa, uma cobertura plástica deve obedecer às normas de construção no prédio 
e aos códigos de proteção contra incêndio para que o cabo inteiro fique protegido. Sob a 
cobertura, uma camada de fibras Kevlar (também usada em coletes à prova de bala) 
amortece impactos e proporciona maior robustez. Sob as fibras de Kevlar, outra camada 
de plástico denominada capa dá proteção e amortecem impactos. Alguns cabos de fibra 
óptica projetados para entrarem em contato com o solo devem conter fios de aço 
inoxidável ou de outro material que proporcionam maior robustez. Todos esses 
materiais protegem o fio de vidro. 
Os dados percorrem o centro de cada fio de fibra de vidro denominado núcleo. A 
luz de um diodo ou lazer entra no núcleo através de uma das extremidades do cabo e é 
absorvida por sua parede (um fenômeno denominado reflexão total interna). As fibras 
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ópticas são atualmente as maiores responsáveis pelas revoluções ocorridas nas 
telecomunicações. Elas têm tomados os lugares dos cabos metálicos na transmissão de 
dados e têm capacidade de transmitir uma quantidade enorme de informações com 
confiabilidade e velocidade incríveis. 
2. Fundamentos das Fibras Ópticas 
Actualmente no mercado existem vários tipos de fibras ópticas, e elas têm 
características diferentes. Muitos tipos distintos estão disponíveis, projetados para 
aplicações especificas e podem ser usadas em conjunto ou individualmente. As fibras 
ópticas individuais são usadas em virtualmente todas as aplicações de comunicações e 
para muitos outros propósitos. Cada fibra é separada opticamente das outras fibras 
apesar de muitas fibras separadas poderem ser acondicionadas em um cabo comum. 
Muitas fibras são feitas de vidro, plásticos ou vidro isolado por plástico; algumas fibras 
especiais são feitas de outros matérias exótico composto fluorídrico. As fibras padrão 
são flexíveis, mas um pouco duras; a flexibilidade depende do diâmetro da fibra. As 
fibras costumam ser comparadas a cabelos humanos, mas qualquer um que tenha 
pensado nessa comparação deve ter tido cabelos bem duros ou fibras plásticas muito 
finas. As fibras de comunicação são mais grossas até do que o mais espesso fio de barba 
que um homem possa ter do mesmo comprimento. Uma comparação melhor seria a 
linha de pesca mono filamento. Ao contrario dos fios, as fibra retornam à sua forma 
original depois de serem dobradas. 
3. Vantagens das Fibras Ópticas 
Baixa atenuação 
A fibra óptica apresenta uma perda de potência por quilometro muito menor do 
que os sistemas que utilizam cabos metálicos, guias de ondas ou transmissão não física 
(espaço livre). Exemplo: Um cabo coaxial operando em 5 GHz pode apresentar perda 
superior a 100 dB/Km, enquanto as modernas fibras ópticas apresentam uma perda de 
0,1 a 0,25 dB/Km, operando nos comprimentos de onda de 1,55 e 1,31 micrometros 
(µm) respectivamente. Nos sistemas radioelétricos operando na faixa de micro-ondas 
com antenas parabólicas de alto ganho, a perda por quilometro é menor do que nos 
sistemas a cabos coaxiais ou a guias de onda, mas ainda assim, muito maiores do que 
nos sistemas de fibras ópticas. Isto significa que é necessário uma quantidade menor de 
repetidores para a cobertura total do enlace. Alem disso, podemos aumentar ainda mais 
o enlace óptico com a utilização de amplificadores ópticos, se for necessário. 
 Maior capacidade de transmissão 
Na transmissão por fibras ópticas as portadoras possuem frequência na faixa de 
luz, valores na casa de centenas de terahertz. Este facto permite que se preveja a 
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possibilidade de elevadíssimas velocidades de transmissão a uma taxa de centenas ou 
mesmo milhares de megabits/segundo.Esta propriedade implica um grande aumento na 
quantidade de canais de voz sendo transmitido simultaneamente. A capacidade pode ser 
aumentada ainda mais utilizando-se da técnica de multiplexagem em comprimento de 
onda, na qual vários comprimentos de onda são transmitidos pela mesma fibra óptica, 
cada um transportando diversos canais de voz com modulação. 
Redução nas dimensões e no peso dos cabos. 
O diâmetro externo da fibra óptica é muito menor do que o dos cabos coaxiais 
convencionais das faixas de microondas tipicamente, uma fibra óptica possui um 
diâmetro próprio de 125 μm, isto é, pouco mais de 1/10 de milímetro. Com o acréscimo 
de camadas de proteção, o diâmetro final pode alcançar entre 0,5 mm e 1 mm, 
dependendo da técnica de fabricação e do tipo de fibra óptica. Resulta pois, em um peso 
muito reduzido, maior flexibilidade mecânica, menor espaço para instalação, menor 
custo de transporte e armazenagem. 
Condutividade elétrica nula 
A fibra óptica é constituída de vidro altamente transparente com elevadíssima 
resistência elétrica. Portanto, não necessita ser alterada nem protegida contra descargas 
elétricas. Além do aspecto da segurança no manuseio durante a instalação, na 
manutenção e na operação a fibra é capaz de suportar elevadíssimas diferenças de 
potenciais elétricos sem riscos para o sistema. 
Qualidade na transmissão 
Como resultado imediato da imunidade as interferências eletromagnética, os 
sistemas baseados a fibra garantem uma qualidade de transmissão com varias ordens de 
grandeza melhores do que os enlaces de microondas ou com cabos coaxiais e guias de 
ondas. O padrão básico em um sistema de comunicações digitais empregando fibras 
ópticas estabelece uma taxa de erro de bit de 10
-9
, sendo o valor 10
-11 
ou mesmo melhor 
um objetivo normalmente alcançado. Trata-se de uma qualidade significativamente 
superior à dos sistemas convencionais, onde os valores típicos situam-se entre 10
-5
 e 10
-
7
 para a taxa de erro de bit. 
Sigilo na Transmissão 
Da mesma forma que o sinal óptico guiado não sofre interferências externas, não 
poderá também perturbar um sinal próximo, a não ser que haja um contacto físico ou 
que a fibra tenha sofrido algum tipo de deformação. Em condições normais de 
propagação a luz não é irradiada pela fibra óptica, não podendo ser captada por um 
equipamento externo. Uma das principais conseqüências desta vantagem é a garantia de 
um sigilo quase absoluto para informação transmitida. O sistema fica particularmente 
interessante para comunicações militares, transmissão de dados entre bancos e 
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quaisquer outras aplicações onde o sigilo seja de importância fundamental para a 
eficiência da comunicação. 
Facilidade de obtenção da matéria prima 
A fibra óptica é construída a partir da sílica (SiO2), um dos materiais mais 
abundantes da terra. Para se ter uma idéia a sílica é o principal componente da areia. 
Infelizmente, não é conveniente do ponto de vista tecnológico a fabricação da fibra 
óptica a partir desse material. Utiliza-se normalmente o quarto cristalino, do qual 
existem gigantescas reservas no mundo. 
Largura de faixa e extensão do enlace 
As fibras ópticas modernas apresentam largura de faixa muito grande 
(multigigahertz x quilômetros) com baixa atenuação (inferior a 0.3 dB/Km, no caso das 
fibras monomodo operando em comprimentos de onda de 1,3 μm ou 1.55 μm). Por estas 
características, os sistemas a fibra são os que apresentam o menor custo por quilometro 
por canal instalado. 
Imunidade as interferências eletromagnéticas. 
Sendo um meio altamente isolante, não é possível a indução de correntes na 
fibra óptica por quaisquer sinais que estiverem próximos. Por conseguinte, a 
transmissão é completamente imune às interferências eletromagnéticas externas. Isto 
permite sua instalação em ambientes altamente ruidosos do ponto de vista 
eletromagnético sem que cause qualquer deterioração na qualidade de sua transmissão. 
Esta propriedade permitiu o desenvolvimento de cabos especiais de fibras ópticas que 
acompanham paralelamente as linhas de transmissão. 
4. Desvantagens da fibra óptica. 
Embora as características vantajosas das fibras ópticas superem em muito suas 
desvantagens, alguns efeito indesejáveis devem ser conhecidos, a fim de que se possa 
orientar adequadamente a sua utilização. 
Custo elevado para sistemas de pequenas larguras de faixa. 
A redução no custo de um sistema óptico só é sentida quando puderem ser 
aproveitadas sua elevada capacidade de transmissão e pequena atenuação. Isto é, ao se 
empregar uma fibra de baixa atenuação e grande largura de banda em um sistema de 
pequena distância e baixa capacidade o seu custo pode ser superior aos que empregam 
cabos de cobre. Só se justificaria nos casos em que as outras propriedades da fibra 
óptica fossem exigidas, como por exemplo, imunidade as interferências 
eletromagnéticas. 
Dificuldades nas emendas e conectores. 
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Frequentemente, os cabos de fibras ópticas necessitam ser emendados para a 
complementação de um determinado enlance. Isto exige uma tecnologia 
incomparavelmente mais sofisticada do que a tradicionalmente aplicada nos cabos com 
condutores de cobre. Já existem equipamentos que permitem a execução rápida da 
emenda da fibra. O sistema mais comum é o que emprega a maquina de fusão por arco 
voltaico, capaz de executar uma ligação entre duas pontas da fibra quase perfeita. 
Todavia, o seu custo é bastante elevado dado o valor muito baixo da perda final que 
deve garantir a emenda. Para a ligação dos conectores, têm-se dificuldades semelhantes. 
A precisão mecânica deve ser bastante rigorosa e o componente tem de dispor de 
recursos que facilitam o alinhamento correto da fibra óptica. A colocação e fixação nas 
extremidades exigirão ferramentas especializadas, sem as quais corre-se o risco de se 
aumentar as perdas de potência nesses pontos. Embora que hoje em dia a emenda 
mecânica não seja utilizada no campo devido o elevado grau de atenuação apresentado e 
pelo facto da emenda mecânico não apresentar as perdas ou atenuação depois da 
emenda- A emenda mecânica é usado frequentemente nos dias de hoje em academias de 
estudo e pesquisa. 
Absorção de hidrogênio. 
Pode ocorrer difusão de moléculas de hidrogênio para o interior da sílica, 
acarretando alterações em suas características de transmissão. Será afetada 
principalmente a atenuação do sinal guiado. O aumento da perda é devido 
principalmente a dois fatores. Em primeiro lugar, moléculas de hidrogênio que não 
reagem com a sílica absorvem parte da energia da luz em movimento de vibração dentro 
do vidro. Em segundo lugar, o hidrogênio pode reagir com a sílica formando íons 
hidroxilas acumulados em determinados pontos do vidro. A concentração desses íons 
depende da composição da fibra, da temperatura e da pressão do gás hidrogênio. A 
perda apresenta um valor Máximo em um comprimento de onda de 1,24μm e este 
Máximo esta diretamente ligado a pressão do gás. As fibras multímodo, cujo núcleo 
possui um grande diâmetro em relação ao comprimento de onda da luz transmitida e é 
dopado com uma taxa elevada de fósforo, são mais sensíveis a este problema. Nas fibras 
mono modos que possuem diâmetros de núcleos muito menores, em geral este efeito é 
desprezível. 
Sensibilidade a irradiação 
Quando bombardeada por partículas nucleares de grande energia a fibra óptica 
fica opaca, dificultando a transmissão da luz. Ao ser submetido a uma irradiação de alta 
intensidade, primeiramente a fibra óptica brilha e logo em seguida escurece 
rapidamente. Cessada a irradiação, a perda na transmissão vai se reduzindo 
gradativamente, mas estabiliza-seem um valor intermediário maior do que o existente 
antes do evento. Ou seja, ocorre um dano permanente no guia óptico. A rapidez com 
que a fibra tende a recuperar as características de transmissão depende da temperatura, 
levando um tempo menor em temperaturas mais elevadas. O valor final da atenuação 
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depende do tipo e da quantidade de dopante utilizados no vidro com o qual a fibra é 
construída. As fibras com núcleo de sílica levemente dopada com GeO2 (óxido de 
Germânio), ou mesmo sem dopagem são menos afetadas. A influência será maior nos 
comprimentos de ondas de menos atenuação da fibra, como por exemplo, em 1,3μm ou 
1,55μm. 
A escolha da frequência 
A transmissão e a detecção em um sistema a fibras ópticas devem ser feitas em 
certos comprimentos de onda, fixados pelas características das fontes de luz dos 
fotodetectores e pelas faixas que permitem baixa atenuação e baixa dispersão nas fibras 
ópticas. Assim sendo, em sistemas de comunicações ópticas não é possível, por 
enquanto, ajustar-se a frequência de operação a qualquer valor que seja mais 
conveniente. Nos sistemas tradicionais esse parâmetro é facilmente controlado 
variando-se alguns elementos dos circuitos que comandam um oscilador eletrônico no 
receptor. 
Não permitir mobilidade. 
Considerando que actualmente a mobilidade dos usuários é um pré-requisito 
para diversas aplicações que utilizam sistemas de telecomunicações, a aplicação de 
fibras ópticas se restringe a interligar os equipamentos e as estações que fornecem estes 
serviços. 
5. Noções Básicas da óptica 
O funcionamento das fibras ópticas depende de princípios básicos da óptica e a 
interação da luz com a fibra. Do ponto de vista físico, a luz pode ser vista como onda 
eletromagnética ou como fótons. Trata-se da famosa dualidade onda-partícula da física 
moderna. Ambos os pontos de vista são validos e valiosos, mas o ponto de vista mas útil 
para a óptica costuma ser considerar a luz como raios viajando em linhas retas entre ou 
dentro de elementos ópticos, que podem refletir ou refratar raios de luz em suas 
superfícies. 
Devido à grande diversidade de fenômenos luminosos, por razões didáticas, 
convencionou-se dividir o estudo da óptica em duas partes: 1 – Óptica geométrica: 
Estuda os fenômenos que são explicados sem que seja necessário conhecer a natureza 
do agente físico luz (comprimento de onda, velocidade, etc.). Ex: a reflexão e a 
refração. 2 – Óptica física: Estuda os fenômenos cuja compreensão e elaboração de leis 
só são possíveis com o conhecimento da natureza do agente físico. Ex: interferência, 
polarização, difração e dispersão. 
No estudo da óptica geométrica os fenômenos mais importantes são o da 
reflexão e o da refração. Quando um feixe de luz atinge a superfície de separação entre 
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dois meios. Podem ocorrer: REFLEXÂO, fenômenos que consiste no fato de a luz 
voltar a se propagar no meio de origem, obedecendo a determinadas leis. REFRAÇÂO, 
fenômeno que consiste no fato de a luz passar de um meio para outro diferente, 
obedecendo a determinadas leis (fig.1). ABSORÇÂO, a luz é absorvida na fronteira e 
então a energia radiante se transforma em térmica. 
 
