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João Victor de Paula – 3º semestre PATOLOGIA GERAL TUBERCULOSE E HANSENÍASE DOENÇAS INFECCIOSAS Doenças causadas por agentes patogênicos. → Bactérias. → Vírus. → Fungos. → Parasitas. TUBERCULOSE HISTÓRIA Umas das mais antigas e importantes doenças da humanidade. Idade média: grande quantidade de casos. Era industrial: aglomeração de pessoas (alto índice de casos). Período colonial brasileiro. ETIOLOGIA Mycobacterium tuberculosis. → Bactéria aeróbia. → Em forma de bastonete. → Pequena: 0,5 x 0,3 um. → Coloração de Gram: neutro. → Devido à grande quantidade de lipídeos na parede celular, não coram por Gram. → BAAR. → Coloração: Ziehl Neelsen. EPIDEMIOLOGIA → 8,6 milhões de novos casos/ ano no mundo. → 1,3 milhões de mortes. → 13%: HIV. → 75% na África e Ásia. (WHO,2013). Anos 80-90: Novo aumento de casos. Condições precárias de vida. → Brasil: 70 mil novos casos/ ano. Ainda é bastante subnotificada. 4600 mortes. 17º lugar em tuberculose (22 países mais prevalentes). → Últimos 17 anos: 38,7% diminuição de incidência. 33,6 óbitos. VACINAÇÃO BCG: { 1908 (primeira vacina). { Utilização iniciou-se em 1921. { 1 ano de vida (até 4 anos). TRANSMISSÃO { Vias aéreas. { Pequenas gotículas podem ficar suspensas no ar por mais de uma hora. { Até 3000 bacilos infecciosos. { Indivíduo em demora de diagnóstico: infecção em 20 pessoas. Capacidade da resposta imune do indivíduo determina a infecção. CLASSIFICAÇÃO TUBERCULOSE PRIMÁRIA Sinais clínicos logo após a infecção. Pacientes imunocomprometidos. HIV +. João Victor de Paula – 3º semestre Crianças menores de 4 anos. Baixos índices de transmissibilidade. TUBERCULOSE SECUNDÁRIA Manifestação clínica anos após a infecção. 10 % dos infectados desenvolvem a doença. Período de baixa imunidade. Adultos/idosos. Maior transmissibilidade. TUBERCULOSE EXTRAPULMONAR Lesões orais. Ruptura de granulomas. Disseminação pela corrente sanguínea. Interna. PATOGÊNESE Grande parte das gotículas inaladas são expulsas na via superior. 10 % dos bacilos alcançam os alvéolos pulmonares. Existe o encontro dos bacilos com os macrófagos dos alvéolos pulmonares: → Infecção pulmonar. → Formação de granulomas (que geralmente apresentam calcificações e necroses). Principal achado radiográfico: nódulos calcificados em pulmão. O que são granulomas caseosos? → Granulomas que possuem áreas de necrose em seu interior. Pacientes HIV+: → Não formam granulomas. → TCD4+ deficientes: não terá uma sinalização inflamatória eficiente. HISTÓRICO NATURAL DA DOENÇA Sem tratamento: → Potencialmente fatal. → 33% morte após um ano. → 50-65% morte após 5 anos. Com tratamento: → Altos índices de cura. Uso inadequado do medicamento: → Resistência e cronicidade. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS TUBERCULOSE PULMONAR Sudorese noturna. Febre. Tosse produtiva e crônica. Dor torácica. Dispneia. Astenia. Perda de peso. TUBERCULOSE EXTRAPULMONAR Manifestações na Pleura, Linfonodos, TGI (inclui a boca), ossos, meninges, peritônios. Manifestações no Linfonodos: → Tumefação indolor. → Inflamação: fístula e drenagem caseosa. → Biópsia/ PAAF. FATORES PREDISPONENTES HIV. Câncer. Diabetes Mellitus. Etilismo. João Victor de Paula – 3º semestre FORMAS DE DIAGNÓSTICO BACILOSCOPIA DIRETA DO ESCARRO → Detecção de bacilíferos. → 70% a 80% dos casos de tuberculose pulmonar. → 2 amostras: CULTURA DO BACILO DE KOCH → Em casos de resistência. → Tuberculose extrapulmonar. → Pacientes resistentes ao Tratamento. → Falsos negativos da Baciloscopia. → Antibiograma. PROVA TUBERCULÍNICA (PPD) → Usado muito em profissionais de saúde. → Não é indicativo de doença. → Positividade: contato prévio com o bacilo. → Leitura após 72-96 horas. → Aplicação de 0,1 ml de tuberculina intradérmica. TRATAMENTO Coquetel (6 meses). Esquema quadruplo. Exame de escarro a cada mês. Espera-se a eliminação ao final do segundo mês (80% dos pacientes). Terceiro mês ainda positivo: resistência/ paciente não aderiu corretamente ao tratamento. TUBERCULOSE X ODONTOLOGIA Alto risco de contaminação. Máscara N95 e lençol de borracha – atendimentos de urgências. Atendimento após negativação bacilífera. Biossegurança: evitar a disseminação de aerossóis. Evitar o uso de canetas de alta rotação e uso de ultrassom. LESÕES ORAIS – TUBERCULOSE Incomum (0,1-5%). Estudo microscópico em cadáveres: → Secundários ao envolvimento pulmonar (mais comum). → Primárias. { Úlceras (Dolores/indolores). { Nódulos. { Lesões granulomatosas. { Lesões em toda a boca (principalmente língua). { Região de palato. (raro) { Endurecimento submucoso. { Lesões intraósseas. → Ajudam no diagnóstico. HANSENÍASE → Dermatológica. → Cunho infeccioso crônico granulomatoso. → Debilitante. → Acometimento ocular. → Face leonina. → “engrossamento” dos nervos. → Ausência da sensibilidade. → Multibacilar / Paucibacilar. EPIDEMIOLOGIA Maior detecção de casos novos. Mais atingidos pela doença. Maior número de casos multibacilares. Maior taxa de abandono no tratamento. 1ª amostra Dia da consulta 2ª amostra Manhã seguinte ao despertar João Victor de Paula – 3º semestre ACOMETIMENTO → Ocular. → Articulações. → Testículos. → Gânglios nervosos. → Entre outros. AGENTE ETIOLÓGICO Mycobacterium leprae. BAAR. Glicolipídio PGL-1 específico. Infecta somente homens. Única micobactéria capaz de infectar nervos periféricos. Parasita intracelular obrigatório. Pode sobreviver fora do organismo por vários meses. DIFICULDADE DE COMPREENSÃO DA DOENÇA Não cultivável em laboratório. Inoculação em camundongos. Tempo de incubação: - 2-40 anos. - Média 2-5 anos. TRANSMISSÃO Pouco compreendida. 90 % da população tem a defesa natural contra M. leprae. 1% dos bacilos é viável: facilita que a doença não seja tão disseminada. Homem: única forma de transmissão. BCG (20-80%). Afinidade por células cutâneas e periféricas. CLASSIFICAÇÃO Forma tuberculóide. Forma dimorfa. Forma Virchowiana. FORMAS DE DIAGNÓSTICO HANSENÍASE TUBERCULÓIDE Biópsia de áreas lesionadas. Bordas expansivas. HANSENÍASE VIRCHOWIANA Nódulos endurecidos. Pele normal. Nem sempre as lesões são características sendo 2 das características suficientes: → Hipoestesia. → Conter granulomas. → Aparência típica. Nervo periférico espessado. Fraqueza muscular (relação com o nervo afetado). Realização de biópsia: → Bacilos. → Procura de granulomas. → Nervos. ÍNDICE BACTERIOLÓGICO → Locais de análise: Lóbulo da orelha. Cotovelos. Lesão (caso tenha). → Resultados: 1 unidade para cada 100 campo microscópico: tratados ou forma tuberculóide. 4 a 6+ unidades a cada 100 campo operatório: pacientes não tratados forma Virchowiana. ESCARROS PODEM CONTER GRANDES QUANTIDADES DE BAAR Tuberculose (falso-positivo). João Victor de Paula – 3º semestre MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS FORMA TUBERCULÓIDE → Uma ou pouca lesão. → Placas com margens definidas. → Lesões escamosas, sem pelos e secas. Peles escuras: áreas hipopigmentadas. Peles claras: áreas hiperpigmentadas. → Histologicamente: Granulomas. BAAR: não são vistos (coloração HE). BODERLINE → Lesões mais numerosas. → Lesões intermediárias entre os dois tipos. → Mais grave. → Nodulações e placas mais demarcadas. → Centros dessas placas mais deprimidos. FORMA VIRCHOWIANA → Muitas lesões amplamente e simetricamente distribuídos. → Máculas/ pápulas eritematosas ounódulos. → Lesões mal pigmentadas, hipopigmentação leve ou eritematosas. → Pele grossa: face leonina. → Edema periférico em pernas e tornozelos. → Perda de pelos na pele afetada. → Lobos de orelha grossos. → Ulcerações. MICROSCOPICAMENTE – FORMA VIRCHOWIANA Atrofia da epiderme. Infiltrado inflamatório na derme profunda. BAAR isolados ou em grupos. ENVOLVIMENTO NERVOSO Sensorial. Motor. Autônomo. Perda sensorial é a alteração mais precoce e frequente. ENVOLVIMENTO OCULAR Visão embaçada. Sensação de areia nos olhos. Virchowiana. 20% dos portadores de hanseníase. TRATAMENTO Rifampicina. Dapsona. Clofazimina (multibacilares): tratamento de 6 a 12 meses. Retorno a cada 28 dias. Doses supervisionadas. Consulta médica a cada 3 meses. Entregas de novas cartelas pelo SUS. Visita domiciliar: em casos de o paciente não comparecer. CIRURGIÃO-DENTISTA X HANSENÍASE Identificar sinais e sintomas. Ações educativas. Casos suspeitos: encaminhamento. Realizar avaliação programática (lesões orais). LESÕES ORAIS 20-60%. Lesões multibacilares. Úlceras. Aspectos granulomatosos. Regiões atróficas. Lesão eritematosa. Lesão hipoestésica. Face leonina. Processo de cicatrização lenta. Paucibacilar (não existe manifestação).
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