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Processos Biológicos 2

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28/08/2020 
Introdução - Processos Biológicos II 
 
“Toda enzima é uma proteína mas nem toda proteína é uma enzima”. 
 
Quiz de conhecimento prévio 
 
1. Animal é tudo igual? 
Não. Apesar de dizerem que são todos iguais, eles não são. Possuem apenas 
características semelhantes. 
2. Como se organiza os organismos dos animais? 
Em sistemas corporais. Sistemas com funções específicas e únicas. Influenciando 
de maneira direta ou indireta outros sistemas. 
3. O que torna os sistemas únicos? 
Os órgãos que compõem os sistemas. 
4. O que torna os órgãos únicos? 
Os tecidos especializados, com características próprias. 
5. Por que existem diferentes tecidos? 
Devido as células especializadas. 
6. Apesar de ter características diferentes entre as células, tudo é diferente? 
As células possuem características comuns. Eucarióticas* 
7. O que mantém o organismo vivo? 
O que mantém as células vivas → para manter os sistemas vivos. Nutrientes 
(alimentos) esses que mantém o organismo vivo. 
8. O que são nutrientes? 
Moléculas essenciais à vida das células e consequentemente do organismo animal. 
2 funções básicas: São moléculas importantes como combustível energético 
(energia) ou como molécula de construção para célula. 
 
*Organismo vivo do animal, independente da espécie, é o conjunto de sistemas, sistemas 
esses formados por grupos de órgãos, órgão formados por tecidos específicos, formados 
por conjunto de células. 
 
Revisão metabolismo 
- Sistemas Corporais 
- Órgãos 
- Tecidos 
- Células 
 
NUTRIENTES: essenciais à vida. 
Divididos por sua característica química em 2 grupos: 
- Inorgânicos: Água (+ abundante) e minerais (macro g/dia e micro mg/dia) - 
construção e visibializadores de energia 
- Orgânicos: CHO, Lípideos e Proteínas - são nutrientes mais funcionais com dupla 
função - construção e combustível energético. Ácidos Nucleicos (mól. de construção 
de material genético) 
 
- Normalmente, boa parte dos nutrientes, estão na natureza, no alimento em forma de 
polímero (poli = muitos monômeros - complexo); Monômeros (simples) = unidades 
moleculares mais complexas. 
O sistema digestivo transforma o polímero em monômero no qual as células conseguem 
aproveitar. Se o polímero não for convertido em monômero sai nas fezes, do jeito que entra, 
sai. Para ser absorvido e ir para o sangue para ser distribuído para todas as células, deve 
estar em forma simples, ou seja, monômero. 
 
O que é metabolismo? 
Sinônimo de transformação, transformar nutriente. 
Metabolismo nada mais é que uma transformação de uma molécula em outra molécula, 
dentro das células (reação química). 
 O animal ingere a dieta, depois da ingestão, ocorre a digestão, os nutrientes digeridos vão 
ser absorvidos, vão cair no sangue e uma vez no sangue vão ser distribuídos para todas as 
células. O nutriente entrou dentro da célula, vai ser metabolizado e transformado em outras 
células para ser usado como combustível energético ou construção. 
 
O que é catabolismo e anabolismo? 
Anabolismo e catabolismo são as duas fases do metabolismo interdependentes. 
Catabolismo é a fase do metabolismo em que moléculas mais elaboradas são 
transformadas (degradadas/quebradas) em moléculas mais simples com o objetivo de gerar 
energia para essa célula (ATP). 
Anabolismo é a fase do metabolismo em que moléculas simples são transformadas 
(síntese/construção) em moléculas mais elaboradas (para reprodução, crescimento e 
manutenção celular), gasta energia para construir. 
 
*toda vez que tiver uma via metabólica que tenha sufixo em “lise” = quebra/degradação; 
“gênese” = síntese/construção 
 
O que são enzimas e suas funções? 
São proteínas específicas que agem para catalisar/acelerar as reações. 
 
Bioenergética: geração e utilização da energia para manutenção de vida das células e 
consequentemente do organismo do animal vivo. 
 
04/09/2020 
NUTRIENTES 
 
*O que mantém as células vivas que formam o organismo animal, são os nutrientes. 
 
Definição: Moléculas (compostos químicos - formados de átomos) essenciais à vida 
(energia ou construção): utilizados na construção de outras moléculas ou queimados para a 
produção de energia. 
 
Para cada uma das diferentes espécies, existe um requerimento nutricional diferente. Mas, 
não é só a espécie que faz a essa diferenciação nutricional, dentro de uma mesma espécie 
pode ter raças com características fisiológicas diferentes que vão ter necessidades 
nutricionais diferentes. Variam com a espécie, raça, fases de vida, idade, momentos 
fisiológicos diferentes e desempenho esperado. 
 
Administrados em (1) proporção, (2) quantidade e (3) forma que atendam as exigências. 
Exigência hídrica é específica da espécie (água - inorgânico). 
Assim como água, atendimento mineral e vitaminas é feito por suplementação que são 
consideradas exigências coadjuvantes, são exigências fundamentais, sem esse 
atendimento o organismo do animal não funciona adequadamente podendo levar a óbito, 
porém não são consideradas exigências básicas. As exigências básicas dos animais que 
precisam ser atendidas via dieta/alimentação são energética e proteica. 
- Exigências de água, minerais, vitaminas são exigências tidas como coadjuvantes. 
- Exigências que precisam ser atendidas ​via dieta são exigência protéica e energética 
são exigências básicas. 
 
Bases energéticas: 
- Água 
- Carboidratos 
- Proteína 
- Lipídeo 
- Minerais 
- Vitaminas 
 
Para resolver as exigências protéicas e energéticas dos animais sobram 3 nutrientes que 
poderiam ser utilizados como combustíveis energéticos para as células, tanto carboidrato, 
quanto lipídeo, quanto proteína, são nutrientes que entram no grupo que conseguem 
atender a dupla função como combustíveis energéticos como moléculas de construção. 
 
Exigência proteica: PROTEÍNA (único nutriente que atende exigência proteica). Usar 
ingredientes ricos em proteínas para atender exigência proteica. Proteína: atende 
exigências protéicas e energéticas, porém é o nutriente mais caro para incorporar na dieta, 
e não há nenhum outro para substituir na exigência proteica. 
 
Exigência energética: CARBOIDRATOS e LIPÍDEOS. Para atender exigência energética 
que os 3 atendem (proteína, carboidrato e lipídeo), utilizar nutrientes mais baratos que 
façam essa função: carboidratos (mais barato) e lipídeos. 
 
 ​CARBOIDRATOS 
- Biomolécula mais abundante da natureza; 
- Fonte mais barata de energia para os animais 
- CHO (hidratos de carbono, C-C-C-C-C), além de N, S e P 
- Mais barato e mais abundante encontrado na natureza / alimentos 
De todos os nutrientes orgânicos (carboidratos, lipídeos e proteínas), os carboidratos são os 
combustíveis preferencialmente utilizados pelas células com o objetivo de gerar energia. 
- São compostos de carbono, hidrogenio e oxigenio: 
- Fórmula geral: (CH²O)n 
- Solúvel em meio aquoso = hidratado 
- A proporção de átomos de hidrogênio para átomos de oxigenio é de 
tipicamente 2:1; 
- Os átomos de oxigênio é igual aos de carbono 1:1 = - glicose (C6H¹²O6) 
 
- Funções: 
- Energética: glicose* 
- Reserva energética: glicogênio: animais / amido: vegetais 
- Constituição de material genético: presentes no DNA (desoxirribose) e RNA 
(ribose); 
- Constituintes de membranas (glicocálice) 
- Estrutural: sustentação nos vegetais (celulose) 
- Carboidrato é sinônimo de sacarideo = açúcar 
 
Classificação dos Carboidratos: 
*carboidrato é sinônimo de sacarídeo que é sinônimo de açúcar, possuindo carboidratos de 
tamanhos diferentes. 
1) Quanto ao tamanho da molécula 
Monossacarídeos (açúcares simples - moléculas formadas por um único açúcar) - 
glicose, frutose, galactose. Não podem ser hidrolisados. 
Oligossacarídeos (união de dois a dez monossacarídeos): mais comuns são 
dissacarídeos(união de dois monossacarídeos) - sacarose(glicose + frutose), 
maltose (glicose + glicose), lactose (glicose + galactose) 
Polissacarídeos (união de muitos monossacarídeos) - Os mais comuns são: 
glicogênio (músculo e fígado), amido, celulose 
*maior parte desses carboidratos são de origem vegetal; de origem animal: glicogênio (não 
tem para oferecer aos animais) e lactose (não muito usual por ser caro). 
 