Figura 1. Confinamento da luz na Fibra. 
Onde: θi (ângulo incidente); θr (ângulo refratado); θ (ângulo refletido). 
Reflexâo da luz 
O fenômeno da reflexão da luz é regido por duas leis que podem ser verificadas 
teórica e experimentalmente. 
1ª Lei da reflexão: “O raio de luz incidente, a reta normal e o raio de luz refletido 
pertencem a o mesmo plano”. 
2ª lei da reflexão: O ângulo de reflexão é igual ao ângulo de incidência, da fig.,θi = θ . 
 Refraçâo 
É a passagem da luz de um meio para outro opticamente diferente. Nessa 
passagem, a velocidade de propagação da luz (v) necessariamente se altera. A 
frequência (f) não se altera, fato observado em qualquer onda. O comprimento de onda 
(λ) altera-se proporcionalmente á velocidade, pois v = λ.f. A alteração da velocidade de 
propagação provoca em geral um desvio da luz. 
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A refração é regida por duas leis: 
1ª Lei da refração “O raio de onda incidente, a normal a fronteira e o raio 
refratado pertencem ao mesmo plano”. 
2ª Lei da refração: “A razão entre o seno do ângulo de incidência e o seno do ângulo de 
refração é igual ao índice de refração do meio 2 relativo ao meio 1”. (Lei de Snell) 
 
 
 
 
 
 (1) 
O índice de refracção é definido como a razão entre a velocidade da luz no 
vácuo (constante para todos os comprimentos de onda) e a velocidade da luz no 
material . Assim, a luz viaja mais rapidamente por um meio que apresenta n menor e 
mais lentamente por um meio que apresenta n maior. Para o calculo de índice de 
refração é usada a seguinte formula. 
 
