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4 EDUCAÇÃO FISICA PROFISSÃO E CONHECIMENTO

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AT 1
2 32
S
U
M
Á
R
IO
3 UNIDADE 1 – Introdução
4 UNIDADE 2 – Percurso Histórico da Educação Física
4 2.1- Atividades físicas do homem pré-histórico
5 2.2.1- As atividades físicas entre os chineses 
5 2.2.2- As atividades físicas entre os hindus
5 2.2.3- As atividades físicas entre os japoneses
6 2.3.1- O Egito
6 2.3.2 - Assírios e Caldeus
6 2.3.3- Hebreus
6 2.3.4- Medas e Persas
6 2.3.5- Fenícios e Insulares
6 2.4- A Educação Física na Grécia Antiga
7 2.4.1- Os grandes jogos
7 2.4.2- Principais provas praticadas pelos gregos
8 2.5- A Educação Física na Roma Antiga
8 2.5.1- Locais para a prática desportiva em Roma
9 2.6- A Educação Física na Idade Média
9 2.7- A Educação Física no Renascimento
10 2.8- A Educação Física e o Iluminismo
10 2.9- A Educação Física na Idade Contemporânea
11 UNIDADE 3 – O Aparecimento dos Primeiros Métodos Regulares
11 3.1- Método de Hebert
11 3.2- Método Francês
11 3.3- Método Calistênico
12 3.4- Educação Desportiva
12 3.5- Método de Amoros
13 3.6- Método Culturista
14 UNIDADE 4 – Educação Física no Brasil
14 4.1- Brasil Colônia
14 4.2- Brasil Império
14 4.3- Brasil República
16 UNIDADE 5 – Educação Física no Brasil: O Início das Concepções Pedagógicas
19 UNIDADE 6 – Educação Física: Da Prática Pedagógica à Regulamentação
22 UNIDADE 7 – Conceitos Básicos e Atuais Da Educação Física
25 UNIDADE 8 – Jogos Olímpicos da Era Moderna: Informações Básicas
28 UNIDADE 9 – Considerações Finais
29 REFERÊNCIAS
2 33
UNIDADE 1 – Introdução
A Educação Física, no âmbito escolar e 
em outros espaços formais de prática, vem 
mudando, ao longo do tempo, de acordo 
com os princípios éticos da sociedade e os 
projetos políticos-pedagógicos construí-
dos em sua época. Assim, o que chamamos 
hoje de Educação Física passa, necessaria-
mente, pela reflexão sobre o processo de 
constituição como componente curricular 
da história da escola moderna.
Inicialmente denominada Gymnástica, 
sua inserção como componente curricular 
foi motivada por um conjunto de fatores 
condicionados pela emergência de uma 
nova ordem social na Europa dos séculos 
XVIII e XIX, fundamentada, especialmen-
te, nos conhecimentos da Medicina e na 
necessidade de constituição do Estado 
Nacional. O ideário de civilidade exigia uma 
nova forma de lidar com o corpo e conceber 
a vida, pautada na conquista individual do 
organismo sadio e da vontade disciplinada 
(SOARES, 2001).
De acordo com Bracht (1999), a ciência 
moderna destacou a importância do movi-
mento como forma de promoção da saúde. 
Segundo ainda esse autor, o corpo passou 
a ser entendido como uma estrutura me-
cânica passível de ser conhecido no seu 
funcionamento, mas também controlado e 
aperfeiçoado. O autor supracitado destaca 
ainda que, desde então, com esse objetivo, 
no século XIX, a Educação Física foi incor-
porada nos currículos da grande maioria 
das escolas, principalmente das brasileiras, 
na forma de exercícios ginásticos, esgrima 
e evoluções militares. Nesse sentido, tal 
prática foi motivada pela ideia de que seria 
capaz de higienizar, disciplinar e corrigir os 
corpos das crianças que frequentavam as 
escolas com objetivos ortopédicos conso-
lidando uma nova ordem escolar.
Desde então, a Educação Física vem 
participando de diferentes projetos edu-
cacionais, os quais ao longo do século XX 
foram sempre orientados por expectativas 
permeadas nas possibilidades de interven-
ções com finalidades de adaptar os corpos 
às necessidades sanitárias, morais, cívicas, 
produtivas, dentre outras.
4 54
UNIDADE 2 – Percurso Histórico da 
Educação Física
A história da Educação Física tem por 
fim a narração verídica dos fatos relacio-
nados com a origem do trabalho físico e 
com a maneira pela qual se processou sua 
evolução, metodização e regulamentação. 
Dessa maneira, a trajetória histórica des-
te componente curricular está atrelada à 
história geral propriamente dita, nos seus 
aspectos políticos, econômicos, militares e 
sociais.
No que se refere às relações das grandes 
divisões da História com a Educação Física, 
Almeida (1995) adverte que os exercícios 
físicos evoluíram em períodos distintos, 
obedecendo a influências mesológicas, 
políticas e culturais. Ainda segundo esse 
autor, é possível distinguir cinco fases na 
evolução da Educação Física, as quais per-
mitem dividir a história em cinco períodos 
relacionados com os grandes aconteci-
mentos históricos, conforme destacados a 
seguir:
1º- Período Pré-histórico antigo: tem 
início com o aparecimento do homem so-
bre a terra, sendo os agrupamentos hu-
manos mais expressivos os chineses, 
egípcios, persas, hindus e mesopotâmi-
cos. É a chamada Antiguidade Oriental.
2º- Período Clássico: é aquele em que 
a história da Educação Física assume mais 
precisão, em face de um conhecimento 
melhor das condições das civilizações que 
o caracterizam. Inicia-se com a Grécia, e vai 
até o Império Romano do Ocidente.
3º- Período Medieval: abrange a Idade 
Média, desde o Império Bisantino de Justi-
niano, até o século XIV. É o período obscuro 
da Educação Física.
4º- Período Renascimento: marca o 
aparecimento dos grandes precursores da 
Educação Física.
5º- Período Contemporâneo: principia 
com a crítica feita ao Método Sueco prolon-
gando-se aos dias atuais. É o mais rico em 
informações e de maior interesse para a 
atualidade físico-pedagógica.
Adiante serão apresentadas mais infor-
mações a despeito de cada um desses perí-
odos, e como os mesmos relacionavam-se 
e ainda traz influências para a Educação 
Física.
2.1- Atividades físicas do ho-
mem pré-histórico
O período pré-histórico constituiu uma 
época com raríssimas documentações 
da prática da Educação Física e, portanto 
suscita um raciocínio um tanto quanto in-
dutivo e dedutivo. De acordo com Almei-
da (1995), as atividades físicas do homem 
pré-histórico passam por alguns estágios 
elencados a seguir:
a) Aspecto natural: inicialmente a 
atividade física do homem aparece sob o 
aspecto mais rudimentar, que é o natural 
(correr, saltar, lançar, dentre outros).
b) Aspecto utilitário: a preocupação de 
abater a caça ou o inimigo ao primeiro gol-
pe, de subir em árvores mais rapidamen-
te, saltar maior distância, de transportar 
maior peso, levou-o a adestrar-se para re-
alizar suas tarefas com maior rendimento.
c) Aspecto guerreiro: o homem nesse 
4 55
período sentia a necessidade de defender 
através da força física, suas culturas, seus 
rebanhos, suas habitações e sua vida con-
tra tribos nômades. Assim surgia, então, 
a finalidade guerreira da atividade física, 
com a prática das provas de arremessos 
e lançamentos. Além disso, a segurança e 
violência dos golpes de espada, a veloci-
dade na corrida, a resistência nas marchas, 
o domínio das artes de nadar, navegar e 
montar, valorizavam-se extraordinaria-
mente, mesmo em tempo de paz, pois era 
preciso estar preparado para a guerra.
2.2- A Educação Física nos 
sistemas educacionais dos 
povos do Extremo Oriente
2.2.1- As atividades físicas 
entre os chineses
Nos estudos de Accioly (1984), é pos-
sível identificar registros que apontam as 
principais atividades físicas realizadas pe-
los chineses em diferentes épocas de sua 
história, como se pode observar:
- luta – inicialmente, desporto militar 
que depois se popularizou, integrando às 
festas tradicionais;
- tiro ao arco e danças – propagavam-
-se como forma de cerimônia;
- jogos sociais – estavam eminente-
mente baseados na imitação dos animais;
- esgrima de sabre – desporto militar 
que originou a dança de sabre;
- tsu-chu – era o desporto chinês mais 
popular de todos;
- caça – esporte que era privilégio dos 
elementos da corte;
- boxe – ocupou lugar dos mais impor-
tantes entre os chineses.
As atividades físicas entraram em declí-
nio na China, quando os filósofos começa-
ram a incutir no povo uma filosofia de vida 
baseada na inação, a qual recomendava 
repouso e meditação como forma de obter 
sabedoria. Assim, os preceitos budistas in-
troduzidosna China, por volta do ano 155 a. 
C. incluía um programa diário de meditação 
religiosa. Tais hábitos de meditação incor-
porados pela cultura chinesa dessa época, 
tornou a população sedentária e contrária 
à atividade física, perdurando ainda por 
muitos séculos.
2.2.2- As atividades físicas 
entre os hindus
Os hindus se consagravam à realização 
de exercícios corporais e práticas higiêni-
cas. Os exercícios físicos realizados possu-
íam características extremamente fisioló-
gicas. 
Dentre as atividades físicas praticadas 
pelos hindus, segundo Almeida (1995), as 
mais difundidas foram as corridas, a equi-
tação, a caça, a natação, o boxe e a luta. 
