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Aprumos Regulares e Anormais em Equinos

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INSTITUTO ENSINAR BRASIL
FACULDADES UNIFICADAS DOCTUM DE TEÓFILO OTONI
ADRIENNE MARTINS DE FARIA 
AYESSA ROCHA SANTOS
CLARA BARBOSA DA COSTA
GLAUBER MAGALHÃES RODRIGUES
JENNIFER VIEIRA BRANDÃO 
MARIA LUIZA ALMEIDA FELIX
RENATA SOUZA DANTAS
APRUMOS
TEÓFILO OTONI – MG
2020
INSTITUTO ENSINAR BRASIL
FACULDADES UNIFICADAS DOCTUM DE TEÓFILO OTONI
APRUMOS
Trabalho de Graduação apresentado à disciplina Equideocultura do Curso de Medicina Veterinária das Faculdades Unificadas de Teófilo Otoni, como requisito parcial para aprovação.
Prof.: Amanda de Barros Martins
TEÓFILO OTONI – MG
2020
Sumário
1.INTRODUÇÃO	4
2. APRUMOS REGULARES	5
2.1 Membros Anteriores	5
2.2 Membros Posteriores	6
3. APRUMOS ANORMAIS	7
3.1 Fatores não genéticos que contribuem para o desenvolvimento de defeitos de aprumos	7
3.2 Defeitos de aprumos	9
3.2.1 Totais	9
3.2.2 Parciais	9
3.3 Outros defeitos de aprumos	10
4. CORREÇÃO DE APRUMOS	12
4.1 Idade para correção	12
4.2 Tipos de correção	12
4.2.1 Casqueamento	12
4.2.2 Ferrageamento	13
REFERÊNCIAS	15
	
1.INTRODUÇÃO
Dentre os sistemas e aparelhos que formam a estrutura corpórea dos equinos, sem dúvida nenhuma o aparelho locomotor é um dos que se revestem de grande importância por constituir o sistema de sustentação e da dinâmica locomotora. Sempre que observamos um cavalo, quer seja para seleção genética, compra, ou para avaliação da capacidade de trabalho (performance), devemos levar em conta as características dos aprumos como fator importante a ser considerado. 
Como sabemos, sem patas não há cavalos, e em razão desta certeza é que, no decorrer dos anos, os membros dos equinos receberam especial atenção na seleção e evolução de cavalos bem estruturados. O cavalo é um animal de trabalho, e seu valor é determinado pela condição dos membros e patas. Uma conformação ruim dos membros contribui para certas claudicações.
A conformação, é um fator importante na sanidade dos membros, frequentemente determina o bem-estar de um cavalo. Determina o formato e o desgaste dos cascos, a distribuição do peso e a movimentação do animal, além de interferir na vida útil de um cavalo. Se esta for ruim contribuirá para lesões, claudicações, além de outros problemas futuros. Uma má conformação dos membros não é por si só uma doença; todavia pode ser considerada um aviso ou sinal de fraqueza, e predispõe o cavalo a muitos tipos de problemas locomotores, que não ocorreriam se ele tivesse nascido com boa conformação. 
Os aprumos são proporcionados pelos eixos ósseos e pelas angulações articulares que os membros do animal tomam em relação ao seu corpo e ao solo. Os aprumos refletem o equilíbrio harmônico da distribuição de forças e do peso para cada um dos membros do equino, ou seja, aprumos são a exata direção dos membros do animal em relação ao solo, de modo que o peso corporal do cavalo seja regularmente distribuído sobre cada um desses membros. Esta distribuição proporciona estabilidade na condução da sustentação e propulsão, permitindo a realização de movimentos com perfeição, elegância e segurança. 
2. APRUMOS REGULARES
Para se avaliar corretamente o aprumo do cavalo, o animal deve estar em estação, sobre um terreno plano e horizontal e com o apoio completo dos membros formando um paralelogramo retangular.
