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Aula 5 - COERÊNCIA E DISCURSO: TEXTOS TEMÁTICOS E FIGURATIVOS

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ASPECTOS SEMIOLÓGICOS DO DISCURSO
COERÊNCIA E DISCURSO: TEXTOS 
TEMÁTICOS E FIGURATIVOS
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Olá!
Ao final desta aula, o aluno será capaz de:
1. Reconhecer formas básicas de discurso: os predominantemente concretos e os predominantemente abstratos,
os figurativos e os temáticos;
2. identificar a função representativa dos textos figurativos e a função interpretativa dos temáticos;
3. compreender a tematização e a figurativização: níveis de concretização do sentido.
1 Texto figurativo
Em um texto figurativo predominam termos concretos em que se cria um efeito de realidade, caracterizando
uma imagem de mundo. Faz-se a análise de relações humanas e acontecimentos. O tema pode não estar explícito,
dependendo da interpretação do leitor que exercerá aí sua visão de mundo. O leitor, diante de um texto, deve
procurar o significado amplo da leitura, demonstrando sua competência leitora.
O texto Circuito Fechado, de Ricardo Ramos, trabalha com elementos concretos, criando a coerência pela
descrição do cotidiano. Este é um texto que chamamos de figurativo.
Clique aqui para ler otexto: http://estaciodocente.webaula.com.br/cursos/gon030/pdfs
/aspectos_semiologicos_do_discurso_aula05_isabel_texto1.pdf
Vejamos outro exemplo. Leia o texto Urubus e Sabiás, de Rubem Alves.
Pode-se observar que, embora o texto traga seres do mundo natural e, portanto, concretos, é usada uma
linguagem figurada, metafórica, pois o tema está implícito, dependendo de uma leitura mais profunda. O autor
faz uma referência subliminar ao fim dos vestibulares, atribuindo julgamentos de juízo aos seres aí relatados.
Nos textos figurativos predomina a narração.
Clique aqui para ler o texto: http://estaciodocente.webaula.com.br/cursos/gon030/pdfs
/aspectos_semiologicos_do_discurso_aula05_isabel_texto2.pdf
http://estaciodocente.webaula.com.br/cursos/gon030/pdfs/aspectos_semiologicos_do_discurso_aula05_isabel_texto1.pdf
http://estaciodocente.webaula.com.br/cursos/gon030/pdfs/aspectos_semiologicos_do_discurso_aula05_isabel_texto1.pdf
http://estaciodocente.webaula.com.br/cursos/gon030/pdfs/aspectos_semiologicos_do_discurso_aula05_isabel_texto2.pdf
http://estaciodocente.webaula.com.br/cursos/gon030/pdfs/aspectos_semiologicos_do_discurso_aula05_isabel_texto2.pdf
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2 Texto temático
Os textos temáticos trabalham o abstrato de modo que os termos usados pertencem à categoria do que é
manifesto, isto é, que têm existência dependente dos seres. Nesse caso, temos substantivos, adjetivos e verbos
que representam situações perceptíveis em reações de seres do mundo natural como educação, qualidade, êxito.
São os textos temáticos.
Se sobreviver às mudanças, o vestibular completará 100 anos em 2011. Não é de admirar que ainda gere defesa
por parte de interesses ligados a sua subsistência. Mas não deveria ser assim.
O vestibular é o último gargalo que impede o desenvolvimento da qualidade na educação brasileira, entre várias
razões, porque simboliza tudo o que agora é considerado obsoleto na era do conhecimento.
Nos dois primeiros parágrafos, destacamos os termos abstratos que são manifestações de seres, pois explicam o
mundo, trabalham com conceitos. A esses textos chamamos de temáticos.
Tanto o texto de Rubem Alves quanto este tratam de um tema comum: o ingresso de candidatos nas
universidades. Podemos, no entanto, perceber uma distinção entre eles. O primeiro coloca em cena personagens
concretos da realidade do leitor. No segundo, são trabalhados conceitos, julgamentos, o que depende de seres
que o realizem. No primeiro, temos um texto figurativo; no segundo, um texto temático.
Um texto temático é predominantemente dissertativo, mas isso não significa que não haja figuras que aparecerão
de forma genérica. Esse tipo de texto pretende mostrar fatos ao leitor sem a preocupação de convencê-lo.
É um texto dinâmico com relações temporais de antes e depois e predominância de palavras abstratas, que
indicam algo presente no mundo natural, mas com foco em conceitos. Por ter uma função interpretativa, o texto
temático explica o mundo, os temas ficam na superfície textual.
3 Tematização e figurativização
São níveis textuais que trabalham com o sentido. Em cada um deles há um tratamento temático diferente, pois
no primeiro o tema está explícito e, no segundo, implícito.
Preste atenção ao vídeo abaixo.
https://www.youtube.com/watch?v=GbHb_vtgXnQ
No texto publicitário, podemos observar que, embora parta de um tema, o autor procura concretizar situações
do mundo natural com figuras de pessoas em seu dia a dia.
https://www.youtube.com/watch?v=GbHb_vtgXnQ
https://www.youtube.com/watch?v=GbHb_vtgXnQ
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O homem, desde a sua origem, é um contador de histórias. Não vamos aqui aprofundar estudos da gramática da
narrativa nem da análise do discurso que precisam de um capítulo à parte. Vamos tratar da narrativa como o
universo da ação, do fazer.
Segundo Santaella (2001, p. 322), “só há ação onde existe conflito, isto é, esforço e resistência entre duas coisas:
ação gera reação e dessa inter-ação germina o acontecimento, o fato, a experiência.” A narração pode ser:
espacial, sucessiva e causal.