2) Quanto ao grupo funcional 
Os monossacarídeos podem ser classificados: 
Polihidroxialdeídos (ou Aldoses): quando essa dupla ligação for o primeiro 
carbono da cadeia ele é aldeído; 
Polihidroxicetonas (ou Cetoses): quando aparecer no segundo carbono da cadeia 
é uma cetona 
*A diferença química é a posição na cadeia do grupo funcional: C=O (carbono preso ao 
oxigênio por dupla ligação). 
 
3) Quanto ao número de carbonos 
Podem ter de 3 à 7 carbonos totais na sua constituição. 
 
 
 
 
 
 
Célula vegetal: os 
carboidratos presentes na 
dieta estão contidos em duas 
regiões específicas da célula 
vegetal: parede celular 
(funciona como grande 
esqueleto das células 
vegetais, por isso os serão 
chamados os carboidratos de 
estruturais) e conteúdo celular 
 
CHO Estruturais: vão trazer 
estrutura para a célula 
vegetal. Principalmente a 
celulose, hemicelulose, 
lignina. São carboidratos 
maiores e mais elaborados. 
 
CHO Não Estruturais: não está na estrutura, está dentro do conteúdo celular. Função de 
servir como reserva para a célula vegetal. São eles o amido e todos os outros açúcares 
menor que ele. 
 
*​Nenhum animal tem enzima digestiva para fazer digestão de carboidratos estruturais, logo, 
os animais só digerem carboidratos não estruturais. 
 
Amido (vegetais) = Glicogênio (animais) 
 
LIPÍDEOS 
Utilizado como combustível energético para as células, quando o intuito é atender a 
demanda energética. Característica comum também é o fato desses dois nutrientes (lipídeo 
e carboidrato) serem estocados no organismo para geração de energia, porém, diferente do 
carboidrato, o lipídeo é uma molécula insolúvel em meio aquoso e embora tenham mesmos 
os mesmos átomos, a proporção de hidrogênios e oxigênios não é condizente para 
formação de água, ou seja, não são hidratados, não tendo afinidade com água; 
Outra diferença é que apesar dos carboidratos terem tamanhos diferentes, todos eles são 
formados pela mesma base estrutural (sacarídeos), em função disso mesmo existindo a 
possibilidade de usar esses carboidratos nas células para algumas construções, mas a 
principal função é a geração de energia. Já o lipídeo tem conformações diferentes tendo 
diferentes funções para o organismo animal. 
 
- Biomoléculas insolúveis em água - hidrofóbico, por ter menos oxigênio em sua 
composição; 
- Conformação e funções variadas: 
 
- Lipídeos simples​: única molécula - TAG (triacilglicerol), os átomos que formam 
essa molécula são: Carbono, Hidrogênio e Oxigênio. 
- Lipídeos compostos​: lipídeo unido a uma molécula não lipídica, como os 
fosfolipídeos e as lipoproteínas; 
- Lipídeos derivados​: são formados pela transformação metabólica de lipídeos 
pré-existentes: colesterol. 
 
Funções​: 
- *Triacilglicerol ​(principal lipídeo) = triglicerídeo ou triglicerídeos: Armazenadora de 
energia (combustível energético - estocado no adipócito) - nutriente formado de três 
ácidos graxos presos em um glicerol; 
- Fosfolipídeos: Membrana celular (serve de estrutura para membrana celular); 
- Colesterol (essencial para a manutenção da vida): Hormônios esteroidais, Ácidos 
biliares, Membrana celular - sem colesterol não há produção hormonal; 
- Ácido graxos Poliinsaturado (ácido araquidônico): Prostaglandinas, Processos 
Metabólicos. 
 
Lipídeo (mais concentrado, mais denso) gera muito mais energia que o Carboidrato, porque 
o carboidrato é hidratado e a água não é combustível energético. 
 
Características dos Ácidos Graxos​: 
, utilizados para formar os triacilgliceróis; 
- Geralmente número par de carbonos, o número de carbonos que formam essa 
molécula vão ter de 4 até 36 na sua molécula (cadeia média, longa e muito longa); 
- Sem ramificações - lineares; 
- Na molécula apresentam: 
- uma porção polar (hidrofílica) - afinidade com água, mais fácil da enzima 
quebrar 
- uma porção apolar (hidrofóbica) - não possui afinidade com água 
 
Classificação dos Ácidos Graxos​: 
Saturação: diferença é a presença ou não de dupla ligação. 
- Saturados: somente ligações simples entre os carbonos; 
- Insaturados: dupla ligação entre os carbonos; 
- Monoinsaturados: 1 dupla ligação 
- Poliinsaturados: 2, 3 ou 4 duplas ligações 
 
Essencialidade: 
- Não essenciais: os animais sintetizam endogenamente (dentro do organismo): 
- Vão sintetizar: Saturados e monoinsaturados 
- Essenciais: os animais não são capazes de sintetizar endogenamente, dependem 
de oferecimento exógeno (são importantes, por isso os animais devem receber 
através da alimentação). Os ácidos graxos essenciais são os que os animais não 
produzem, são os poliinsaturados: 
- Ômega-3 (ácido linolênico) - 3 duplas ligações 
- Ômega-6 (ácido linoléico) - 2 duplas ligações 
- Ácido araquidônico - 4 duplas ligações 
 
*Os lipídeos quando são oferecidos na dieta também podem ser oferecidos em ingredientes 
alimentares de origem animal ou vegetal, esse lipídeo é prioritariamente triacilglicerol que 
estão presentes em 95% total de lipídeos. Esse é o tipo de lipídio presente no alimento, só 
existe triacilglicerol de origem animal e vegetal. E os ingredientes alimentares ricos em 
lipídeos de origem vegetal são chamados de óleos, e de origem animal são chamados de 
gordura. 
 
Alimentares: duas categorias 
- gorduras​: sólidas na temperatura ambiental e ricas em ácidos graxos saturados. 
- óleos​: líquidos na temperatura ambiental e ricos em ácidos graxos insaturados. 
*Existem óleos animais, bem como gorduras vegetais (ex.: margarina), graças à indústria. 
 
95% dos lipídeos da dieta = triacilgliceróis (TAG); o restante são colesterol, fosfolipídeos e 
vitaminas lipossolúveis (A, D, E e K) 
 
Fosfolipídeos 
- duas moléculas de ácido graxo ligadas a uma molécula de glicerol; 
- o terceiro carbono do glicerol está associado a uma molécula contendo um grupo 
fosfato; 
- tendem a formar uma bicamada fosfolipídica. 
- fazem parte da membrana plasmática 
 
Colesterol 
Funções: 
- presente nas membranas biológicas (fluidez); 
- produção de ácidos biliares; 
- produção de hormônios esteróides: estrogênios (estradiol), progesterona, 
testosterona, cortisol, entre outros; 
- produção de vitamina D 
 
PROTEÍNAS 
*semelhança entre proteínas, carboidratos e lipídeos: são nutrientes orgânicos, e a proteína 
também pode ser utilizada como combustível energético, porém não é a função prioritária, 
existem outras várias outras funções que a proteína precisa desempenhar no organismo 
animal. Outra diferença muito importante, todos os nutrientes orgânicos, o único que não é 
estocável é a proteína. 
 
Macromoléculas: 
- + abundantes nos seres vivos = 50% do Peso Vivo em MS; 
- + versáteis em funcionalidade (multifuncionais) - ; 
- únicos que não são estocados. 
- as proteínas vão da mais simples até a mais elaborada: estrutura primária, 
secundária, terciária e quartenária. 
Funções​: 
- Estrutura: base da matéria/porção seca do corpo do animal no mínimo 50% é só 
proteína; 
- Hormônio: exemplo: insulina e glucagon são construídos a partir de proteína; 
- Enzimas: são formadas de proteínas, sem enzimasnão existe metabolismo 
funcional; 
- Transporte: nutrientes pelo sangue. 
- Receptores: que se ligam em hormônios, fármacos... 
- Defesa: imunoglobulinas, por exemplo. 
- Contração: muscular 
- Geração de energia: 
 
O que garante essa multifuncionalidade? 
- Constituídas a partir de 20 tipos de a.a. (unidos por ligações peptídicas); 
- Em comum: grupo carboxila e grupo amina unidos ao mesmo carbono, todo 
aminoácido tem amina e ácido (que é o radical); 
- Diferem: estrutura do grupo residual (grupo R). 
 
Aminoácidos 
- Essenciais: devem ser incorporados na dieta = sintetizar as proteínas não de 
reposição e as requeridas nos processos que exigem síntese proteica; não são 
produzidos pelo organismo endogenamente; 
- Não essenciais: os animais conseguem sintetizar. 
 
*exigência é influenciada por vários fatores: espécie, categoria animal, disponibilidade de 
outros a.a.; A proteína se desnatura continuamente, por isso precisa repor. 
Se proteína não é tudo igual, também são diferentes as proteínas dos alimentos. O valor 
biológico de proteína de origem animal é superior a valor biológico de proteína de origem 
vegetal. 
 