 
 
 (2) 
Onde: 
n => índice de refracção; c => velocidade da luz no vácuo. 
A velocidade da luz no vácuo (c), igual a 3.10
8
m/s e (v) é a velocidade da luz no 
meio em questão. Como a velocidade de propagação da luz é maior no vácuo do que em 
qualquer outro meio material (c>v), pela formula acima concluímos que o índice de 
refracção (n) é sempre maior que 1, como pode ser observado na tabela 1. 
Tabela 1. Índice de refração e velocidade da luz de alguns meios. 
Meio Índice de refração (n) Velocidade da luz v(Km/s) 
Vácuo 1 300,000 
Ar 1,0003 300,000 
Água 1,33 225,000 
Vidro 1,5 200,000 
Diamante 2,0 150,000 
Arseneto de gálio 3,6 83,000 
O índice de refração na fibra é aproximadamente 1,5 tanto no núcleo quanto na 
casca, sendo ligeiramente maior no núcleo. O vidro pode ter seu índice de refração 
modificado, bastando para isso, alterar sua composição. Esta capacidade é muito 
importante na fabricação da fibra óptica. 
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6. Confinamento da luz na fibra 
A luz ao se propagar pela fibra sofre continuas reflexões internas, uma vez que 
há materiais diferentes na sua composição. A luz é confinada principalmente em seu 
núcleo pelo processo de reflexão interna total, isso ocorre quando o ângulo de 
incidência for igual ou maior do que o ângulo critico na interface do núcleo com a 
casca. O fenômeno ocorrerá sempre que o índice de refração do núcleo da fibra for 
maior que o índice de refração da casca. 
Quando a luz incide na fronteira de separação entre dois meios, parte da onda é 
refletida e parte refrata. A quantidade de luz refletida é tanto maior quanto maior for o 
ângulo de incidência. Consideremos que um raio de luz passe de um meio com índice 
de refração n1, para um meio com índice de refração n2. E que n1>n2. À medida que o 
ângulo de incidência aumenta, chega-se a uma situação em que o raio refratado sai a 
90º. Para ângulos de incidência maiores que este ângulo critico, não existe raio 
refratado, ocorrendo um fenômeno chamado reflexão total. 
O ângulo critico é o ângulo a partir do qual a luz será totalmente refletida para o 
meio 1. No caso da fibra será totalmente refletido para o núcleo. Pela lei de Snell 
podemos determinar o ângulo critico fazendo o ângulo refratado igual a 90º, ou seja: 
 (θ ) ( ) 
 ( ) 
(3) 
7. Estrutura Básica Da Fibra Óptica 
Devido a sua fragilidade, a fibra óptica é revestida de elementos que lhe dão 
sustentação, permitindo-lhe maior flexibilidade e facilitando o seu manuseio. O material 
mais utilisado para este finalidade é o acrilato e o diâmetro deste revestimento é de 250 
μm como pode ser observado na figura. O acrilato é também utilizado paranumeração 
das fibras de um cabo óptico, através de um código. Os cordões ópticos utilizados para 
interligar os cabos ópticos aos equipamentos, possuem uma terceira camada de 
revestimento. Esta terceira é de nylon e possui 900μm de diametro. 
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Figura 2. Estrutura básica da fibra óptica. 
Segundo o número de modos guiados as fibras ópticas são classificadas em: 
Multímodo (MM – Multimode) e Monomodo (SM – Singlemode). A Fibra do tipo 
monomodo, em função da variação do índice de refração no seu núcleo ela pode ser de 
índice degrau ou gradual. 
Comparação entre as fibras multímodo e mono modo 
 Multimodo: 
o Permite o uso de fontes luminosas de baixa ocorrência tais como LEDs. 
o Maior diametro, facilitando o acoplamento de fontes luminosas e 
requerem pouca precisão nos conectores. 
o Muito usado para curtas distâncias pelo preço e facilidade de 
implementação, pois a longa distância tem muita perda. 
 
Figura 3. Fibra multímodo. 
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 Monomodo: 
o Permite a propogação um único modo na fibra. 
o Dimensões menores que os outros tipos de fibras. 
o Maior banda passante por ter menor dispersão. 
o Geralmente é usado laser como fonte de geração de sinal. 
o Usado para longas distâncias pelo preço e facilidade de implementação, 
pois a longa distância possui pouca perda com relação a outros tipo de 
fibra. 
 
Figura 4. Fibra monomodo índice degrau. 
Basicamente a diferença entre as fibras esta no seu diâmetro do núcleo, e o 
mesmo varia em torno de 8 a 10 μm para as fibras monomodo e de 50 a 62,5 μm para as 
fibras multímodo. Por ser muito pequeno o diâmetro de uma fibra fica difícil ou até 
mesmo impossível identificar o tipo de fibra. Normalmente a identificação da fibra é 
fornecida pelo fabricante. 
Como são muitos os fabricantes de cabos ópticos, existe uma grande variedade 
de cabos. Os modelos de cabos ópticos variam entre fabricantes e pelo numero de fibras 
que eles suportam. Na figura 5 temos o exemplo de um modelo de cabo com 36 fibras. 
As fibras estão distribuídas nas unidades básicas, formando grupos independentes de 6 
fibras cada, obedecendo a seguinte gama de cores : 1 (verde); 2 (Amarela; 3 (Branca); 4 
(Azul); 5 (vermelha); 6 (Violeta). 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Laser
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Figura 5. Corte transversal de um cabo com capacidade para 36 fibras. 
As unidades básicas ou tubetes, obedecem também a uma sequência de cores 
para facilitar a numeração das fibras no cabo. Para o exemplo da figura 5, temos 6 
tubetes (grupos de fibras) distribuidos em 3 cores (Verde, Amarelo e Branco). A tabela 
2 ilustra a numeração das fibras do cabo da figura 5. É necessario identificar seguindo 
um padrão de cores para os tubetes e para as fibras. Os códigos de cores podem variar 
entre empresas ou paises. Assim, não se tem um código de cores mundial para 
identificação das fibras. 
Tabela 2. Código de cores para cabos com 36 fibras. Padrão ABNT 
Tubete 1ª Verde 2ª Amarelo 3ª Branco 4ª B 5ª B 6ª B 
Fibra 1-verde 7-verde 13-verde 19-v 25-v 31-v 
Fibra 2-amarela 8-amarela 14-amarela 20-a 26-a 32-a 
Fibra 3-branca 9-branca 15-branca 21-b 27-b 33-b 
Fibra 4-azul 10-azul 16-azul 22-az 28-az 34-az 
Fibra 5-vermelha 11-verm. 17-verm. 23-ver 29-ver 35-ver 
Fibra 6-violeta 12-violeta 18-violeta 24-vio 30-vio 36 vio 
 
Tabela 3. Código de cores para cabos com 144 fibras. Padrão EIA598-A 
 
 
 
 
 
 
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Em caso de grupos de 12 fibras o código para as unidades básicas é o mesmo que as de 
6 fibras, alterando somente o código das fibras. 
Tabela 4. código de cores para cabos com 12 fibras ópticas. Padrão ABNT 
Fibra Cor 
1 Verde 
2 Amarela 
3 Branca 
4 Azul 
5 Vermelha 
6 Violeta 
7 Marrom 
8 Rosa 
9 Preta 
10 Cinza 
11 Laranja 
12 Água marinha 
 