• Narrativa Espacial
Na a linearidade (começo, meio e fim) é interrompida para que dê lugar a relaçõesnarrativa espacial, 
complexas/conflitantes, responsáveis por eventos simultâneos, que deverão ser superadas.
Saiba mais: https://7olhares.wordpress.com/2009/05/
• Narrativa Sucessiva
Na há uma ordem cronológica. As ações se sucedem no tempo, se encadeiam comonarrativa sucessiva, 
na maioria das notícias jornalísticas. Há uma espécie de roteiro que registra os acontecimentos no tempo
e no espaço compondo o todo do evento.
Saiba mais: https://www.ige.unicamp.br/lrdg/Mauricio/leitprod.htm
• Narrativa Causal
A trata de um entrelaçamento entre o tempo e a lógica, ações anteriores provocamnarrativa causal
ações consequentes. A narrativa tende para a abstração, pois pressupõe uma avaliação do processo de
uma ação sobre a outra.
Acesse o link e veja Os Amigos dos Amigos, um contohttps://www.youtube.com/watch?v=f3IYsFzzZ_c
que trata de um enredo amoroso que desafia os limites da morte, contada pela voz da amada de morta.
Segundo Santaella (2001, p. 339), as três modalidades de narrativa são encontradas em estado puro, pode haver
a predominância de uma sobre a(s) outra(s), o que permitirá especificar o perfil de um dos tipos de narrativa.
Pode-se perceber que há uma multiplicidade de jogos de linguagem. Quando tratamos da narração, temos textos
figurativos.
Para focalizarmos os textos temáticos, vamos nos deter na dissertação.
O que vamos tratar por “dissertar”?
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•
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https://7olhares.wordpress.com/2009/05/
https://www.ige.unicamp.br/lrdg/Mauricio/leitprod.htm
https://www.youtube.com/watch?v=f3IYsFzzZ_c
https://www.youtube.com/watch?v=f3IYsFzzZ_c
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A dissertação dos textos escritos é temática por estar ligada a conceituações, a formulações quase sempre
abstratas. Nesse tipo de discurso há uma realidade que precisa de uma exposição intelectiva, racional e que
depende de conhecimento para ser explicitada.
O raciocínio tem caráter crítico e busca argumentos que confirmem a lógica da ideia apresentada. Na dissertação,
trabalhamos com as premissas e as inferências. A linguagem da dissertação pressupõe formulações conceituais e
o raciocínio dedutivo é o caminho mais usado para os argumentos.
Os editoriais em revistas e jornais partem de fatos e fazem comentários, buscando a adesão do leitor para o
assunto tratado. Levantam questões polêmicas, trabalham argumentos racionais que vão se relacionando de
modo a levar ao convencimento.
Podemos pensar também em aproximar e comparar textos de épocas diferentes que têm uma linha de raciocínio
divergente sobre determinado assunto.
Vejamos como pode gerar polêmica um assunto que começou no desenho de um personagem por Monteiro 
Vejamos como pode gerar polêmica umLobato. Clique no link e veja um trecho do texto de Ana Lúcia Santana: 
assunto quecomeçou no desenho de um personagem por Monteiro
Lobato. Clique no ícone PDF e veja um trecho do
texto de Ana Lúcia Santana.
Em referência ao personagem de Monteiro Lobato, encontramos um texto de Xico Gaziano, publicado no jornal O
Estado de São Paulo em 22/6/2004, chamado :O novo caipira
Introdução: Monteiro Lobato deve estar chateado. O grande escritor, com certeza, não imaginou que seu
personagem mais famoso, o Jeca-Tatu, pudesse servir ao preconceito contra o campo. Pior, provocar a
mistificação rural.
Conclusão: E se encontrar alguma criança com dentinho pintado de preto, denuncie: preconceito é crime
constitucional.
O autor também faz uma denúncia, começando com o personagem de Lobato, para depois levantar argumentos
sobre questões de preconceito.
Leia o texto na íntegra em:
http://www.xicograziano.com.br/artigos
Podemos ir adiante com a questão, trazendo-a para os dias atuais:
http://www.xicograziano.com.br/artigos
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Leia o texto de Paula Tatianne Carréra Szundy, presidente da Associação de Linguística Aplicada do Brasil
(ALAB), sobre a polêmica na escolha pelo Programa Nacional do Livros Didáticos (PNLD) por livros que
apresentaram “erros” de português: http://estaciodocente.webaula.com.br/cursos/gon030/pdfs
/aspectos_semiologicos_do_discurso_aula05_isabel_texto5.pdf
O que vem na próxima aula
• A formação discursiva e formação ideológica do discurso;
• a heterogeneidade discursiva;
• a intertextualidade e a polifonia;
• a relação dialógica e polêmica nos textos.
CONCLUSÃO
Nesta aula, você:
• Observou a coerência dos discursos figurativos e temáticos;
• analisou as formas básicas do discurso predominantemente concreto e do predominantemente abstrato;
• percebeu a função representativa dos textos figurativos e a função interpretativa dos textos temáticos.
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http://estaciodocente.webaula.com.br/cursos/gon030/pdfs/aspectos_semiologicos_do_discurso_aula05_isabel_texto5.pdf
http://estaciodocente.webaula.com.br/cursos/gon030/pdfs/aspectos_semiologicos_do_discurso_aula05_isabel_texto5.pdf
	Olá!
	1 Texto figurativo
	2 Texto temático
	3 Tematização e figurativização
	Narrativa Espacial
	Narrativa Sucessiva
	Narrativa Causal
	O que vem na próxima aula
	CONCLUSÃO

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