Alterações estruturais 
- Desnaturação: alterações físicas e químicas que afetam a estrutura espacial da 
proteína; A desnaturação não modifica o valor nutricional da proteína. 
*função de mudança de temperatura, ph … 
 
Proteínas conjugadas 
- Proteínas simples: formadas por a.a. 
- Proteínas conjugadas: preso a outro tipo de nutriente, ex: hemoglobina.. 
 
Proteína não verdadeira 
- Não tem a.a., só tem amina. 
- Plantas e microorganismos podem sintetizar proteína a partir de amina. 
 
Proteína verdadeira 
- Proteínas formadas de a.a.(amina presa no ácido), seja de origem animal ou 
vegetal. 
11/09/2020 
ALIMENTOS, DIETA E ALIMENTAÇÃO 
 
Nutrição: ciência que estuda os fenômenos fisiológicos e bioquímicos, que vão desde a 
ingestão de alimentos até o metabolismo intracelular dos nutrientes. 
 
*O alimento é o veículo dos nutrientes para serem oferecidos para o organismo do animal 
se manter vivo, para exigência de cada animal. 
 
 
 As estratégias de alimentação é tão importante quanto as exigências nutricionais; 
- Alimentação: operações realizadas pelo homem: selecionar (escolha do alimento); 
preparar (processamento); distribuir os alimentos (fornecimento) - fornecimentos 
para animais domésticos e indivíduos domesticados; animais mantidos em cativeiro. 
Inicia-se pela escolha/seleção dos ingredientes/alimentos, apesar dos alimentos ter todos 
os nutrientes eles não têm de maneira proporcional. Deve ser feita a escolha adequada dos 
ingredientes, além das escolhas, precisa-se preparar para que os animais possam 
aproveitar em seu nível máximo, e a questão de distribuição/fornecimento seja efetiva, o 
animal consiga ingerir, digerir e garantir a absorção de nutrientes. 
ALIMENTO = INGREDIENTE - veículos de nutrientes colocados à disposição dos animais, 
de maneira direta ou indireta. 
- Direta: animais de companhia: em coxo, recipientes, bebedouro… 
- Indireta: em pasto… 
 
O fato de alimentar não significa que os animais estejam nutridos adequadamente. 
 
- Alimentação animal:​ condicionado pela produção agrícola e industrial: subprodutos 
da preparação dos alimentos destinados ao homem. 
 
Na maioria das vezes a alimentação dos animais tendem a não competir de maneira direta 
com a alimentação humana - existem muito mais animais do que seres humanos. 
- Grão de soja: ingrediente nobre da nutrição humana; caro. Pré-limpeza: retirada da 
casca. 
- Farelo de soja: mais utilizado dentro da nutrição animal. 
- Casca de soja: rico em fibra - peletiza e fórmula dieta com a casca para alguns 
animais. 
 
Escolha do alimento: 
Deve ser muito bem feita, muitos fatores a se considerar: 
- não devem conter substâncias nocivas; 
- adaptados às particularidades anatômicas e funcionais dos animais - considerando 
trato digestório: iniciando na boca e terminando no anus 
- 3 grandes grupos quanto às particularidades influenciando nos hábitos 
alimentares: carnívoros; onívoros; herbívoros. Hábitos alimentares não se 
muda, apenas os seres humanos conseguem mudar o seu comportamento 
alimentar. 
- deve ser orientada pelo fator econômico, facilidade de reabastecimento 
 
 
FRACIONAMENTO DOS ALIMENTOS 
 
 
*MN = matéria natural 
*MS = matéria seca 
*Suplemento que tende a 
oferecer de maneira 
exclusiva um único 
nutriente ou pequeno 
grupo de nutrientes, é 
diferente de alimento que 
tem todos os nutrientes. 
Às vezes nos alimentos 
não tem a quantidade 
suficiente, por isso teria a 
necessidade de 
suplementação. 
Oferecemos água para os animais porque a água presente nos alimentos (todo alimento 
tem água) não é suficiente para suprir as necessidades. O alimento tem parte água e 
matéria seca. 
Fracionar um alimento é subdividir em todos os outros nutrientes que ele tem mesmo 
sabendo que essa proporção é diferente nesses vários nutrientes. 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS ALIMENTOS 
Baseada em valores nutricionais, esses nutrientes são representados pelas frações 
bromatológicas. 
 Classificado em dois grandes grupos: teor de fibra e teor de energia (CHO, lip. e prot.) 
NDT: nutrientes digestíveis totais, uma vez sendo digestíveis, vão estar disponíveis para 
todas as células usarem. Nos da ideia de valor energético total (energia). 
 
Volumosos​: alimento rico em fibra (>18% FB) e pobre em energia (<60% NDT) - CHO 
estruturais (maiores) principal nutriente. Exclusivamente de origem vegetal. Ajuda na 
motilidade intestinal. 
- Secos 
- Aquosos (úmidos) 
Concentrados​: alimento pobre em fibra (<18% PB) e rico em energia (>60% NDT - leva em 
consideração todos os nutrientes) - Subdivididos por teor de proteína: 
- Energéticos​: + pobres em proteínas (<20% PB) 
- Origem vegetal: tem tanto ingredientes ricos em CHO não estruturais (ex.: 
amido - grão de milho); ou óleos (lipídeos de origem vegetal). 
- Origem animal: na prática não tem baseado em CHO; lipídeo (triacilglicerol): 
gordura (ex.: hidrogenada de suíno, frango) 
- Protéicos​: + ricos em proteínas (>20% PB) 
- Origem vegetal: farelo de soja 
- Origem animal: farinha de carne, músculos; 
- NNP (nitrogênio não protéico): proteína não-verdadeira (ex.: uréia - exclusivo 
de dieta de ruminantes), produzida na indústria. 
Tanto as fontes alimentares de origem animal quanto as de origem vegetal são exemplos 
de proteína verdadeira. Verdadeira formada de aminoácidos; Não-verdadeira formada só de 
amina. 
*Suplementos: único nutriente 
- mineral 
- vitamínico 
Aditivos: podem estar presentes na dieta, potencializando a qualidade da dieta: 
conservantes, acidificantes, corantes, palatabilizantes... 
 
Controle físico, sanitário, nutricional 
 
Dieta total (TMR) 
Vários ingredientes misturados que os animais recebem como alimento único. 
 
18/09/2020 
DIGESTÃO E ABSORÇÃO 
 
Digestão Fermentativa x Digestão Não Fermentativa 
 
*Quais os produtos de absorção, pós-digestão de CHO, LIP e PROT ao longo do trato 
digestório. 
 
Digestão mecânica/física​: ocorre ao longo de todo o trato digestório (da boca ao anus) - 
mastigação (diminui tamanho da partícula), movimentações; 
 
Digestão químicas​: 
- Digestão fermentativa​: aquela executada por microorganismos presentes (​bactérias​, 
protozoários e fungos) no trato digestório dos animais, em sítios eficientes de 
digestão fermentativa: rúmen (ruminantes - fermenta com mais eficiência) e ceco 
funcional (parte do intestino grosso - monogástricos e herbívoros). 
*todo animal tem, porém não com eficiência. Tem maiores alcances (eficiência) quando 
comparada com a digestão não fermentativa. 
- Digestão não fermentativa​: feita pelo organismodo animal, digestão ocorre a partir 
de enzimas digestivas presentes no trato digestório. Presente em sucos digestivos. 
Os sítios de digestão estão no estômago, abomaso (ruminantes), intestino delgado, 
boca (saliva). 
 
Classificação das bactérias​ = afinidade pelo substrato ou no produto final da fermentação. 
- Celulolíticas 
- Hemicelulolíticas 
- Pectinolíticas 
- Amilolíticas 
- Fermentadoras de açúcares 
- Proteolíticas 
- Lipolíticas 
*No rúmen - as bactérias aproveitam primeiro os nutrientes e depois o animal 
No ceco funcional - o animal aproveita primeiro os nutrientes e depois as bactérias, e o que 
não é aproveitado, sai nas fezes. 
 
Digestão Fermentativa de CHO 
Entrou carboidrato no ambiente de fermentação, nesse ambiente não importa se o cho é 
estrutural ou não estrutural, porque existe bactérias específicas para fazer a fermentação de 
ambos. Mesmo com toda essa eficiência, parte dos carboidratos não é fermentada pelas 
bactérias, pois não conseguem ter acesso. 
 
Fermentação microbiana = CHO → unidades básicas (monossacarídeos) - bactérias 
transformam os CHOs em unidades básicas, a ​glicose​, a bactéria usa a glicose como 
combustível (energia - ATP) para ela mesma. O animal fica com parte dos CHOs que 
escapam que as bactérias não usaram, no caso do ruminante, porém não é o suficiente só 
este CHO para os ruminantes. 
*No caso dos animais monogástricos herbívoros não têm CHO de escape porque como está 
no ceco funcional no final do trato digestório, vai direto para as fezes. 
 