2.2.3- As atividades físicas 
entre os japoneses
Entre as atividades físicas praticadas 
pelos japoneses ainda no período dos anos 
a.C. destacam-se a natação, a navegação 
e a pesca, todas com objetivos de suprirem 
as necessidades do povo. A ginástica pro-
pagou-se principalmente no período feu-
dal, caracterizando-se por exercícios sem 
6 7
aparelhos, de flexibilização, de destreza, 
entre outros. A marcha, a corrida, o salto, e 
os exercícios de equilíbrio obtiveram gran-
de desenvolvimento nessa época. O jiu-
-jitsu alcançou grande êxito, aperfeiçoan-
do-se como um sistema verdadeiramente 
nacional de cultura física. Inicialmente, es-
tava reservado aos samurais tornando-os 
invencíveis nas lutas, corpo a corpo. Outros 
tipos de luta, advindos da China e da Índia 
também se desenvolveram no Japão. O jiu-
-jitsu, contudo, é a arte de defesa pessoal 
que se conserva tradicionalmente até os 
dias de hoje.
2.3- A Educação Física nos 
sistemas educacionais dos 
povos do Oriente Próximo
2.3.1- O Egito
A história do Egito teve origem na Ásia 
com início a quase quarenta séculos a. C..
Pelas pinturas e desenhos encontrados 
nas paredes das tumbas, as atividades fí-
sicas dos egípcios foram as mais diversas 
possíveis. Dentre as mais populares, é pos-
sível destacar: a corrida, o salto, a luta, os 
arremessos, a esgrima,o boxe, a natação, 
o remo, as corridas de carro, arco e flecha, 
danças e os exercícios ginásticos.
2.3.2 - Assírios e Caldeus
Como todos os povos antigos, os assírios 
e caldeus viviam sob o terror dos deuses 
e o domínio absoluto de reis divinizados; 
eram essencialmente guerreiros e caça-
dores. Pelas condições de sua própria vida, 
tais povos cultivavam exageradamente a 
força física, a destreza, a resistência, en-
tregando-se às mais variadas atividades. 
As longas marchas, as rápidas corridas, o 
manejo do arco e flecha, o arremesso da 
lança, as lutas, a equitação e a canoagem, 
constituíram-se os exercícios indispensá-
veis à formação física desses povos.
2.3.3- Hebreus
Embora não possuíssem exército, nem 
fossem de natureza bélica, os hebreus sa-
biam usar as armas e lutavam quando eram 
hostilizados. Esses povos manejavam, com 
destreza, o arco e a flecha, arremessavam 
com precisão a lança, usavam muito bem a 
espada, e usavam gritos ensurdecedores 
antes de atacar, quer para elevar a própria 
moral ou para atemorizar os seus adversá-
rios.
2.3.4- Medas e Persas
Esses povos, de acordo com os historia-
dores, eram exímios montadores de cava-
los, atiravam com o arco, eram obrigados a 
guardar a cidade e a caçar e, em sua gran-
de maioria, eram constituídos de homens 
altos, delgados, dotados de grande força 
física, dinâmica e cultivavam a honradez da 
palavra dada.
2.3.5- Fenícios e Insulares
Dentre as principais atividades físicas 
convém citar: a navegação, a equitação, o 
manejo do arco e flecha, o arremesso de 
lanças, a caça e a luta. Eram também adep-
tos dos exercícios de força e velocidade, 
da corrida a pé, do boxe e, sobretudo, das 
touradas.
2.4- A Educação Física na 
Grécia Antiga
6 7
Os locais onde se praticava a cultura físi-
ca, na Grécia, eram: Ginásio, Palestra, Está-
dio e Efebia. A Grécia dava o nome de giná-
sio ao conjunto de lugares especialmente 
destinados à educação da mocidade e aos 
exercícios que a todos os bons cidadãos 
se impunham, como dever para com eles 
e para com a pátria. Os ginásios primitivos 
consistiam em simples pistas de corridas a 
pé, de lançamentos e áreas arenosas para 
os exercícios corporais. Esses locais, em 
geral, eram à margem de rios e juntos aos 
bosques e todos de propriedade do Estado.
As palestras eram locais de dimensões 
restritas, com piso de saibro, providas de 
banheiros e compartimentos para fricções, 
lutas, duchas, banhos quentes. Eram de 
um modo geral de propriedade particular.
À palestra e ao ginásio, ajuntava-se o 
estádio, geralmente perpendicular a am-
bos, com pistas cobertas, destinando-se 
às competições esportivas. Na Grécia, qua-
se todas as cidades possuíam seu ginásio, 
sendo que os principais eram o de Atenas, 
Olímpia, Delfos, Éfeso, Nemeia e Corinto.
2.4.1- Os grandes jogos
Na Grécia Antiga eram disputados vários 
tipos de jogos com os mais diversos fins. 
Conforme registros históricos, pode-se 
destacar os seguintes:
- jogos Fúnebres;
- jogos Gregos;
- jogos Olímpicos;
- jogos Píticos;
- jogos Nemeus;
- jogos Ísticos.
Dentre estes, vale ressaltar os Jogos 
Olímpicos, os quais deram origem a esse 
grande evento esportivo da atualidade e 
tiveram dois grandes momentos na histó-
ria dos mesmos. Na Grécia Antiga, os Jogos 
Olímpicos já eram celebrados de 4 em 4 
anos, em Olímpia e disputados em honra 
de Júpiter. 
É incontestável o grau de adiantamen-
to e esplendor que a Educação Física atin-
giu nesse período. Havia na Grécia Anti-
ga, a crença de que o grego ao se tornar 
um atleta era comparado a semideuses e, 
portanto, todos se dedicavam à prática da 
Educação Física, a fim de buscar o aperfei-
çoamento físico e, consequentemente, o 
desenvolvimento intelectual e moral. As 
provas a que em Olímpia se concediam prê-
mios eram: a corrida a pé, o salto, o disco, 
o dardo e a luta, o pugilato, o pancrácio, a 
corrida armada, a corrida de carros e a cor-
rida de cavalos. Após um largo período de 
decadência, em 394 d. C., foram os Jogos 
Olímpicos suprimidos, por ordem de Teo-
dósio, o Grande, imperador romano.
2.4.2- Principais provas 
praticadas pelos gregos
Corridas: era o mais popular, natural e 
antigo desporto praticado pelos gregos. 
O estádio era a corrida de velocidade, de 
192 metros. O diaulo era a corrida em que 
o concorrente corria duas vezes a exten-
são do estádio. A hípica consistia em uma 
corrida de 740 metros em um percurso se-
melhante ao usado nas corridas de cavalo. 
A délica era corrida de fundo com distância 
de 4.440 metros.
Hipólito: era uma corrida na qual o cor-
redor corria armado. O percurso era den-
tro da arena, e a corrida representava uma 
exaltação do valor guerreiro do grego.
8 9
Corridas de carro: prova de aristocra-
cia, uma das causas do aparecimento do 
atleta profissional, que ao vencer a prova 
dava o prêmio ao seu senhor.
Corridas de cavalo: eram de duas es-
pécies e realizadas em hipódromos: ou o 
cavaleiro montava sem sela ou sobre uma 
simples manta. Se o cavaleiro caísse, e o 
cavalo chegasse em primeiro lugar, assim 
mesmo era considerado vencedor.
Saltos: o povo grego conhecia os saltos 
em altura, em extensão, em profundidade 
e o salto em extensão com o auxílio de uma 
vara.
Arremesso do dardo: no princípio, 
nada mais era do que o arremesso de uma 
lança usada quer como arma de guerra, 
quer como arma de caça. Era empregada 
a pé ou a cavalo, como arma de choque ou 
de arremesso. Inicialmente, os arremessos 
foram feitos em precisão, mais tarde em al-
cance e, finalmente, em distância e ao alvo. 
Primeiramente, os arremessos eram feitos 
com dardo de guerra, e, posteriormente, 
por questões de segurança, foi substituído 
por outro de madeira com ponta de metal.
Arremesso do disco: teve início com 
o arremesso de um pequeno escudo. Nas 
Olimpíadas, o arremesso era feito de uma 
plataforma inclinada, sendo sua técnica 
idêntica a dos dias atuais.
Lutas: a mais comum era a luta vertical, 
em pé, vencendo aquele que derrubasse o 
outro. Havia tambéma luta horizontal, em 
que vencia o que o colocasse as espáduas 
do outro contra o solo, por determinado es-
paço de tempo. Pugilato era a luta com os 
punhos, pois utilizavam-se luvas de couros 
com pontas de ferro denominadas cestos.
Pancrácio: era a luta livre, combinada 
com o pugilato, mas praticada sem o cesto. 
Era uma luta de muito prestígio entre os 
gregos e configurava um verdadeiro “vale 
tudo”.
Pentatlo: Foi a prova olímpica mais im-
portante, reunindo as seguintes provas: 
corrida, arremesso de disco, salto em dis-
tância, arremesso de dardo e luta. Todas as 
provas eram eliminatórias, de modo que só 
chegassem à final dois atletas que dispu-
tavam a vitória.
2.5- A Educação Física na 
Roma Antiga
Na Roma Antiga, no período ante-Gré-
cia, os exercícios físicos eram praticados 
no Campo de Marte, local de treinamentos 
próximo aos grandes monumentos. Nes-
ses, praticavam-se corridas, saltos, trans-
portes de fardos, arremessos de dardo, 
com caráter militar, lutas, esgrima, exercí-
cios equestres, natação no rio Tibre, hidro-
terapia e massagem.
No período pós-Grécia, praticavam-se a 
Esferomaquia, a qual era jogada com uma 
bola em quatro modalidades: Choli, Trigon, 
Pagani e Harpastum, semelhante ao nosso 
futebol. Também o Quinquertium, originá-
rio do pentatlo, constava das mesmas pro-
vas: corrida, salto, arremesso de disco, de 
dardo e luta.
