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João Victor de Paula – 3º semestre FARMACOLOGIA APLICADA A PACIENTES COM NECESSIDADES ESPECIAIS Qual a importância do estudo disso na farmacologia? { A gente tem inúmeras síndromes e doença que se encaixam nesse atendimento diferenciado e minucioso na Odontologia. { E entender que existem inúmeras medicações que interferem no atendimento odontológico. Pacientes que requerem cuidados adicionais { Criança. { Gestante. { Diabéticos. { Portadores de doença cardiovascular. CRIANÇAS → Cuidado especiais em pacientes pediátricos: Seleção correta de medicamentos. Dosagens corretas. → Rejeição de ingestão de medicamentos sólidos: Opção pelas formulas líquidas e em gotas. → O paciente é portador de doenças sistêmicas? Asma, cardiopatas, diabetes, etc. → Paciente é alérgico? (importante o cirurgião- dentista questionar). SEDAÇÃO CONSCIENTE EM ODONTOPEDIATRIA → Indicado em alguns casos (procedimentos cirúrgicos longos em pacientes não cooperativos). → NUNCA substituir o manejo de comportamento pela terapia farmacológica. → Benzodiazepínicos ou óxido nitroso (pacientes habilitados). → Diazepam e midazolan: Medicamentos que baixam o limiar de ansiedade. Usados em quantidades inadequadas e tóxicas: parada cardiorrespiratória. Midazolan é mais indicado em pacientes infantis, pois é de curta duração (2-4 horas). Diazepam: longo período de eliminação. ANESTÉSICO LOCAL Seguros. Cuidado com a superdosagem: { Nunca usar doses semelhantes ao adulto. Volume de sangue menor: cuidado pois o Anestésico local atinge altos níveis plasmáticos rapidamente. Cuidado na técnica: preferir técnicas infiltrativas. Caso use ansiolíticos: diminuir a dose de anestésico (efeitos sinérgicos). Escolha principal: Lidocaína 2% com adrenalina 1:100.000. Mepivacaína 2% também é segura. Prilocaína: risco de metemoglobinemia). Bupivacaína sempre evitar. PREVENÇÃO E CONTROLE DA DOR Paracetamol e dipirona (soluções orais). PARACETAMOL : - 15mg/kg / dose com intervalos de 6/6 horas. - 200 mg por ml. - 1 gota por kg de peso (máximo 35 gotas). - Associado a danos hepáticos (doses tóxicas). DIPIRONA : - 10 mg/kg / dose com intervalos de 4/4 horas. - 500 mg/ml. - Meia gota por Kg (máximo 20 gotas). - Sabor amargo, pode misturar com suco. - Associados a processos alérgicos. João Victor de Paula – 3º semestre TRATAMENTO DE INFECÇÕES BAC TERIANAS Penicilinas (1ºescolha): eficácia alta e baixa toxicidade. Alergia a penicilina? -Macrolídeos: azitromicina, eritromicina, claritromicina. Amoxicilina – suspensão (250mg/5ml ou 125mg/5ml): uso em 8/8 horas. Menores de 3 anos: -Suspensão de 125 mg/5ml: administrar 5ml de 8/8 horas por 7 dias. - De 3 a 12 anos: suspensão de 250 mg/5ml: administrar 5ml de 8/8 horas por 7 dias. Eritromicina: 40mg/kg/dia deve ser fracionado de 6/6 horas. Azitromicina- 40 mg/kg/dia a cada 24 horas. GESTANTES Anamnese: alguns pacientes não sabem da gravidez. Mudanças físicas: → Alargamentos dos quadris. → Aumento da parte inferior do abdômen. → Relaxamento dos ligamentos da cintura pélvica. → Aumento dos seios. → Pressão sobre bexiga. → Pressão sobre estômago. → Diminuição do retorno venoso. Mudanças fisiológicas: → Aumento de FC. → Aumento de PA (hipertensão gestacional). → Fadiga no metabolismo de carboidratos. → Maior exigência de insulina. → Hipoglicemia. → Enjoos. Alterações psicológicas: → Preocupação com o tratamento odontológico. → Anestésicos locais, medicações e procedimentos. Esclarecer risco de prematuridade e baixo peso com doença periodontal. ALTERAÇÕES BUCAIS EM GESTANTES Gengivite gravídica. Granuloma piogênico ou gravídico. Gravidez não causa descalcificação dentária. DESENVOLVIMENTO FETAL 1º trimestre: organogênese. Maioria dos defeitos ocorrem nesse período. Maior risco de abortos espontâneos. Lábio leporino, fissura palatal, manchas por tetraciclina. Teratogênese: defeito genético mais comum, ingestão de medicamentos. Administração de medicamentos bem limitada. TIPOS DE PROCEDIMENTO Exodontias não complicadas, tratamento periodontal, dentística, próteses e tratamento endodôntico. 2º trimestre é o mais indicado. Urgências: qualquer período. Consultas curtas e segundo período da manhã (enjoos menos frequentes). Exame radiográfico: avaliar real necessidade, proteção com avental de chumbo, filmes ultra-rápidos e evitar erros técnicos. Deve-se evitar sedação consciente. ANESTÉSICOS LOCAIS Todos atravessam a barreira placentária. Devem conter vasoconstrictor. Lidocaína 2%: usados em quantidades adequadas (máximo 2 tubetes). Injeção lenta após aspiração negativa. AINES Dor? Sempre tentar remover a causa. Paracetamol 500 mg ou 750 mg de 8/8horas por tempo restrito. João Victor de Paula – 3º semestre Dipirona: Risco X Benefício. Evitar durante o último trimestre. Restante do AINES: evitar. Pode empregar dexametasona em dose única de 2 a 4mg. ANTIBIÓTICOS Remover causa da infecção. Penicilinas: doses habituais (1ª escolha). Alergia a amoxicilina? Uso da azitromicina. Não usar tetraciclinas. DIABÉTICOS AINES AAS evitar. Geralmente não há problemas com outros AINES. Paracetamol e dipirona seguro em doses convencionais. Dexametasona: 4mg em doses únicas adultos. ANTIBIÓTICOS Preferir cobertura se paciente descompensado. Controle da doença periodontal. Considerar a possibilidade de candidíase em uso prolongado. DOENÇAS CARDIOVASCULARES DOENÇA CARDÍACA VALVAR Estenose (abertura incompleta) e regurgitação (fechamento incompleto) causa mais comum de anormalidades é a endocardite bacteriana (hereditárias, traumas, sífilis, etc). Profilaxia antibiótica. Recomendação de excelente higiene bucal. Intervalo de 10 a 15 dias para nova profilaxia. Observar o uso de anticoagulantes orais. HAS PA elevada de 140/100 mmHg. Atendimento eletivo PA 160/100 mm/Hg. Anestésicos locais: pode- se fazer o uso de vasoconstrictor adrenérgicos (2 tubetes) ou optar por felipressina (3 tubetes). Benzodiazepínicos: recomenda-se o uso em pacientes ansiosos ( Diazepam ou midazolam). Pacientes com PA maior que 160/100 mmHg (adiar procedimento e solicitar avaliação médica; se urgência avaliar atendimento hospitalar. DOENÇA CARDÍACA ISQUÊMICA Obstrução das artérias coronárias (risco de IAM). Angina instável encaminhar para Sv médico. Tratamento eletivo em pacientes infartados (após 6 meses). pode-se indicar protocolo de sedação consciente. AL – prilocaína e felipressina (2 tubetes) ou articaína com epinefrina 1:200.000). Procedimentos curtos. Observar o uso de anticoagulantes.
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