GLICOSE → GLICÓLISE = AGV (ácidos graxos voláteis) - ruminantes, monogástricos 
herbívoros: 
Acetato + Propionato + Butirato​: são ácidos graxos voláteis, vem de resíduos metabólicos 
da utilização de CHO pela bactéria. Extremamente importante para os animais porque 
geram energia, AGV’s são moléculas combustíveis energéticas para os animais. 
 
Bactérias utilizam a glicose 
Ruminantes aproveitam os CHOs de escape e AGVs 
Monogástricos herbívoros aproveitam AGvs 
Monogástrico não herbívoro não aproveita nada 
 
DIGESTÃO FERMENTATIVA DE LIPÍDEOS 
 
 
 
 Quando o triacilglicerol, principal lipídeo da dieta, chega no ambiente de fermentação 
(rúmen/ceco funcional), ele vai ser quebrado pela bactéria lipolítica, e os ácidos graxos vão 
ser separados do glicerol. A bactéria tem interesse no glicerol, porque consegue transformar 
o glicerol em glicose para gerar energia (ATP) para ela mesma e ainda produz os ácidos 
graxos voláteis para o animal. Se a bactéria não vai usar os ácidos graxos, os AGV vai 
seguir pelo trato digestório, para os ruminantes ainda será aproveitado, para os 
monogástricos herbívoros vai sair pelas fezes. 
 As bactérias não conseguem quebrar 100% esses triacilgliceróis, uma parte escapa ileso. 
 
Bactérias usam glicerol para transformar em glicose 
Ruminantes usam AGVs, triacilgliceróis de escape, ácidos graxos da quebra que a bactéria 
não utilizou 
Monogástricos herbívoros usam AGVs 
 
 
DIGESTÃO FERMENTATIVA DE PROTEÍNA 
 
 No caso do ruminante, em função dessa fermentação microbiana acontecer antes da 
digestão não fermentativa, podemos usar para esses animais na dieta, tanto proteína 
verdadeira quanto proteína não verdadeira, porque a bactéria se nutre primeiro, e ela pode 
se nutrir tanto com a verdadeira quanto com a não verdadeira. 
 Para animal monogástrico não pode ser utilizada proteína não verdadeira porque ele se 
nutre primeiro e essa proteína (NNP) para o animal pode ser tóxica. 
*No ceco funcional só chega proteína verdadeira (formada de a.a.) 
 Para a bactéria o que interessa é o nitrogênio presente na amina que está presente no a.a. 
da proteína verdadeira e não verdadeira. Para o animal a amina em excesso pode ser 
tóxica. A bactéria utiliza o nitrogênio para transformar e construir a.a. microbianos, que são 
utilizados para construir proteína microbiana para construir corpo para novas bactérias. 
 
 
 
- Bactéria aproveita nitrogênio 
- Ruminantes aproveitam proteínas verdadeiras de escape e proteína microbiana (do 
corpo das bactérias que escapa do rúmen junto com nutrientes, bactéria que morre 
no sítios de digestão não fermentativos e o animal vai aproveitar como a.a. de alto 
valor biológico) 
- Monogástricos herbívoros não aproveitam nada. 
 
 
Processo de Digestão Não Fermentativo 
 
Início na boca, estômago glandular 
(abomaso em ruminantes) e culmina no 
intestino delgado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Proteína​: 
- Estômago: produz suco digestivo: suco gástrico (possui enzimas de quebras de 
proteínas - a pepsina, quando a proteína chega no estômago glandular, elas serão 
quebradas no estômago em polipeptídeos menores e segue para o ID). 
- Intestino Delgado: possui sucos digestivos (entérico, pancreático, bile) - as enzimas 
do suco pancreático vão finalizar a quebra dos polipeptídeos vindos do estômago 
em menores e em seguida transformados em peptídeo e serão transformados em 
a.a. e absorvidos no intestino delgado. 
*Os animais fazem a ​digestão não fermentativa das proteínas​ inicialmente no estômago 
e finalizam no intestino delgado e absorvem ​aminoácidos no ID​. 
 
Carboidrato:​ ​CHO não estruturais - alimentos concentrados (possui enzima para digestão) 
- Boca: não acontece com eficiência a digestão na boca; na saliva possui a enzima 
amilase salivar que digere de maneira específica o amido, porém não fica em 
contato suficiente para ser eficiente. Boa parte dos alimentos que entram na dieta 
pela boca seguem para o estômago sem serem digeridos. 
- Estômago: não tem no suco gástrico nenhuma enzima que faz digestão de CHO. 
Seguindo para o intestino delgado. 
- Intestino Delgado: ocorre a digestão de amidos que são transformados em 
dissacarídeos, quebrados em ​monossacarídeos que são absorvidos pelo ID 
(epitélio intestinal)​, principalmente a glicose. 
 
Lipídeos (TAG): 
- Estômago: enzima lipase gástrica, mas não consegue ser eficiente. 
- Intestino Delgado: digestão eficiente dos lipídeos. O lipídeo é insolúvel em meio 
aquoso, para ser digerido eles depende de desengordurante natural do organismo 
que é a BILE (desestrutura o lipídeo para que a enzima consiga quebrar). O TAG 
(principal lipídeo da dieta), vai ser desestruturado pela bile no ID e sofrer a quebra 
pelas enzimas presentes no intestino, esse TAG inicialmente será quebrado e terá 
liberação de um dos ácidos graxos (acil = ácido graxo; quebra a ligação do 
triacilglicerol libera um acil e sobra um diacilglicerol, quebra de novo, libera outro acil 
e fica monoacilglicerol - que pode ser absorvido). Tanto o monoacilglicerol, quanto 
ácidos graxos e outros lipídeos que entraram na dieta (colesterol e fosfolipídeos) 
podem ser absorvidos sem quebra. O que absorve ​monoacilgliceróis, ácidos 
graxos livres e colesterol e fosfolipídeos no ID​. 
 
25/09/2020 
Relembrando: 
 Sítios de absorção CHO - LIP - PROT 
(após a digestão, o que o animal absorve) 
Ruminante Rúmen; Intestino 
Delgado 
CHO​: rúmen: AGV’s, ID: glicose 
Lipídeo​: rúmen: AGV’s; ID: 
MonoAcilGliceróis, Acils, fosfolipídeos, 
colesterol 
Proteína​: rúmen: nada; ID: a.a. 
Monogástrico herbívoro Intestino Delgado; 
Ceco funcional 
ID: ​CHO​: glicose; ​Lipídeos​: MAG, acils, 
fosfolipídeos, colesterol; ​Proteínas​: a.a. 
Ceco funcional: ​CHO​: AGV’s; ​Lipídeo​: 
AGV’s; ​Proteína​: nada. 
 
 Os nutrientes depois da absorção ao longo do trato digestório, vão para o sangue para 
serem distribuídos para as células. 
 
GLICEMIA 
É a taxa ou concentração de açúcar/glicose a níveis séricos (dissolvido) no sangue; 
- Variável entre espécies e status nutricional do animal; 
- Cães normais entre 60 - 100 mg/dl 
- Gatos normais entre 70 - 170 mg/dl. 
 
Normoglicemia: níveis normais de glicose no sangue de acordo com a espécie. 
Hiperglicemia: acima do valor de referência normoglicêmico. 
Hipoglicemia: abaixo do valor de referência normoglicêmico. 
 
Pós-alimentação (pós-prandial): em condição de pós-alimentação o animal tende 
naturalmente a hiperglicemia, em função da maior absorção de glicosepelo intestino 
delgado. 
Em situação de jejum: naturalmente existe tendência a hipoglicemia. 
*Para diminuir a quantidade de glicose no sangue, o organismo trabalha aumentando a 
entrada nas células e construir reservas e diminuir quantidade no sangue. 
Para aumentar a quantidade de glicose no sangue, o organismo trabalha controlando a 
entrada nas células e mobilizar as reservas. 
 
Hormônios pancreáticos 
Porção endócrina: produz hormônios - insulina e glucagon com função de carregar a 
mensagem que avisa as demais células a quantidade de glicose no sangue. 
- alta taxa de glicose: o pâncreas inibe célula alfa e estimula célula beta que libera em 
maior escala a ​insulina​, maior absorção de glicose pelas células e as células que 
podem vão armazenar e o fígado absorve a glicose e armazena na forma de 
glicogênio. 
- baixa taxa de glicose: o pâncreas inibe célula beta e estimula célula alfa que libera 
em quantidade maior o ​glucagon​, controlando a entrada de glicose nas células e 
mobilizando as reservas estocadas e o fígado quebra o glicogênio e libera glicose. 
 