Baseados nos Jogos Olímpicos, os roma-
nos criaram os Jogos Augustus – realizados 
anualmente; os Jogos Acciacos e os Jogos 
Capitolinos, ambos realizados de 5 em 5 
anos.
2.5.1- Locais para a práti-
8 9
ca desportiva em Roma
Circo: com arquibancadas enormes e 
luxuosas, era uma imitação do hipódro-
mo dos gregos. Nele se realizavam as pro-
vas hípicas e as competições atléticas. Em 
Roma, os circos foram numerosos e nesses 
as corridas de carros faziam as delícias dos 
expectadores. Os carros denominavam-se 
bigas, trigas ou quadrigas, conforme fos-
sem puxados por dois, três ou quatro ani-
mais.
Anfiteatro: o anfiteatro, espetacular 
obra da arquitetura romana, diferencia-
va-se do circo, pela sua finalidade, pela 
sua forma e disposição interna, mas a ele 
nivelava-se na pompa, na majestade e na 
capacidade de público. Possuía como peça 
principal uma arena circular ou elíptica, cir-
cundada por maciça arquitetura, onde se 
desenrolavam os combates de gladiado-
res, de feras e os sacrifícios.
Estádio: construído nos moldes dos 
existentes na Grécia. Era destinado às 
competições e lutas atléticas. Neles, diver-
sas vezes, eram efetuados concursos de 
ginástica, canto, música, poesia e eloquên-
cia.
Termas: eram locais próprios para ba-
nhos quentes, duchas, massagens, fric-
ções e banhos a vapor. Possuíam piscinas, 
onde o sexo feminino se fazia representar.
Os desportos mais praticados em 
Roma eram: esferomaquia, corrida de car-
ros, corrida a cavalo, luta de gladiadores, 
atletismo, naumaquia, competições navais 
e luta entre embarcações.
2.6- A Educação Física na 
Idade Média
Nesse período da história, observou-se 
segundo os historiadores, maior predomí-
nio da destreza da equitação e do manejo 
das armas. Nos pátios castelhanos e nos 
campos vizinhos, os jovens praticavam o 
arremesso de lanças, o manejo da espada 
e da maçã. Além disso, praticavam também 
corridas e domação de potros bravios. Os 
meninos maiores e os jovens divertiam-se 
ao ar livre, com cerca de 220 variedades de 
jogos. Aprendiam também, de acordo com 
Callois (1990), a dançar e a cantar nos dias 
chuvosos e jogavam xadrez e dama junto 
ao fogo.
Os grandes desportos da Idade Média, 
além da caça às feras e caça por meio do 
falcão, foram os Torneios e a Justa, ambos 
com o objetivo de adquirir a nobreza atra-
vés da aptidão e da força física. Os Torneios 
eram combates em forma de festas, porém 
violentos e sangrentos. As justas configu-
ravam combates entre dois cavaleiros que 
se arremetiam, lançavam-se em riste como 
propósito de derrubar o adversário do ca-
valo.
2.7- A Educação Física no 
Renascimento
Observa-se, dentro das concepções de 
Almeida (1995), que como o homem sem-
pre demonstrou interesse em seu próprio 
corpo, nesse período da história mais uma 
vez a cultura física, bem como a arte, a 
música, a ciência e a literatura obtiveram 
grande esplendor. Nesse sentido, a beleza 
do corpo, que anteriormente sugestiona-
va atitude pecaminosa, é novamente ex-
plorada pelos grandes artistas da época. É 
desse período, inclusive, o grande avanço 
dos estudos anatômicos, como a disseca-
ção de cadáveres humanos. 
10 1110
2.8- A Educação Física e o 
Iluminismo
Nesse movimento contra o abuso do po-
der no campo social ocorrido no século XVII, 
observam-se várias influências dos pensa-
dores e estudiosos da época em relação à 
prática de Educação Física. Rousseau con-
tribuiu com as propostas da Educação Físi-
ca para as crianças da educação infantil, já 
que de acordo com esse filósofo, a energia 
obtida do corpo a partir do movimento era 
essencial ao ato de pensar.
Da mesma maneira, Pestalozzi contri-
buiu nesse período com a prática da ati-
vidade física ao instituir a escola primária 
popular, sempre enfatizando a execução 
correta dos exercícios físicos.
2.9- A Educação Física na 
Idade Contemporânea
A ginástica localizada observada nos 
dias atuais alcança grande desenvolvimen-
to na Idade Contemporânea. Nessa pers-
pectiva, quatro grandes escolas possuem 
grande responsabilidade, por isso, e são as 
seguintes: a alemã, a nórdica, a francesa e 
a inglesa.
A escola alemã teve como grande des-
taque Johann Cristoph Friederick Guts Mu-
ths, o qual foi considerado o precursor da 
ginástica pedagógica moderna.
Em seguida, surgiu outro tipo de ginás-
tica, a turnkunst, criada por Friederick Lu-
dwig Jahn (1788 – 1825), cujo fundamento 
principal era o desenvolvimento da força 
e contrapunha as questões pedagógicas 
propostas pelas escolas da época. Nes-
sa época e a partir das concepções desse 
pensador surgiram: a barra fixa, as barras 
paralelas, dentre outros, possibilitando o 
surgimento da Ginástica Artística.
Dando prosseguimento aos fatos ocor-
ridos nesse período da história, os interes-
ses da escola voltaram a ser defendidos 
com Adolph Spiess (1810-1858) introdu-
zindo definitivamente a Educação Física 
nas escolas alemãs, sendo inclusive um 
dos pioneiros na defesa da ginástica femi-
nina. A escola nórdica escreve a sua histó-
ria através de Nachtegall (1777-1847) que 
fundou seu próprio instituto de ginástica 
(1799) e o Instituto Civil de Ginástica para 
formação de professores de Educação Físi-
ca, em 1808. 
10 1111
De acordo com Almeida (1995), os pri-
meiros sistemas regulares da Educação 
Física detalhados a seguir, foram funda-
mentados em bases científicas com obje-
tivos definidos e surgiram a partir da me-
tade do século XVII, com Amoros, Ling e 
Basedow, propugnando uma importância 
muito grande à ginástica.
Prosseguindo ainda nos estudos desse 
autor, é possível depreender que apare-
ceram as grandes linhas doutrinárias que 
até nos dias atuais, influenciados pelos 
Desportos, efetuam uma integração de 
processos de trabalho e de princípios.
3.1- Método de Hebert
Também denominado Método Natural, 
foi idealizado e organizado por Georges 
Hebert. Viajando por regiões pouco civi-
lizadas, pôde esse notável educador ob-
servar os indígenas, que desfrutavam de 
excelente saúde e alto grau de robustez. 
Estudando as civilizações primitivas, ve-
rificou que a vida ao ar livre, em contato 
com a natureza, dava ao homem perfeitas 
condições físicas, em face de suas cons-
tantes atividades, na luta pela sobrevi-
vência. Também os animais, machos e fê-
meas, foram por ele observados, notando 
uma perfeita igualdade de condições nos 
seus esforços físicos.
Baseado nos fatos expostos, que se ca-
racterizavam pela volta à natureza, criou 
Hebert, de acordo com as condições de 
vida social moderna, o seu sistema está-
tico, higiênico e cheio de utilitarismo. Os 
tipos de exercícios propostos por esse 
métodosão os seguintes: marchar, correr, 
saltar, quadrupedar, trepar, equilibrar, le-
vantar e transportar, lançar, defender-se 
e nadar.
3.2- Método Francês
Originou-se na escola de Joinville-le-
-Pont, fundada em 1852. Introduzido no 
Brasil, foi muito difundido, em todo o ter-
ritório nacional. Para alcançar os seus ob-
jetivos, esse método propõe sete formas 
de trabalho: jogos, flexões, exercícios 
educativos, exercícios mímicos, aplica-
ções, desportos individuais e desportos 
coletivos. Adota também, quatro regras a 
serem seguidas para a realização do tra-
balho: grupamento dos indivíduos, adap-
tação do exercício, atração do exercício e 
verificação periódica.
No que se refere ao planejamento pe-
dagógico, a prática da Educação Física é 
dividida em três etapas: sessão prepa-
ratória, lição propriamente dita e volta 
à calma. A primeira parte proposta por 
esse método compreendia os exercícios 
de evoluções, flexões de braços, per-
nas, tronco, combinados, assimétricos e 
de tórax. A segunda comporta exercícios 
naturais: marchar, escalar, equilibrar, sal-
tar, levantar e transportar, correr, lançar 
e atacar e defender-se. Por fim, a volta à 
calma, compreendendo exercícios de fra-
ca intensidade: marcha lenta, com exer-
cícios respiratórios, marcha com canto ou 
assovio e alguns exercícios de ordem.
3.3- Método Calistênico
Dentro das concepções de Almeida 
(1995), o conceito moderno situa caliste-
nia como um sistema de ginástica, prati-
UNIDADE 3 – O Aparecimento dos Primeiros 
Métodos Regulares
12 13
cado com aparelhos leves ou à mão livre, 
destinado a contrapor os efeitos da vida 
sedentária. Foi utilizado inicialmente, em 
1785, em recintos fechados, na Europa. 
Em 1931, passou a ser utilizado nos Esta-
dos Unidos e na América do Sul através da 
Associação Cristã de Moços, com a prática 
dos seguintes exercícios: preliminares de 
braços e pernas, exercícios póstero-supe-
riores do tronco, exercícios estafantes e 
exercícios calmantes.