Tabela 5. Código de cores para cabos com 288 fibras. Padrão EIA598-A 
 
Nª Tubo Cor tubo Fibra 
1 Azul 01-12 
2 Laranja 13-24 
3 Verde 25-36 
4 Marrom 37-48 
5 Cinza 49-60 
6 Branco 61-72 
7 Vermelho 73-84 
8 Preto 85-96 
9 Amarelo 97-108 
10 Violeta 109-120 
11 Rosa 121-132 
12 Azul Oceano 133-144 
13 Azul 145-156 
14 Laranja 157-168 
15 Verde 169-180 
16 Marrom 181-192 
17 Cinza 193-204 
18 Branco 205-216 
19 Vermelho 217-228 
20 Preto 229-240 
21 Amarelo 241-252 
22 Violeta 253-264 
23 Rosa 265-276 
24 Azul Oceano 277-288 
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Os cabos de fibras ópticas têm em sua capa protetora uma nomenclatura para facilitar a 
identificação do cabo. 
Normalmente essa nomenclatura permite identificar o tipo de cabo, a aplicação do 
mesmo (áereo ou subterrâneo), o numéro de fibras do cabo entre outros parâmetros 
pertinentes para o manuseio do cabo. 
Embora em Angola não exista um órgão que possam patronizar e regular os modos de 
implementação de fibra óptica, no entanto a maior parte das empresas de 
telecomunicações utilizam o padrão de cor EIA598-A, para redes FTTN, outras empresa 
embora pouca utilizam o padrão ABNT para redes FTTH. 
Nomenclatura para cabos em Dutos ou Enterrados 
CFOA-X-Y-G-Z 
C- Cabo; 
F- fibra; 
O- Óptica; 
A- Revestimento da fibra “Acrilato”; 
X- tipo de Fibra: MM-Multimodo, SM- Monomodo. 
Y- Aplicação do cabo: DD-Duto; DE-Enterrado; DPE- Protegido Enterrado. 
G- Núcleo geleado. 
Z- Numeros de fibras ópticas. 
Nomenclatura para cabos Aéreos 
CFOA-X-ASY-G-Z 
C- Cabo; 
F- fibra; 
O- Óptica; 
A-Revestimento da fibra “Acrilato”; 
X- tipo de Fibra: MM-Multimodo, SM- Monomodo, DS- Dispersão deslocada. 
AS- Auto sustentado 
Y- Vão máximo sustentado: 80m, 120m, 200m. 
G- Núcleo geleado. 
Z- Numeros de fibras ópticas. 
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Nomenclatura para cabos Internos 
CFOI-X-Y-Z 
C- Cabo; 
F- fibra; 
O- Óptica; 
I-Interno; 
X- tipo de Fibra: MM-Multimodo, SM- Monomodo, DS- Dispersão deslocada. 
Y- Núcleo do cabo: MF- Monofibra, UB- Unidade Básica. 
Z- Numeros de fibras ópticas. 
 
Nomenclatura para cordões ópticos. 
COA-X-MF 
C- Cordão; 
O- Óptica; 
A-Revestimento da fibra “Acrilato”; 
X- tipo de Fibra: MM-Multimodo, SM- Monomodo, DS- Dispersão deslocada. 
MF- Monofibra. 
Interpretando um Sinótipo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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10.0.Fontes De Luz 
As fontes de luz são partes de transmissores. 
Muitos tipos de fontes de luz são usados em sistemas de fibras ópticas desde os 
LEDs excitados diretamente por fontes de sinal ate lasers sofisticados de linha estreita 
com moduladores externos. Todas essas fontes de luz geram sinais transmitidos através 
da fibra. 
Para a seleção de uma fonte de luz em um sistema de fibras ópticas deve-se ter 
em conta vários factores: Com o ponto de operação do mesmo em relação ao 
comprimento de onda, visto que as fibras operam numa faixa de 850nm para a primeira 
janela, 1300 para a segunda e 1500 para a terceira janela. A fonte de luz também precisa 
gerar potência suficiente para enviar o sinal através da fibra. 
A luz de saída precisa ser modulada para que ela carregue o sinal. A fonte de luz 
precisa transferir sua saída de uma forma eficaz para a fibra.Comprimento de Onda 
Em um sistema de fibras, as janelas usuais de transmissão são de 780 a 850, 
1300 e 1500 nm em fibras de sílica e em torno de 660 nm em fibras plásticas. 
O comprimento de onda na origem afeta a atenuação assim como a dispersão de 
pulso que o sinal experimenta nas fibras. 
A largura espectral, ou faixa de comprimento de onda emitidos, também afeta a 
dispersão de pulso, que aumenta com a faixa de comprimento de onda. A largura 
espectral é uma das principais diferenças entre os LEDs e os Lasers de linha mais 
estreita. 
O comprimento de onda emitido depende do material semicondutor do qual a 
fonte de luz é feita e a largura espectral depende da estrutura do dispositivo. Por 
exemplo, um laser e um LED feitos do mesmo material podem ter o mesmo 
comprimento de onda central e largura espectral diferentes, dois lasers com a mesma 
estrutura feitos de matérias diferentes têm larguras espectrais comparáveis, mas com 
diferentes comprimentos de onda. 
Modulação 
A potência de luz para comunicações podem variar de 100miliwatts para certos 
lasers ate dezenas de micro watts para os Leds. Em aplicações ópticas, o valor relevante 
é a potencia entregue em uma fibra óptica. 
Uma vantagem importante dos lasers e dos LEDs é que sua potencia da saída 
varia directamente com a corrente de entrada. Isso é chamado modulação direta. Alguns 
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Lasers requerem moduladores externos, que mudam sua transparência em resposta a um 
sinal aplicado. 
LED 
Um diodo é o tipo mais simples de semicondutor. De modo geral, um 
semicondutor é um material com capacidade variável de conduzir corrente elétrica. 
No caso dos LEDs, o material condutor é normalmente arseneto de alumínio e 
gálio (AlGaAs). No arseneto de alumínio e gálio puro, todos os átomos se ligam 
perfeitamente a seus vizinhos, sem deixar elétrons (partículas com carga negativa) 
livres para conduzir corrente elétrica. No material dopado, átomos adicionais alteram o 
equilíbrio, adicionando elétrons livres ou criando buracos onde os elétrons podem ir. 
Qualquer destas adições pode tornar o material um melhor condutor. 
Um diodo é composto por uma seção de material tipo-N ligado a uma seção de 
material tipo-P, com eletrodos em cada extremidade. Essa combinação conduz 
eletricidade apenas em um sentido. Quando nenhuma voltagem é aplicada ao diodo, os 
elétrons do material tipo-N preenchem os buracos do material tipo-P ao longo da 
junção entre as camadas, formando uma zona vazia. Em uma zona vazia, o material 
semicondutor volta ao seu estado isolante original - todos os buracos estão 
preenchidos, de modo que não haja elétrons livres ou espaços vazios para elétrons, e 
assim a carga não pode fluir. 
Um LED emite luz quando uma corrente flui através dele. 
Os LEDs que emitem luzes invisíveis próxima ao infravermelho são fontes de 
luz para sistemas de fibras ópticas. 
 
Fig.9 – (Led) 
 
LASER 
Os Lasers são superficialmente como os LEDs, mas eles produzem luz de uma 
maneira diferente que resulta em potências de saída maior e feixes mais direcionais. 
http://eletronicos.hsw.uol.com.br/semicondutores.htm
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Um feixe laser é formado por um ressonador que reflete a luz de um lado para o 
outro através da mídia laser. Esse ressonador pode ser um par de espelhos um em cada 
extremidade da região ocupada pelos átomos excitados. A luz emitida diretamente em 
direção a um espelho será refletida de volta, estimulando a emissão dos elétrons prontos 
para se recombinarem conforme a luz passa através do plano da junção. A luz emitida 
em outras direções escapará. Portanto, somente a luz viajando de um lado para o outro 
ao longo da estreita faixa da região ativa será amplificada e acumulada em um feixe. 
Alguns materiais de LEDs não são adequados para uso em lasers 
semicondutores. Entretanto, todos os materiais de laser semicondutor podem ser 
operados como LEDs. 
Diferença entre LEDs e Lasers 
Os Leds não têm facetas refletoras e, podem ser projetados para minimizar a 
reflexão de volta para o semicondutor. 
Os lasers precisam operar em correntes de excitação maiores para chegar à alta 
densidade dos elétrons prontos para se recombinarem necessária na junção pn. 
Os Lasers convertem a potência elétrica de entrada em luz mais eficientemente 
do que os LEDs e também têm correntes de excitação maiores, portanto os Lasers são 
mais potentes que os Leds. 
Os Lasers têm vida útil mais curta do que os LEDs. 
Os lasers são muito mais potentes que os LEDs e emitem uma faixa mais estreita 
de comprimento de onda. 
Os Lasers semicondutores têm estruturas mais complexas que os LEDs. 
11.0. Atenuação 
A atenuação mede a redução da intensidade do sinal comparado a potencia de 
saída com a potência de entrada. As medidas são feitas em decibéis (dB). Uma unidade 
muito útil nos sistemas de transmissão. O decibel é uma unidade de medida logarítmica 
da razão entre potência de saída e potência de entrada. Decibel é na realidade um 
décimo de uma unidade chamada BEL em homenagem ao Cientista Alexandre Graham 
Bell. 
As perdas em decibéis são calculadas pela fórmula: 
 