Controle Enzimático no Metabolismo 
Construção molecular da glicose: 
12 átomos Hidrogênio + 6 átomos Carbono + 6 átomos Oxigênio = C6H12O6 
 
 Todo processo de transformação vai acontecer pela ação de enzimas: colocando um átomo 
que não existia, ou tirar um átomo, ou mudar a posição dos átomos existentes. 
 
Dois ambientes celulares onde pode acontecer transformação de molécula, ou seja, onde 
os nutrientes vão ser metabolizados : 
Monogástrico não 
herbívoro 
Intestino Delgado CHO​: glicose 
- Citosol da célula: ambiente que não tem O², ambiente ​anaeróbio​. Gera menor 
quantidade de energia que na mitocôndria. Existem células que só fazem 
metabolização no citosol - células anaeróbias. 
- Mitocôndria na célula: função respiração celular, dentro da mitocôndria existe a 
presença de O². Ambiente ​aeróbio​, envolve O². A grande maioria das células 
utilizam tanto ambiente de citosol, quanto de mitocôndria para metabolização (dupla 
metabolização) - células aeróbias. 
Ex.: tecido muscular é muito exigido (movimentação de membro, musculatura cardíaca…) 
depende de muita energia, célula aeróbia (metabolização no citosol e mitocôndria). 
Hemácias - transportam O², célula que não tem mitocôndria, estabilização anaeróbia. 
 
Atuação enzimática no metabolismo 
Enzimas: proteínas catalizadoras (aceleram) do metabolismo; 
- São específicas quanto ao substrato e função: sobre uma molécula (substrato) 
transformando em uma outra molécula específica. “Chave-fechadura” 
- Toda enzima tem nome e sobrenome, o nome da enzima faz menção ao substrato 
no qual ela age e o sobrenome nos mostra a função que ela executa. 
- Podem trabalhar em conjunto, em ordem de atuação específica. 
- Agem sozinhas ou com “ajudantes”: 
- coenzimas: carregam Hidrogênio para doar ou retirar da molécula (substrato) 
- capacidade de carregar no máximo 2 hidrogênios: NAD, FAD e NADP livres 
- coenzimas, podem ser transformados em NADH2, FADH2 e NADPH2 - 
coenzimas reduzidas. 
- cofatores: carregam “P” - fosfato para doar ou retirar da molécula (substrato): 
ATP (adenosina), GTP (guanina) e UTP (uridina), capacidade de no máximo 
de 3 fosfatos (trifosfato). Transformados em ADP, GDP e UDP - 2 fosfatos 
(difosfato). 
 
Famílias enzimáticas​: 
- quinase​: doa ou recebe “P” - atua sempre junto dos cofatores. Ex.: glicoquinase, 
esoquinase, piruvatoquinase. 
- isomerase​: mudança posicional dos átomos (gera isômeros - são duas moléculas 
com mesmo número atômico, porém com posicionamento diferente: aldeídos = 1 
Carbono da mol e cetonas = 2 Carbono da mol) - transforma sempre aldeído em 
cetona ou cetona em aldeído; 
- aldolase​: quebra a molécula ao meio (1 hexose = 2 trioses) - moléculas pares; 
- desidrogenase​: doa ou recebe “H” - atua sempre junto com coenzimas; 
- mutase​: muda posição do “P” na molécula - gera molécula nova; 
- enolase​: retira ou inclui H²O na molécula (exclusiva em ambiente de citosol) - 
metaboliza água, age sozinha; 
- aconitase​: inclui H²O na molécula (mitocôndria); 
- sintase​: sintetiza nova molécula (diferentes formas). Junção de duas moléculas 
pré-existentes ou alterando as posições dos átomos (altera grupo químico). 
- descarboxilase​: tirar CO² da molécula. O carbono não sai como molécula livre, só 
sai carbono na forma de CO². 
- carboxilase​: inclui CO² na molécula. 
- SH (enzima de recuperação): doar ou recuperar coenzima A. Moléculas que 
precisam são as terminadas em “il”. 
*Toda molécula terminada em ”il”: acetil, malonil, suxinil, butiril… São moléculas não 
instáveis quando livres dentro da células, tendo que se prender em outra molécula ou são 
carreadas. Grupo de carreador mais utilizado: Coa. 
 
09/10/2020 
- Oxidação da Glicose (citosol) = energia para as células. 
- Pode ser aeróbica ou anaeróbica 
 
*Glicólise: quebra/degradação/oxidação da glicose. Degradação via catabólica, por função 
gerar energia. Ocorre no citosol das células. 
- Duas fases: 
- preparatória ou preparação: fosforilação da glicose e sua conversão para 
gliceraldeído-3-fosfato (uso de ATP). Preparar a molécula de glicose 
(C6H12O6). Fase anabólica com gasto de energético, onde átomos serão 
inseridos na molécula para deixá-la mais elaborada; 
- pagamento: conversão do gliceraldeído-3-fosfato para piruvato (formação de 
ATP). Fase que a energia é gerada em quantidade suficiente para pagar o 
que foi gasto na fase de preparação e sobrar balanço positivo para a célula. 
Catabólica, retira átomos e torna a molécula mais simples. 
 
Primeira fase (preparação): 
- GLICOSE é transformada em ​G6P (glicose-6-fosfato) pela enzima ​quinase​, entra 
ATP​ e sai ​ADP​. 
- G6P (glicose-6-fosfato) (aldeído 1º carbono C=O) - enzima ​isomerase (mudança 
de posição dos átomos C=O), transformando em ​F6P (frutose-6-fosfato) - (cetona 
2º carbono). 
- F6P (frutose-6-fosfato) sofre ação de outra ​quinase​, doando outro grupo fosfato, 
com ajuda do cofator ​ATP e sai ​ADP. O grupo fosfato se prende no Carbono 1 da 
frutose que já tinha outro grupo fosfato no Carbono 6, ficando com dois grupos 
fosfato (bifosfato ou difosfato). Transformando-se em ​Frutose-1,6-bifosfato​. 
- F1,6diP (frutose-1,6-bifosfato) sofre ação da enzima ​aldolase (quebra ao meio), 
transformando em duas trioses (3 carbonos cada uma). A triose com fosfato no 
primeiro carbono é a ​fosfodihidroxicetona (PDHA) e a triose com fosfato no 
terceiro carbono é a ​gliceraldeído 3 fosfato (GA3P)​. Sobre o ​PDHA 
(fosfodihidroxicetona) age a enzima ​isomerase​, transformando em molécula 
isomera outro ​GA3P (gliceraldeído-3-fosfato) passando a ter duas moléculas 
iguais, finalizando o processo de preparação. 
. 
Segunda fase (pagamento): 
- Inicia nas ​duas moléculas de ​GA3P (gliceraldeído-3-fosfato)​, tudo que ocorre em 
uma, ocorre na outra (duplicidade). Participa da reação um ácido (​HPO​) com 
objetivo de doar para molécula um fósforo inorgánico (​Pi​), e a enzima 
desidrogenase junto com coenzima ​NAD+ (mais comum) entrando livre na 
molécula, retirando hidrogênio da molécula e sair como ​NADH2​. O GA3P se torna 
glicerato junto com o fósforo inorgânico (​Pi​), passando a ter dois grupos fosfatos. Se 
transformando em ​1,3-difosfoglicerato (1,3 diPGA)​. 
- 1,3 diPGA (1,3-difosfoglicerato) sofre ação da enzima ​quinase​, sendo retirado 
átomos de fosfato (P), atuando junto com cofator entrando o ​ADP (pega o grupo 
fosfato do carbono 1) e saindo ​ATP​, se tornando ​3-fosfoglicerato (3PGA)​. 
- 3-PGA (3-fosfoglicerato) sofre a ação da enzima ​mutase (muda posição do P), 
muda do carbono 3 para o carbono 2. Se transformando em ​2-fosfoglicerato(2-PGA)​. 
- 2-PGA (2-fosfoglicerato) sofre ação da enzima ​enolase (retirando H²O), perde 
água​, transformando a molécula em ​fosfoenolpiruvato (PEP)​. 
- PEP (fosfoenolpiruvato) sofre ação da enzima ​quinase​, atuando com cofator para 
retirar o último fosfato (carbono 2) que restou, entra ​ADP e sai ​ATP​. Se 
transformando em ​piruvato​. Produto final: ​dois piruvatos​. 
 