3.4- Educação Desportiva
Esse método constitui atualmente, o 
ponto mais expressivo de influência da 
escola francesa. Procura substituir o exer-
cício realizado por obrigação, pelo efetu-
ado por prazer ou necessidade salutar. A 
Educação Física baseada nessa propos-
ta pedagógica compõe-se das seguintes 
etapas:
 iniciação Desportiva – generalizada 
ou especializada;
 treinamento Desportivo – generali-
zado ou especializado.
Utilizam-se exercícios configurados em 
seis classes: naturais e jogos, preparató-
rios ou de formação corporal desportos 
coletivos, desportivos individuais, des-
portos de combate e desportos ao ar livre 
ou de exterior. A prática desses exercícios 
físicos é ainda assim subdividida:
 exercícios de aquecimento (efeitos 
higiênicos);
 exercícios de flexibilidade e desen-
volvimento muscular (efeitos morfológi-
cos);
 exercícios de agilidade e de energia 
(efeitos sobre o caráter);
 exercícios desportivos, sob forma lú-
dica, tendo em vista um caráter de com-
petição.
Considerando que os movimentos es-
pontâneos e naturais despertam prazer 
pela atividade física, procura esse mé-
todo, através da proposta generalizada, 
livrar-se da concepção de uma única gi-
nástica e de um único desporto de espe-
cialização prematura, realizando a unifi-
cação das duas atividades.
3.5- Método de Amoros
Esse método, ponto de partida da sis-
tematização da Educação Física na Fran-
ça, tinha por objetivo fazer homens com-
pletos, não somente fortes e rígidos, mas 
sobretudo, corajosos e audazes, possuin-
do um justo sentimento do bem, do dever 
e do devotamento. Visava ao desenvolvi-
mento das qualidades físicas, o aumento 
da energia e a exaltação dos sentimentos 
elevados. Admitia três tipos de ginástica: 
civil, militar e médica. Utilizava uma gama 
enorme de exercícios, classificados em 
dezessete séries e dispunha de meios de 
verificação do treinamento. Esses exer-
cícios ainda classificavam-se da seguinte 
maneira:
 durante a lição – exercícios elemen-
tares com canto, marchas, corridas e sal-
tos, exercícios de equilíbrio, transposição 
de obstáculos, lutas, lançamentos e nata-
ção, dentre outros;
 fora da lição – tiro ao alvo, esgrima 
(a pé e a cavalo), equitação, danças, exer-
cícios especiais para aumentar a resistên-
cia a dor (abandonados posteriormente).
Foi uma método idealizado pelo educa-
dor espanhol, naturalizado francês, Fran-
12 13
cisco Amoros y Ondeano, o qual atuou en-
tre os anos 1770-1848. 
Para a verificação dos resultados físicos 
de modo apropriado, Amoros estabeleceu 
dois tipos de fichas individuais: de infor-
mações gerais (dados psicológicos, mor-
fológicos e fisiológicos), e de aproveita-
mento de treinamento (medidas de força). 
A sucessão e a alternância dos exercícios 
durante uma sessão de trabalho, asseme-
lhavam-se ao atual Circuit-Training. 
3.6- Método Culturista
Não configurava propriamente dito 
um método, já que sua finalidade prin-
cipal era a cultura das qualidades físicas 
do elemento, procurando desenvolver o 
sistema muscular, por meio de exercícios 
analíticos, executados com resistência e 
utilizando, com frequência, halteres le-
ves.
Dentro das concepções de Bracht 
(1999), a oficialização da Educação Física 
nas práticas escolares entre os séculos 
XVIII e XIX, ocorreu sob grandes influ-
ências dos aspectos militar e médico. De 
acordo com esse autor, no que diz respeito 
ao caráter militar, observava-se o predo-
mínio da prática através de exercícios sis-
tematizados, esses eram ressignificados, 
numa perspectiva terapêutica e pedagó-
gica, e subsidiados pelo aspecto médico. 
Assim, prosseguindo na ótica desse autor, 
a educação do corpo com fins produtivos 
torna-se sinônimo de saúde, a qual pres-
supõe hábitos saudáveis, higiênicos, com 
vistas ao serviço nacionalista e patriota.
14 1514
A história da Educação Física no Brasil 
pode ser dividida igualmente a sua Histó-
ria Política, em três períodos:
1º Período: Brasil Colônia (1500 a 1822).
2º Período: Brasil Império (1822 a 1889).
3º Período: Brasil República (1889 até 
os dias atuais).
4.1- Brasil Colônia
O aspecto físico dos nossos primeiros 
habitantes, segundo os historiadores, era 
excelente. Eles eram corpulentos, bem 
dispostos fisicamente, robustos e forço-
sos. Entre as atividades que praticavam, 
citamos as de sua necessidade diária das 
quais tiravam o seu sustento.
Eis porque eram exímios na arte de ma-
nejar o arco e a flecha, suas principais ar-
mas de ataque e defesa. A corrida a pé foi 
muito praticada entre os nativos, caçando 
ou guerreando. Natação e canoagem tam-
bém tiveram grande desenvolvimento en-
tre os primeiros habitantes do Brasil.
A equitação foi muito praticada por al-
gumas tribos, principalmente os guaicu-
rus, que povoavam o sul do Mato Grosso, e 
que fizeram dela uso, principalmente para 
a guerra.
Com a vinda dos Jesuítas, por volta de 
1549, e a criação de seus colégios, tive-
ram aqueles o cuidado necessário de es-
timular sempre a atividade física aos seus 
discípulos, mesmo porque o ensino da 
época exigia quase imobilidade absoluta 
do aluno, em consequência dos processos 
utilizados, contrapondo-se ao espírito fi-
sicamente ativo do selvagem dessa épo-
ca.
4.2- Brasil Império
Neste período, segundo os historiado-
res, exceto algumas iniciativas isoladas, 
nada ou quase nada se fez em prol da 
Educação Física, no Brasil. As atividades 
esportivas se limitavam às provas de na-
tação, remo no mar, esgrima, equitação, 
pelota e ciclismo.
Com a instalação da Escola Militar, no 
Rio de Janeiro, a Educação Física alcançou 
altos índices de desenvolvimento dos es-
portes aquáticos, principalmente a cano-
agem. 
A esgrima de baioneta, de sabre flore-
te e espada haviam sido oficializadas nas 
competições. Também foram realizadas 
as escaladas ao Pão de Açúcar e ao Morro 
da Urca constituindo provas de tenacida-
de, coragem e resistência. Diversas confe-
rências foram realizadas para se debater a 
institucionalização da Educação Física no 
Brasil e aos interessesda mesma nos cur-
rículos das escolas brasileiras.
Já no fim do período do Brasil Império foi 
criado um projeto para instituir uma ses-
são especial de ginástica em cada escola; 
estendendo posteriormente a ambos os 
sexos, em horários diferentes do recreio e 
após as aulas.
4.3- Brasil República
Por volta de 1905, foi criado um proje-
to de lei criando duas escolas de Educação 
Física no Brasil: uma civil e outra militar. 
Além disso, a contratação de pessoal ca-
UNIDADE 4 – Educação Física no Brasil
14 1515
paz para a sua instalação, a aquisição de 
terreno para a sua construção, para a prá-
tica de jogos ao ar livre, nas escolas supe-
riores e a instituição da prática da ginásti-
ca sueca.
Em 1907, surgiu a primeira sala de ar-
mas, fundada no Brasil, pela Missão Militar 
Francesa, na Força Pública do Estado de 
São Paulo. Nessa mesma instituição, dois 
anos mais tarde, cria-se a escola de Edu-
cação Física, que diplomou em cursos re-
gulares, os primeiros mestres de esgrima.
Já no ano de 1922, foi criado o Centro 
Militar de Educação Física. A primeira tur-
ma de monitores diplomada pela Escola 
de Preparação de Monitores da Marinha 
ocorreu em 1929, no Rio de Janeiro. Na 
Vila Militar, em 1929, entra em funciona-
mento o Curso Provisório de Educação 
Física. Nesse curso, ao lado de militares, 
foi matriculada uma turma de professores 
primários, o que hoje corresponde ao En-
sino Fundamental I, aumentando assim a 
importância do empreendimento.
Com a criação do Ministério de Educa-
ção e Saúde Pública, em 1930, e a con-
sequente orientação metodológica, a 
Educação Física passou a ser ministrada 
com mais subsídios pedagógicos, tendo 
os professores daquela época, ainda que 
limitado, um referencial para orientar as 
práticas docentes.
Também contribuiu bastante a cons-
tituição e funcionamento das Escolas de 
Educação Física do Estado de São Paulo 
e do Espírito Santo, bem como a criação, 
em 1933, por decreto, da Escola de Educa-
ção Física do Exército, pela transformação 
do Centro Militar de Educação Física ali já 
existente.
A partir do advento das escolas de Edu-
cação Física e a realização de cursos e jor-
nadas internacionais, de 1933 em diante, 
as publicações especializadas dissemi-
naram e culminaram com a criação da Di-
visão da Educação Física do Ministério da 
Educação e Saúde. Em 1939, integrando a 
Universidade do Brasil, foi fundada a Es-
cola Nacional de Educação Física e Des-
portos.
16 1716
O objetivo de se obter saúde através 
das aulas de Educação Física, sempre es-
teve incorporado nas práticas das escolas 
brasileiras desde a sua inserção nos currí-
culos escolares ainda no século XIX. Tal di-
mensão pedagógica atravessou o século 
XX, vinculando a prática da atividade físi-
ca à ausência de doença, revelando quase 
sempre uma compreensão bastante res-
trita e empobrecida de corpo humano, re-
duzido apenas à sua dimensão biológica.