 
 ⁄ . (6) 
Onde: 
A – Atenuação 
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Ps – Potência de saída 
Pi – Potência de entrada 
O sinal menos é usado para evitar números negativos em medidas de atenuação. 
Isso não é usado em sistemas onde o nível de sinal pode aumentar, onde o sinal do 
logaritmo indica se o sinal diminui (negativo) ou aumenta (positivo). 
As fibras ópticas são as únicas linhas de transmissão que permitem transmissão 
de sinais em alta velocidade com baixa atenuação. 
12.0.Capacidade de Informação 
A capacidade de informação é muito importante em todos os tipos de 
comunicação, mas é medido de maneira diferente em tipos diferentes de sistemas. Onde 
os dados são transmitidos digitalmente (ou seja, em bits digitalizados ou unidades de 
informação), a capacidade de transmissão é medida em bits por segundo. Quanto mais 
bits puderem passar através de um sistema em um dado tempo, mais informações ele 
pode transportar. 
Na pratica, a atenuação dos fios aumenta com a freqüência dos sinais eléctricos 
que eles carregam. Os fios de energia elétrica têm atenuação baixa somente em 
freqüências muito baixas, incluindo a variação de 60hz da corrente alternada. Os cabos 
coaxiais podem transmitir freqüências mais altas, mas suas perdas aumentam bastante 
com a freqüência. Entretanto, as perdas das fibras ópticas são essencialmente 
independentes da freqüência do sinal sobre sua faixa operacional normal. A escala é 
medida em perda por quilometro de cabo e não levam em consideração as perdas de 
transferência. 
13.0.Conectores 
Em fibras ópticas os conectores não são a única maneira de se fazer conexões. 
Um conector é um dispositivo que pode ser casado e descasado repetidamente com 
dispositivos similares para transferir luz entre duas extremidades de fibras ou entre uma 
extremidade de fibra e um transmissor ou receptor. O conector é montado na 
extremidade de um cabo ou em um invólucro de dispositivo. 
Os conectores são normalmente utilizados nas extremidades de sistemas para 
conectar cabos a transmissores e receptores. Eles são usados em painéis de ligações 
onde cabos externos entram em um edifício e tem suas junções com cabos que 
distribuem sinais dentro do edifício. Eles são usados onde as configurações devem ser 
alteradas, tais como em armários de telecomunicações, salas de equipamentos e tomadas 
de telecomunicações. 
Lembrando que apos a fabricação dos conectores eles possuem uma pequenaperda, abordaremos com mais detalhe nos temas seguintes. 
 
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Exemplos de conexões: 
 Interface entre dispositivos e redes de área local; 
 Conexões com links curtos de dados dentro de um edifício; 
 Painéis de ligações onde os sinais são encaminhados em um edifício; 
 O ponto onde um sistema de telecomunicações entra em um edifício; 
 Conexões entre redes e equipamentos terminais; 
 Conexões temporárias entre câmeras de vídeo moveis, remotas e equipamentos 
de gravação ou estúdios temporários; 
 Sistemas militares; 
 Cabos de testes etc. 
A caractristica óptica mais importante dos conectores é a perda, medida em 
decibéis. 
A atenuação do conector é a soma das perdas causadas por vários fatores, que 
são mais fáceis de isolar na teoria do que na prática. Esses fatores advêm da maneira 
como a luz é guiada nas fibras. Os principais são os seguintes: 
 Sobreposição dos eixos das fibras; 
 Abertura numérica das fibras; 
 Alinhamento dos eixos das fibras; 
 Espaçamento das fibras; 
 Reflexão nas extremidades das fibras. 
Sobreposição dos eixos das fibras. 
A sobreposição dos núcleos ocorre quando a extremidade de uma fibra é 
deslocada da extremidade da outra ou quando se faz uma emenda com fibras de núcleos 
diferentes. Exemplo: Passar um sinal de uma fibra de 53μm para uma com 47μm. 
Alinhamento dos eixos das fibras. 
O alinhamento correto das fibras é um dos factores muito importante na emenda 
de fibras, O desalinhamento angular das extremidades das fibras pode causar perdas 
significativas. 
 Abertura numérica das fibras (NA). 
As diferenças de abertura numérica entre fibras também podem contribuir para 
perdas nos conectores. Se a fibra que recebe a luz tem um NA menor que o da fibra que 
entrega a luz, alguma luz entrará em modos que não são confinados no núcleo. Essa luz 
irá rapidamente escapar da fibra. 
Nesse caso a perda é calculada pela formula: 
 ( ) ( )⁄ (7) 
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Onde: 
P(dB)- é a perda em dB 
NA1 – é a abertura numérica da fibra que transmite o sinal. 
NA2 – é a abertura numérica que recebe o sinal 
 
 
Fig.10 – (abertura numérica). 
A abertura numérica de uma fibra é uma medida de capacidade de captação de 
luz pela fibra. É calculada pela formula seguinte: 
 √( ) ( ) . (8) 
Onde: 
n1 – é o índice de refração do núcleo 
n2 – é o índice de refração da casca. 
θi – é o ângulo de incidência do sinal transmitido. 
13.2.ESPAÇAMENTO ENTRE FIBRAS 
O espaçamento entre fibras também provoca uma perda que em sistemas ópticas 
é considerado a reflexão de Fresnel, que ocorre sempre que a luz passa entre dois 
materiais com índices de refração diferentes. 
13.4.TIPOS DE CONECTORES 
 SC: É desenvolvido pela Nippon telegraph and Telephone no Japão. É 
construído em torno de um ferrolho cilíndrico que segura à fibra, e ele encaixa com um 
adaptador de interconexão ou receptáculo de acoplamento. O SC tem uma secção em 
corte quadrada que permite uma alta densidade de acondicionamento em painéis de 
 
 
 α
c
 
θi 
Casca 
Núcleo n1 
n2 
n1 
n2 
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ligação. É o conector mais utilizado actualmente, pois oferece baixo custo e facilidade 
de manuseio. Tem perdas na ordem de 0.5dB por conexão. 
 
Fig.11. Conector SC 
ST: Tal como o SC o conector ST é construído em torno de um ferrolho cilíndrico e se 
encaixa com um adaptador de interconexão ou receptáculo de acoplamento. Entretanto 
ele tem uma secção em corte redonda e é preso no lugar ao ser girado para encaixar em 
um soquete baioneta com mola. 
 
Fig.12. (conector ST 
FDDI: O conector duplex padrão FDDI, tal como o SC e o ST, é um conector baseado 
em ferrolho que se encaixa com um receptáculo de acoplamento ou adaptador. Ele é 
marcado para que se possa ser instalado em apenas uma polaridade, o que é critico ao se 
lidar com fibras de entrada ou saída. 
 
Fig.13. (Conector FDDI). 
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FC: é um tipo de conector parafusavel, desenvolvido no inicio dos anos 80, ele usa o 
mesmo tamanho de ferrolho de 2.5 milímetros que os conectores ST e SC. Tal como o 
conector SC, o conector FC pode resistir a forças de atração. Entretanto o projeto 
parafusavel não pode ser montado tão facilmente e não pode ser usado como um 
módulo em conectores duplex. É muito utilizado em equipamentos de teste, pois é mais 
robusto, tem qualidade necessária em conectores de cordões de teste, pois a necessidade 
de acoplamento e desacoplamento freqüente. 
 
Fig.14.(conector FC) 
E2000: É um conector muito usado atualmente em rotas de longa distancias, pois pode 
oferecer acoplamento com perdas inferiores a 0.10dB e possui um sistema mecânico de 
auto-proteção que evita a contaminação da extremidade. A desvantagem é que é um 
conector com custo mais elevado que outros modelos de conectores, o que inviabiliza a 
sua aplicação em sistemas de curta distância, principalmente quando a taxa de 
transmissão a ser utilizada for pequena. 
 