Os dois piruvatos produzidos, em células com metabolismo anaeróbio não tem para onde 
mandar os piruvatos, permanecendo no citosol da célula sendo transformado em lactato. 
Ex.: hemácia, célula sem mitocôndria. 
Se for em célula aeróbia e não falta O² na célula, os piruvatos se tornam permeável, saem 
do citosol e migram para a mitocôndria que é ambiente aeróbio. Ex.: tecido muscular. 
Existem também células aeróbias que por falta de O² também vão produzir lactato. Ex.: cão 
sedentario, obeso, que não faz exercicio físico, e de uyma hora para outra é submetido a 
atividade fisica, o tecido mais exigido é o muscular. O animal não consegue respirar 
adequadamente, não oxigenando adequando o tecido muscular, mesmo tendo mitocôndria 
nesse tecido, esse piruvato não se torna permeável ficando no citosol produzindo lactato 
mais ácido causando dor muscular. 
 
*Lactato molécula mais ácida que o piruvato. O átomo que representa todos os ácidos é o 
Hidrogênio; 
*Piruvato: o grande fator determinante do destino do piruvato é a presença ou não de O² na 
célula. Mas se for célula anaeróbia, nem mitocôndria tem. 
- Anaeróbia​: ​Piruvato sofre ação da enzima ​desidrogenase junto com o coenzima 
NADH2 e sai ​NAD+ livre, se transformando em ​lactato​. O produto final da 
metabolização da glicose em células anaeróbias: Lactato no citosol. 
- Aeróbia​: o ​ciclo de Krebs ou ciclo do ácido cítrico/citrato é a primeira fase do 
metabolismo aeróbio das células, porque ocorre na mitocôndria responsável pela 
respiração celular. ​Piruvatos vindos da glicólise vai para dentro da mitocôndria. O 
ciclo de Krebs tem duas moléculas precursoras (que iniciam): Oxaloacetato e o 
Acetil coa. O ciclo de Krebs tem função de gerar de energia. 
 
*OBS.: no ciclo de Krebs, toda vez que agir uma desidrogenase, até a molécula se tornar 
estável em quatro carbonos, agirá também uma descarboxilase. 
 
16/10/20 
Ciclo de Krebs 
À partir dos piruvatos vindos da glicólise, dentro da mitocôndria: 
- Piruvatos sofrem a ação da enzima ​desidrogenase (retirar H) junto com a 
coenzima livre entrando ​NAD+ e sai ​NADH2​. Junto com a desidrogenase também 
vai agir a enzima ​descarboxilase (retira CO²), ficando com 2 carbonos e formando a 
molécula de ​Acetil​, porém ela não é estável sozinha, precisando de outra molécula 
ou carreador que a enzima ​SH doa para molécula, formando ​AcetilCoA (primeiro 
precursor do ciclo de Krebs). 
- AcetilCoA para juntar com ​OAA (oxaloacetato) é preciso criar pontes de ligação 
entre uma molécula e outra. Essas pontes de ligação se consegue através de pontes 
de hidrogênio. Utiliza-se ​água para formar as pontes de hidrogênio. Então age a 
enzima ​aconitase (colocar H²O) para formar as pontes de ligação. Outra enzima 
que atua é a ​sintase (sintentiza uma molécula a partir de duas moléculas pré 
existentes) - juntando uma molécula na outra, quando as moléculas se juntam para 
formar o ​citrato ​(6 carbonos), deixa de precisar da ​CoA​, sendo liberada e 
recuperada pela enzima ​SH​. 
- Citrato sofre ação da enzima ​aconitase (coloca água na molécula), quando a 
molécula de citrato ganha uma ​água​, vira uma molécula de ​isocitrato​. 
- Isocitrato sofre ação da enzima ​desidrogenase (retirar H), junto com a coenzima 
entra ​NAD+ e sai ​NADH2​, porém isocitrato tem 6 carbonos e toda vez que age uma 
desidrogenase, age junto a enzima ​descarboxilase (tirar CO²), formando ​alfa 
cetoglutarato​. 
- Alfa cetoglutarato sofre ação da enzima ​desidrogenase (retirar H), junto com a 
coenzima entra ​NAD+ e sai ​NADH2​, agindo a desidrogenase, age junto a 
descarboxilase retirando CO², a molécula nova fica com 4 carbonos - ​Succinil​, 
porém é instável, precisando de CoA, então, entra a enzima ​SH na reação e doa o 
CoA​, se tornando molécula ​Succinil-CoA​. 
- Succinil-CoA (4C) sofre ação de 3 enzimas: ​quinase (determinar que dois 
cofatores diferentes transfiram entre si grupo fosfato - GTP); ​GTP vai entrar na 
reação carregando 3 grupos fosfatos e liberar um dos três grupo fosfatos que ele 
carrega e sai da reação como ​GDP​. Entra ​ADP pega o grupo fosfato liberado pelo 
GTP e sai carregando na forma de ​ATP​. “Transferência de fosfato entre os 
cofatores”. Outra enzima que vai atuar no succinil-CoA é a ​sintase (mudança na 
posição dos átomos), transformando a molécula em ​Succinato​, que não precisa de 
CoA​ que é liberada e a enzima ​SH​ pega o CoA. 
- Succinato sofre a ação da enzima ​desidrogenase (​não vai agir junto com a 
descarboxilase, nem coenzima NAD+), vai agir junto com a coenzima FAD+. Entra 
FAD+​, retira os hidrogênios e sai como ​FADH2​. Formando a molécula ​Fumarato​. 
- Fumarato​, precisa ganhar uma água, mas a aconitase que metaboliza água na 
mitocôndria não tem afinidade sobre o fumarato, então a célula produz uma ​enzima 
exclusiva no fumarato​, a enzima ​fumarase (colocando água), transformando a 
molécula em ​Malato​. 
- Malato sofre ação da enzima ​desidrogenase (retirar H) junto com a coenzima que 
entra como ​NAD+ e sai como ​NADH2​, transformando a molécula em ​Oxaloacetato 
(OAA)​. 
- OAA (oxaloacetato) se junta com o próximo ​Acetil-Coa para iniciar um novo ciclo 
de Krebs. 
*Quantos ATPs é produzido no citosol da célula? Produzido 4 ATPs; 
Quantos ATPs são produzidos no ciclo de Krebs? 2 ATPs (1 em cada ciclo a partir dos 2 
piruvatos vindos da glicólise); 
*A geração de energia dentro da mitocôndria não é dependente exclusivamente de ATPs 
livres produzidos nas reações com os cofatores, vem da conversão na cadeia respiratória. 
 
CADEIA RESPIRATÓRIA 
O oxigênio vem do ar atmosférico, e quando entra na célula aeróbia, vai para a mitocôndria, 
durante o processo de expiração os animais mandam embora CO² e H²O. Em todos os 
momentos de descarboxilação libera CO², perdidos na respiração (caminho inverso do O²). 
A H²O perdida na respiração (oxigênio: vindo do ar atmosférico + hidrogênio: vindo da 
desidrogenase - da enzimas reduzidas). 
 
A membrana da matriz mitocondrial é formada de duas membranas, tendo o espaço 
intermembrana (entre uma membrana e outra), formada também de lipídeos e sequência de 
proteínas, as três mais importantes são proteínas integrais: 
- FMN (sigla do nome em ingles) 
- Q 
- C 
 
Cadeia respiratória ou cadeia transportadora de elétrons​: 
- Cadeia por ser formada por uma sequência/cadeia de proteínas; 
- Hidrogênios que chegam carregados pelas coenzimas reduzidas (NADH2, FADH 2), 
precisam se juntar ao O² da respiração para produzir água (H²O); 
- A coenzima reduzida traz para a cadeia respiratória os H que retirou das moléculas, 
a coenzima não é capaz de juntar os H com o O² e produzir água, porque o O² está 
em uma posição em que a coenzima não tem acesso. Então a coenzima reduzida 
vai deixar os H na primeira proteína que tem acesso e afinidade queé a proteína 
FMN, entrando NADH2, deixa os H e sai NAD+ livre para buscar mais H: 
 
- FMN transporta os H com a ajuda da enzima ​NADH Q redutase para a próxima 
proteína de membrana ​Q​, Q faz a mesma coisa com a ajuda da enzima ​Citocromo 
redutase​, pega os H para próxima proteína que é a ​C​. 
- Proteína ​C transfere H para o ​O² da respiração com a ajuda da enzima ​Citocromo 
oxidase para produzir a ​H²O da respiração, que será eliminada no processo de 
expiração. 
*Cada NADH2 que vai para a cadeia respiratória produz de maneira indireta 3 ATPs e cada 
FADH2 produz 2 ATPs. 
 
H = átomos com carga elétrica positiva - prótons. 
Toda vez que esses hidrogênios são transportados/transferidos de uma proteína a outra até 
se juntarem ao O² para produzir água, eles vão gerar um gradiente elétrico (corrente 
elétrica). Essa corrente elétrica é capaz de fosforilar (colocar fósforo) ADP, e quando ADP 
ganha grupo fosfato vira ATP (ATP ase - enzima que fosforila o ADP gerando ATP, só 
consegue agir por conta do gradiente elétrico. Se houve fosforilação do ADP chama de 
bomba geradora de ATP (1ª, 2ª e 3ª). 
O FAD só tem afinidade pela proteína Q, ele libera os H dele direto na segunda proteína 
integral Q. Passando por dois momentos de transferência até produzirem água, por isso 
eles são geram dois ATPs. 
 