Linhas de aprumas vista de perfil (figura1) Linhas de aprumas vistas de frente e 
 por tras. (figura 2)
2.1 Membros Anteriores
Perfil: 
· A primeira linha (d-b figura 1) deverá partir da articulação escápulo-umeral, na sua porção mais anterior e descer paralelamente ao membro, tocando o solo a cerca de 10 cm à frente da pinça do casco. 
· A segunda linha (c-d figura 1) parte do centro de sustentação da espádua, passa pelo meio do braço, desce paralela a canela e toca o solo dividindo o casco ao meio. 
· A terceira linha (e- f figura 1) parte do centro da articulação úmero-radial, desce dividindo todo o membro ao meio e toca o solo logo atrás dos talões. 
· A quarta linha (linha sem letras na figura 1) parte da região do codilho, desce paralela ao membro e toca o solo aproximadamente 10 cm atrás dos talões. 
Frente: 
· Linha h (figura 2) parte do centro da articulação escápulo-umeral e desce dividindo todo o membro ao meio até tocar o solo. 
· Dividir teoricamente o joelho, a canela, a quartela e o casco em partes iguais.
2.2 Membros Posteriores
Visto de perfil:
· A primeira linha (i-j figura 1) parte da ponta da nádega, desce pelo membro tangenciando o jarrete e a canela até tocar o solo 10 cm atrás dos talões. 
· A segunda linha (k-l figura 1) parte da articulação coxo -femoral, passa pelo centro da perna e toca o solo, dividindo o casco pelo meio. 
· A terceira linha (m-o figura 1) parte da soldra, toca o solo a cerca de 10 cm a frente do casco. 
.
Visto de trás: 
· Linha (p figura 2) parte da ponta da nádega, desce dividindo todo o membro até tocar o solo. 
· Baixada da ponta da nádega ao solo e dividir, a partir do jarrete, as regiões ao meio, ficando entre os cascos uma distância igual à largura destes.
O aprumo dos membros posteriores, por exemplo, tem função fundamental na vida do animal, já que influencia diretamente nos movimentos que o impulsionam para frente, como em uma corrida, por exemplo, (propulsão).
3. APRUMOS ANORMAIS
Quando os membros são irregularmente aprumados, os pés sofrem ruína prematura e prejudicam os andamentos e diminuem a resistência do animal.
Vários fatores podem interferir no surgimento dos defeitos de conformação, as chamadas irregularidades de aprumos. São de origem variada e podem atuar de forma independente ou integrada. Fatores genéticos, deficiência nutricional do feto, sistema intensivo de criação, casqueamento mal conduzido, excesso de esforço físico e tipo inadequado de terreno no qual o animal é exercitado, forma o conjunto de causas prováveis dos defeitos de aprumos.
3.1 Fatores não genéticos que contribuem para o desenvolvimento de defeitos de aprumos
· Em muitos haras, a má nutrição das éguas gestantes, em especial durante o terço final do período gestacional, ainda é prática usual.
· Vários tipos de desvios de aprumos se devem, também, ao confinamento de potros jovens, com idade abaixo de 12 meses, por algum motivo que não se justifica.
· Desbalanceamento médio-lateral ou anteroposterior é causado pelo casqueamento incorreto, praticado, muitas vezes, por não profissionais.
· O excesso de exercícios, desencadeado pela ânsia de alcançar um maior desenvolvimento da musculatura, por parte dos treinadores, estendendo os limites da capacidade física dos animais jovens, nos quais a estrutura óssea ainda não atingiu a maturidade.
· O piso de areia fofa, muito comum em redondéis utilizados para a guia, é o mais inadequado, nos casos de defeitos de aprumos. O próprio redondel, que força o animal a se locomover em círculos, sobrecarregando tendões, ligamentos e articulações, é desaconselhável para marchadores de M.T.A.D. – Marcha de Tríplices Apoios Definidos. O correto é utilizar um “ovalel”, medindo em torno de 18 a 20m de comprimento 12 a 14m de largura.