Antes da Segunda Guerra Mundial, o 
Brasil vivia a expansão de sua industria-
lização, e novas exigências foram coloca-
das para a escola, com destaque para a 
responsabilidade de formar homens pro-
dutivos, aptos para o trabalho, agora cada 
vez mais voltados para a máquina e a téc-
nica. Da Educação Física era esperada a 
tarefa de não apenas corrigir e endireitar 
o corpo das crianças, mas educá-lo tam-
bém para torná-lo eficiente, eficaz, pro-
dutivo, a fim de atender as demandas do 
mundo do trabalho (VALGO, 2002).
É possível perceber, de acordo ainda 
com o autor supracitado, que nesse movi-
mento, houve uma importante e significa-
tiva mudança. O conteúdo, Ginástica, que 
por excelência era a principal prática da 
Educação Física foi paulatinamente subs-
tituído por outra prática, que vivia um pro-
cesso de franca expansão e difusão pelo 
mundo: o esporte. Tal fato ocorreu porque 
o esporte se organiza em torno de valores 
semelhantes aos de uma sociedade indus-
trializada, como por exemplo: competição, 
rendimento, resultado, eficiência.
Aliado a esse acontecimento, os meios 
de comunicação disseminaram o esporte 
por todo o mundo e ampliaram considera-
velmente os interesses em torno do mes-
mo, devido a sua potencialidade em pro-
duzir lucros.
Em decorrência disso, a Educação Fí-
sica passou a ser compreendida como a 
área responsável pelo estudo e ensino 
do esporte, que passou a ocupar o centro 
de suas preocupações, desde a formação 
de professores até a organização de seu 
ensino na escola. Iniciava uma nova fase 
denominada esportivização da Educação 
Física, que atravessa toda a segunda me-
tade do século XX.
De acordo com Bracht (1995), espe-
cialmente a partir da década de 1960, a 
Educação Física passou a ser pensada, na 
escola, como a “base da pirâmide esporti-
va nacional”. Não obstante, é preciso per-
ceber, também, os limites desse projeto, 
diante da realidade das escolas, especial-
mente as públicas, que recebem a maioria 
de estudantes. Nesse sentido, a falta de 
condições materiais (quadras, ginásios, 
bolas e outros equipamentos) e estrutu-
rais da escola, ambos limitados nas ques-
tões institucionais e legais, dificultaram a 
efetivação de tal projeto. 
Apesar de todo este cenário dificultoso 
à Educação Física Escolar, não foi suficien-
te para impedir que alguns dos valores 
presentes nos esportes de alto rendi-
mento orientassem, em certa medida, a 
vivência dessa prática cultural nas aulas 
de Educação Física. Dentre os principais, 
é possível citar: a busca incessante pelo 
resultado, a otimização da vitória, a refe-
UNIDADE 5 – Educação Física no Brasil: O 
Início das Concepções Pedagógicas
16 1717
rência às regras universais de cada moda-
lidade, a exacerbação da competição, en-
tre outros.
Faz-se necessário salientar que a le-
gislação federal, por meio do Decreto nº 
69.450 (1971 – 1996), concebia a Educa-
ção Física como 
atividade, que, por seus meios, 
processos e técnicas, desperta, de-
senvolve e aprimora forças físicas, 
morais, cívicas, psíquicas e sociais do 
educando, construindo um dos fa-
tores básicos da educação nacional 
(BRASIL, 1971).
Com base nesse decreto, é possível 
depreender que a Educação Física, ten-
do como referência a aptidão física dos 
educandos, só deveria interessar-se por 
corpos jovens e saudáveis, dando pre-
ferência àqueles com potencial para se 
tornarem atletas ou juntar-se às forças 
armadas. Nesse sentido, dispensava-se 
os maiores de 30 anos, as mulheres com 
prole, os portadores de qualquer tipo de 
anomalia, dentre outros.
A partir da década de 1980, com os 
movimentos pela redemocratização do 
Brasil, alcançando inclusive a renovação 
pedagógica, estendeu-se as discussões 
acerca da Educação Física Escolar, objeti-
vando a reconfiguração de sua proposta 
pedagógica.
Essas questões obtiveram maior ênfa-
se, ainda, na década de 1990, sendo em 
sua maioria, contempladas pela Lei de 
Diretrizes e Bases da Educação Nacional 
(LDBEN, nº 9394/1996), a qual asseve-
rou, em seu artigo 26: 
A Educação Física, integrada à 
proposta pedagógica da escola, é 
componente curricular da educação 
básica, ajustando-se às faixas etá-
rias e às necessidades da população 
escolar, sendo facultativa nos cursos 
noturnos (BRASIL, 1996).
Tal documento normativo teve esse ar-
tigo alterado, por meio da Lei nº10.328, 
de 12 de dezembro de 2001 e, em segui-
da, em 1º de dezembro de 2003, pela Lei, 
passando a ter a seguinte redação:
Art. 3º. A educação física, integra-
da à proposta pedagógica da escola, 
é componente curricular obrigatório 
da educação básica, sendo sua práti-
ca facultativa ao aluno: - que cumpra 
jornada de trabalho igual ou superior 
a seis horas; - maior de trinta anos de 
idade; - que estiver prestando servi-
ço militar inicial ou que, em situação 
similar, estiver obrigado à prática da 
educação física; - amparado pelo De-
creto-Lei nº 1.044, de 21 de outubro 
de 1969; - que tenha prole.
É importante salientar que essa altera-
ção da LDB 9394/96 apresentou ao mes-
mo tempo avanços e retrocessos. Por um 
lado, incluiu-se aEducação Física em todos 
os turnos de ensino da educação básica, 
contemplando os estudantes dos cursos 
noturnos. Não obstante, por outro lado, 
retrocedeu-se frente ao pressuposto de 
que esse componente curricular é essen-
cial apenas para os alunos considerados 
saudáveis, com idade inferior a 30 anos, 
sem filhos e que estejam fora do mercado 
de trabalho. Essa situação, de acordo com 
Almeida (1995), tornou-se discriminató-
ria, já que a Educação Física deve ser um 
componente curricular reservado a todos, 
18 1918
e não apenas àqueles considerados jo-
vens, hábeis e produtivos.
Outro documento legal que legitimou 
a Educação Física com o mesmo valor ao 
dos outros componentes curriculares, fo-
ram as Diretrizes Curriculares Nacionais, 
outorgadas pelo Conselho Nacional de 
Educação. Tal documento ampliou o sig-
nificado da Educação Física, atribuindo à 
mesma maior intencionalidade educativa. 
Assim, garantiu-se à Educação Física ho-
rário na grade curricular e igual valor aos 
demais componentes curriculares.
Igualmente aos documentos supracita-
dos, os Parâmetros Curriculares Nacionais 
(PCNs) possibilitaram entender a Educa-
ção Física como componente curricular 
absolutamente responsável em engajar 
os educandos no universo da cultura cor-
poral de movimentos. A mesma envolve 
os conhecimentos produzidos e vivencia-
dos por todos, tendo como base o corpo e 
os movimentos permitidos por ele. 
Nesse documento oficial do Ministério 
da Educação, a Educação Física na escola 
deve ser constituída de três blocos rela-
cionados entre si e que com possibilida-
des de serem, ou não, implementados em 
uma mesma aula. 
São, pois: 
- jogos, ginásticas, esportes e lutas – 
propõem atividades como ginástica artís-
tica, ginástica rítmica, voleibol, handebol, 
basquetebol, futsal, atletismo, capoeira, 
judô, dentre outros;
 - atividades rítmicas e expressivas – 
compreendem atividades que se relacio-
nam à expressão corporal, danças, entre 
outros;
- conhecimentos sobre o corpo – re-
lacionam as reflexões sobre o corpo, indo 
desde a sua estrutura anatômica até às 
diferentes formas culturais de lidar com 
esse instrumento. 
Assim, sob a concepção de uma educa-
ção inclusiva, os PCNs possibilitaram mais 
incisivamente o direito ao acesso de to-
dos às práticas corporais de movimentos, 
indiferentemente de sua condição física, 
etária e social.
18 1919
O modelo de esportivização da Educa-
ção Física, de acordo com Bracht (1999), já 
discutido anteriormente, foi amplamente 
disseminado desde o início do período do 
Brasil República, e imperiosamente incen-
tivado no projeto de nação que se insta-
lou, no Brasil, na década de 1960. Resta 
claro, nas concepções desse autor, que 
a Educação Física exercia uma função de 
destaque no projeto de Brasil dos milita-
res, relacionada às funções de desenvol-
vimento da aptidão física através do des-
porto. Assim, tal projeto era considerado 
importante para a capacidade produtiva 
da nação contribuindo para firmar o Brasil 
como potência.
As teorias que fundamentavam as prá-
ticas da Educação Física até a década de 
1970 eram de caráter pedagógico. Essas 
antecederam as ciências do esporte e fo-
ram implementadas numa perspectiva de 
intervenção educativa sobre o corpo, res-
paldadas pelas ciências biológicas. Nesse 
sentido, de acordo ainda com o autor su-
pracitado, propunha-se a educação in-
tegral apoiada no tão conhecido aspecto 
biopsicossocial sem, contudo, legitimar 
a Educação Física na escola. Detinha-se 
apenas, o caráter específico da contribui-
ção dessa para o desenvolvimento da ap-
tidão física e esportiva.
Com o advento das ciências sociais e 
humanas relacionadas à Educação Física, 
foi possível observar várias críticas nesse 
tão propalado paradigma da aptidão fí-
sica, iniciando um movimento renovador 
da Educação Física no início da década de 
1980.
Por um lado, precisa-se acrescentar um 
viés científico à prática da Educação Físi-
ca; tornava-se necessário orientar a prá-
tica pedagógica no conhecimento cien-
tífico. Todavia, a cientificidade já estava 
impregnada no percurso histórico da Edu-
cação Física e, então, surge nesse contex-
to, os estudos do desenvolvimento huma-
no, sobretudo, o desenvolvimento motor 
e a aprendizagem motora.
