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tem como perspectiva profissional um conjunto amplo de possibilidades de atuação tanto no país como fora dele, ainda como estudante. Ele exerce funções em agências de turismo, operadoras turísticas, setores de restauração (A&B), hotelaria, eventos e em setores de planejamento de des- tinos turísticos, gerenciamento de parques, nos transportes, entre outros segmentos estratégicos que exigem mão de obra qualificada. Dados do Ministério do Turismo (MTUR) indicam a importância do turismo e a necessidade de pessoas capacitadas para plane- jamento, execução e avaliação do setor, sendo, portanto, imprescin- dível o fortalecimento de cursos de graduação em Turismo no país. A atividade turística se con- solidou na sociedade do século XXI como um direito da socieda- de ao lazer e entretenimento. A velocidade do desenvolvimento tecnológico e científico faz com que surjam segmentações de público e, consequentemente, novas possibilidades de expansão do turismo. Nessa perspectiva, é necessária a formação de um pro- fissional adequado ao setor, com visão globalizada e sensibilizada às atitudes econômicas, sociais, culturais, ambientais e políticas voltadas ao lazer na sociedade contemporânea. O bacharel em Turismo formado pela Unesp deve ser capaz de analisar e propor processos de planejamento que permitam o desenvolvimento res- ponsável da atividade, contribuin- do com pesquisas para a detecção de possíveis impactos negativos que acompanham as práticas da atividade. A aprendizagem multi- disciplinar contextualiza turismo, economia, administração, cultura, artes, história, geografia, lazer, re- creação, meio ambiente e gastro- Guia de Profissões 177 nomia; solidifica o conhecimento e prepara o jovem empreendedor para atuação na sociedade, visan- do uma carreira de perfil criativo e inovador e, ao mesmo tempo, or- ganizado e responsável. A inclusão de novos consumidores nos países emergentes intensificou o turismo no mundo e no Brasil, acelerando a busca por especialistas na área. Para atender a essa demanda, a Unesp tem oferecido, desde 2003, no Câmpus de Rosana (oeste do Estado), o curso de bacharelado em Turismo. Seu diferencial está na formação de pessoas aptas à prática do turismo responsável, que una o respeito a aspectos ambientais e socioculturais à lógica econômica do setor, que possibilite sua atuação profissio- nal, individual e em equipe, com responsabilidade social e ética A inclusão de novos consumidores nos países emergentes intensificou o turismo no mundo nas diversas atividades turísticas. Na Unesp, Câmpus de Rosana, o futuro bacharel é incentivado ao desenvolvimento de projetos de extensão, à iniciação científica, à publicação de pesquisas, ao intercâmbio estudantil, para que adquira segurança profissional para uma atuação plena. O Câmpus de Rosana possui infraestrutura adequada às demandas do curso. Conta com um ônibus exclusivo para atividades acadêmicas, como viagens técnicas locais, regionais, nacionais e internacionais, acom- panhadas por docentes. A intenção é observar a realidade de destinos turísticos relacionando teoria e prática num processo crítico e aplicável em que a reflexão se soma ao aprendizado, orientando os alunos a uma visão ampla e sistêmica que envolve o turismo nas localidades visitadas. Desta forma, essa atividade pode ser considera da como um dos eixos de articulação da aprendizagem no turismo neste curso. Laboratórios de Alimentos e Bebidas, Eventos, Informática, Idiomas, recreação e lazer, Agenciamento e Estágios somam-se às possibilidades de aprimoramento profissional em empresas e instituições convenia- das com a Unesp na região, no Estado de São Paulo ou em outras cidades no Brasil. O dia da matrícula e a primeira semana de aulas dos alunos ingressantes na faculdade são, quase sempre, marcados pela recepção aos calouros. Ações já tradicionais, como pedágios nas esquinas para arrecadar dinheiro (a ser utilizado em festas), rostos pintados e cabeças raspadas foram, em meados dos anos 1980, assumindo novas e perigosas conotações, que resultaram em agressões, mutilações e até mes- mo óbitos de calouros. Para evitar que atitudes constrangedoras ocorram na Unesp, a Universidade proibiu o trote em 1999, pela Resolução no 86. Ela estabelece que cada fa- culdade deve definir as diretrizes e atividades de recepção ao aluno ingressante e que eventuais trans- gressões – agressão física, moral ou outras formas de constrangimento, dentro ou fora do espaço físico da Universidade – serão consideradas faltas graves, passíveis de suspensão ou expulsão. Atividades de integração e alcance social Fomentar saúde, cultura, esporte e lazer A Resolução no 86 está em consonância com a Lei no 10.454, promulgada em 1999, e com a Lei n. 11.365, promulgada no ano seguinte, ambas abolin- do o trote e instituindo ações solidárias. Para não acabar com a tradição, que simboli- za a passagem de uma etapa da vida para a outra e, principalmente, significa a aceitação do novo aluno no mundo universitário, diretores, profes- sores e estudantes da Unesp se mobilizam para criar formas inovadoras de recepção aos calouros, caracterizadas por atividades solidárias e de alcance social, como arrecadação de gêneros alimentícios e plantio de árvores. A Universidade conta com um Grupo de Trabalho (GT) de Prevenção à Violência. Aprovado dia 10 de março de 2015 pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão Universitária (CEPE), coordenado pelo vice-reitor e com a participação de docentes, alunos e servidores técnico-administrativos de diferentes unidades da Universidade, o grupo tem como obje- tivo fomentar a saúde, a cultura, o esporte e o lazer, criando novos mecanismos, mais próximos do aluno e de suas necessidades em todos os aspectos – aca- dêmicos, sociais e psicológicos –, num contexto que leve em conta o ambiente universitário e a sociedade como um todo. Denúncias contra trote violento ou contra qualquer outra espécie de violência podem ser realizadas junto à vice-direção da Unidade, à Ouvidoria Local ou à Ouvidoria Geral (ouvidoria.reitoria@unesp.br). Os contatos gerais para realizar denúncias contra trote violento estão em: unesp.br/ouvidoria. 178 - Guia de Profissões RECEPÇÃO AOS INGRESSANTES