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Peticao caso Bryan U2

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR, DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE....
PROCESSO Nº XXXXX
Bryan, casado, portador da cédula de identidade RG , inscrito no CPF sob o nº , residente e domiciliado à rua , nº , bairro , cidade de , estado de , CEP 	, por intermédio de seu representante, OAB, endereço, Cep, e-mail, (com procuração em anexo), vem respeitosamente a presença de Vossa Excelência, apresentar Resposta à Acusação com fulcro nos artigos 396 e 396 – A do Código de Processo Penal, Rito Ordinário, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.
DOS FATOS:
Bryan, brasileiro, casado com Suellen e pai de dois filhos, conseguiu um bom emprego depois de 2 anos desempregado. Feliz e fazendo mil planos com a esposa, decidiram reformar a casa onde moram. Fizeram orçamento em várias lojas e conseguiram valores que poderiam ser pagos de forma parcelada. Como estava voltando a trabalhar agora, Bryan não tinha cartão de crédito para parcelar as compras. Suellen então resolveu pedir ajuda à sua melhor amiga, Tássia, para que emprestasse alguns cheques para pagar as prestações do material. Suellen e Tássia são amigas de infância e Tássia não hesitou em atender ao pedido da amiga. Foi com eles à loja e emitiu 6 cheques pós datados para pagamento do material.
Uma semana depois da compra, Tássia viajou a trabalho e teve sua bolsa furtada, com todos os seus documentos e o talão de cheques. Por segurança, Tássia sustou todo o talão de cheques, mas esqueceu de avisar à amiga.
No mês seguinte, o primeiro cheque da transação comercial foi apresentado ao banco e não foi compensado. O dono descobriu então que os cheques haviam sido sustados.
Sem pensar muito, o empresário dirigiu-se à delegacia e apresentou os cheques como prova do possível crime de estelionato e indicou Bryan como o autor do crime. O Delegado instaurou o IP para apurar. Bryan compareceu à Delegacia e explicou todo o ocorrido. Disse que assim que soube de tudo, fez um empréstimo no banco e estava com o dinheiro para pagar à vista o valor da compra, o que fez no mesmo dia em que esteve na Delegacia.
O Delegado relatou o IP e encaminhou ao MP, que entendeu por bem denunciar Bryan como incurso no art. 171, §2º, VI, do CP.
DAS PRELIMINARES
EXCEÇÃO DE ILEGITIMIDADE DE PARTE 95, IV DO CPP.
Ocorre que Bryan não deveria ser parte da ação, pois conforme relatado os cheques não eram de Brya, mas sim da amiga de sua esposa proprietária do cheque que foi quem emitiu o mesmo. 
SUMULA 554 STF, TRANCAMENTO DA AÇÃO PENAL
Em tese o fato seria considerado atipico pois Bryan fez o pagamento antes do recebimento da denúncia. A ação penal não merece prosperar visto que conforme súmula 554 do STF: o PAGAMENTO DE CHEQUE EMITIDO SEM PROVISÃO de fundos, após o recebimento da denúncia, não obsta ao prosseguimento da ação penal.
Neste sentido como Bryan fez o pagamento integral, portanto, estando extinta a punibilidade.
DO MÉRITO:
ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA PELA ATIPICIDADE DA CONDUTA
Conforme determinado em Sumula há ausencia de dolo de cometer o crime de estelionato.
Ausência de intenção fraudulenta, o que se comprova pelo pagamento dos cheques emitidos, segundo sumula 246, do STF.
Súmula 246 STF: Comprovado não ter havido fraude, não se configura o crime de emissão de cheque sem fundos.
SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO. ART 89, LEI 9.99/95
Requer-se-á a suspensão condicional do processo, em caso da não absolvição sumária do requerido. Conforme o art. 89 da Lei 9099/95Art. 89. “nos crimes em que a pena mínima cominada for igual ou inferior a um ano, abrangidas ou não por esta Lei, o Ministério Público, ao oferecer a denúncia, poderá propor a suspensão do processo, por dois a quatro anos, desde que o acusado não esteja sendo processado ou não tenha sido condenado por outro crime, presentes os demais requisitos que autorizariam a suspensão condicional da pena “.
Bryan se enquadra em todos os requisitos para suspensão, bem como para que seja absolvido sumáriamente conforme art 397 inciso III do CPP, como já destacado anteriormente
3- PEDIDOS:
1. Receba a presente resposta à acusação;
2. 	Que sejam acolhidas as preliminares para trancar a ação penal por inépcia e/ou falta de justa causa, segundo art. 395, I e III do CPP
3. Que seja o acusado absolvido sumariamente nos termos do artigo 397, inciso III, do Código de Processo Penal;
4. Em caso de não absolvição sumária, que seja aplicado o artigo 89, da lei 9.099/95
Rol de testemunha Tassia, xxxx
Nestes termos, pede e espera deferimento.
Local, Data.
Advogado OAB

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