Inicia-se nesse momento, mais precisa-
mente a partir da década de 1970, um es-
paço mais acadêmico na Educação Física 
por força da estruturação das universida-
des. Nos estudos de Oliveira (2002), ocor-
reu uma incorporação das práticas cien-
tíficas e nesse sentido um considerável 
aumento de qualificação docente através 
de cursos de pós-graduação, passando a 
Educação Física incorporar as discussões 
pedagógicas influenciadas pelas ciências 
humanas.
Frente a esse contexto e de acordo ain-
da com esse autor, observou-se no Brasil 
na década de 1980, uma Educação Física 
grandemente marcada por uma pedago-
gia crítica e progressista, a qual trouxe 
enorme influência nas aulas de Educação 
Física desenvolvidas atualmente. Aliás, o 
repertório dessas propostas pedagógicas 
é diversificado, apesar de em sua grande 
maioria ser respaldado com ênfase na ap-
tidão física e esportivização. Tal repertó-
rio supracitado tem sua gênese nas duas 
últimas décadas e disponibiliza um con-
junto de alternativas pedagógicas.
É possível citar a abordagem desenvol-
vimentista, a qual possui como ideia cen-
UNIDADE 6 – Educação Física: Da Prática 
Pedagógica à Regulamentação
20 21
tral possibilitar à criança oportunidades 
diversas de experiências motoras de mo-
dos a partir dos fundamentos da Educa-
ção Física. Outra abordagem amplamente 
disseminada nos últimos anos foi aquela 
baseada na qual o objeto de estudo da 
Educação Física é a cultura corporal dos 
seus praticantes, concretizada nos temas: 
esporte, ginástica, jogos, lutas, dança e 
mímica. Ainda seria possível citar outras 
abordagens que compõem as tendências 
pedagógicas atuais da Educação Física, 
como as baseadas nos estudos filosóficos 
do movimento humano. Todavia, esse de-
talhamento ficaria mais reservado em ou-
tro momento de estudo do programa da 
Educação Física.
Em suma, a Educação Física passou por 
grandes transformações ao longo dos 
tempos, principalmente nas duas últimas 
décadas, objetivando sempre outra or-
ganização no aspecto social. É possível 
depreender que a partir de 1980 ocorreu 
considerável mudança nas estruturas de 
poder e fiscais, do esporte de rendimento. 
Nesse contexto, surgem os patrocinado-
res, através das empresas que contrata-
vam atletas, técnicos, entre outros, ori-
ginando uma boa geração de campeões. 
Dando prosseguimento, na década de 
1990, o esporte, com fins de promoção à 
saúde, é amplamente disseminado como: 
esporte educação, esporte participação e 
esporte performance.
Dando prosseguimento a essa nova or-
dem social absorvida pela Educação Física 
nos anos 80 e 90, foi criado, em 1998, o 
Conselho Federal de Educação Física – 
CONFEF, legitimado pela Lei nº 9696/98. 
Configurou-se uma entidade com objetivo 
profícuo de orientar, disciplinar e fiscali-
zar o exercício profissional da Educação 
Física. Frente a isso, suscitou-se a regu-
lamentação dessa profissão, através do 
exercício regularmente registrado nos 
respectivos Conselhos Regionais de Edu-
cação Física (CREF) (OLIVEIRA, 2002).
Assim, ainda sob a ótica desse autor, 
a criação desse Conselho, detinha a ideia 
principal de monitorar e até mesmo limi-
tar os profissionais da área, resguardando 
esse direito aos devidamente registrados, 
sob fiscalização do mesmo, com vistas de 
proteger o mercado de trabalho, impedin-
do o exercício da profissão por pessoas 
sem a qualificação adequada. Ainda, nes-
se sentido, foi atribuída à importância da 
criação do Conselho a melhoria da quali-
dade pedagógica das aulas e garantia de 
postos de trabalho disponíveis aos profis-
sionais habilitados.
Tal situação foi respaldada nesse docu-
mento normativo, conforme observado:
Art. 2º: Determina-se que ape-
nas serão inscritos nosquadros dos 
Conselhos Regionais de Educação 
Física os profissionais possuidores 
de diploma obtidos em cursos de 
Educação Física, oficialmente auto-
rizado ou reconhecido (nacional ou 
estrangeiro) e os que, até a data do 
início da vigência desta lei, tenham 
comprovadamente exercido ativi-
dades próprias dos Profissionais de 
Educação Física, nos termos a serem 
estabelecidos pelo Conselho Federal 
de Educação Física. (BRASIL, 1998).
E ainda, a fim de assegurar de forma 
mais clara e incisiva as funções legítimas 
do profissional de Educação Física, é im-
prescindível destacar o Art. 3º dessa le-
20 21
gislação o qual assevera:
Art. 3º: compete ao Profissional de 
Educação Física coordenar, planejar, 
programar, supervisionar, dinamizar, 
dirigir, organizar, avaliar e executar 
trabalhos, programas, planos e pro-
jetos, bem como prestar serviços de 
auditoria, consultoria e assessoria, 
realizar treinamentos especializa-
dos, participar de equipes multidis-
ciplinares e interdisciplinares e ela-
borar informes técnicos, científicos e 
pedagógicos, todos nas áreas de ati-
vidades físicas e do desporto. (BRA-
SIL, 1998)
Vale ressaltar, que tal fiscalização por 
parte desses conselhos alcançou também 
as pessoas jurídicas que prestam serviços 
dessa natureza, as quais têm o dever le-
gal de contratar profissionais qualificados 
e regulamentados sob pena de sofrer as 
punições previstas em lei. 
22 2322
UNIDADE 7 – Conceitos Básicos e Atuais 
Da Educação Física
Inicialmente serão propostas algumas 
reflexões acerca de alguns conceitos re-
lacionados ao termo Educação Física pro-
postos por Kolyanik Filho (2008). Nas con-
cepções dessa autora, a Educação Física 
remete a uma série de práticas sistema-
tizadas em diversas situações com o fito 
de desenvolver as qualidades motoras do 
ser humano. Essa mesma autora salienta 
ainda que a Educação Física também con-
figura um componente curricular consti-
tuído de processos educacionais formais. 
E também, que é considerada uma área de 
conhecimento, a qual possui como objeto 
de estudo o corpo e alguns fenômenos 
por meio de métodos científicos.
Conforme observado nas descrições 
anteriores e com base no referencial teó-
rico proposto nesse documento, o objeti-
vo profícuo da Educação Física sempre foi 
e continua sendo o movimento humano. 
O que se observa, atualmente, com maior 
destaque é que a Educação Física vem 
buscando continuamente relacionar mais 
incisivamente o movimento com as outras 
áreas do conhecimento.
Nas concepções de Silva (2005), as 
questões culturais influenciam e muito as 
características da Educação Física e ainda, 
a ideia de corpo que cada indivíduo detém. 
É possível depreender ao longo do percur-
so histórico pelo qual passou a Educação 
Física, sobretudo a partir da década de 
1980, que essa prática ultrapassou o do-
mínio dos espaços extraescolares, alcan-
çando clubes, academias, entre outros. 
Nesse sentido, a Educação Física nos tem-
pos atuais é entendida como um processo 
educacional que utiliza dos meios físicos 
para contribuir com os indivíduos na con-
quista de competências, habilidades e 
bem-estar físico, emocional, afetivo, so-
cial, dentre outros.
O que é possível pontuar nas práticas 
atuais é que através da estruturação pe-
dagógica de atividades físicas, obtém-se 
o desenvolvimento global do indivíduo; 
ou seja, uma prática baseada no modelo 
desenvolvimentista. Tal modelo de ação 
pedagógica que objetiva proporcionar às 
crianças oportunidades que as permitem 
um amplo desenvolvimento no que se re-
fere ao aspecto motor, de forma que mais 
ou menos aos 12 anos seja possível apre-
ender uma gama diversificada das habili-
dades físicas básicas.
Nos estudos de Darido (2008), torna-se 
depreender em relação à abordagem de-
senvolvimentista, a seguinte concepção:
Para a abordagem desenvolvi-
mentista, a Educação Física deve 
proporcionar ao aluno condições 
para que seu comportamento motor 
seja desenvolvido através da inte-
ração entre o aumento da diversi-
ficação e a complexidade dos movi-
mentos. Assim, o principal objetivo 
da Educação Física é oferecer expe-
riências de movimento adequadas 
ao nível de crescimento e desenvol-
vimento do indivíduo, a fim de que a 
aprendizagem das habilidades mo-
toras seja alcançada. A criança deve 
aprender a se movimentar para se 
adaptar às demandas e exigências 
do cotidiano em termos de desafios 
22 2323
motores (Disponível em http://www.
acer vo digital.unesp.b r/ bit s tre-
am/123456789/41548/1/01d19t02.
pdf)
Nessa perspectiva, tal modelo sugere a 
aquisição de habilidades motoras e, con-
sequente aprimoramento das mesmas; 
além, obviamente do bem-estar promovi-
do pela conquista da aptidão física. Todo 
esse conjunto de aprendizagens possibili-
ta aos praticantes mudanças de compor-
tamento configurado por meio de atitudes 
positivas no cotidiano de todos. Ademais, 
os benefícios promovidos pela Educação 
Física são abrangentes e alcançam outras 
dimensões do desenvolvimento humano.
Tal característica própria ora apresen-
tada dessa área do conhecimento requer 
uma formação criteriosa dos seus profis-
sionais, os quais têm a opção dos cursos 
de Bacharelado, Licenciatura ou ambos, 
conforme a área de atuação. Dessa ma-
neira, o licenciado poderá atuar somente 
como professor no ensino fundamental e 
médio, conforme regulamentação encon-
trada na Lei nº 9.394/96; ou realizar pes-
quisas na área científica. Para tanto, o alu-
no da licenciatura deve se situar durante 
a graduação como funcionam as práticas 
escolares.