 
 
 
Fig.15 – (Conector E2000) 
15.0.Emendas De Fibras Ópticas 
Tipicamente, as emendas são usadas para reunir comprimentos de cabo fora de 
edifícios, enquanto que os conectores são usados nas extremidades dos cabos dentro de 
edifícios. As emendas podem ser incorporadas nas extremidades dos cabos ou abrigadas 
em caixas de emenda internas ou externas; os conectores são tipicamente em painéis de 
ligações ou anexados em equipamentos ou interfaces de cabo. 
Normalmente os cabos de fibras ópticas vêm em carretéis nos comprimentos 
padrões de 1 a 25 km. Para instalações em comprimento maior é feito emendas em 
vários segmentos de cabo. 
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Quando os cabos são instalados em dutos subterrâneos, as emendas são feitas e 
instaladas em orifício de manutenção, com comprimento do segmento de cabo 
dependendo do espaçamento entre orifício. Os cabos aéreos são emendados em campo, 
de segmentos tipicamente bem acima de um quilômetro de comprimento. 
As características físicas das emendas são importantes em muitas aplicações de 
longa distância. Os cabos emendados precisam ser capazes de suportar o ambiente 
externo hostil, e, portanto são acondicionados em invólucros protetores. Apesar de 
muitos invólucros de emendas serem projetados para serem reabertos se forem 
necessários reparo ou alterações, eles podem ser hermeticamente selados para proteger 
contra extremos de temperatura e umidade. Isso combinado com a baixa perda das 
emendas torna as mesmas amaneira preferida de se reunir comprimento de fibra em 
sistemas de telecomunicações de longa distância. Essas considerações são menos 
importantes em sistemas mais curtos e em sistemas mais controlados, onde os 
conectores costumam ser usados. 
15.1.TIPOS DE EMENDAS 
Basicamente existem dois tipos de emendas de fibras: Emenda por fusão e 
emenda mecânica. A emenda de fusão derrete as extremidades de duas fibras para que 
elas se fundam, como em solda metálica. A emenda mecânica mantém duas 
extremidades de fibras juntas sem derretê-las, usando um grampo mecânico e/ou cola. 
Cada tipo de emenda tem suas vantagens e desvantagens. Os emendadores de fusão são 
caros, mas eles praticamente não têm custos de consumo, e as emendas de fusão tem 
características ópticas ligeiramente melhores. As emendas mecânicas exigem menos 
equipamentos (nenhum emendador de fusão caro), mas os custos de consumo poremenda são maiores. 
EMENDA POR FUSÃO 
A emenda por fusão é efectuada pela colocação das pontas de duas fibras e o 
aquecimento delas para que se derretam juntas. Isso é normalmente feito com um 
emendador de fusão, que alinha mecanicamente as duas extremidades de fibra, e então 
aplica uma fagulha através das pontas para fundi-las. Os emendadores típicos também 
incluem instrumentos para testar a qualidade e a óptica da emenda para ajudar o técnico 
a alinhar as fibras para a emenda. Em uma emenda de fibra óptica é aceitável uma perda 
de 0.05 a 0.2 dB. 
Principais componentes de um emendador de fusão: 
Soldador de fusão – tipicamente um arco elétrico, com espaçamento de 
electrodos e temporização do arco ajustável pelo usuário. A descarga aquece a junção da 
fibra. Chamas e feixes infravermelhos de lasers de dióxido de carbono também são 
usados, mas atualmente todos os emendadores comerciais usam arcos elétricos. Versões 
portáteis são operadas a bactéria que tem carga suficiente para algumas centenas de 
emendas antes de recarregar. 
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Mecanismo para alinhamento mecânico de fibras – Em relação ao arco e em 
relação uma as outras. Estes incluem prendedores que mantém as fibras no lugar, bem 
como ajustam sua posição. Os emendadores mais caros automatizam as funções de 
alinhamento e medida. 
Câmera de vídeo ou microscópio – (geralmente um modelo binocular) com 
magnificação de 50 vezes ou mais para que o operador posa ver as fibras enquanto as 
alinha. 
Instrumentos para checar a potencia óptica transmitida através das fibras tanto 
antes como depois da emenda. Tipicamente, a luz é acoplada em uma porção dobrada de 
uma fibra no outro lado da emenda e acoplada fora de uma dobrada no outro lado. Com 
calibração adequada, isso pode medir a perda adicional causada pela emenda. (Isso pode 
faltar em emendadores baratos para uso em campos.) 
PATERIAS NECESSARIAS BASICOS USADO PARA EMENDA POR FUSÃO 
 
1. Maquina de Fusão 
 
 
 
 
2. Cleaver 
 
 
 
 
3. Descarnador de fibra 
 
 
 
 
 
 
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4. Alicate de corte/universal 
 
5. Álcool isopropilico 
 
6. Caneta de Luz / fonte de Luz 
 
 
7. Fita isolante 
 
 
 
PASSOS PARA EMENDA POR FUSÃO 
Antes da emenda por fusão, as coberturas plásticas precisam ser removidas da 
fibra, e a extremidade precisa ser nivelada para ter uma face dentro de alguns graus da 
perpendicular em relação ao eixo da fibra. 
A emenda por fusão envolve uma serie de passos: 
1º Expor a fibra, cortando a capa do cabo, remover a cobertura plástica protetora de 
alguns centímetros da extremidade 
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2º Nivelar as extremidades das fibras de modo que se tenham faces que estejam dentro 
de 1-3 da perpendicular ao eixo da fibra. As extremidades devem ser mantidas limpas 
ate a fusão. 
3º Levar as duas extremidades a maquina de fusão e alinhá-las corretamente. 
O alinhamento pode ser feito manualmente ou automaticamente dependendo das 
características do emendador de fusão. 
Emenda Mecânica 
Na emenda mecânica existem maiores perdas, porem requer equipamentos mais 
simples do que a emenda por fusão. As emendas mecânicas juntam duas extremidades 
de fibras tanto prendendo-as dentro de uma estrutura como colocando-as. 
 
15.3.ATENUAÇÃO EM EMENDAS ÓPTICAS 
Factores Intrínsecos: São os factores que envolvem a fabricação da fibra óptica, 
entre eles: 
 Variação do diâmetro do núcleo; 
 Diferença de perfil do índice de refração; 
 Eliopticidade ou excentricidade do núcleo ou casca. 
 É especialmente critico a variação do diâmetro do núcleo para as fibras 
monomodo. 
Fatores Extrínsecos: São os fatores que decorrem do processo de emenda, são os 
seguintes: 
 Precisão no alinhamento da fibra; 
 Qualidade das terminações da fibra; 
 Espaçamento entre as extremidades; 
 Contaminação ambiental. 
Factores Reflexivos: são os fatores que advêm das próprias emendas, estas podem gerar 
em seu interior, reflexo de luz que irão atenuar os sinais transmitidos, ocasionando 
perda de potencia. 
Com os equipamentos empregados no processo de emenda, e a constante 
melhoria na qualidade da fabricação da fibra, este tipo de atenuação é inferior a 0,5dB 
para conectores e a 0,1dB para emendas por fusão. 
Macrocurvatura 
Outro tipo de fenômeno que uma Fibra Óptica pode apresentar é a chamada 
Macrocurvatura, que ocorre quando a Fibra sobre uma curvatura tal que a luz tende a 
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escapar de seu confinamento e consequentemente de sua reflexão normal. 
Este fenômeno é usado para extrair e também para inserir luz em uma Fibra, para fins 
de medida, alinhamento em máquinas de emenda, comunicação em campo, etc. 
Neste caso deve se tomar cuidado com o raio de curvatura efetuado para realizar esta 
Macrocurvatura, pois se este raio for muito reduzido a Fibra poderá sofrer um dano 
permanente. 
 
Fig.16 – (Macrocurvatura) 
Microcurvatura 
A Microcurvatura geralmente ocorre, quando uma Fibra sofre algum tipo de 
impacto ou uma curvatura com raio extremamente pequeno. Geralmente este tipo de 
dano é irreversível e impede o seu uso. 
A figura nos dá uma idéia deste tipo de ocorrência. 
 
Fig.17 – (microcurvatura) 
Reflexão de Fresnel 
Em uma emenda de fibra óptica se existir uma ligeira separação entre as fibras 
emendadas, aparecerá pulsos de luz refletidos na união das fibras. Essa reflexão que 
surge em emendas é denominada de reflexão de Fresnel. 
Para o calculo do coeficiente de reflexão, é usado a seguinte expressão: 
 (
 
 
)
 
. (9) 
Onde: 
 – Indice de refração da fibra 
 – Indice de refração do meio de separação. 
 
 
 
 
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Nos casos mais comuns em que o meio de separação é o ar, o coeficiente de reflexão 
não excede 4%, visto que a fibra óptica tem um índice de refração igual a 1,5 e que o 
índice de refração do ar é aproximadamente igual a um. 
 
