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Beatriz Tianeze de Castro | SOI III | P3 - MEDICINA Introdução Definição É uma parasitose provocada pelo helminto Ascaris lumbricoides, pertencente ao filo Nematoda, a qual acomete o intestino delgado humano. Aspectos Morfológicos Geral Corpo alongado, cilíndrico, fino e com extremidade afiladas. Cobertura Cutícula lisa, brilhante e que contém duas linhas claras distribuídas longitudinalmente, com ausência de segmentação e de ventosas. Coloração Geralmente admite um branco-marfim ou um leve rosado, quando localizado no lúmen intestinal do hospedeiro; e duas extremidades, anterior e posterior. Ovos Os imediatamente expelidos são brancos, mas com o tempo absorvem pigmentos biliares das fezes e adquirem a cor marrom-acastanhada. Ovos férteis São postos com o envoltório mais espesso, apresentam formato ovoide e são relativamente menores que os inférteis. Ovos inférteis São observados quando ocorre a infecção do hospedeiro apenas por fêmeas, quando fêmeas jovens que não passaram pelo processo de fecundação iniciam a oviposição e quando o número de fêmeas na população parasitária é significativamente maior que o número de machos. Habitat preferencial É o lúmen do intestino delgado. Habitar possíveis de se concentrarem ♦ Jejuno, íleo, duodeno, estômago. ♦ Em infecções intensas, todo o intestino delgado pode estar acometido, além de poder ocorrer em vias biliares, ducto pancreático, apêndice cecal, vias do trato urinário, laringe, traqueia e aparelho lacrimal. Alimentação Beatriz Tianeze de Castro | SOI III | P3 - MEDICINA Macronutrientes, como carboidratos, proteínas e lipídios; além de vitaminas A e C. Ciclo Biológico Definição Primeiro Os ovos, ainda não embrionários, são liberados através das fezes para o ambiente, onde se tornam embrionados. Segundo Os ovos embrionados dão origem ao L1 (1º estágio larval) em cerca de 15 dias. Vale ressaltar que, neste estágio, as larvas são rabditoides e ainda não são infectantes. Terceiro Após + 7 dias, acontece a evolução para L2 (2º estágio larval). Vale ressaltar que, neste estágio, as larvas são rabditoides e ainda não são infectantes. Quarto Ocorre a evolução para L3 em que as larvas são filarioide e infectantes. Quinto A larva é ingerida ainda em L3. Sexto Os ovos atravessam o tubo GI para eclodir ao chegarem no intestino delgado. Sétimo As larvas, após saírem do ovo, migram para o intestino grosso e alcançam as correntes linfática e sanguínea após atravessarem a parede intestinal na altura do ceco. Oitavo Em seguida, as larvas migram em direção aos pulmões, que é quando as larvas evoluem para L4 (estágio alcançado após 8 dias da ingesta). Nono As larvas L4 rompem os capilares pulmonares, ganhando acesso aos alvéolos, onde evoluem para L5. Décimo Dos alvéolos, as larvas L5 migram em direção à faringe, onde serão envolvidas pelo muco daquela região, conferindo resistência ao ambiente ácido do estômago. Décimo primeiro Quando chegam ao intestino delgado, se fixam e amadurecem dando lugar às formas adultas, concluindo seu ciclo biológico. Aspectos Clínicos Fígado e Vias Biliares ♦ Hepatomegalia, mal-estar geral, febre e hiperglobulinemia. ♦ Hepatite: mal-estar, hiporexia, mialgias, náuseas, dor leve no Beatriz Tianeze de Castro | SOI III | P3 - MEDICINA hipocôndrio direito (associado a hepatomegalia, icterícia, colúria e hipocolia). ♦ Abcesso hepático: febre, dor no hipocôndrio direito, icterícia e leucocitose. ♦ Colangite: icterícia, febre, dor no hipocôndrio direito, hipotensão arterial sistêmica e rebaixamento do nível de consciência. Pulmão ♦ Síndrome de Löffler: febre, tosse (escarro com cristais Charcot-Leyden), broncospasmo, dispneia, sibilos, dor retroesternal, hemoptise, edema pulmonar e insuficiência respiratória. ♦ Pneumonia: febre alta, mal-estar, tosse produtiva, dor pleurítica, taquipneia e fadiga. Intestino ♦ Abdome proeminente, dor abdominal em cólica, diarreia, náuseas, vômitos, anorexia e desnutrição. ♦ Obstrução mecânica: distensão abdominal, parada de eliminação de flatos e fezes, peristalse de luta, vômitos fecalóides, intensa dor abdominal, isquemia intestinal e entre outros. ♦ Apendicite aguda: dor difusa ou periumbilical, que posteriormente se localiza no quadrante inferior direito do abdome, progressiva, associada à febre, náuseas e vômito.
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