Já o bacharel tem um campo de atua-
ção mais diversificado, possuindo a re-
gulamentação também legitimada em lei 
já descrita anteriormente, para atuar em 
clubes, academias, centros de treinamen-
tos com as mais variadas modalidades 
esportivas, ginásticas, rítmicas, entre ou-
tras.
Essa possibilidade distinta de formação 
acadêmica permitida surgiu para ampliar o 
entendimento das questões inerentes da 
Educação Física, bem como do seu princi-
pal objeto de estudo: o corpo. Nesse senti-
do, essa área do conhecimento deve ocu-
par lugar de destaque nos diversos meios 
específicos de atuação, a fim de eliminar 
efetivamente conceitos simplistas e con-
trários que acreditam ser responsabilida-
de da Educação Física apenas a dimensão 
física dos alunos. O entendimento de mo-
vimento vai muito mais além do desloca-
mento de ossos e músculos em determi-
nado espaço. Ele significa e ressignifica o 
ser e estar do sujeito no mundo. Desven-
da a identidade, a cultura, as emoções e 
pensamentos vivenciados pelo indivíduo.
Em relação à corporeidade, é impor-
tante destacar que esse termo, segundo 
a maioria dos autores, constitui um dos 
componentes fundamentais na relação do 
corpo com as emoções, sentimentos, de-
sejos, manifestados nas mais diversifica-
das formas de movimentos e expressões.
A expressão cultura corporal de movi-
mentos, muito em destaque no momento, 
abarca todas as formas de movimento hu-
mano sob a responsabilidade de execução 
da Educação Física Escolar implementada 
através de uma ação pedagógica, tendo 
como principal instrumento de trabalho, o 
corpo, suas relações motoras esportivas, 
lúdicas, ginásticas, rítmicas, entre outros.
É considerada atividade física a grande 
maioria das ações musculares realizadas 
na direção de um objetivo, ou não, e que 
exigem gasto energético. Obviamente, há 
uma diferença entre essas e aquelas que 
interessam o universo da prática da Edu-
cação Física. No que diz respeito aos exer-
cícios físicos, resta claro, relacioná-los às 
sequências previamente planejadas, de 
24 2524
forma sistemática, com fins de melhoria 
da aptidão física e do rendimento.
Faz-se necessário também atentar 
para o termo comumente utilizado no 
campo da Educação Física que é qualidade 
física ou capacidade física. A literatura es-
pecífica adota ora um, ora outro, confor-
me diferentes concepções. Porém, ambos 
relacionam-se como características de um 
organismo, possíveis de serem treinadase capazes de sofrerem adaptações con-
forme o estímulo permitido pelo exercício 
físico.
O termo esporte alcançou evidência 
na metade do século XX quando o termo 
esportivização foi incorporado pela Edu-
cação Física. É sabido que constitui um 
conjunto de atividades físicas que exige 
qualidades físicas específicas, como: for-
ça, ritmo, velocidade, destreza, precisão, 
entre outras. Com o propósito de se alcan-
çar um objetivo específico. Os esportes 
são regidos por um conjunto de regras de-
finidas, podendo ser competitivos ou não. 
Na prática de todo e qualquer esporte, o 
treinamento é realizado para favorecer o 
uso do corpo como um todo, de forma mais 
habilidosa possível. No caso das competi-
ções oficiais, as regras são estabelecidas 
por órgãos de natureza esportiva, locais, 
nacionais e internacionais, sendo os últi-
mos responsáveis por atualizá-las e/ou 
adaptá-las conforme a necessidade técni-
ca, social, política, dentre outras. São de-
vidamente registrados também em com-
petições oficiais, os recordes coletivos e 
individuais, a título de arquivos históricos.
24 2525
Conforme já apontado anteriormente, 
respaldado nos autores citados, a história 
dos Jogos Olímpicos é oriunda de muitos 
séculos antes de Cristo e foram idealiza-
dos pelos gregos da Grécia Antiga. Toda-
via, os Jogos Olímpicos da Era Moderna 
foram resgatados por um francês deno-
minado Charles Pierre de Fredy, conside-
rado idealizador da Olimpíada Moderna. 
De acordo com registros históricos, tal 
situação foi suscitada pelo ideal de edu-
cação através do esporte propagado por 
Coubertin, com o objetivo de aproximar os 
povos e disseminar a paz.
Assim, em 6 de abril de 1896, iniciava 
em Atenas, na Grécia, após longo período 
de interrupção depois de serem proibidos 
pelo Imperador Teodósio I e considerados 
como festas pagãs, a primeira edição dos 
Jogos Olímpicos da Era Moderna. Desde 
essa primeira edição, usa-se a tradicional 
frase: “Declaro aberto os Jogos Olimpícos 
de....”, e competiram aí 285 atletas de 13 
países, nas provas de atletismo, ciclismo, 
luta, esgrima, ginástica, halterofilismo, 
natação e tênis.
Daí em diante, essa competição evo-
luiu consideravelmente e é realizada de 
4 em 4 anos, tornando-se o grande ícone 
esportivo do planeta. Reúne atletas em 
competições de verão e de inverno (alter-
nando de 2 em 2 anos), nas quais milhares 
de atletas participam de várias disputas. 
Também são realizados os Jogos Paralím-
picos, destinados a atletas portadores de 
alguns tipos de deficiências.
Atualmente, os Jogos Olímpicos são re-
gidos pela Carta Olímpica, a qual constitui 
um conjunto de códigos e princípios fun-
damentais que orientam a realização dos 
mesmos. De natureza dinâmica, contêm 
protocolos, anuários, regras, entre ou-
tros, incorporando, sempre que, neces-
sário, alterações e correções com o fito 
de estabelecer as condições ideais para a 
realização desse grande evento.
Configura-se, nesse sentido, o Movi-
mento Olímpico, atualmente composto 
por federações esportivas, comitês olím-
picos nacionais e demais comissões or-
ganizadoras. Todos orientados pelo COI 
– Comitê Olímpico Internacional –, órgão 
de função normativa e deliberativa res-
ponsável, dentre outros, por escolher a 
cidade anfitriã de cada edição.
Em função das adequações permitidas 
pelo COI, a fim de atender as crescentes 
mudanças econômicas, políticas e reali-
dades tecnológicas do século XX, os Jogos 
Olímpicos se distanciaram do verdadeiro 
amadorismo, da forma como idealizado 
por Coubertin, para possibilitar o envolvi-
mento de atletas profissionais. A grande 
influência dos meios de comunicação de-
vido aos interesses econômicos gerou a 
questão do patrocínio corporativo e a co-
mercialização dos Jogos.
Constitui também tarefa do COI, a de-
finição do programa olímpico, ou seja, as 
modalidades esportivas a serem disputa-
das a cada edição dos jogos. A celebração 
dessa competição que envolve atualmen-
te mais de 13 mil atletas em dezenas de 
modalidades esportivas, é regida por sím-
bolos que perpetuam ao longo dos tem-
pos, como destacados a seguir:
UNIDADE 8 – Jogos Olímpicos da Era Mo-
derna: Informações Básicas
26 27
Bandeira Olímpica: idealizada por 
Courbertin em 1914, possui um fundo 
branco com cinco anéis entrelaçados e co-
loridos (azul, preto, vermelho, amarelo e 
verde), representando a união dos povos 
dos cinco continentes em torno do ideal 
olímpico.
Tocha Olímpica: representa o pon-
to de ligação entre os Jogos Olímpicos da 
Antiguidade e os Jogos da Era Moderna. 
Nesse sentido, o fogo de natureza sa-
grada traz o significado de purificação 
convocando os países do mundo inteiro 
a celebrá-los em paz. Desde 1936, existe 
o revezamento que consiste em levar a 
tocha olímpica de Atenas até a sede dos 
Jogos, iniciando sempre com um corredor 
grego. Sempre que possível, o percurso 
deve ser feito por terra com a participa-
ção de corredores dos países pelos quais a 
tocha vai sendo passada, de mão em mão. 
O último é o que acende a pira olímpica no 
momento da cerimônia de abertura, deve 
ser um atleta do país organizador. 
A tocha olímpica permanece acesa em 
uma pira, no Estádio Olímpico, durante 
toda competição e é apagada ao final da 
cerimônia de encerramento. Em cada edi-
ção de uma Olimpíada, a cidade-sede cria 
desenhos e formas para a sua própria to-
cha, considerada as suas características 
culturais. 
O Lema Olímpico: consiste em uma 
frase latina, criada pelo padre Henri Mar-
tin, grande amigo de Pierre de Fredy, con-
tendo as seguintes expressões gregas: 
“Citius, Altius, Fortius”, as quais signifi-
cam: “O Mais Rápido, O Mais Alto, O Mais 
Forte”. Tais expressões foram utilizadas 
desde sempre para qualificar os atributos 
atléticos.
A Mascote Olímpica: representa ele-
mento figurativo utilizado como embaixa-
dor e mensageiro da amizade. Foi adotada 
pela primeira vez nos Jogos Olímpicos de 
Inverno de 1968, em Grenoble, na França 
e personificam as características cultu-
rais, históricas, ambientais, entre outras, 
da cidade-sede. A cada edição de uma 
Olimpíada é criada sempre muitas expec-
tativas a despeito da nova mascote.