· Um dos mais frequentes defeitos de aprumos é o que se denomina emboletamento. Raramente o potro nasce emboletado, portanto, esse defeito é igualmente provocado. É caracterizado pelo deslocamento adiante do boleto, resultando em traumas aos tendões, ligamentos, e, até mesmo, na estrutura óssea. Se a quartela é curta e/ou fincada, o defeito será ainda mais grave.
· O emboletamento é mais prevalente em potros e potras que apresentam uma taxa de crescimento mais rápida, notadamente na faixa etária entre 12 a 24 meses de idade. Geralmente, os membros posteriores crescem mais rápido, posicionando-se mais atrasados, o que se denomina de acampar. Este tipo de posicionamento força a verticalidade das quartelas e, consequentemente, o emboletamento.
A correção desse defeito é muito difícil. A recomendaçãoé o descanso, mantendo o animal em um piquete de terreno plano e regular. O confinamento é contraindicado, podendo agravar o defeito.
3.2 Defeitos de aprumos
Podem ser totais ou parciais:
3.2.1 Totais
· Todo membro desvia da linha de sustentação.
Exemplos: 
Sobre si de frente: todo o membro anterior se desloca para dentro do quadrilátero de sustentação. 
Sobre si de trás: todo o membro posterior se desloca para dentro do quadrilátero de sustentação. 
Acampado de frente: todo o membro anterior se desloca para fora do quadrilátero de sustentação. 
Acampado de trás: todo o membro posterior se desloca para fora do quadrilátero de sustentação. 
Aberto de frente: todo o membro anterior se desvia para fora da linha de sustentação. 
Aberto de trás: todo o membro posterior se desvia para fora da linha de sustentação. 
Fechado de frente: todo o membro anterior se desvia para dentro da linha de sustentação. 
Fechado de trás: todo o membro posterior se desvia para dentro da linha de sustentação. 
3.2.2 Parciais
· Somente parte do membro desvia da linha de sustentação.
Exemplos: 
Ajoelhado: somente o joelho se desloca para fora da linha de sustentação. 
Transcurvo: somente o joelho se desloca para dentro da linha de sustentação. 
Joelhos esquerdos: somente os joelhos se desviam para fora da linha de sustentação. 
Jarretes esquerdos: somente os jarretes se desviam para fora da linha de sustentação. 
Joelhos cambaios: somente os joelhos se desviam para dentro da linha de sustentação. 
Jarretes cambaios: somente os jarretes se desviam para dentro da linha de sustentação. 
Acurvilhado: somente a canela se desloca para dentro da linha de sustentação. 
3.3 Outros defeitos de aprumos
Boletado: boleto direcionado para frente (membro anterior ou posterior). 
Perna de frango: ângulos coxo-femural e fêmuro-tíbio-patelar muito abertos, dando a impressão de “perna reta”.
Emperiquitado: pinças dos cascos anteriores direcionadas para dentro. 
Base aberta: pinças dos cascos anteriores direcionadas para fora. 
Fincado: linhas imaginárias traçadas na quartela se deslocam para trás (figuras abaixo). 
Achinelado (Sapateiro): linhas imaginárias traçadas nas quartelas e deslocam para frente (figuras abaixo).
 
4. CORREÇÃO DE APRUMOS
Quando esses equinos nascem na vida selvagem, a correção de aprumo não se torna necessária, pois o desenvolvimento desses animais quando não estão sendo colocados para manejo é contínuo e não causa tantas mudanças em seu corpo, mas, para aqueles animais que são criados em estábulos, baías, entre outros, e o potro nasce com algum desvio de aprumo ou algum defeito em seu casco, a correção é necessária para que quando ele for carregar algum peso, não entorte e prejudique a sua musculatura, mas, caso o potro nasça com os aprumos corretos, a correção não precisa ser feita, mas o cuidado, sim. 