30/10/2020 
Vista de Prova 
Quando o intuito é atender a exigência energética dos animais, escolhe-se ingredientes 
alimentares ricos em que nutrientes e como os classificamos? 
- Classificamos como Concentrado energético: esse alimento traz Carboidratos não 
estruturais ou lipídeos. 
 
Relembrando​: 
Base da geração de energia para as células: a glicose, usada de maneira indistintamente 
por todas as células. Porém, com algumas adaptações, de acordo com cada tipo de célula. 
Glicose metabolizada no citosol e será transformada em 2 piruvatos. Porém em células 
anaeróbias, pelo fato de não existirem mitocôndrias ou faltar O², esses dois piruvatos 
permanecem no citosol e são transformados em dois lactatos, então os produtos finais da 
metabolização/oxidação da glicose nas células anaeróbias são dois lactatos. 
Células aeróbias (recebem glicose e O²): os dois piruvatos se tornam permeáveis e migram 
para a mitocôndria e são metabolizados via ciclo de Krebs que tem produtos finais os OOA 
(oxaloacetatos) que também são as moléculas precursoras. Então, o ciclo de Krebs acaba 
gerando CO² e a coenzimas reduzidas (levam H para a cadeia respiratória, onde os H se 
juntam com o O² da respiração para produzir H²O). Produto final são CO² e H²O. 
*Regulação endócrina: mesmo para um organismo saudável, a manutenção da 
normoglicemia é fundamental para que se tenha a glicose utilizada por todos os tipos de 
células entrando de maneira contínua nessas células. E para entrar de maneira contínua em 
todas as células a glicose deve estar disponível no sangue e mesmo no organismo 
saudável passa por momentos de tendência hiperglicêmica ou hipoglicêmica. 
 
Interação Metabólica - BE + 
 
Gênese = ​síntese endógena - ​construção endógena no organismo, relacionado com as 
sínteses das reservas corporais - colocar molécula, deixar mais elaborado. 
- Ex.: Glicogênese, lipogênese 
- Anabolismo​ = gasto de energia; 
 
Lise = ​mobilização endógena - ​quebra endógena dentro do organismo - deixa mais simples, 
degrada, oxida. 
- Ex.: Glicogenólise, lipólise 
- Catabolismo​ = gera energia 
 
Balanço energético positivo (BE+) 
O animal em balanço energético positivo está com sobra de nutriente a ponto de ter 
nutrientes para estocar/ reservar/ guardar. Tendência hiperglicêmica para conseguir 
construir reserva - anabolismo (gasto de energia) - como há sobra, está em BE+. 
*Proteína não estoca porque toda proteína no organismo está em atividade/ trabalhando. 
- Hiperglicemia = Insulina = diminuir os níveis de glicose sérica 
- Aumentar a entrada nas células = construir reservas de CHO e Lipídeos: 
- CHO: reserva na forma de glicogênio (processo de síntese de 
glicogênio é glicogênese) estocadas em células hepáticas e 
musculares; 
- Lipídeos: reserva na forma de TAG (processo de síntese de lipídeo é 
lipogênese) estocadas normalmente em células adiposas, mas em 
algumas situações não normais células hepáticas também podem 
estocar TAG e glândula mamária ativa (produzindo leite). 
 
Glicogênese​: 
- Quando um organismo possui um suprimento extra de glicose, maior do que é 
necessário como fonte de energia, ele forma glicogênio (polímero de glicose) = 
Insulina; 
- Transformação de glicose excedente em glicogênio para ser armazenado no fígado 
e músculos; 
- Ocorre no ​citosol das células​, tanto em células musculares quanto hepáticas de 
maneira limitada mantendo o animal normoglicêmico por até 8h; 
- Armazenagem: > fígado que no músculo. 
- Glicogênio muscular: gera ATP para a fibra muscular 
- Glicogênio hepático: mantém a glicemia nos períodos de 2 a 8h em jejum. 
 
Monogástricos​: > quantidades de glicogênio hepático = cão: 6 - 8 % peso do fígado; 
Ruminantes​: < quantidades de glicogênio hepático = bovino: 1 - 3 % peso do fígado (a 
bactéria tem acesso aos CHO antes do animal, sobra menos CHO não estruturais para o 
animal digerir e absorver a glicose). 
Animais jovens​: + glicogênio que adultos: animais jovens tem menos gordura, logo, 
depende mais de glicogênio (compensatório). Demanda de kcal de animal adulto é muito 
maior do que demanda de filhote. 
*​Armazenagem​: > fígado (8%) que no músculo (1%) - as células musculares estocam 
menos pelo gasto energético muito alto e só para uso próprio (exclusivo). Células hepáticas 
estocam para o organismo inteiro. 
 
GLICOGÊNESE 
 
Citosol: glicose entra nas células → G6P → F6P → 2 piruvatos (em células anaeróbias vira 
lactato; se for em células aeróbias vai para mitocôndria) 
Mitocôndria: à partir dos piruvatos em células aeróbias, inicia o ciclo de Krebs → cadeia 
respiratória. 
 
G6P → ou continua a glicólise ou glicoses que estão sobrando nas células musculares e 
hepáticas podem virar glicogênio a partir da G6P. 
 
Glicose entra na célula (hepática ou muscular) em balanço energético positivo com 
hormônio circulante em maior quantidade a insulina, com tendência hiperglicêmica. 
 
GLICOSE​ sofre ação da enzima ​quinase​, entra ​ATP​ (doa grupo fosfato) e sai ​ADP​ → ​G6P 
sofre ação da enzima ​mutase (muda a posição do P), tira P do carbono 6 e coloca no 
carbono 1 → ​G1P sofre ação da enzima ​quinase (coloca grupo P), entra cofator ​UTP e sai 
UDP → ​UDPG (uridina difosfato glicose) - glicose super fosforilada → vai se prender a uma 
molécula que já estava no citosol da célula hepática ou muscular preexistente que se 
chama ​glicogênio primer (resíduo preexistente de glicogênio que foi quebrado 
anteriormente, que ajuda na formação de outro glicogênio). 
UDPG vai se juntar a molécula de ​Glicogênio primer e ainda entram ​glicoses que estão 
sobrando para alongar a cadeia e sofre ação da enzima ​sintase (sintetiza o glicogênio 
juntando) → ​GLICOGÊNIO​. 
 
06/11/2020 
LIPOGÊNESE 
 
BE +​: tanto células hepáticas quanto musculares atuam na normoglicemia do animal, 
porém, 
BE -​: apenas as células hepáticas atuam na normoglicemia do animal. 
- Em situação de balanço energético positivo, as células hepáticas e musculares agempara manter a normoglicemia construindo reservas. Já em situação de balanço 
energético negativo, somente as células hepáticas mobilizam as reservas e libera a 
glicose no sangue. 
 
BE+: quando a quantidade de energia ingerida é maior do que a demanda. 
- Tendência hiperglicêmica 
- Insulina 
- Função: redução dos níveis de glicose sérica 
- Síntese as reservas corporais: glicogênio e TAG 
 
O animal continua em balanço energético positivo, recebendo dieta hipercalórica, condição 
tendendo a hiperglicemia, a insulina continua sendo o hormônio liberado em maior 
quantidade que vai determinar para as células que elas devem retirar quantidade maior de 
glicose no sangue, entrando de maneira mais acelerada nas células (todas as células - 
aeróbica, anaeróbica, inclusive adipócitos). Célula adiposa (aeróbia) não tem capacidade de 
formar glicogênio, mas acelera a quantidade de glicólises que vai ocorrer normalmente. 
> Glicólise → > piruvatos → > CK → > OAA → > CR → + ATP → reduz a geração (mediada 
pela insulina) → desvio de moléculas da via de geração de energia (PDHA - glicólise ; 
Citrato - CK). 
- Em função da sobra de ATP nas células, o fato de estar entrando muita glicose, 
sobrando ATP e ATP não se estoca e não dá para impedir a entrada de glicoses, a 
única coisa que essa célula vai conseguir fazer é desviar moléculas da via de 
geração de energia o PDHA da glicólise e o citrato do Ciclo de Krebs. 
 
PDHA da glicólise 
sofre ação da enzima 
isomerase e vira 
GA3P; 
Quando o PDHA é 
desviado, a célula 
adiposa passa a limitar 
a produção das 
enzimas isomerases, 
passa a produzir uma 
enzima que não 
produzia antes, que é 
a desidrogenase (vai 
determinar que o 
NADH2 coloque H no 
PDHA); e sai NAD 
livre. Quando o PDHA 
ganha os H ele passa a ser G3P (glicerol 3 fosfato). Já que o PDHA foi desviado, será produzido 
apenas 1 piruvato a partir da glicólise, diminuindo a quantidade de ATP (energia) gerada pela 
metade. Tendo apenas 1 CK, diminuindo ainda mais a geração de energia. 
 