Existem outros símbolos olímpicos, 
como a leitura do Juramento Olímpico des-
de os Jogos da Antuérpia, em 1920, e o 
Hino idealizado na primeira edição dos Jo-
gos Olímpicos da Era Moderna e adotado 
pelo COI, em 1958. Tal hino é executado 
durante o hasteamento da Bandeira Olím-
pica.
Todas as delegações inscritas nos Jogos 
Olímpicos são obrigadas a participar do 
desfile de abertura e ter pelo menos um 
representante na cerimônia de encerra-
mento. A primeira delegação a desfilar é 
sempre a da Grécia, seguindo-se a do pa-
ís-sede e as demais, por ordem alfabética. 
Atualmente, os números de participan-
tes direta e indiretamente dos jogos olím-
picos tem crescido consideravelmente. 
E igualmente a isso, os desafios estrutu-
rais, políticos e sociais para a realização, 
são cada vez maiores. A cada edição des-
se grandioso evento esportivo, crescem 
as chances de inúmeros atletas conquis-
tarem fama internacional, por meio de 
resultados e/ou recordes olímpicos. Os Jo-
gos Olímpicos configuram possibilidades 
valiosas para a cidade e o país que sediam 
mostrarem-se para o mundo.
Os Jogos Paralímpicos inicialmente fo-
ram realizados através de festivais espor-
26 27
tivos anuais com fins terapêuticos, sendo 
o ano de 1948, o marco desse evento, 
com o objetivo de promover a reabilitação 
dos soldados após a Segunda Guerra Mun-
dial. Mantiveram esse formato até 1960, 
quando nos Jogos Olímpicos de Roma 400 
atletas participaram de uma competição 
paralela, ficando conhecida como a I Para-
limpíada. Desde então, passaram ser reali-
zados a cada ano olímpico. Ficou acordado 
em 1988, nos Jogos Olímpicos de Seul, na 
Coreia do Sul, que a cidade-sede de uma 
Olimpíada também seria responsável pela 
realização imediata, das Paralimpíadas.
A primeira participação do Brasil em Jo-
gos aconteceu em 1920, nos Jogos Olímpi-
cosda Antuérpia, na Bélgica. Devido à cri-
se econômica que atravessa, o Brasil não 
dispôs de recursos para custear as despe-
sas de uma delegação que pudesse repre-
sentá-lo nos Jogos Olímpicos de 1928 em 
Amsterdã, na Holanda, sendo a única vez 
que esteve ausente de uma olimpíada. 
Desde então, esteve presente em todas 
as outras edições dos Jogos Olímpicos de 
Verão. 
No que se refere aos Jogos Olímpicos de 
Inverno, o Brasil estreou em 1992, em Al-
bertville, na França. Em suma, podem-se 
totalizar as participações do Brasil em Jo-
gos Olímpicos em 30 edições no transcur-
so de sua história. Nesse sentido, são as 
seguintes:
- 22 participações nos Jogos Olímpicos 
de Verão;
- 06 participações nos Jogos Olímpicos 
de Inverno;
- 01 participação nos Jogos Olímpicos 
da Juventude de Verão;
- 01 participação nos Jogos Olímpicos 
da Juventude de Inverno.
A primeira medalha de ouro conquista-
da por um atleta brasileiro coincidiu exa-
tamente com a primeira participação do 
Brasil em Olimpíadas. Foi em 1920, nos Jo-
gos Olímpicos da Antuérpia, pelo tenente 
do Exército Guilherme Paranaense. Esse 
atleta brasileiro fazia parte de uma equi-
pe composta por sete atiradores, os quais 
custearam as próprias despesas para par-
ticipar do evento esportivo. A atribulada 
viagem prolongou por 27 exaustivos dias 
e antes de chegarem ao destino tiveram 
parte das armas e munição roubada. Fo-
ram auxiliados por um grupo de atletas 
americanos, os mesmos que foram derro-
tados pelos brasileiros durante as provas.
O Brasil será o primeiro país sul-ameri-
cano a receber uma edição dos Jogos Olím-
picos de Verão, na cidade do Rio de Janei-
ro, em 2016. Toda uma estrutura física, 
humana, política, financeira, dentre ou-
tras, está sendo preparada e aguardada 
com muita expectativa por atletas, téc-
nicos, dirigentes, entre outros, do mundo 
inteiro.
28 2928
Foram apresentadas ao longo deste 
documento as origens da Educação Físi-
ca, suas relações com a história geral, o 
avanço alcançado nas questões pedagó-
gicas, o processo de regulamentação da 
profissão, alguns conceitos básicos da re-
lacionados à prática pedagógica, além de 
informações básicas organizacionais dos 
Jogos Olímpicos da Era Moderna.
Tal material acadêmico não pretendeu 
esgotar conceitos, orientações e aborda-
gens teóricas acerca do assunto estuda-
do; e sim subsidiar estudos, pesquisas e 
novas produções que em muito contribui-
rão para a disseminação de novos conhe-
cimentos.
Faz-se necessário destacar que o surgi-
mento das novas tendências, abordagens 
e possibilidades permitidas à Educação 
Física a partir da década de 1980, contri-
buíram para um grande avanço para essa 
área do conhecimento. Nesse sentido, ao 
longo de toda a história da Educação Físi-
ca e, mais incisivamente nas últimas déca-
das, as influências de pensadores, a des-
coberta de novos métodos, as pesquisas e 
surgimento de tendências, o processo de 
regulamentação da Educação Física en-
quanto componente curricular e também 
da profissão, promoveram mudanças es-
senciais que culminaram nas práticas pe-
dagógicas observadas nos mais variados 
espaços, atualmente.
Enfim, as questões pedagógicas que 
permeiam a Educação Física e que susten-
tam as razões que a justificam enquanto 
componente curricular nos espaços esco-
lares e também como área do conhecimen-
to nos demais espaços esportivos devem 
ser fundamentadas em teorias afins. Tal 
necessidade se dá pelo papel importan-
tíssimo que a Educação Física assumiu no 
mundo contemporâneo em educar para a 
aquisição de hábitos mais saudáveis e me-
lhoria da qualidade de vida dos cidadãos.
UNIDADE 9 – Considerações Finais
28 2929
ACCIOLY, A. História da Educação Física 
e dos Desportos. 6 ed. Rio de Janeiro: EPD, 
1984.
ALMEIDA, José O. História da Educação 
Física. 3 ed. Viçosa: Imprensa Universitá-
ria da UFV, 1995.
BRACHT, Valter. A constituição das te-
orias pedagógicas da Educação Física. Ca-
derno CEDES, Campinas, 1999.
BRASIL. Decreto 69.450,1º Nov. 1971. 
Regulamenta o art. 22 da Lei n. 4.024, de 
20 de dez. 1961 e dá outras providências.
________________Lei n. 9.394, de 
20 de dezembro de 1.996. Estabelece as 
diretrizes e bases da educação nacional e 
dá outras providências.
________________Lei n. 10.328 de 
12 de dezembro de 2001. Altera a redação 
do art. 26, § 3º, que “estabelece as dire-
trizes e bases da educação nacional” e dá 
outras providências.
________________Lei n. 10.793, de 
1º de dezembro de 2003. Altera a redação 
do art. 26, § 3º e do art. 92 da Lei 9.394 de 
20 de dezembro de 1996 que “estabelece 
as diretrizes e bases da educação nacio-
nal” e dá outra providências.
_______________Lei n. 9.696 de 1º 
de setembro de 1998. Dispõe sobre a re-
gulamentação da Profissão de Educação 
Física e cria os respectivos Conselho Fe-
deral e Conselhos Regionais de Educação 
Física.
KOLYANIAK FILHO, Carol. Educação Fí-
sica: Uma (nova) Introdução. 1 ed. Editora 
EDUC, São Paulo, 2008.SILVA, Charles M. 
Educação Física: Conceitos e Propostas. 1 
ed. Editora SEM, Rio de Janeiro, 2005.
OLIVEIRA, M. O percurso histórico da 
Educação Física. 5 ed. São Paulo, 2002.
REFERÊNCIAS
30 AT
	UNIDADE 1 – Introdução
	UNIDADE 2 – Percurso Histórico da Educação Física
	2.1- Atividades físicas do homem pré-histórico
	2.2.1- As atividades físicas entre os chineses
	2.2.2- As atividades físicas entre os hindus
	2.2.3- As atividades físicas entre os japoneses
	2.3.1- O Egito
	2.3.2 - Assírios e Caldeus
	2.3.3- Hebreus
	2.3.4- Medas e Persas
	2.3.5- Fenícios e Insulares
	2.4- A Educação Física na Grécia Antiga
	2.4.1- Os grandes jogos
	2.4.2- Principais provas praticadas pelos gregos
	2.5- A Educação Física na Roma Antiga
	2.5.1- Locais para a prática desportiva em Roma
	2.6- A Educação Física na Idade Média
	2.7- A Educação Física no Renascimento
	2.8- A Educação Física e o Iluminismo
	2.9- A Educação Física na Idade Contemporânea
	UNIDADE 3 – O Aparecimento dos Primeiros Métodos Regulares
	3.1- Método de Hebert
	3.2- Método Francês
	3.3- Método Calistênico
	3.4- Educação Desportiva
	3.5- Método de Amoros
	3.6- Método Culturista
	UNIDADE 4 – Educação Física no Brasil
	4.1- Brasil Colônia
	4.2- Brasil Império
	4.3- Brasil República
	UNIDADE 5 – Educação Física no Brasil: O Início das Concepções Pedagógicas
	UNIDADE 6 – Educação Física: Da Prática Pedagógica à Regulamentação
	UNIDADE 7 – Conceitos Básicos e Atuais Da Educação Física
	UNIDADE 8 – Jogos Olímpicos da Era Moderna: Informações Básicas
	UNIDADE 9 – Considerações Finais
	REFERÊNCIAS

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