 Fig. 18 – (reflexão de Fresnel em conectores clivados 90° e em conectores APC) 
Detectando a reflexão de Fresnel na tela do OTDR, pode-se calculara a distância 
da emenda em relação ao inicio da fibra. Se a face clivada possuir um ângulo de 
inclinação maior que 3,5°, (fig.18), a reflexão de Fresnel não será detectada pelo 
OTDR, pois irá sofrer refração parcial na interface núcleo/casca, todas as vezes que este 
feixe de luz incidir nesta interface com ângulo de incidência menor que o ângulo critico, 
o somatório dessas refrações parciais será suficientes para atenuar a reflexão de Fresnel, 
de tal forma que a parcela desta que retornará não será suficiente para ser detectada pelo 
OTDR. Esta situação pode ser observada com a utilização de conector do tipo APC 
(angled polish connectors – conectores angulares polidos). 
16.0.RETROESPALHAMENTO 
Retroespalhamento: é a parcela de luz espalhada que retorna pela fibra. 
Os feixes de luz que viajam pelo núcleo da fibra são espalhados pelo material. 
Como conseqüências deste espalhamento ocorrerão perdas que incluem reduções na 
amplitude do campo guiado por mudanças na direção de propagação, causadas pelo 
próprio material e por imperfeições no núcleo da fibra. Citam-se a dispersão linear de 
Rayleigh, a dispersão linear de Mie, a dispersão estimulada de Raman e o espalhamento 
estimulado de Brillouin. 
 Em termos quantitativos, o espalhamento de Rayleigh é o mais importante e 
resulta em conseqüênciade irregularidades sub-microscópicas (de dimensões inferiores 
ao comprimento de onda da luz) na composição e na densidade do material. Estas 
alterações podem surgir durante o processo de fabricação da fibra ou em função de 
defeitos própios na estrutura molecular do vidro. As dimensões físicas e a separação 
dessas irregularidades são bem pequenas comparadas ao comprimento de onda da luzno 
meio (1/10 ou menor). O resultado dessas irregularidades é uma flutuação no valor do 
índice de refração do material ao longo da fibra óptica. As irregularidades decorrentes 
 
Luz 
transmitida 
96%, 
Luz incidente 100% 
Luz refletida 4% 
>3,5º 
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da composição do vidro têm sido controladas através de um aperfeiçoamento dos 
processos de fabricação, mas as originadas por diferenças de densidade do material são 
intrínsecas ao vidro e não podem ser evitadas. 
Espalhamento Rayleigh. 
É o espalhamento mais importante e está sempre presente devido à existência de 
não homogeneidades microscopicasde dimensões menores do que o comprimento de 
onda, tais como flutuações de composição, flutuações térmicas, separação de fase, 
pressão e pequenas bolhas. Estas pertubações têm que ser maiores que o comprimento 
de onda guiado para evitar o espalhamento da luz em todas as direções. 
Acredita-se que o espalhamento de Rayleigh determina o limite mínimo de 
atenuação do vidro para comprimentos de onda menores que o início da zona da luz 
infravermelha. A atenuação que este espalhamento propicia é proporcional a 1/(λ)
4 
(λ=comprimento de onda) e o gráfico da figura 12, mostra o seu comportamento em 
função do comprimento de onda. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 Fig.19 – (Perdas por espalhamento rayleigh) 
 
17.0.Testes Em Fibras Ópticas 
O procedimento para verificar um enlace de fibra óptica é semelhante ao dos 
cabos de cobre, em que se verificam as duas extremidades do mesmo. A diferença 
consiste em que para os cabos de cobre, é verificada a continuidade elétrica enquanto 
que para as fibras é verificada a continuidade óptica. 
Teste de identificação e continuidade 
Esse tipo de teste normalmente é efectuado na fase de implantação (instalação) e 
manutenção, quando é necessário identificar um cabo de fibra, seja para separá-lo dos 
demais cabos numa instalação, seja para avaliar visualmente suas características de 
condução de radiação. Para esse teste é injetado luz numa extremidade e verificar a 
luminosidade no outro extremo. Isso é feito por meio da utilização de uma fonte de luz 
visível e de um anteparo qualquer para projetar a luz que sai no outro extremo da fibra 
óptica, fig.20. 
Comp. 
de onda 
dB/Km 
700 2,50 
800 1,50 
900 0,90 
1000 0,65 
1100 0,41 
1200 0,30 
1300 0,20 
 
A
te
n
u
aç
ão
 
Comprimento de onda 
Espalhamento 
proporcional ao (λ) 
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Fig.20 – (teste de identificação e continuidade) 
Um dos instrumentos para o teste de identificação e continuidade é o FOtracer 
(rastreador de fibra óptica). O mesmo nos permite constatar se uma fibra óptica está 
aberta no enlace, ou mostrar o caminho da fibra óptica através de varias conexões. 
Teste de Perda de potência 
Com o medidor de potência óptica podemos conhecer qual a quantidade de 
potência óptica que chega ao fim do enlace, levando-se em consideração que existe uma 
fonte óptica emitindo radiação óptica no outro lado do enlace. 
É importante sabermos que, tanto a pouca quantidade de potência óptica, quanto 
a demasiada potencia quantidade de potência óptica que flui no final do enlace, são 
prejudiciais ao sistema, uma vez que pouca potência óptica permite a interferência de 
ruído, e demasiada potência óptica sobrecarrega o sistema provocando também erros na 
transmissão. 
O teste de medição da potência requer uma fonte óptica, um medidor de potência 
óptica, e um adaptador para o conector. Para efectuar a medida é necessário 
configuramos o medidor de potência óptica, para receber a faixa de potência 
especificada no projeto do enlace óptico (geralmente em dBm, mas em algumas vezes 
em mW), bem como o comprimento de onda usado no referido enlace óptico. 
 
