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Bioquímica I - Balanço e Desbalanço Hídrico

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Bioquímica I 
Balanço e desbalanço hídrico
Balanço hídrico 
Equilíbrio entre ingestão (consumo), eliminação 
(urina, fezes e suor) e a perda (evaporação e 
expiração) de água pelo organismo; 
Em indivíduos saudáveis, nas condições normais de 
temperatura e umidade, a quantidade de água 
consumida no dia é semelhante a perdida 
 Pequenas perdas de variações
 hídricas são mais difíceis de ser
 observadas, necessitando do uso de
 marcadores bioquímicos; 
Ingestão, absorção e reabsorção 
A água que o organismo obtém pelo consumo de 
alimentos representa cerca de 20 a 25% do total 
ingerido; 
A água que o organismo obtém pela oxidação dos 
macronutrientes, consumo de bebidas ou da própria 
água pura representa cerca de 75 a 80% do total 
de água ingerido; 
A água está em 7 a 9L das secreções digestórias, 
sendo fundamental para os processos de digestão 
e absorção; 
Absorção: ocorre de forma rápida através das 
membranas das células do sistema digestório no 
estômago (menor quantidade) e intestinos (maior 
quantidade no delgado); 
Ocorre por difusão, em 
função da diferença de 
pressão osmótica entre o 
plasma e o conteúdo 
intestinal; 
 
Fluido intracelular: 
decorrente da quantidade de 
íons de potássio; Fluido 
extracelular: possui relação 
com o alto conteúdo de 
sódio presente nesse meio à 
água busca a homeostase; 
Reabsorção: é quase totalmente reabsorvida no íleo 
e cólon, auxiliando na manutenção corporal de água 
e consistência adequada das fezes. 
Excreção 
As principais formas de eliminação de água em 
indivíduos normais são através das perdas sensíveis 
(urina, fezes e suor) e insensíveis (evaporação e 
expiração); 
A principal via de eliminação de água ocorre pela 
diurese (produção de urina pelos rins); 
Diariamente eliminamos no mínimo 500ml de água 
através da urina – o que pode variar de acordo com 
o consumo de água; 
Em torno de 100 a 150ml de água são eliminados nas 
fezes – o que corresponde a aproximadamente 
70% do seu peso; 
Se tratando do suor, a quantidade de água eliminada 
sofre influência da roupa, nível de atividade física, 
temperatura e umidade; 
As perdas insensíveis representam 
aproximadamente 400ml pelo ar expirado pelos 
pulmões e 600ml pela pele por sudorese (vapor 
d’água), as quais são consideradas imperceptíveis – 
dependendo, também de fatores externos. 
Regulação hídrica 
Corresponde a variação entre a ingestão de água 
influenciada pela sensação de sede (pelo hipotálamo 
ventromedial) e a menor quantidade de água no 
sangue (osmolalidade); 
 
Se relaciona com a medida de partículas 
osmoticamente ativas por kg de solvente, 
no qual as partículas estão diluídas 
(mOsm/kg); 
O valor total da osmolalidade sérica é cerca de 
300mOsm/L; 
A hipertonicidade do plasma e do filtrado glomerular 
estimulam os osmorreceptores do hipotálamo, 
gerando a sensação de sede – o que estimula, 
também, os receptores do núcleo supraóptico, 
possibilitando a liberação do ADH; 
A água, quando em contato com a mucosa gástrica, 
estimula os receptores do estiramento que enviam 
sinais nervosos para o cérebro, interrompendo o 
ato de beber água e a sensação de sede; 
O ADH atua nos túbulos renais, aumentando a 
reabsorção de água para o sangue, até o retorno 
da osmolalidade sanguínea – atua diluindo o sangue 
e concentrando a urina – sua secreção é inibida 
quando o plasma se torna hipotônico; 
O consumo de líquido também ocorre por outros 
fatores, além da própria sede, como 
comportamentos culturais, por exemplo; 
 
 
 
 
 
 
 
 
Desbalanço hídrico 
Caracterizado pela desidratação ou intoxicação por 
água; 
Osmolalidade plasmática em torno de 295mOm/L é 
considerado déficit de água; 
Osmolalidade plasmática em torno de 285mOm/L 
é considerado excesso de água; 
 