 4.1 Idade para correção 
Cavalos com mais de um ano de idade, mesmo que ainda não tenha entrado totalmente na vida adulta, já tiveram suas musculaturas e seus ossos mais desenvolvidos, e a correção não é recomendada depois desse tempo, pois isso também pode ser prejudicial ao animal, podendo deixa-lo, inclusive, manco.
4.2 Tipos de correção 
4.2.1 Casqueamento
O casqueamento consiste em aparar um pouco dos cascos de seu animal.
O programa para se manter os membros anteriores e posteriores, ou para se corrigir desvios de conformação, envolve três fatores: 
· O casqueamento do potro deve ser iniciado com poucos meses de idade;
· O processo de casqueamento deve ser feito frequentemente. É recomendado casquear os potros a cada 15 dias até normalizar os defeitos, quando passam a ser casqueados a cada 30 dias;
· É preciso haver um equilíbrio apropriado para o casco. Um casco bem equilibrado distribui o peso igualmente e absorve o impacto de uma maneira uniforme.
É fundamental considerar a existência das placas de crescimento, estruturas localizadas nas extremidades dos ossos da perna dos equinos. É o equilíbrio das forças exercidas sobre essas placas que vai determinar a conformação e a estrutura do cavalo adulto. Se a pressão é normal, equilibrada e constante sobre essas placas, o crescimento será correto. Do contrário, uma pressão desequilibrada vai determinar um crescimento inadequado.
Em determinadas situações em que ocorre desvio de aprumo em potros mantidos em piquetes, a simples iniciativa de confiná-los em uma baia poderá reverter o desvio, e o membro tenderá a se endireitar por si só.
Pode ocorrer também de o potro que apresenta esse tipo de desvio seja submetido a excessivos exercícios, ao acompanhar a mãe em um pasto grande, correndo. Nesse caso, a compressão sobre as placas de crescimento e, nesse contexto, o trabalho de casqueamento será fundamental.
4.2.2 Ferrageamento
Esse processo consiste em colocar ferraduras nos cascos de seus cavalos, e ele está ligado ao casqueamento e a correção, pois, caso esse procedimento não seja feito e o manejo de seu cavalo for bem trabalhoso ao animal, também será prejudicial para o seu jeito de andar.
Tipos de Ferrageamento:
Para proteção: é feito aplicando ferraduras normais (comerciais ou confeccionadas a mão). Tem função de proteger, dar aderência e melhorar o desempenho do animal na atividade a que é submetido.
Corretivo (ortopédico): é aplicado com ferraduras especiais. Tem a finalidade de promover auxilio na mudança de postura e movimentação do animal que possui irregularidades nos aprumos.
Terapêutico (patológico): é aplicado com ferraduras modificadas a partir de ferraduras convencionadas a mão. Tem como finalidade auxiliar no tratamento de doenças que afetam o casco ou membros dos equinos e também proporcionar uma estabilidade em animais desequilibrados.
REFERÊNCIAS
CAMARGO, Manoel Xavier; CHIEFFI, Armando. EZOOGNÓSIA: Exterior dos Grandes Animais Domésticos. Revisão atualizada 1971. p 191-211.
TEIXEIRA, Silvia. Correção de aprumos não se faz em cavalos adultos, sabia?. 2018. Disponível em: <https://www.cpt.com.br/artigos/correcao-de-aprumos-nao-se-faz-em-cavalos-adultos-sabia>. Acesso em: 31 out. 2020.
VET, Equipe Tudo (Ed.). Posso fazer correção de aprumos não se faz em cavalos adultos?. 2019. Disponível em: <https://tudovet.com.br/blog/2019/11/20/posso-fazer-correcao-de-aprumo-em-um-cavalo-adulto/#:~:text=Para%20corrigir%20o%20aprumo%20de,antes%20de%20sua%20fase%20adulta>. Acesso em: 31 out. 2020
VETERINÁRIA, Revista (Ed.). O que é aprumo dos equinos. 2015. Disponível em: <https://www.revistaveterinaria.com.br/o-que-aprumo-dos-equinos/>. Acesso em: 31 out. 2020.
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