Prováveis perdas de potência ópticas em enlace óptico. 
Para cada conector: 0.5 dB (Máx. 0,7 dB). 
Para cada emenda: 0,2 dB. 
Para fibras ópticas multímodo, a perda é de aproximadamente três dB/Km para 
fontes ópticas de 850 nm e um dB/Km para fontes ópticas de 1300 nm. 
Espectro de 
luz visivel 
Fibra optica 
Olho Anteparo 
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Para fibras ópticas monomodo, a perda é de aproximadamente 0,5 dB/Km para 
fontes ópticas de 1300 nm e 0,4 dB para fontes ópticas de 1550 nm. 
Para calcular a perda de potencia óptica total do enlace óptico, é adotado a 
seguinte formula: 
 ( ) (10) 
Onde: 
At = Perda de potência óptica ou atenuação total na fibra. 
n = numero de conectores; 
m = numero de emendas; 
k = distância da fibra (Km) 
Afo = atenuação da fibra óptica. 
Testes com o OTDR 
Em alguns casos é impraticável percorrermos alguns quilômetros de cabo óptico, 
em busca de alguma falha. Ocorre, porém, a necessidade freqüente de avaliarmos as 
características de perda de uma fibra devido a quebras ou a outros fenômenos. 
No caso de um cabo coaxial, varifica-se que existe um considerável retorno de 
sinal em pontos de ruptura e , neste caso , percebe-se este facto pelo aumento ou 
diminuição da taxa de onda estacionaria no mesmo. 
No caso de um cabo óptico, a situação é semelhante. Se a superfície de corte 
ocorre perfeitamente plana e perpendicular ao eixo da fibra, haverá uma reflexão de 
aproximadamente 4% do pulso incidente (-14db). 
Medindo-se este pulso refletido (pulso de Fresnel), é possível avaliar distância 
que o mesmo se encontra da fonte da radiação óptica, então, localizando-o. Entretanto, 
se a inclinação do corte for maior que 6%, não haverá reflexão de Fresnel. Repare que 
não estamos considerando o facto de que, nem sempre, a superfície de corte é 
perfeitamente plana (como um espelho). Conseqüentemente, haverá um menor pulso 
refletido. Assim, a utilização do pulso de Fresnel, somente, não é um método ideal de se 
avaliar falhas em fibras ópticas. Por outro lado, existem em toda fibra óptica algumas 
falhas no material de que são fabricadas, que causam flutuações no índice de refração da 
fibra, sendo seu tamanho muitas vezes menor que o próprio comprimento de onda da 
radiação óptica. Este fenômeno acarreta um efeito de espalhamento da radiação em 
todas as direções, inclusive para trás, ou seja, em direção á fonte óptica. Medindo-se o 
nível desta radiação refletida de volta à origem, podemos localizar o defeito na fibra 
óptica. 
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Em fibras de alta qualidade, as características de retro-espalhamento são 
uniformes e a radiação que retorna decresce de valor exponencial, em função do tempo 
de propagação. Assim, além de podermos localizar falhas com este método, podemos 
também avaliar a perda óptica por unidade de comprimento e avaliar as emendas que 
unem as fibras. 
Interpretando a medida de um OTDR 
É necessária uma correta interpretação dos resultados obtidos em teste com o 
OTDR, a fim de se evitar falsos resultados de testes realizados. O OTDR precisa ser 
configurado corretamente para permitir bons resultados de testes efetuados. 
É muitoimportante saber qual a situação em que devemos executar um teste 
com o OTDR, bem como quando não devemos fazer este tipo de teste. Quando se trata 
de uma instalação externa, tal como um enlace interurbano, ou uma WAN com emendas 
de cabos ópticos, é necessário um OTDR para se testar as emendas elaboradas nos 
enlaces ópticos, uma vez que o OTDR pode detectar a perda de potência óptica nestas 
emendas. O teste com o OTDR pode detectar problemas no transporte, e lançamento 
dos cabos ópticos, devido a manuseios impróprios do cabo óptico. 
O OTDR pode auxiliar na manutenção de cabos ópticos, uma vez que o teste 
permite determinar o local da falha, bem como verificar a qualidade da emenda após o 
reparo da falha detectada. 
Em fibras monomodo, onde as reflexões nos conectores são uma preocupação, O 
OTDR descobre maus conectores com precisão, e rapidamente. 
Não é aconselhável o uso de OTDR para medições de perdas de potência ópticas 
em enlaces ópticos, que deve ser elaborada através do medidor de potência óptica. 
A limitada distância de resolução do OTDR acarreta muitas dificuldades em 
testes de LANs ou em ambientes entre edifícios, onde os cabos ópticos têm 
comprimentos até 300m. 
Diferentemente de fontes e medidores de potência óptica, os quais medem a 
perda de potencia óptica diretamente, o OTDR mede indiretamente. 
As fontes e medidores de potência óptica fornecem a perda de potência óptica no 
enlace, com valores idênticos aos obtidos no referido enlace óptico, quando em serviço, 
ou seja, com a fonte e receptor óptico do próprio sistema. 
O OTDR usa o principal fator de perda de potência óptica, dentro da fibra 
óptica, que é o espalhamento (difusão) das radiações ópticas dentro da fibra óptica, 
devido ao impacto dos fótons com os átomos e molécula da fibra óptica. Um facto que 
exemplifica o espalhamento da luz é a cor azul do céu, que ocorre devido ao facto de 
que a cor azul é mais espalhada na atmosfera do que as outras luzes que compõem a luz 
solar. Já a luz vermelha e infravermelha segue diretamente. Por isso, a luz vermelha é 
mais visível quando olhamos para o sol. 
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O espalhamento das radiações da-se em todas as direções. O OTDR usa as 
radiações que foram espalhadas no sentido inverso ao do caminhamento da radiação 
dentro da fibra óptica para fazer suas medições. 
Através do envio de um pulso óptico bastante potente, o OTDR pode medir a 
potencia das radiações ópticas que retorna e, desta forma, o OTDR pode inserir em seu 
display a quantidade de radiação óptica que retorna, em qualquer ponto ao longo da 
fibra óptica. Note que no display, também são visualizadas as reflexões nos conectores e 
nos locais onde as fibras estão cortadas, sendo que este ultimo facto nos permite achar o 
ponto onde a fibra está aberta. A perda de potência é uma função logarítmica, de tal 
forma que a potencia é medida em dB. 
A potência óptica retro espalhada é proporcional à intensidade e a duração do 
pulso óptico enviado pelo OTDR, de tal forma que quando queremos aumentar o 
alcance do OTDR, podemos aumentar a intensidade e duração do pulso óptico enviado 
pelo OTDR. 
Zona Morta 
A zona morta, determina a distância mínima a partir da qual o OTDR pode executar a 
medição e ter a capacidade de distinguir entre 2 sinais próximos. 
Zonas mortas são “sombras”, que ocorrem porque as reflexões de eventos tendem a 
saturar o sensível receptor do OTDR. 
Uma zona morta sempre ocorre na reflexão do conector do painel frontal e em qualquer 
evento reflexivo de um enlace. 
Zona Morta de Evento-ZME e Zona Morta de Atenuação-ZMA 
Zona morta de evento: É a distância do início da reflexão até o ponto em que o OTDR 
se recuperou até 1,5 dB abaixo do topo da reflexão. Neste ponto, será possível 
identificar uma segunda reflexão, no entanto, a perda e a atenuação não podem ser 
medidas. 
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Fig. 21-Zona morta de evento 
 
Zona morta de atenuação-ZMA 
A ZMA é a distância do início da reflexão até o ponto em que o receptor se recuperou 
até 0,5 dB do retroespalhamento linear. Este é o ponto onde o OTDR pode novamente 
medir a atenuação e a perda. 
Eventos que podem ser detectados através do tracer do OTDR. 
 
 
Evento não reflexivo (por exemplo, uma junção). 
 
Evento reflexivo (por exemplo, uma conexão). 
 
 
ZMA 
 
 
 
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Fantasmas reflexivos (causados pela reflexão no conector da 
extremidade remota, permanecendo na fibra óptica até ser atenuado 
ao nível de ruído). 
 
Inclinação da atenuação da fibra óptica, quando nenhuma falha se 
segue a inclinação. 
 
Termino da fibra óptica. 
 
 
Medida da ORL (perda de retorno óptico, em inglês “OPtical Return 
Loss”). 
 
Medida global da ORL. 
 
Marcador do evento, quando uma medida não puder ser elaborada. 
Se um evento adicionado está muito próximo de um evento 
existente, este ícone surge no traço e na tabela para o segundo 
evento, mas nenhuma medida é feita. É necessário uma medida 
manual para se obter o resultado para este evento. 
 
Termino do cabo de lançamento: perdas e distancias são consultadas 
a partir deste marcador. 
 
 
ZME 
1
,
5
 
 
 
0 
 
0 
0 
 
 
 
 
 
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Medidas De Atenuação 
Para a aceitação de emendas o valor analisado é a média aritmetrica entre as 
medidas de atenuação realizadas nos dois sentidos. A medição nos dois sentidos fa-se 
obrigatoriamente. O valor da medidade de atenuação que é apresentado pelo OTDR é 
resultante das diferenças observadas na curva do OTDR antes e após a emenda. Esta 
curva é gerada pelo sinal retroespalhada e este não varia apenas de acordo com o nível 
do sinal incidente, mas também com o coeficiente de retroespalhamento dos trechos de 
fibras em analise. Se houver diferenças entre estes coeficientes, o valor medido pelo 
OTDR não será a perda real da emenda. Entretanto, quando realizamos a medida nos 
dois sentidos e calculamos a média aritmatrica, esta diferenças se cancelam e o valor 
obtido é o valor médio, real, da emenda. çã 
(
 
→ ) (
 
→ )
 
 ( ). (11) 
Verificação De Enlaces De Fibras Ópticas 
Para realização de testes de aceitação ou verificação de enlaces de fibras ópticas, deve-
se antes de mais nada, tomar conhecimento das atenuações máximas admissíveis na 
fibra, nas emendas por fusão ou mecânica e nos conectores conforme a tabela 3. 
 Comprimento de onda ( ) 
Atenuação Para1.310nm Para 1.550nm 
1-Atenuação na F.O 0,45 dB/Km 0,25 dB/Km 
2-Emenda por fusão 0,10 dB/em 0,10 dB/em 
3-Emenda mcânica 0,20 dB/em 0,20 dB/em 
4-Conectores 0,50dB/em 0,50 dB/em 
Tabela 4. (Verificação de teste de aceitação). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Bibliografia 
Comunicações ópticas- Autor: Justino Ribeiro, Editora: Erica 
Fibras ópticas – Autor: almir Wirth, Editora: Excel Books. 
 
 
 
 
 
Formanado: ____________________________________________________________

Outros materiais