 
Há três tipos de desidratação: 
- Isotônica: perda proporcional de água e sal. Esta, 
pode vir da ascite, uso de diuréticos, perdas de 
secreções digestórias, aspiração de derrame pleural 
(água no pulmão) e ingestão inadequada de líquidos. 
O seu tratamento é dado por uma solução salina 
isotônica; 
- Hipertônica: déficit maior de água do que de sal. 
Este, pode vir da ingestão inadequada de água, 
perda excessiva (vômitos e diarreias, a mais 
facilmente notada), falta da percepção de sede, da 
oferta de água e da incapacidade de ingerir líquidos; 
- Hipotônica: déficit maior de sal do que de água. 
Este, pode vir da sudorese excessiva e pelo uso de 
diuréticos tiazídicos. O seu tratamento é através da 
oferta de sal para reestabelecer os valores da 
osmolalidade plasmática; 
Classificação Sinais 
Sem desidratação Sinais ausentes 
 
 
Desidratação 
Sinal da prega: resiliência 
lenta 
Olhos fundos 
Bebe avidamente, 
apresentando sede, 
inquietação ou irritação 
 
 
 
Desidratação grave 
Sinal da prega: resiliência 
muito lenta (>2s) 
Olhos fundos 
Não consegue beber ou 
bebe mal 
Apresenta letargia ou 
inconsciência 
 
Dentre os sintomas da desidratação estão a pele 
esticada na testa, urina concentrada, diurese 
Ingestão Perda 
Balanço hídrico 
Sede água 
 
Oxidação dos 
alimentos 
Fezes 
Suor 
Pele 
Pulmão 
ADH urina 
Depende da quantidade de sal e 
água que foi consumido e perdido. 
diminuída, mucosas secas, dificuldade de 
concentração, taquicardia, entre outros; 
Os idosos estão mais sujeitos a desidratação; 
A intoxicação por água consiste em excessos do 
volume de água e de LIC, acompanhados pela 
diminuição dos valores de osmolalidade plasmática 
O aumento do LIC provoca 
expansão do volume da 
célula, particularmente a do 
cérebro, gerando dor de 
cabeça, náuseas, vômitos, 
convulsões, podendo chegar 
à morte; 
Fontes 
Podem ser endógenas, ou exógenas; 
- Endógenas: água produzida durante os processos 
metabólicos e da oxidação dos macronutrientes; 
- Exógenas: ingestão de água pura, dos líquidos que 
a contenham e os próprios alimentos da dieta; 
Alimento Água (% peso) 
Frutas e hortaliças Até 95 
Carnes 50 a 81 
Ovos 70 a 75 
 
 
Recomendações 
Em busca de garantir a homeostase e osmolalidade 
plasmática; 
Poderia, também, ser calculada com base no 
consumo calórico: 1ml/kcal (adultos) 35ml/kg; 
Faixa etária AI* AI** 
Lactentes 
 0 – 6 meses 0,7 L/dia pelo leite 
materno 
 
7 – 12 meses 
0,8 L/dia pelo leite 
materno + outros 
alimentos 
Crianças 
1 – 3 anos 1,3 L/dia 0,9 L/dia 
4 – 8 anos 1,7 L/dia 1,2 L/dia 
Meninos 
9 – 13 anos 2,4 L/dia 1,8 L/dia 
14 – 18 anos 3,3 L/dia 2,6 L/dia 
Meninas 
9 – 13 anos 2,1 L/dia 1,6 L/dia 
14 – 18 anos 2,3 L/dia 1,8 L/dia 
Homens 
19 – 30 anos 3,7 L/dia 3 L/dia 
31 – 50 anos 3,7 L/dia 3 L/dia 
 Mulheres 
19 – 50 anos 2,7 L/dia 2,2 L/dia 
Adultos e idosos 
Homens: ≥ 51 anos 3,7 L/dia 3 L/dia 
Mulheres: ≥ 51 anos 2,7 L/dia 2,2 L/dia 
Gestante 
14 – 18 anos 3 L/dia 2,3 L/dia 
19 – 50 anos 3 L/dia 2,3 L/dia 
Lactação 
14 – 50 anos 3,8 L/dia 3,1 L/dia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Cecília Araújo

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