O piruvato (único da glicólise) 
vai para mitocôndria vira acetil 
CoA. O acetil CoA se junta 
com o OAA (oxaloacetato) 
produzindo o citrato. Esse 
citrato vai ser desviado (não só 
do CK, mas também da 
mitocôndria), ele sai da 
mitocôndria e vai para o citosol 
da célula. O citrato quando 
chega no citosol da célula vai 
ser quebrado/desmembrado 
nas duas moléculas que 
produziram ele na mitocôndria, 
que são o acetil CoA e OAA 
(função do OAA - não deixar o CK parar - primeiro virando malato, gerando piruvato novo, novo 
porque está vindo de um malato, que vem de um OAA, que veio de um citrato desviado. Esse 
piruvato novo vai para mitocôndria para reiniciar o CK que vai acontecer inteiro. 
- O citrato que desvia é o do piruvato que veio da glicólise. 
- O citrato que vai fazer o CK que veio do piruvato novo. 
*importante porque se todo o citrato saísse para o citosol não aconteceria o CK, se não ocorrer 
CK não tem coenzima reduzida na mitocôndria, se não tem coenzima na mitocôndria, não tem 
cadeia respiratória e a célula morre). 
 
Ficou sobrando no citosol: 
- Acetil CoA: vai dar origem aos ácidos graxos → TAG (formado por 3 ácidos graxos e 1 
glicerol) (lipídeo que se estoca nos adipócitos). 
- Síntese endógena de ácidos graxos ​não essenciais​: saturados e 
monoinsaturados. 
- G3P (glicerol 3 fosfato): vai dar origem ao glicerol → TAG. 
*acil é sinônimo de ácido graxo. 
O objetivo da célula adiposa é reduzir produção de ATP, tendo como consequência a síntese de 
lipídeos. 
 
Ácidos Não Essenciais​: Saturados e Monoinsaturados 
- Acil’s Saturados: complexo AGS (síntese precisa de um mecanismo que chama 
complexo ácido graxo sintase ou AGS = ácido graxo sintetase), composto por 7 
etapas/voltas. 
- Formados por ligação simples entre os carbonos 
- Menores ácidos graxos em tamanho de cadeia: de 4 à 16 C - sempre cadeia par: 
primeira volta forma 4C, na segunda 6C, terceira 8C e assim sucessivamente; 
- carreados pela proteína livre ACP. 
- Acil’s Monoinsaturados: alongamento de cadeia 
- Formados apenas 1 dupla ligação 
- Mais longos de 18 à 36 carbonos: sempre cadeia par, iniciando com 18C. 
- carreados pela coenzima A (CoA). 
- Formados por um alongamento de cadeia 
 
Obs.: três possíveis destinos do Acetil CoA no citosol das células: 
- gerar malonil CoA 
- gerar acetil act 
- e alongar a cadeia saturada de acils monoinsaturados. 
 
*Quanto mais ATP estiver sobrando desvia mais PDHA e citrato, logo sintetiza mais lipídeos - 
não tem limite de síntese. 
 
Os Acetil’s CoA no citosol da célula possui 3 destinos metabólicos diferentes dentro desse 
processo de síntese dos ácidos graxos: 
 
Acetil CoA vem do 
citrato, no citosol da 
célula que vai 
participar na formação 
dos ácidos graxo: 
- gerar malonil 
CoA: acetil CoA sofre 
ação da enzima 
carboxilase e ganha CO² e vira Malonil CoA. Ocorre processo de troca de carreador: 
vem a ACP se prende no malonil a CoA sai, o SH vem recuperar e o malonil se torna 
Malonil ACP. 
- gerar acetil ACP (proteína carreadora): acetil CoA vai trocar de carreador, vem a ACP se 
prende no acetil e automaticamente a CoA sai, mas ela não se perde porque o SH vem 
recuperar. O acetil passa a ser acetil ACP. 
- Duas moléculas fundamentais para começar o processo AGS: Acetil ACP e Malonil 
ACP. 
 
Síntese dos ácidos graxos 
saturados - formados pelo complexo 
AGS: Em cada volta do complexo 
AGS serão introduzidos/utilizados: 1 
malonil ACP, 2 NADPH2, será 
liberado 1 CO², e ao final, produzido 
1 acil ACP com dois Carbonos a 
mais que a molécula inicial da volta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Para produzir os 
monoinsaturados é um processo 
mais simples que parte do 
alongamento do Palmitoil ACP 
usando acetil CoA (entram para 
alongar a cadeia saturada do 
Palmitoil e sintetizar os acils 
monoinsaturados). 
Quando o primeiro acetil CoA se 
prende no Palmitoil para a 
formação do Acil CoA (18C) é 
que forma a dupla ligação (para 
conseguir tirar o ACP e prender 
o acetil CoA em acil formado, 
sendo a única dupla ligação 
porque depois é só Acetil CoA se prendendo em Acetil CoA, só ligação simples é suficiente). 
 
No citosol da célula adiposa: 
- Já tinha sobrando G3P que veio do PDHA, e à partir do citrato produziu acetil CoA que 
produziu tanto acils ACP (saturados) como acils CoA (monoinsaturados). 
- O G3P ganha um dos acils (qualquer um ACP ou CoA) e se torna monoacilglicerol 
(MAG). Vem outro acil se prender no MAG e vira diacilglicerol (DAG). 
- Vem outro acil para se prender no DAG, fosfato também sai (como fósforo inorgânico) e 
virar triacilglicerol (TAG). 
 
 
 
 
13/11/2020 
Balanço Energético Negativo (BE-) 
 
Quantidade de energia ingerida menor do que a demanda. 
- Tendência hipoglicêmica 
- Glucagon - circulando em maior quantidade, para aumentar os níveis de glicose sérica 
- Função: aumento dos níveis de glicose sérica 
- Mobilizar as reservas corporais (CHO - Glicogênio = glicose em células hepáticas e 
musculares e Lipídeos - TAG = glicerol e ácidos graxos em células adiposas). 
 
O animal não fica em balança energético só em jejum como também fica em ingestão menor do 
que o gasto energético. Por exemplo, animal que fica obeso e indicar uma dieta hipocalórica, 
mas estar em balanço energético negativo ou positivo não é bom nem ruim, varia de cada caso. 
 
Glicogenólise 
 
Quebrar ligação pelas glicoses que alongame que prende a primeira glicose no resto da 
molécula de glicogênio, e a glicose se solta da molécula, depois ocorre em outra, até chegar na 
última molécula de glicose que alonga a cadeia. Depois de soltar todas as moléculas de glicose, 
sobra UDPG e glicogênio primer, que também vão ser soltos, UDPG nada mais é do que glicose 
também que será utilizado, e quem fica intacto no citosol é o glicogênio primer para ser 
reutilizado para formar outro glicogênio em BE+. 
 
Soltar a primeira glicose presa 
nele deve ser liberada do resto 
da molécula, têm que inclui um 
fósforo para liberar a glicose e 
ela se prender no fósforo (Pi) 
preso no carbono 1. Uma 
enzima que só age nesse 
processo em função do 
glucagon estar circulando, 
produzida exclusiva nas 
células musculares e hepáticas 
pra quebrar o glicogênio, a 
FOSFORILASE (coloca fósforo 
inorgânico), colocando no 
primeiro carbono da glicose, 
automaticamente 
desprendendo a glicose, 
virando g1P (glicose 1 fosfato). 
Ess G1P não é muito útil, sofre ação da enzima mutase (muda o P de lugar), passando o grupo 
fosfato para o carbono 6, tornando a glicose útil sendo G6P (glicose 6 fosfato) utilizada na 
glicólise, tanto nas células musculares quanto hepáticas pode utilizar essa G6P. 
- Exclusivamente a célula hepática produz uma enzima chamada Fosfatase (tirar P) que 
faz o contrário da fosforilase (coloca P). Retirando o Pi deixando a glicose livre para ir 
para o sangue e ajudar na glicemia do animal. Razão pela qual só a célula hepática 
manda glicose para o sangue. 
Ocorre nas outras glicoses o mesmo processo. Sobrando UDPG e glicogênio primer presos um 
no outro. 
Sendo necessário quebrar a ligação entre os dois - sofre ação da enzima liase (faz lise). 
- A molécula de UDPG sofre ação da enzima quinase com ajuda de UDP vai tirar um dos 
grupos P da glicose e vai sair UTP e virar G1P. 
- Sobrando apenas o glicogênio primer.

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